Conecte-se conosco

Negócios

Healthtechs na América Latina crescem em investimentos

Publicado

em

Depois dos piores momentos da pandemia, a América Latina apresenta um amplo leque de oportunidades para um crescimento expressivo das healthtechs, startups que atuam no segmento da saúde, indo além de setores consagrados durante a pandemia, como telemedicina e saúde mental. Historicamente, essa é uma região com acelerado incremento da população idosa e com ineficiências no setor público de saúde. Nos últimos anos, viu um rápido avanço não apenas em criação de startups de saúde, mas em investimento para essas empresas.

A análise é de um estudo inédito sobre o panorama de tendências e oportunidades para healthtechs na América Latina produzido pela Latitud, plataforma de tecnologia. O estudo Latin America: Future of Healthtech faz parte de um report maior produzido pela Latitud sobre sete indústrias diferentes, o The LatAm Tech Report.

Tendências, oportunidades e desafios para healthtechs

O estudo da Latitud evidencia que a pandemia de Covid-19 de fato representou um divisor de águas para o fortalecimento das healthtechs, diante da urgência pela adoção de soluções tecnológicas como a telemedicina, em função das rígidas restrições de mobilidade e das medidas tomadas pelas autoridades sanitárias. O estudo nota que, no cenário da pandemia, foram superadas as resistências das autoridades do setor em relação a algumas dessas soluções tecnológicas.

O estudo sinaliza uma tendência presente e de curto prazo de ampliação no uso de tecnologia na área da saúde, com o protagonismo das healthtechs. No pós-pandemia, a tendência é de continuidade e mesmo de aprofundamento do uso de algumas das novas ferramentas tecnológicas em medicina, mesmo com eventuais revisões da sua utilização por parte dos responsáveis pelo setor.

A tecnologia vai muito além da telemedicina e de soluções para saúde mental, muito presentes durante a pandemia, e inclui bem-estar, seguros de saúde, seguros dentais e benefícios para funcionários.

Além do impacto da pandemia, o estudo cita outros fatores que contribuem para o projetado crescimento expressivo das healthtechs no continente. Um deles é a crescente busca de grandes players em saúde, como empresas farmacêuticas e grupos hospitalares, por inovação e eficiência.

Ainda, o estudo de Latitud observa que em vários países do continente, como o Brasil, os empregadores são alguns dos maiores gastadores com assistência à saúde de seus colaboradores. Diante da alta permanente dos custos com os planos de saúde, esses empregadores tendem a buscar novas soluções para o aprimoramento de suas análises e parcerias, visando a melhor tomada de decisão em relação às necessidades na área da saúde.

Há um dilatado horizonte de oportunidades de médio e longo prazo para as healthtechs na América Latina, sintetiza o estudo de Latitud. Com o cenário das healthtechs latino-americanas se desenvolvendo, elas podem ir de um modelo regional de “focar em grandes problemas por meio de soluções simples” para um modelo global de “focar em soluções usando ferramentas complexas”.

Algumas oportunidades nesse sentido são monitoramento remoto de pacientes, big data e inteligência artificial, internet das coisas, interoperabilidade de dados, dispositivos vestíveis e realidade virtual para cirurgias.

Porém, as healthtechs regionais terão de enfrentar desafios como ambiente regulatório, infraestrutura de dados, privacidade do usuário e competição global por talentos.

O problema da saúde na América Latina

Entre 1990 e 2020, a população com mais de 65 anos quase dobrou no continente, de acordo com dados do Banco Mundial e OCDE. Essa é uma primeira oportunidade para as healthtechs. Outra é o grande terreno para a evolução dos gastos com saúde na América Latina, em comparação com outros continentes. Em 2019, novamente segundo dados do Banco Mundial e OCDE, o conjunto dos países latino-americanos investiu 8% do Produto Interno Bruto em saúde, ante 16,4% na América do Norte e 9,3% na Europa.

Com menores investimentos em saúde, a América Latina apresenta menores indicadores em estrutura de atendimento. No ano de 2017 e conforme as mesmas fontes, foram registrados 1,9 leitos de hospital para cada 1.000 habitantes na América Latina, ante 2,8 por 1.000 na América do Norte, 4,5 por 1.000 habitantes no Leste da Ásia e Pacífico e 5,4 leitos por 1.000 habitantes na Europa.

Nesse cenário demográfico e de investimento em saúde, é de se esperar a continuidade de uma rápida expansão das healthtechs na região, em razão da demanda por novas soluções para suprir deficiências no setor, destaca o estudo de Latitud. A pesquisa ressalta que esse crescimento já vem ocorrendo nos últimos anos, tendo a pandemia de Covid-19 como um elemento alavancador.

