A iniciativa AWS Health Equity, lançada há 1 ano pela Amazon Web Services (AWS), já concedeu US$ 14 milhões em créditos de nuvem e conhecimento técnico para ajudar quase 90 organizações em todo o mundo, de startups a organizações sem fins lucrativos e grandes empresas, a enfrentar o desafio de promover o acesso igualitário aos cuidados de saúde.
A iniciativa é um compromisso de três anos que irá destinar US$ 40 milhões para apoiar organizações em todo o mundo que estão inventando e escalando novas maneiras de promover o acesso igualitário aos cuidados de saúde e abordar os determinantes sociais da saúde. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), há uma diferença de 19 anos na expectativa de vida entre os países desenvolvidos e aqueles com recursos limitados. As razões para as diferenças na expectativa de vida são complexas e transcendem a genética, status socioeconômico, educação, condições ambientais e muitos outros fatores.
“Preencher a lacuna de igualdade de saúde exigirá abordagens novas e melhores para a prestação de cuidados, e nossos clientes estão fazendo exatamente isso. Estamos vendo organizações criarem soluções inovadoras que aproveitam o poder da nuvem para fornecer melhores resultados de saúde em todo o mundo”, diz Max Peterson, vice-presidente global para o Setor Público da AWS. “As inovações vão desde um serviço de táxi para mulheres em trabalho de parto que precisam de atendimento de emergência na Tanzânia e Lesoto, até a tecnologia de sequenciamento de genoma que está facilitando o tratamento da Covid-19 e outras doenças na África. A tecnologia da AWS tem um potencial ilimitado para aumentar substancialmente a equidade em saúde e estamos animados para ver o que podemos alcançar juntos.”
Promover a igualdade por meio de melhores diagnósticos
A AWS está expandindo o AWS Health Equity Initiative para incluir uma quarta área de foco: diagnóstico. Apesar de seu papel crítico no tratamento, os diagnósticos são rotineiramente ignorados e sub financiados, principalmente para lidar com problemas de atenção primária, como diabetes e hipertensão. As doenças não transmissíveis são responsáveis por 70% das mortes em todo o mundo, e um número desproporcional dessas mortes ocorre em países de baixa e média renda.
Nos últimos dois anos, estimulada pela pandemia, a AWS apoiou organizações que usam a nuvem para impulsionar novas tecnologias de diagnóstico para lidar com a Covid-19. Além da pandemia, há necessidade de inovação diagnóstica sustentada em uma ampla gama de doenças, e essa nova área de foco foi projetada para enfrentá-la.
Um excelente exemplo de empresa que usa a nuvem para levar tratamentos diagnósticos a países de baixa e média renda é a Hyrax Biosciences. Esta empresa de software de bioinformática sul-africana permite a análise do genoma da Covid-19 para melhor compreender e acompanhar a evolução do vírus em África. Isso permite que as autoridades de saúde nacionais e internacionais monitorem infecções, identifiquem e compreendam rapidamente novas variantes e tomem medidas rápidas. Agora, com o apoio da Health Equity Initiative, a Hyrax está expandindo sua tecnologia de sequenciamento de genoma para tratar de outras doenças, como HIV, tuberculose e malária, que afetam desproporcionalmente as pessoas nos países em desenvolvimento.
“Os dados de sequenciamento de próxima geração são enormes em escala e computacionalmente pesados. A AWS nos permite processar grandes quantidades de dados genômicos brutos em horas, não em dias ou semanas. pode compreender a diversidade da doença em todo o continente e fornecer os cuidados certos ao maior número possível de pessoas”, disse Simon Travers, CEO da Hyrax Biosciences.
O novo pilar de diagnósticos será a quarta área de interesse da Health Equity Initiative. As outras três são:
- Aumentar o acesso aos serviços de saúde
- Abordar os determinantes sociais da saúde
- Usar dados para promover sistemas de atenção equitativos e inclusivos
- Democratizar o acesso aos cuidados
Além dos diagnósticos, houve avanços no combate às disparidades de tratamento e assistência.
A empresa Hurone AI, com sede em Seattle, Estados Unidos, está democratizando o acesso a cuidados e prevenção de câncer de alta qualidade. A empresa está desenvolvendo aplicativos baseados em IA, derivados de fontes de dados e algoritmos de pessoas de ascendência africana, para preencher a lacuna nos resultados do tratamento do câncer.
Oncologistas são escassos na África. Estima-se que em Ruanda existam entre 10 e 20 oncologistas para cuidar de uma população de quase 13 milhões de pessoas. O aplicativo Gukiza da Hurone AI permite que os oncologistas ofereçam monitoramento remoto de pacientes e tele-oncologia em todo o país. Desenvolvido pela AWS, o aplicativo Gukiza permite que os oncologistas se comuniquem com os pacientes por meio de dispositivos digitais ou mensagens de texto, aumentando sua capacidade de cuidar de mais pacientes em mais lugares.
“A AWS está nos ajudando a expandir com segurança o acesso ao tratamento do câncer em Ruanda. Usando a nuvem, podemos dimensionar o aplicativo Gukiza, abordar a lacuna de dados sobre o câncer na África e apoiar melhor os pacientes ao longo do tratamento. Com o Gukiza, reduzimos os custos de hospitalizações relacionadas a efeitos colaterais e aumentamos as taxas de sobrevivência”, disse Kingsley Ndoh, fundador e estrategista-chefe da Huron AI.
As dificuldades de acesso aos serviços de saúde estendem-se também à atenção médica primária. Os socorristas de emergência geralmente precisam intervir para fornecer suporte não emergencial quando um paciente não tem transporte ou acesso fácil aos cuidados primários. A eVisit, com sede em Mesa, Arizona, está ajudando o pessoal de emergência a fornecer serviços de telessaúde que permitem que populações carentes acessem os cuidados de que precisam sem correr para o hospital.
O acesso ao eVisit Virtual Care está disponível com apenas alguns toques em tablets dos técnicos de emergência médica (EMTs) para facilitar a tele saúde entre pacientes que ligam para o 911 e médicos de emergência.
“Os custos e a capacidade de chegar a uma unidade de atendimento podem ser desafios reais para grupos vulneráveis e carentes, e a telessaúde pode desempenhar um papel crítico na redução dessa lacuna. Nossa plataforma Virtual Care foi projetada para facilitar aos socorristas ajudar os pacientes e evitar idas desnecessárias ao hospital”, explica Juli Stover, diretora de estratégia da eVisit. “Executar nossa solução na AWS e o suporte do programa Health Equity Initiative nos permitiu escalar, permitindo-nos ajudar as pessoas que mais precisam, quando precisam.”