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Tendências

Hospital de Curry Cabral já realizou mais de 2.500 transplantes hepáticos

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“A intervenção decorreu sem problemas, como felizmente decorrem muitos destes transplantes. Temos uma equipa com muita experiência”, afirma o diretor do Serviço de Cirurgia Geral do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC), Hugo Pinto Marques, que integrou a equipa médica.

De acordo com o responsável, o marco histórico de 2.500 transplantes hepáticos foi alcançado dia 6 de julho. Esta foi uma “cirurgia simples” que durou “cerca de quatro horas”, tendo sido realizada no Hospital de Curry Cabral (HCC), num cidadão de naturalidade ucraniana, de 61 anos, que se encontra a recuperar bem.



O primeiro transplante hepático no HCC foi realizado em setembro de 1992 por João Rodrigues Pena e Eduardo Barroso. Quase 30 anos depois, o CHULC é atualmente o centro hospitalar em Portugal com maior número de doentes transplantados ao fígado, sendo que os restantes, Coimbra e Porto, contabilizam, respetivamente, cerca de 1.600 e 1.550.

“Na Europa, somos um dos maiores centros de transplante. Realizamos entre 100 e 140 transplantes hepáticos por ano”, acrescenta o médico, que é também coordenador do Centro Hepato-Bilio-Pancreático e de Transplantação (CHBPT) do CHULC.



“Ao fim de 2.500 transplantes e 30 anos de experiência, pode imaginar-se a evolução que houve em termos de resultados imediatos e a longo prazo”, refere Hugo Pinto Marques, explicando que, desde a técnica anestésica à técnica cirúrgica, “tudo foi melhorado, incluindo em termos farmacológicos”.

O especialista recorda que o CHBPT foi criado em 2005, sob a direcção de Eduardo Barroso, com um objetivo claro: “Criar um centro de referência que permitisse oferecer, aos doentes com patologia do fígado, vias biliares e pâncreas, todas as alternativas de tratamento, cirúrgicas ou não, num ambiente multidisciplinar com várias especialidades envolvidas.”

Desde essa altura, “aumentou muito a referenciação de doentes com cancro do fígado, do pâncreas e das vias biliares. Em 2005 operávamos entre 50 e 100 doentes com patologias deste tipo, agora operamos, por ano, entre 700 e 800”, salienta ainda Hugo Pinto Marques.

A cirurgia número 2.500 foi realizada por uma equipa constituída por cinco cirurgiões (João Santos Coelho, Raquel Mega, Luís Bicho e Sílvia Silva, além do próprio Hugo Pinto Marques), um anestesista (Filipe Pissarra) e três enfermeiras (Helena Figueiredo, Marise Teixeira e Cristina Rivera). “Estes são, no fundo, apenas a ´linha da frente` de uma vastíssima equipa cujo trabalho começa na referenciação do dador”, faz questão de sublinhar o diretor do Serviço de Cirurgia Geral do CHULC.

Tendências

AbbVie tem lucro líquido de US$ 14,812 bilhões no 3T de 2022

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A AbbVie anunciou resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre de 2022, no qual a companhia apresentou lucro líquido de US$ 14,812 bilhões, o que equivale a um aumento de 5.4% em base operacional. No período, os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) foram equivalentes a 10.9% da receita líquida.

“Continuamos a vivenciar um momento forte. A partir do nosso desempenho e confiança nas perspectivas de longo prazo da AbbVie, estamos novamente aumentando, de forma considerável, nossos dividendos”, afirmou Richard A. Gonzalez, CEO da AbbVie.

Outros destaques do período

  • As receitas globais líquidas de Imunologia foram de US$ $7.651 bilhões, um aumento de 16.4% em base operacional.
  • Em Onco-hematologia, as receitas globais líquidas foram de US$515 milhões, um aumento operacional de 11.3%.
  • Em Neurociências, neste período, as receitas globais líquidas foram de US$1.672 bilhões, um aumento operacional de 8.3%.

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Tecnologia

BASF lança aplicativo para evitar destruição de medicamentos

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Evitar a destruição de medicamentos que estão em perfeitas condições de uso e que poderiam ser usados no tratamento de pessoas sem acesso a esses produtos. Essa é a principal proposta do aplicativo criado em parceria entre a BASF Farma e a startup PegMed, com base em inovação aberta, que contou com a Loomi, como startup codesenvolvedora. Segundo a Access to Medicine Foundation, cerca de 2 bilhões de pessoas não possuem acesso a medicamentos essenciais no mundo. Por outro lado, toneladas de medicamentos com data de validade reduzida são destinados à incineração todos os anos.

