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25% das pessoas que sofrem fratura no quadril morrem no pós-operatório

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De acordo com a IOF (International Osteoporosis Foundation, ou Fundação Internacional de Osteoporose, em tradução livre do inglês), uma em cada quatro pessoas que sofrem fratura de quadril morre no período pós-operatório, que varia de seis meses e um ano. O órgão aponta que, no Brasil, cerca de 200 mil mortes por ano resultam dessa quebra do osso. Elas não estão, obrigatoriamente, ligadas à fratura, mas, também, a complicações como pneumonia, infecções e problemas cardíacos.

“Entre os que sobrevivem, cerca de metade perde a independência. As fraturas por fragilidade óssea se devem à osteoporose, doença que causa perda de massa óssea e prejuízo de sua estrutura”, ressalta Francisco José Albuquerque de Paula, endocrinologista da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto (SP) e presidente da ABRASSO (Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo).

A condição afeta perto de 10 milhões de brasileiros. Francisco de Paula afirma, ainda, que medidas preventivas devem ser tomadas ao longo da vida, ou seja, favorecer o ganho de massa óssea na infância e na adolescência e minimizar a perda de massa óssea que acontece com o envelhecimento. Deste modo tenta-se preservar a saúde esquelética, a qualidade e a expectativa de vida.

Atualmente existem diversos grupos de medicamentos que podem ser usados para melhorar a condição óssea e reduzir o risco de fratura. Em pessoas com osteoporose, uma queda da própria altura – o popular “tombo” – pode resultar em fratura. Segundo a ABRASSO, cerca de 30% dos adultos acima de 65 anos caem anualmente. Destes, 15% sofrem lesões. A OMS (Organização Mundial da Saúde) indica que uma a cada duas mulheres, após a menopausa, terá fratura óssea. Ocorrem cerca de nove milhões de fraturas globalmente por ano.

“Além do envelhecimento, há outros fatores que aumentam o risco de quedas. Entre eles estão certos medicamentos usados para tratar ansiedade e depressão, doenças como Alzheimer, AVC (Acidente Vascular Cerebral) e doença de Parkinson. Existem, também, outros fatores que são modificáveis, como, por exemplo, o ambiente inapropriado para uma pessoa com debilidade e que pode favorecer quedas e prejuízo visual”, salienta o endocrinologista.

Congresso de osteoporose

A ABRASSO realizará, em 2022, o 10º BRADOO (Congresso Brasileiro de Densitometria, Osteoporose e Osteometabolismo), o mais importante evento nacional dedicado ao osteometabolismo, no Windsor Oceânico Hotel, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ), de 19 a 22 de outubro. Participarão médicos especialistas do Brasil e do exterior, que divulgarão trabalhos científicos e discutirão novas diretrizes sobre as doenças ósseas.

O congresso abordará temas importantes sobre osteometabolismo, em particular a osteoporose. Líderes nacionais e alguns dos mais importantes pesquisadores internacionais participarão dos debates, incluindo endocrinologistas, ortopedistas, reumatologistas, ginecologistas, geriatras, pesquisadores da área básica, fisiatras, nutricionistas, fisioterapeutas, educadores físicos e profissionais de áreas que “conversam”, direta ou indiretamente, com o metabolismo ósseo. Confira todos os tópicos em www.bradoo.com.br.

“Por conta da pandemia, decidimos adiar o congresso e fazê-lo no segundo semestre de 2022. A data coincidirá, propositalmente, com o ‘Dia Mundial de Prevenção e Combate à Osteoporose’, celebrado em 20 de outubro. O BRADOO reúne sempre os maiores especialistas em saúde óssea do Brasil e do mundo”, conclui o endocrinologista e presidente do congresso, João Lindolfo Borges.

O 10° BRADOO terá como diretora Científica a professora doutora Maria Celeste Osório Wender. Presencial, o evento deverá ser um momento de reencontro e confraternização de todos aqueles que têm interesse no estudo, no diagnóstico e no tratamento da osteoporose.

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