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Levantamento mostra o impacto do absenteísmo na saúde

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Um levantamento inédito realizado pelo Programa Brasileiro de Segurança do Paciente (PBSP) mostra o impacto financeiro que o absenteísmo de profissionais envolvidos com a assistência pode provocar no sistema de saúde brasileiro. Utilizando os dados de 23 instituições de saúde, de todas as regiões brasileiras, o trabalho demonstra prejuízo que pode ultrapassar R$ 25 milhões ao ano, apenas dentro do universo pesquisado.

Nas instituições participantes, houve um total de 1197 colaboradores ausentes por mês, uma média de 52 ausências mensal por hospital. A região Sudeste foi a mais impactada por este cenário, com prejuízo de aproximadamente R$ 11 milhões, seguida pelo Nordeste (mais de R$ 7 milhões), Centro-Oeste (cerca de R$ 4 milhões), Sul (pouco mais de RS 2 milhões) e Norte (R$ 583 mil).

Os valores levam em conta, além dos custos salariais de um profissional que falta ao trabalho sem motivo definido, os gastos com substituição ou, em alguns casos, com o excesso de pessoal necessário para suprir um nível específico de ausência. Também são contabilizados os custos associados à perda de produtividade ou redução da qualidade e da segurança.

“A ausência de profissionais prejudica a demanda, a qualidade e a eficiência da prestação de serviços de saúde”, afirma o diretor técnico, Felipe Tolaini. “O absenteísmo pode ser um termômetro para o bem-estar físico e psicológico dos profissionais de saúde, além de uma medida valiosa do desempenho dos sistemas de saúde.”

A partir da análise, o PBSP desenvolveu tipologias que possam vir a identificar os principais motivos para este absenteísmo. “É necessário trazer a discussão não só entre os profissionais, mas esclarecer com os gestores os riscos, impactos e o trabalho com mecanismos que possam gerenciar essas ausências, para que se evite um ciclo vicioso de má gestão na saúde”, pontua Tolaini.

Gerenciamento de Ausências

O gerenciamento das ausências entre as equipes de assistência se transformou no foco principal do trabalho desenvolvido pelo Programa Brasileiro de Segurança do Paciente (PBSP) em 2022. Criada em 2008 pelo Instituto Qualisa de Gestão (IQG), a iniciativa reúne 250 instituições de saúde de diferentes portes em todo o Brasil, com o propósito de compartilhar conhecimento para que promover a evolução e a melhoria dos processos de assistência.

O Programa tem como objetivo construir o relacionamento com pessoas envolvidas na melhoria da segurança no sistema de saúde brasileiro. A iniciativa promove eventos de networking que geram oportunidade de conexão com quem está fazendo a diferença nessa área. Além disso, são realizados webinars com especialistas, como meio de ouvir aqueles que tiveram sucesso em melhorar a saúde do paciente, especificamente a segurança.

A complexidade das instituições de saúde dificulta o gerenciamento das ausências, principalmente nos setores críticos. A intenção do Programa é auxiliar os líderes a desenvolver ferramentas para sustentar e equilibrar a segurança do atendimento e a saúde dos profissionais.

Especialmente durante o período de pandemia da Covid-19, houve uma sobrecarga dos profissionais e corpo médico nos hospitais. Com isso, o fenômeno do absenteísmo hospitalar preocupa e impacta diretamente não só no atendimento, podendo também influenciar negativamente o desempenho de uma equipe inteira e a gestão da instituição por inteiro.

“Nosso objetivo tem sido buscar maior conhecimento sobre a dimensão deste problema e trabalhar com esse impacto nos serviços de saúde, além de fortalecer o entendimento de que o número inadequado de profissionais e a preparação efetiva para o trabalho tem prejudicado a prestação de cuidados de saúde. Nosso objetivo é informar os gestores do sistema de saúde sobre o impacto, e a necessidade de discutir o tema”, conclui Tolaini.

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Câmara aprova projeto que autoriza residentes a parcelarem férias

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Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que autoriza os médicos de programas de residência a fracionarem suas férias. A proposta segue para o Senado. A medida consta do Projeto de Lei 1732/22, da ex-deputada Soraya Manato. O texto foi aprovado em Plenário com parecer favorável do deputado Luizinho (PP-RJ), que apresentou pequenas mudanças.

A exemplo dos trabalhadores e servidores públicos, os médicos, quando participarem de programas de residência médica, passarão a poder fracionar os 30 dias de férias em períodos mínimos de 10 dias. Para esses médicos residentes, as férias são chamadas de repouso anual.

A rotina exigente dos residentes pode levar ao burnout e à exaustão, na opinião de Luizinho. “Comprometendo não apenas a saúde mental e física dos médicos, mas também a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.”

Segundo ele, o fracionamento das férias permitirá que esses profissionais tenham períodos de descanso menos espaçados e façam uma gestão mais flexível do tempo.

Outros profissionais

O texto de Luizinho especifica que os demais profissionais da área de saúde terão o fracionamento do repouso anual disciplinado em regulamento. Ele acatou emenda da deputada Adriana Ventura (Novo-SP). “Os profissionais de saúde merecem essa flexibilidade”, disse a deputada.

Durante o debate do projeto em Plenário, o deputado Eli Borges (PL-TO) defendeu a aprovação. “É o tipo de profissional que não tem dia, não tem hora e faz o seu trabalho de doação de vida para as pessoas”, declarou. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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Vuelo Pharma apresenta inovações no tratamento de feridas durante a Sobenfee 2024

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A empresa curitibana estará com stand exclusivo no evento, que ocorre em Salvador entre os dias 26 e 29 de novembro

A Vuelo Pharma, empresa curitibana especializada em produtos de healthcare com foco em skin care, wound care e wellness — self care,  marcará presença no Sobenfee 2024 — um dos maiores eventos de saúde e enfermagem do Brasil. 

