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Tecnologia

O impacto da tecnologia nos processos de auditoria médica

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Durante a pandemia, a tecnologia teve um papel fundamental na área da saúde. De acordo com estudo realizado pela International Data Corporation (IDC- 11-2020), até o final de 2022, o investimento em tecnologias nesse setor deve atingir US $1.931 milhões, o que corresponde a cerca de R$10 bilhões.

Tendo em vista este cenário, diversas áreas das instituições de saúde foram impactadas positivamente, como é o caso dos processos de auditoria médica, em que a tecnologia trouxe inovações para aprimorar a operação de hospitais, clínicas, bem como das operadoras de saúde.

Segundo relatório da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), os custos com assistência, como consultas, internações e outros tratamentos, podem atingir 80% do faturamento das operadoras da saúde.

Nesse contexto, o processo de auditoria médica assumiu um papel ainda mais estratégico, atuando como uma importante ferramenta de gestão no controle do fluxo de informações voltadas à qualidade da assistência do paciente.

Uma assistência de saúde segura realizada em âmbitos hospitalares ou domiciliares requer estudos de diversos processos, envolvendo as equipes de especialistas, além de protocolos científicos, regulamentações, contratualizações, e ainda, conhecimentos técnicos assistenciais, o que impacta fortemente na gestão dos custos e consequentemente na gestão dos desfechos e suas remunerações.

Como funciona uma auditoria médica?

Existem formas de se auditar uma assistência à saúde, tais como: as auditorias relacionadas exclusivamente às contas hospitalares, auditorias analíticas, auditorias concorrentes, auditorias sobre a qualidade dos prestadores, entre outras. Mas, neste artigo, constam as principais, que ocorrem através do paciente internado, seja em ambiente hospitalar ou domiciliar.

Neste contexto, a proposta do trabalho de auditoria está relacionada diretamente à qualidade assistencial e seus custos relacionados, exatamente os que impactam em sinistralidades. Vale ressaltar que as equipes em auditorias são multidisciplinares e diversificadas, sendo compostas por profissionais habilitados como enfermeiros, médicos, nutricionistas e psicólogos. São estes profissionais especialistas que interpretam o nível de assistência prestada e elaboram relatórios específicos com bases científicas. 

Alexandra Garcia

Desta forma, as equipes e empresas envolvidas neste ecossistema podem planejar ações com mais assertividade com o objetivo de ofertar, inclusive, serviços diferenciados, os quais se relacionam com a Segurança do Paciente, identificando as oportunidades de prevenção à saúde e de maior valor agregado aos associados.

Voltando as auditorias, entre os principais tipos, destacam-se a auditoria analítica – que analisa indicadores, sinalizando por meio de um mapa, dados sobre uma determinada situação, região, perfil de prestadores, qualidade dos desfechos em saúde e tempo médio de atendimentos hospitalares por determinadas patologias. 

No caso das auditorias concorrentes, o profissional auditor se dirige pessoalmente até o local do atendimento hospitalar, analisa as condições gerais do paciente, observa sua satisfação e sua experiência frente aos protocolos de Segurança do Paciente, as quais são estipuladas pelo Ministério da Saúde.

Não menos importante, após este mesmo atendimento, o processo se fecha dentro da Instituição hospitalar ou domiciliar por meio do fechamento da conta, onde então encontram-se a auditoria de contas hospitalares. Naturalmente, o serviço medido anteriormente é apresentado em forma estratificada, ou ainda sob formas de remunerações específicas acordadas entre prestadores e sua fonte pagadora.

O papel da tecnologia na auditoria médica

O avanço da tecnologia possibilitou não somente agilidade nos processos de auditoria médica, como também mais qualidade. A tramitação mais rápida e eficiente das informações permitiu tomadas de decisão mais ágeis, uma vez que as equipes podem dar andamento às solicitações e otimizar o tempo de atendimento, fator mandatório na área da saúde. Além disso, os resultados das auditorias contribuem para o planejamento de metas e ações nas demais áreas da administração das instituições de saúde.

Hoje, o mercado dispõe de soluções que permitem a integração com o sistema de gestão da operadora de saúde, auxiliando em todo o gerenciamento do plano. Tais ferramentas atuam como um suporte para os auditores em todas as etapas do processo de regulação, que passam a analisar não apenas o procedimento solicitado, como na possibilidade de atuação para a prevenção de imprevistos.

Os recursos tecnológicos têm facilitado as rotinas dos profissionais de saúde nas auditorias. Com os novos sistemas de integração, esses profissionais podem obter mais mobilidade e realizarem atendimentos simultâneos.  

Um bom exemplo são os profissionais médicos e enfermeiros que estão à beira leito que podem acompanhar um processo de internação/auditoria ao mesmo tempo em que conseguem solicitar ou relatar a necessidade de prorrogação da internação de outro paciente ou, ainda, fazer a análises, validações ou solicitações de exames.

