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Inovação

Estudo indica soluções para melhorar a jornada da pessoa com diabetes no SUS

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Compreender o panorama geral do diabetes no Brasil, identificar desafios comuns analisando diferentes perfis de municípios brasileiros, ouvindo usuários, profissionais da ponta, gestores, e cocriar soluções para melhorar a jornada da pessoa com diabetes no SUS. Esses foram os objetivos que nortearam o “Projeto Tudo em Dia — Enfrentando os Desafios do Diabetes”.

Desenvolvido pelo Instituto Tellus, com o apoio da Novo Nordisk, a ação pretende fomentar projetos e atitudes simples que possam ajudar na orientação, no autocuidado e, por meio de informações acessíveis, atender às necessidades específicas de cada região do país, em relação aos desafios dos pacientes com diabetes.

Na primeira fase do projeto, foram realizadas pesquisas em Aracaju (SE), Distrito Federal (DF), Itanhaém (SP) e Pelotas (RS), com o intuito de observar os principais desafios do diabetes contemplando as dimensões no SUS: linha de cuidado; acesso e jornada dos pacientes; jornada de medicamentos; atenção primária e secundária; capacitações; programas e serviços; e registros e monitoramento de dados.

“Estamos diante de uma verdadeira epidemia mundial de diabetes, no qual o Brasil está em evidência nesse cenário, sendo o quinto país com maior prevalência da doença e o terceiro que mais tem custos com a doença. São mais de 16 milhões de diagnosticados, sem contar com aqueles que têm a doença, mas ainda não sabem. No contexto da covid-19 e na perspectiva de pós-pandemia, ficou ainda mais evidente a urgência de o país fornecer respostas efetivas para o enfrentamento dessa Doença Crônica Não Transmissível (DCNT)”, explica Germano Guimarães, Cofundador do Instituto Tellus.

Por se tratar de uma doença que envolve um tratamento multidisciplinar, foram ouvidos mais de 100 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, odontologistas, gerentes de UBSs, entre outros. O projeto contou ainda com a participação de 330 pessoas que responderam uma pesquisa online (264 com diabetes e 66 farmacêuticos) e 124 pessoas envolvidas nas atividades de campo interno e visitas em campo.

Durante as visitas aos municípios, a equipe encontrou uma série de oportunidades relacionadas à comunicação, cuidado, políticas públicas e parceria, como, por exemplo, a elaboração de materiais lúdicos e de fácil entendimento com orientações acessíveis sobre alimentação saudável e atividades físicas; mutirão para rastreamento de pessoas com diabetes ou pré-diabetes não diagnosticadas ou não conhecidas da área de abrangência da UBS; descentralização da distribuição de insulina e insumos para o acesso da população em situações de vulnerabilidade; e incentivo a parcerias com universidades para apoio de estudantes de educação física e nutrição para ações de prevenção ao diabetes.

Soluções encontradas

Por meio de Oficinas de Cocriação, representantes dos municípios realizaram o desenho das soluções. Ao todo, foram identificadas 45 oportunidades de atuação do projeto que, após processo de priorização e agrupamento, se tornaram 6 grandes desafios, que geraram mais de 150 ideias e resultaram em 12 soluções especificas:

  • Planilha para gestão do processo de cuidado;
  • Estratégias para estratificação de risco;
  • Modelo de busca ativa e rastreamento;
  • Simplificação de protocolos;
  • Trilha de capacitações;
  • Fortalecimento das ações do ACS;
  • Apoio à adesão ao tratamento;
  • Estratégias para prevenção e promoção à saúde;
  • Estratégias para adesão medicamentosa e mudanças no estilo de vida;
  • Estratégias para diabetes em crianças e adolescentes;
  • Monitoramento de níveis glicêmicos e adesão medicamentosa; e
  • Plataforma tudo em dia.

“Para a Novo Nordisk, esse estudo é fundamental, pois dá visibilidade às necessidades específicas de cada região. Nesse sentido, o apoio ao projeto possibilita ampliar o acesso à orientação, cuidados e informações disponíveis aos pacientes com diabetes que dependem do SUS, além de direcionar ações futuras, como, por exemplo, políticas públicas”, finaliza, Simone W. Tcherniakovsky, Diretora de Assuntos Corporativos e Sustentabilidade da Novo Nordisk Brasil.