O congresso, que acontece entre os dias 26 e 29 de novembro, será realizado em Salvador, na Bahia, e irá reunir o IX Congresso Brasileiro de Prevenção e Tratamento de Feridas, o II Congresso Brasileiro de Enfermagem Estética e o XV Congresso Iberolatinoamericano sobre Úlceras e Feridas – SILAUHE.

Com um stand exclusivo, a Vuelo Pharma irá expor e demonstrar seu portfólio de produtos, permitindo que os visitantes conheçam de perto as soluções que a empresa desenvolve para o tratamento de feridas e cuidados com a pele. 

“A nossa participação no evento reforça o compromisso da Vuelo com a disseminação de boas práticas e tecnologias de ponta para os profissionais de enfermagem, promovendo a saúde e o bem-estar por meio de produtos de alta qualidade e eficácia”, comenta Thiago Moreschi, CEO da Vuelo.

O Sobenfee 2024 promete reunir especialistas e profissionais renomados do Brasil e da América Latina para discutir uma ampla gama de temas, com destaque para políticas públicas de saúde, segurança do paciente, novas tecnologias em curativos, o papel das práticas integrativas no serviço público, e o impacto do letramento em saúde para a desospitalização de pacientes.

Também serão abordados tópicos críticos como o manejo de lesões em pacientes diabéticos, feridas oncológicas, e a importância dos ambulatórios públicos no atendimento de pacientes com feridas crônicas. “Certamente voltaremos com uma bagagem de aprendizado muito relevante, será uma ótima oportunidade”, finaliza o CEO.

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Mitos e Verdades sobre Hipertensão Arterial – a popular pressão alta: o que é verdade e o que é erroneamente divulgado sobre a doença

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Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista do Sírio Libanês de Brasília, fala sobre a pressão alta, uma das doenças cardiovasculares mais comum entre os brasileiros

A hipertensão arterial – que é conhecida popularmente como “pressão alta” – afeta cerca de 27,9% da população brasileira (dados da Vigitel de 2023). E ainda que seja uma doença que atinge boa parte da população, ela é cercada de mitos e verdades que precisam ser esclarecidos. 

Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista e internacionalmente certificada em Medicina do Estilo de Vida esclarece os principais mitos e as suas verdades a respeito da hipertensão arterial:

Mito 1: “Hipertensão é uma doença que aparece apenas na terceira idade”

A verdade: Dra Fernanda Weiler explica que a hipertensão arterial antes era prevalente em pessoas mais velhas, no entanto, mudanças no estilo de vida – especialmente alimentação e sedentarismo – fizeram com que a doença aumentasse drasticamente inclusive na população mais jovem. “O aumento de consumo de ultraprocessados e a falta de atividade física – bastante comum inclusive em jovens – faz com que a pressão aumente, gerando em muitos um diagnóstico de hipertensão arterial”, diz a médica.

Mito 2: “Hipertensão não tem sintomas, por isso não precisa de tratamento”

A verdade: “Ainda que alguns pacientes sejam realmente assintomáticos, não significa que o organismo não corre riscos, pelo contrário: quem não sente os sintomas clássicos da hipertensão (dores de cabeça, tontura e mal-estar) pode evoluir para um diagnóstico ainda mais sério por conta da falta de tratamento”, explica Fernanda. 

Mito 3: “Basta cortar o sal e a pressão normaliza”

A verdade: “Não basta apenas cortar o sal das refeições e seguir se alimentando de ultraprocessados ricos em sódio”, fala a especialista. Para o melhor controle dos níveis pressóricos, além do cuidado com o sal é preciso controlar o que é consumido. Ultraprocessados são ricos em sódio e seu alto consumo pode manter elevada a pressão arterial. A preferência é consumir alimentos naturais e ricos em nutrientes.

Mito 4: “Medicamentos para hipertensão são sempre necessários e devem ser tomados para o resto da vida”

A verdade: Cada caso é um caso a ser avaliado individualmente. “Quando se fala em hipertensão arterial é preciso entender o quão elevada ela está. Casos de hipertensão leve podem – muitas vezes – ser tratados apenas com mudanças no estilo de vida, focando na alimentação saudável, na prática de atividade física e no controle de tóxicos, como tabagismo e etilismo. Outros casos mais severos podem pedir a intervenção medicamentosa mas, vale dizer, que mesmo quando há necessidade do uso de medicação, o paciente precisa melhorar a alimentação e a prática de exercícios. Apenas o remédio não vai, de fato, solucionar o problema, uma vez que a causa não é tratada”, afirma a doutora.

Mito 5: “Quem tem pressão normal não precisa se preocupar com hipertensão”

A verdade: “A pressão arterial varia em seu índice naturalmente ao longo do dia. Durante a prática esportiva ela é naturalmente mais elevada quando comparada ao organismo em repouso. E se ela é variável em atividades corriqueiras, por que não poderia mudar por conta dos hábitos de cada indivíduo?”, questiona a profissional, que continua: “Uma pessoa que passou anos com a pressão arterial considerada normal e que, por exemplo, interrompe as atividades físicas e passa a se alimentar com mais ultraprocessados podem, sim, desenvolver a hipertensão arterial. O mesmo pode acontecer com uma gestante que, a depender dos fatores, pode ter um aumento de pressão que seguirá mesmo depois do parto”, explica Fernanda. “O aconselhado é fazer medidas esporádicas de pressão e buscar ajuda de um especialista ao menor sinal de aumento. Muitas vezes o diagnóstico precoce faz a diferença no tratamento”, finaliza a médica.

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