Venture capital para healthtechs na América Latina

Uma sinalização nesse sentido é o fato de que o investimento em healthtechs tem crescido nos últimos anos em porcentagens superiores ao conjunto das startups. Entre 2015 e 2021, o total captado pelas healthtechs cresceu em mais de 50 vezes, proporção muito acima da taxa de crescimento na captação pelas startups em geral.

Outro sinalizador é que as maiores rodadas de financiamento ao segmento estão ficando muito maiores na América Latina: de US$ 5,4 milhões em 2015 para US$ 125 milhões em 2022.

Existe, portanto, um inequívoco crescimento do interesse de investidores pelas healthtechs na região, acrescenta o estudo de Latitud. O estudo nota que 2021 foi especialmente dinâmico para o setor, com recordes de investimento, tendo o Brasil na liderança em captação, com US$ 370 milhões, seguido do Chile, com US$ 209 milhões.

E, ainda que os investimentos neste ano estejam menores do que em 2021, as healthtechs devem ter um resultado superior a 2020 tanto no Brasil quanto globalmente.

Atualidades

Venda de medicamentos à base de cannabis medicinal cresce 202%

Publicado

em

A venda de medicamentos à base de cannabis medicinal marcou um salto de 202% no primeiro trimestre de 2024 nas farmácias brasileiras. É o que aponta o levantamento inédito realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Canabinoides (BRCann). A pesquisa também concluiu que mais de 417 mil unidades de medicamentos foram comercializadas nos primeiros três meses deste ano, marcando uma alta de 151%. Em comparação ao mesmo período de 2023, apenas 194,1 mil unidades foram vendidas. O setor movimentou mais de R$ 163 milhões no 1º trimestre de 2024, contra R$ 81 milhões em relação ao mesmo período de 2023. O saldo positivo pode estar ligado ao avanço do tratamento alternativo no país, uma vez que o Governo de São Paulo publicou recentemente a regulamentação da lei que prevê o fornecimento de remédios à base de cannabis medicinal pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o estado.

Para João Paulo Cristofolo Jr, Sócio-Fundador e Coordenador Geral do Grupo Conaes Brasil, empresa especializada no ensino médico para estudantes de medicina e médicos que desejam aprender sobre a prescrição de cannabis medicinal, a regularização de medicamentos à base de cannabis medicinal marca um avanço significativo não só para a economia, como também para saúde pública e na medicina contemporânea. “Reconheço a importância desta medida, não apenas pelo seu impacto direto na acessibilidade de tratamentos inovadores, mas também pela sua capacidade de transformar a vida de muitos pacientes”, explica.

Em paralelo ao aumento de vendas, a indicação da cannabis medicinal também vem crescendo cada vez mais no país e em diversos outros territórios. De acordo com o 2º Anuário da Cannabis Medicinal no Brasil 2023. 430 mil pacientes realizam tratamentos com medicamentos à base da planta, marcando um crescimento de 130% em relação a 2022. Se inspirando na iniciativa do Governo de São Paulo, João Pessoa, através da publicação no Diário Oficial do Município (DOM), estabeleceu a política do uso e a distribuição da cannabis medicinal em unidades de saúde pública e privada, das entidades conveniadas ao próprio SUS.

O executivo enfatiza a importância da disseminação de informações confiáveis sobre os benefícios e o uso correto da cannabis medicinal. “Há ainda um grande estigma e desinformação circulando sobre a cannabis, o que pode gerar resistência tanto por parte dos profissionais de saúde quanto dos pacientes. Educar o público e os profissionais de saúde sobre as evidências científicas e os benefícios clínicos da cannabis medicinal é crucial para a sua aceitação e uso adequado. Há diversos resultados promissores nos pacientes que já utilizam cannabis medicinal, evidenciando melhorias significativas na qualidade de vida, especialmente em condições como as síndromes de Dravet, Lennox-Gastaut e Esclerose Tuberosa. Facilitar o acesso a esses tratamentos significa dar esperança e alívio a muitos que lutam diariamente contra doenças crônicas e debilitantes”, acrescenta

O avanço da inserção da cannabis medicinal também marca a política internacional, na França, os tratamentos à base de cannabis medicinal serão permitidos a partir de janeiro de 2025, a decisão foi tomada pela Agência Nacional de Segurança de Medicamentos (ANSM) após o resultado otimista feito com pacientes com condições como cefaleia, tumores e HIV. Já os EUA reclassificar a maconha como uma droga menos perigosa dentro dos próximos meses, reformulando a política de cannabis em todo o país.