“Além de não existir um sistema ágil, que cumpra com as conformidades legais, que dê transparência do percurso desde a indústria farmacêutica até a entidade reconhecida como de utilidade pública recebedora, temos ainda a alta carga tributária incidente sobre as doações de medicamentos no Brasil, tributos estes isentos no caso de incineração. Assim, a incineração acaba sendo o destino mais fácil, legal e menos custoso para as indústrias farmacêuticas”, explica Fernanda Furlan, Head de Regulatórios, Qualidade e Inovação de Nutrição e Saúde da BASF para América do Sul.

O descarte de medicamentos que ainda são adequados ao uso causa vários impactos para a sociedade: destrói produtos que consumiram recursos financeiros, água e energia e outros insumos em sua produção, afetam o meio ambiente pela queima e consequente geração de CO2, desperdiça produtos de qualidade que poderiam tratar pessoas vulneráveis e sem acesso a medicamentos.

A colaboração foi o meio encontrado pela BASF para democratizar a destinação desses medicamentos. “Firmamos parceria com a PegMed no desenvolvimento do aplicativo e queremos incentivar nossos clientes a participarem conosco dessa iniciativa que tem grande contribuição social e ambiental. Nosso maior objetivo é atingir a meta de zerar a incineração de medicamentos que ainda estejam em excelente condição de uso, salvando vidas de pessoas com acesso limitado a medicamentos”, comenta a executiva.

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Tecnologia

Projeto levará telessaúde para 164 municípios do Nordeste

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O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), do Ministério da Saúde, iniciou o projeto TeleNordeste, que tem como objetivo aumentar o acesso a atendimento especializado em uma das regiões brasileiras com a menor razão de médicos por mil habitantes. A iniciativa é executada por cinco dos seis hospitais de excelência que compõem o programa e contempla 164 municípios de todos os estados da região. Com teleatendimento em 1.149 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do SUS, o TeleNordeste colabora para a diminuição de gastos públicos, evitando consultas presenciais desnecessárias e o deslocamento de pacientes.

Na prática, ao identificar um paciente que precise de acompanhamento com especialista, como um diagnóstico de diabetes tipo 2, por exemplo, o médico da UBS tem a opção de agendar uma teleinterconsulta triangulada (quando estão presentes paciente, profissional da UBS e especialista) com um profissional do hospital PROADI-SUS responsável por aquele estado, ao invés de solicitar o encaminhamento a uma unidade ambulatorial especializada — o que, muitas vezes, gera longas filas de espera. A expectativa é garantir o aprimoramento do desfecho clínico para condições crônicas selecionadas, impactando diretamente o cuidado das pessoas usuárias das Redes de Atenção locais, além de ampliar o repertório assistencial dos profissionais do SUS.

“Por meio do TeleNordeste, oferecemos a nossa expertise à maior região com número de estados no Brasil. É uma troca que impacta diretamente na Atenção Primária à Saúde (APS), uma das principais portas de entrada do sistema de saúde pública, e visa reduzir não só o tempo de espera por uma consulta com especialista, mas, principalmente, a desigualdade no acesso à saúde, ampliando a qualidade dos serviços e tornando-os mais eficientes”, afirma Tais Moreira, gerente do projeto.

Para possibilitar as teleinterconsultas, os hospitais PROADI-SUS realizaram o treinamento das equipes para a utilização dos equipamentos que possibilitam a consulta remota – inclusive, foi feito um levantamento de cada unidade para que fossem fornecidos os dispositivos necessários necessários.

Desigualdade demográfica

Segundo o Estudo Demografia Médica no Brasil 2020, realizado de forma colaborativa pelo Conselho Federal de Medicina e a Universidade de São Paulo (USP), o Nordeste é a segunda região brasileira com menor razão de médicos por mil habitantes: enquanto a média nacional é de 2,27 médicos por mil habitantes, este número passa para 1,69 nos nove estados nordestinos, atrás apenas do Norte, com 1,30. Além disso, é uma das regiões que mais dependem do SUS no Brasil, de acordo com pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Conhecendo estes dados, o projeto busca se consolidar como estratégia de fortalecimento da Governança de Saúde em cada um dos municípios atendidos, servindo de apoio para que os profissionais da área desenvolvam continuamente competências e habilidades na coordenação de cuidado de seus pacientes”, afirma Tais Moreira.

Cada hospital PROADI-SUS atende determinado estado, conforme a seguinte divisão: BP — A Beneficência Portuguesa de São Paulo apoia os municípios de Alagoas, Maranhão e Piauí; Hospital Alemão Oswaldo Cruz apoia Sergipe; o Hcor, Paraíba e Pernambuco; o Hospital Moinhos de Vento, o Rio Grande do Norte; e o Hospital Sírio-Libanês, Bahia e Ceará. Para ter acesso às UBS

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