Atualidades

Labchecap inaugura avançado centro tecnológico em Salvador

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Labchecap de Salvador (BA) acaba de inaugurar um novo centro tecnológico por meio de soluções integradas da Roche Diagnóstica. Serão oferecidos cerca de 1,8 milhão de testes por mês nas áreas de imunologia, hematologia e bioquímica, com exames de diferentes patologias, como tireoide, perfil hormonal e doenças infecciosas, com equipamentos que unem simplificação e excelência, aumentam a produtividade, levando a resultados mais rápidos e precisos, garantindo mais agilidade, assertividade e segurança no diagnóstico do paciente.

Com 800m2 dedicados à área técnica, o novo centro contará com um fluxo linear e único de automação e maior padronização nos processos com foco na eficiência operacional. Tudo por meio de soluções que possibilitam uma contingência e backup para segurança da operação, previsibilidade do tempo e rastreabilidade das amostras em tempo real para controle.

Parceria visa levar mais acesso a um diagnóstico ágil, preciso e de qualidade para a região, trazendo mais valor e cuidado aos pacientes.

No total, são 18 plataformas da Roche Diagnóstica, com módulos de Imunologia com o equipamento do modelo cobas® pro e801, que aumenta a produtividade por menor tempo de manutenção, consolidando o maior número de testes em um único tubo e permite maior utilização com a grande estabilidade onboard dos reagentes; 2 soluções cobas® p512, automatizando as etapas pré e pós-analíticas, que abrangem os procedimentos executados dentro dos laboratórios, e automação de Hematologia com o equipamento Sysmex XN 9100.

Também traz o novo e inteligente conceito de manutenção auto-operacional que executa automaticamente as tarefas de manutenção em segundo plano e reduz a carga manual diária para zero na unidade analítica cobas® c 503 e as unidades pós-analíticas cobas® p 701 e output module, que são sistemas de arquivamento refrigerados que simplificam a recuperação de amostras e o gerenciamento de testes complementares.

Créditos: https://medicinasa.com.br/estudo-miopia/

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Atualidades

Inovação: criação de cirurgia pioneira no mundo no HCFMUSP

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Por Francisco Cesar Carnevale

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), o maior complexo hospitalar da América Latina, é uma referência mundial em saúde. Este prestígio é resultado de uma combinação de assistência de qualidade, ensino de excelência, pesquisa avançada e investimentos contínuos em inovação e tecnologia. Esses esforços têm permitido o desenvolvimento de tratamentos revolucionários que não apenas melhoram a qualidade de vida dos pacientes, mas também ampliam o acesso à saúde e geram um impacto socioeconômico significativo no Brasil.

A radiologia, tradicionalmente conhecida por seu papel crucial no diagnóstico de diversas condições médicas por meio de exames como raio-X, tomografia e ressonância magnética, tem expandido seu alcance para incluir tratamentos. A radiologia intervencionista, uma subespecialidade terapêutica, utiliza métodos de imagem para realizar cirurgias minimamente invasivas e mais precisas. Esta abordagem proporciona aos pacientes menor risco, recuperação mais rápida e menos dor, comparado aos métodos cirúrgicos tradicionais.

Recentemente, fui surpreendido com a notícia de que serei homenageado em setembro com o prêmio mais importante da Radiologia Intervencionista durante o congresso da CIRSE 2024, em Lisboa. Este título, que avalia profissionais de todo o mundo, está para nós, médicos, como a Bola de Ouro no futebol! Ser o primeiro brasileiro e latino-americano a receber esse prêmio é uma honra indescritível, até porque é o reconhecimento de um trabalho realizado em equipe e um reconhecimento do Brasil como referência em medicina e pesquisa, superando a desconfiança que muitas vezes cerca a produção científica nacional. Sou profundamente grato por isso.

Um dos avanços mais notáveis que desenvolvemos no InRad e, de forma pioneira no Brasil e no mundo, é a técnica de embolização da próstata, uma alternativa inovadora para o tratamento da hiperplasia prostática benigna (HPB). Esta condição, comum entre homens após os 50 anos, geralmente exige a remoção total ou parcial da glândula. A técnica consiste em obstruir as artérias da próstata, bloqueando parcialmente a circulação sanguínea para reduzir seu tamanho e torná-la mais macia. Este procedimento minimamente invasivo melhora significativamente a qualidade de vida dos pacientes ao eliminar os sintomas da HPB e evitar as complicações associadas aos tratamentos tradicionais.