O sócio-fundador do Grupo CONAES Brasil destaca a necessidade contínua de pesquisas para expandir o conhecimento sobre o potencial terapêutico da cannabis. “A regulamentação não apenas facilita o acesso imediato a tratamentos necessários, mas também abre portas para um futuro de investigação científica mais robusta, que poderá desvendar novas aplicações terapêuticas da cannabis”, enfatiza sobre a importância de a medicina avançar nessa área.

Com o avanço no tratamento de patologias específicas, consequentemente, estimulando o desenvolvimento de novos estudos e pesquisas na área da saúde. De acordo com João Paulo Cristofolo, espera-se que, com o tempo, mais condições sejam incluídas na cartela de doenças tratáveis com cannabis, ampliando assim o espectro de pacientes beneficiados. “Este é um momento de otimismo e expectativa para a comunidade médica e para todos aqueles que serão impactados positivamente por essa mudança”, finaliza.

Créditos: https://medicinasa.com.br/venda-cannabis-medicinal/

Continue Lendo

Atualidades

Bradesco (BBDC4) e Rede D’Or (RDOR3) anunciam parceria de R$ 1,2 bilhão para criar nova rede de hospitais

Publicado

em

O Bradesco (BBDC4) e a Rede D’Or (RDOR3) anunciaram, nesta quarta-feira (8), uma parceria para a criação de uma nova rede de hospitais, a Atlântica D’Or. A participação do Bradesco se dará por meio da Atlântica Hospitais e Participações, controlada indireta do banco e da Bradseg – a empresa que controla a Bradesco Seguros.

Em fatos relevantes publicados separadamente, Bradesco e Rede D’Or forneceram informações complementares do novo negócio. A Atlântica D’Or contará com uma participação de 50,01% da Rede D’Or e de 49,99% da Atlântica Hospitais.

Segundo o Bradesco, esse arranjo “permitirá a Atlântica deter participação direta em sociedade detentora do ativo hospitalar e indireta em sociedades (SPEs) que serão proprietárias dos respectivos imóveis hospitalares”.  Já a Rede D’Or afirmou que “a parceria constitui-se em nova avenida de crescimento pra a companhia, juntando-se às demais estratégias de desenvolvimento”.

Atlântica D’Or: Parceria do Bradesco (BBDC4) e Rede D’Or (RDOR3) já tem trabalho a fazer

Na prática, a Atlântica D’Or já nasce com a tarefa de concluir a construção de hospitais que a Rede D’Or já está erguendo em Macaé (RJ), Alphaville (SP) e Guarulhos (SP). Esses três empreendimentos consumirão investimentos estimados em R$ 1,2 bilhão, divididos entre a Atlântica Hospitais e a Rede D’Or, proporcionalmente à sua fatia na parceria. Quando concluídas, as três unidades em construção contarão com cerca de 620 leitos.

A Rede D’Or acrescenta que a nova empresa já analisa “o potencial desenvolvimento conjunto de futuros novos hospitais em outras praças, em particular em Taubaté e Ribeirão Preto, ambos no Estado de São Paulo, cujos ativos já foram oferecidos à Atlântica Hospitais no âmbito da parceria”.

Crédito: https://www.moneytimes.com.br/bradesco-bbdc4-e-rede-dor-rdor3-anunciam-parceria-de-r-12-bilhao-para-criar-nova-rede-de-hospitais/

Continue Lendo

Atualidades

CURA grupo anuncia a nomeação de Juliano Rolim como novo CEO

Publicado

em

O CURA grupo nomeou Juliano Rolim como novo CEO. O executivo, que já é sócio e membro do conselho administrativo da empresa há cinco anos, assume o novo cargo com o objetivo de impulsionar o crescimento e a rentabilidade da empresa, além de fortalecer a sinergia entre as marcas pertencentes ao grupo e estabelecer um novo direcionamento estratégico, com foco em inovação operacional e excelência no atendimento.

Juliano começou sua carreira, em 2010, no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre-RS. Em 2015, fundou o Grupo Mérya, um dos maiores grupos de Diagnóstico por Imagem do Sul do Brasil, com clínicas nos estados de PR, SC e RS. Em 2019, o grupo realizou uma fusão com o CURA grupo, se tornando o quinto maior Grupo de Medicina Diagnóstica do Brasil.

Continue Lendo

Mais Vistos