É fato que a tecnologia, mais do que proporcionar vantagens à área médica, vem contribuindo para uma melhor gestão das instituições de saúde, garantindo as evidências de uma qualidade desejada aos serviços prestados, além de otimizar a saúde financeira das operadoras na mesma medida em que torna a jornada de atendimento ao paciente mais eficiente. 

Afirma Alexandra Garcia, Gerente de Auditoria em Saúde na empresa Benner

Atualidades

Nova ferramenta gratuita de IA auxilia oncologistas e profissionais de saúde no tratamento do câncer

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A oncologia ganha um novo reforço tecnológico com o lançamento da OncoIA, uma plataforma gratuita de inteligência artificial desenvolvida para apoiar oncologistas e profissionais de saúde na análise de dados clínicos e na personalização do tratamento contra o câncer. Criada pelo oncologista Raphael Brandão, a ferramenta integra dados clínicos e biológicos, aumentando a precisão terapêutica e permitindo abordagens mais individualizadas para cada paciente.


OncoIA: inteligência artificial como aliada na oncologia

A OncoIA foi projetada para atuar como um suporte inteligente aos médicos, oferecendo insights baseados em evidências científicas e auxiliando na tomada de decisões terapêuticas.

“A OncoIA foi concebida para ser uma aliada dos médicos, fornecendo informações baseadas em evidências para aprimorar a personalização do tratamento oncológico”, explica Raphael Brandão, fundador da Clínica First e Coordenador de Oncologia da Rede de Hospitais São Camilo, em São Paulo.

Segundo Brandão, a ferramenta busca transformar a prática clínica ao tornar o atendimento mais ágil, eficiente e preciso, contribuindo diretamente para a qualidade da assistência ao paciente.


Tecnologia avançada e usabilidade intuitiva

A plataforma conta com uma interface amigável, facilitando a navegação e o uso por profissionais da saúde. Entre os principais diferenciais da OncoIA, destacam-se:

  • Análise avançada de dados clínicos para suporte à decisão médica.
  • Integração de informações biológicas e genéticas, permitindo tratamentos personalizados.
  • Base de conhecimento atualizada, garantindo acesso a diretrizes médicas e protocolos de referência.

Além da versão web, a OncoIA em breve será disponibilizada em formato de aplicativo, ampliando ainda mais seu alcance e praticidade para médicos e equipes multidisciplinares.


Impacto na oncologia e inovação no atendimento ao paciente

A adoção de inteligência artificial na oncologia tem sido um caminho promissor para aprimorar o tratamento do câncer, ajudando médicos a identificar padrões de resposta terapêutica, prever efeitos adversos e melhorar a precisão das condutas médicas.

A OncoIA reflete um compromisso contínuo com a inovação no setor de saúde, tornando-se uma ferramenta valiosa no suporte ao diagnóstico e no planejamento terapêutico, sem substituir a expertise dos médicos, mas atuando como uma aliada estratégica na assistência ao paciente oncológico.


Conclusão

O lançamento da OncoIA representa um avanço significativo na oncologia, trazendo a inteligência artificial como suporte essencial para decisões médicas mais precisas e personalizadas. Com o objetivo de tornar o atendimento mais eficiente e acessível, a plataforma reforça o compromisso de Raphael Brandão com a inovação na medicina e pode se tornar uma referência no tratamento do câncer no Brasil.


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Mercado de Business Intelligence (BI) na saúde no Brasil deve atingir uma receita projetada de US$ 259,8 milhões até 20301

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Tecnologias como o AeroRemote® Insights, da Konica Minolta, impulsionam eficiência hospitalar, precisão diagnóstica e experiência do paciente

De acordo com a empresa de consultoria e pesquisa de mercado, Grand View Research, o mercado de Business Intelligence (BI) na saúde no Brasil deve atingir uma receita projetada de US$ 259,8 milhões até 2030, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 13,6% entre 2023 e 2030. Esse avanço reflete a crescente digitalização do setor, impulsionada pela necessidade de otimizar processos, reduzir custos e aprimorar a experiência dos pacientes.

A análise de dados em tempo real tem sido uma peça-chave na transformação digital da saúde. Ferramentas de BI e telemetria possibilitam o monitoramento constante de equipamentos médicos, a análise preditiva de demandas hospitalares e a personalização do atendimento ao paciente, garantindo mais precisão nos diagnósticos e eficiência na gestão hospitalar.

“Os dados são hoje um ativo fundamental na saúde, permitindo decisões mais rápidas, precisas e baseadas em evidências. Com a inteligência de dados, os gestores hospitalares podem prever falhas em equipamentos, otimizar fluxos de trabalho e, principalmente, garantir um atendimento mais ágil e eficiente aos pacientes”, afirma Yan Maia, Especialista de Produto da Konica Minolta Healthcare do Brasil.

A transformação digital na saúde não apenas aprimora a capacidade de prever e corrigir falhas antes que impactem os atendimentos, mas também contribui para a otimização de custos. Segundo a McKinsey & Company, a digitalização e o uso de inteligência artificial (IA) no setor podem gerar economias de US$ 200 bilhões a US$ 360 bilhões globalmente, reduzindo desperdícios e melhorando a alocação de recursos2.