O projeto proporcionou ao Instituto de Radiologia uma projeção internacional e atraiu profissionais do Brasil e do exterior que buscam treinamento para aprender e replicar o procedimento ao redor do mundo.

No InRad, a radiologia intervencionista permite oferecer tratamentos para uma ampla gama de especialidades, incluindo oncologia, ortopedia, transplante de fígado e rim, além de opções terapêuticas em pediatria e ginecologia, como o tratamento de miomas uterinos. Conseguimos atender todos os institutos do complexo, incluindo o InCorICESP, Instituto da Criança e do Adolescente (ICr), Instituto Central e Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOTH).

Realizamos aproximadamente 2 mil cirurgias minimamente invasivas por ano dentro do HCFMUSP, e o impacto social desse trabalho é significativo. Já formamos internamente mais de cem profissionais capacitados a replicar e disseminar as técnicas desenvolvidas aqui, beneficiando não apenas os pacientes do HC, mas também em todo o Brasil.

Crescer e continuar a transformar

A radiologia intervencionista é uma especialidade que demanda e promove inovação, o que a torna extremamente atrativa. Temos aumentado o número de residentes e estamos otimistas em relação ao futuro, já que atuamos em diversos institutos do HC. Além disso, temos a responsabilidade de formar médicos de todo o Brasil, capacitando-os a levar esse conhecimento para suas regiões.

As conquistas que alcançamos até agora são apenas o começo de um caminho promissor. A especialidade tem potencial para transformar a jornada do paciente, oferecendo tratamentos mais eficazes e menos invasivos, que resultam em melhores prognósticos e uma recuperação mais rápida. O reconhecimento internacional que recebemos é um testemunho do impacto positivo que a radiologia intervencionista pode ter na medicina moderna.


*Francisco Cesar Carnevale é Chefe do Serviço de Radiologia Vascular Intervencionista do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da USP, do Instituto do Câncer (ICESP) e professor livre-docente pela Faculdade de Medicina da USP.]

Créditos: https://medicinasa.com.br/radiologia-hcfmusp/

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Atualidades

Uberização: o crescimento do pay per use na saúde brasileira

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Por Graciele Miglio

O sistema de pay per use tem ganhado espaço em diversas áreas, incluindo a saúde, oferecendo uma alternativa flexível e acessível para quem precisa de cuidados médicos. No entanto, o termo “uberização” tem sido erroneamente associado a esse modelo, muitas vezes com uma conotação negativa. É essencial esclarecer que, quando aplicado à saúde, o sistema pay per use não visa precarizar o trabalho dos profissionais ou reduzir a qualidade do atendimento, mas sim democratizar o acesso e oferecer uma opção mais justa tanto para pacientes quanto para médicos.

Os números e estimativas comprovam isso. Especialistas apontam que o sistema de saúde pay per use no Brasil faturou, em 2023, R$ 320 bilhões e as projeções para os próximos dez anos indicam que o mercado de saúde pay per use pode crescer dez vezes em relação ao faturamento atual.

O envelhecimento da população, os altos custos dos planos de saúde e as dificuldades de acesso aos tratamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão impulsionando a demanda por serviços de saúde privados. Esse cenário apresenta uma oportunidade única para o modelo pay per use, que, se bem estruturado, pode se tornar uma alternativa acessível e viável para milhões de brasileiros.

O sistema pay per use na saúde não deve ser confundido com a “uberização” do setor. Enquanto o primeiro busca ampliar o acesso e garantir justiça tanto para pacientes quanto para médicos, o segundo carrega uma conotação negativa que não se aplica ao contexto da saúde.

Ao adotar o modelo pay per use, estamos caminhando em direção a um sistema mais inclusivo e sustentável, onde todos têm a oportunidade de receber cuidados médicos de qualidade a preços justos. O futuro deste modelo é promissor, mas exige atenção e planejamento para que seu crescimento seja harmonioso e benéfico para todos os envolvidos.


*Graciele Miglio é CEO da Nowmed.

Créditos: https://medicinasa.com.br/saude-uberizacao/

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