A Variação de Custos Médico-Hospitalares (VCMH) apurada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) foi de 25% nos 12 meses encerrados em dezembro de 2021, comparado com os 12 meses anteriores. O índice teve uma redução de 2,7 pontos percentuais em relação ao último levantamento divulgado, referente a setembro do ano passado, e não significa uma queda nos custos gerais, que estão crescendo em velocidade menor.
O estudo leva em conta o comportamento de uma carteira de 672,6 mil beneficiários de planos individuais e se revelou superior à inflação de preços medida pelo IPCA/IBGE, que foi de 10,1% no mesmo período. “A leve desaceleração foi puxada, principalmente, pelo item Exames, cujos indicadores passaram de 31,6%, em set/21, para 29%, em dez/21, devido a uma redução na frequência de utilização”, afirmou o superintendente executivo do IESS, José Cechin.
No mesmo período, houve queda em Internação, de 29,3% para 24,4%, puxada por desaceleração do custo médio e também da frequência de utilização. Vale ressaltar que os dois itens, Exames e Internação, respondem por 73% da composição do indicador.
O levantamento do IESS, no entanto, revela que a VCMH foi positiva em todos os grupos de procedimentos, indicando aumento nas despesas per capita no período avaliado. O maior registro ocorreu em Outros Serviços Ambulatoriais – OSA (44,6%), seguido por Exames (29%), Consultas e Internações (24,4%) e Terapias (13,5%).
Em relação aos dados por Grupo de Procedimentos, nota-se que as Internações têm o maior peso (63%), seguidas por Terapias (12%), Exames Complementares (10%), Consultas (2%) e OSA (8%).
Como a VCMH é calculada
A VCMH é calculada a partir de metodologia internacional considerando-se o custo médio por exposto em um período de 12 meses em relação às despesas médias dos 12 meses imediatamente anteriores. O índice é uma média ponderada por padrão de plano (básico, intermediário, superior e executivo), o que possibilita a mensuração mais exata da variação do custo médico-hospitalar. Com isso, eliminam-se boa parte das variações que decorrem de mudanças na composição dos planos, que nada teriam a ver com variação de despesas.
A metodologia é reconhecida internacionalmente e aplicada na construção de índices de variação de custo per capita em saúde nos Estados Unidos, como o S&P Healthcare Economic Composite e Milliman Medical Index.
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