“O avanço da inteligência de dados melhora a gestão hospitalar e também tem um impacto direto na qualidade do atendimento. Com ferramentas analíticas avançadas, profissionais de saúde conseguem identificar padrões e tendências que permitem a detecção precoce de doenças, reduzindo complicações e melhorando os desfechos clínicos”, complementa Maia.

Diante desse cenário, ampliar o acesso a tecnologias de BI e telemetria na saúde no Brasil é essencial para garantir um sistema mais eficiente, acessível e preparado para os desafios do futuro

Sobre a Konica Minolta

A Konica Minolta Healthcare do Brasil é pioneira em inovação, dando forma às ideias através de tecnologias avançadas de diagnóstico por imagem. Nós colaboramos com nossos clientes para moldar um futuro mais brilhante e trazer inovação para a saúde. Nossa visão é contribuir para uma sociedade melhor.

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Implante cerebral para melhora do humor será testado no Reino Unido

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Um novo horizonte para o tratamento de distúrbios psiquiátricos pode estar se abrindo: um implante cerebral projetado para modular o humor e aliviar quadros de depressão resistente foi anunciado para testes no Reino Unido. O dispositivo, que funciona a partir de estímulos elétricos direcionados, promete oferecer uma alternativa a pacientes que não respondem adequadamente a medicamentos e terapias convencionais.

Como o implante cerebral funciona

O dispositivo emprega estimulação cerebral profunda (DBS, na sigla em inglês), técnica já utilizada em casos de Parkinson e distúrbios de movimento. Seu objetivo é estimular, de forma contínua ou intermitente, regiões específicas do cérebro associadas à regulação emocional. Dessa forma, o sistema busca “ajustar” a atividade neuronal, ajudando a equilibrar a produção e a transmissão de neurotransmissores que influenciam o humor, como a serotonina e a dopamina.

Principais características do implante:

  • Localização precisa: Pequenos eletrodos são implantados em áreas específicas, mapeadas com técnicas de imagem avançada.
  • Feedback em tempo real: Alguns sistemas de DBS contam com sensores internos, capazes de medir a atividade cerebral e ajustar a intensidade do estímulo conforme as necessidades do paciente.
  • Controle externo: Profissionais de saúde podem programar e monitorar as configurações do dispositivo por meio de um controlador externo, permitindo ajustes graduais até encontrar a dosagem ideal de estímulo.

Potenciais benefícios e indicações

  1. Depressão resistente ao tratamento: Muitos pacientes não alcançam melhora satisfatória apenas com antidepressivos, psicoterapia e outras intervenções. O implante poderia diminuir sintomas de depressão crônica e pensamentos suicidas.
  2. Rapidez de resposta: Enquanto medicamentos podem levar semanas para surtir efeito, os estímulos cerebrais podem apresentar respostas perceptíveis em menos tempo, embora o ajuste de parâmetros seja contínuo.
  3. Diminuição da carga de medicamentos: Uma resposta eficaz ao implante pode reduzir a necessidade de múltiplos remédios, que frequentemente causam efeitos colaterais indesejados.

Desafios e preocupações

  • Natureza invasiva: O procedimento cirúrgico de implante é delicado e requer experiência neurológica especializada. Há risco de infecção e complicações relacionadas à implantação de eletrodos no tecido cerebral.
  • Custos e acesso: Por se tratar de tecnologia de ponta, o implante pode ter custos elevados, dificultando a ampla disponibilidade.
  • Ética e privacidade: A possibilidade de influenciar diretamente o estado mental de um indivíduo suscita debates sobre consentimento, autonomia e o risco de manipulação do comportamento.
  • Regulamentação rigorosa: Agências de saúde como a MHRA (no Reino Unido) e a FDA (nos EUA) devem acompanhar de perto os testes para garantir a segurança e avaliar os resultados clínicos antes de uma possível liberação comercial.

Próximos passos e expectativas

Os ensaios clínicos no Reino Unido vão envolver pacientes voluntários diagnosticados com depressão resistente grave, selecionados conforme critérios médicos e psicológicos. Caso os resultados mostrem eficácia e baixo índice de efeitos adversos, a tecnologia pode abrir perspectivas para o tratamento de outros transtornos psiquiátricos, como ansiedade crônica e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Ao longo dos testes, pesquisadores analisarão a resposta dos voluntários em diferentes intervalos de tempo, observando o impacto na qualidade de vida, na interação social e no retorno às atividades diárias. No contexto de um crescimento significativo dos casos de transtornos mentais no mundo, sobretudo após períodos de crise global, o avanço de terapias neuromoduladoras pode representar um passo crucial em direção a cuidados mais abrangentes e eficazes.


Fonte: Época Negócios – Implante cerebral capaz de melhorar o humor será testado no Reino Unido

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