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Saúde do homem e a quebra de tabus na era digital

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Historicamente os homens cuidam menos da saúde do que as mulheres. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), utilizando dados do sistema de informação ambulatorial do Ministério da Saúde (MS) corrobora essa informação: em 2022 foram realizados apenas 200 mil atendimentos de homens com o urologista, contra mais de 1,2 milhão de atendimentos femininos por médicos ginecologistas no Sistema Único de Saúde (SUS). Embora a procura dos homens por serviços do SUS tenha aumentado, ainda é inferior à de mulheres, sendo 312 milhões de atendimentos comparados a 370 milhões também em 2022, segundo o próprio MS. 

O público masculino tem maior prevalência de doenças cardiovasculares que, a partir dos 40 anos, são algumas das principais causas de morte, ao lado de câncer e diabetes. Outra pesquisa, do Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), realizada em 2021, apontou que 43% dos homens não costumam fazer exames cardiológicos e somente 32% dos usuários da rede pública com 40 anos ou mais realizam diagnóstico pelo menos uma vez ao ano. Embora eles reconheçam os fatores de risco, só 39% iriam imediatamente ao médico na presença de dor no peito. Isso precisa mudar. Muitas vidas podem ser poupadas com diagnóstico precoce e tratamento adequado ao longo da vida.   

No que tange à saúde mental, não é diferente. O “Report Anual da Saúde Mental dos Brasileiros”, realizado ano passado pela Psicologia Viva, que integra a healthtech Conexa, apontou que somente 26,2% dos indivíduos que buscaram atendimento são do sexo masculino (entre os que optaram em informar o gênero). Quando falamos em saúde, a abordagem precisa ser integral. Além de cuidar da saúde física e de condições crônicas, os homens também precisam cuidar da saúde mental. A visão estigmatizada de que somos super-heróis e não podemos demonstrar fraqueza precisa ficar no passado.   

Vou contar a minha experiência por que ela pode ajudar a quebrar tabus, como eu mesmo fiz.  Em setembro do ano passado, com uma agenda altamente concorrida como CEO de uma empresa de saúde integral, e com uma bebê em casa, também entrei para as estatísticas e acabei me descuidando em relação à minha própria saúde. Quando vi, meus exames estavam alterados e precisei mudar meu comportamento e adotar um novo estilo de vida.  

Decidi que saúde, qualidade de vida e longevidade são prioridades, assim como a vida profissional e pessoal e, com o acompanhamento de uma health coach, criamos um plano terapêutico que envolveu avaliações médicas, a prática de exercícios e mudanças na alimentação. Com a nova organização para me cuidar de forma efetiva, não só com o acompanhamento médico, mas focado em uma mudança real de hábitos, em pouco tempo tive melhora significativa em exames como colesterol, perdi 10% de peso corporal e tive uma drástica diminuição no estresse. 

Mudar comportamento é muito difícil. E precisamos ter apoio nesse processo. Para motivar as pessoas que trabalham comigo a investirem em saúde, passei a postar minhas corridas matinais na rede social corporativa. Isso estimulou outros homens a mudarem e motivou a criação de um grupo de corrida. Passei a receber mensagens de diferentes grupos dos nossos quase 550 colaboradores, que iam desde membros da diretoria e do conselho a estagiários compartilhando a sua nova rotina de cuidados com a saúde física e mental.   

É claro que o fato de trabalhar com saúde facilitou o meu acesso. E esse é um ponto que deve ser levado em consideração para a grande maioria da população. Inclusive, o estudo do LAL também aponta que 32% dos brasileiros consideram ideal ter um local de atendimento mais adequado para receber os homens, e 28% recomendaram a ampliação do horário de atendimento.  

É nesse contexto que a saúde digital se consolida como alternativa para que o público masculino cuide da saúde, monitore doenças crônicas e possa estreitar o relacionamento com os profissionais da saúde. A análise de dados da saúde para estratégias preditivas e preventivas já são usadas pelo mercado de healthtechs, principalmente com portadores de doenças crônicas. É um caminho para ter mais assertividade nas propostas de monitoramento e engajamento das pessoas nos cuidados com a saúde.  

Apesar de vivermos em um país com ampla desigualdade e difícil acesso à saúde de qualidade para muitos, uma mudança de cultura começa com pequenas ações individuais e com influência em nossos microambientes. Precisamos estimular a sociedade a ser mais saudável. Com pequenos passos conseguiremos escalar grandes montes. Qual passo você dará hoje para a mudança do seu futuro? 

*Guilherme Weigert é cardiologista e CEO da Conexa, maior player de saúde digital da América Latina 

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Dasa vira a página da dívida, bate recorde de EBITDA e inicia nova fase com foco operacional

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Após superar risco de quebra de covenants e registrar EBITDA recorde no 1º trimestre de 2025, empresa se prepara para acelerar ganhos de eficiência e consolida transição para nova estrutura de negócios com foco duplo: diagnósticos e hospitais

A Dasa, uma das maiores empresas de saúde integrada da América Latina, iniciou 2025 com um marco simbólico e estratégico: a superação do risco de quebra de covenants, que limitou suas decisões operacionais nos últimos trimestres. Segundo Lício Cintra, atual CEO da Dasa e futuro CEO da recém-criada Rede Américas, a companhia vive agora um novo momento, com espaço para focar em melhorias estruturais e operacionais, sem o peso da alavancagem excessiva.

“Estamos contentes com os rumos da operação. Vínhamos de uma sequência difícil e essa era uma preocupação que limitava decisões estratégicas. Hoje, enxergamos os próximos trimestres sem qualquer risco de quebra de covenants”, afirmou o executivo à Bloomberg Línea.

Resultados sólidos e virada operacional

No primeiro trimestre de 2025, a Dasa apresentou um EBITDA de R$ 708 milhões, o maior para o período desde sua abertura de capital. A margem EBITDA avançou para 18,5%, mesmo com um cenário desafiador para o setor. O número ficou acima das projeções dos analistas da Bloomberg, que estimavam R$ 652 milhões.

Entre os fatores que contribuíram para o resultado estão o foco em disciplina de capital, redução de desperdícios e otimização de contratos. Ainda que a geração de caixa operacional continue negativa (queima de R$ 43 milhões), houve melhora significativa frente aos trimestres anteriores.

Reestruturação estratégica e transição de liderança

O trimestre também marcou a conclusão da joint venture entre Dasa e Amil, criando a Rede Américas, segunda maior rede hospitalar do país. A nova empresa — que reúne 25 hospitais e 4,5 mil leitos — será comandada por Lício Cintra a partir de 1º de julho, enquanto Rafael Lucchesi, atual responsável pela área de diagnósticos, assumirá como CEO da Dasa.

A expectativa é que a Rede Américas represente uma alavanca de crescimento, com foco em eficiência assistencial e margem operacional. Atualmente, a unidade hospitalar apresenta margem de 9% — abaixo da média do setor — e há um plano robusto de reestruturação para alcançar maior rentabilidade.

“Com dois negócios claramente definidos e endereçados, temos condições de acelerar nossa agenda operacional e capturar ganhos que antes estavam represados”, afirmou Cintra.

Compromisso da controladora e novos executivos

A reestruturação também foi viabilizada por um aporte de R$ 1,5 bilhão realizado pela família Bueno, controladora da companhia, o que reforça a confiança no plano de longo prazo da Dasa. O Conselho aprovou também a nomeação de Rafael Bossolani como novo CFO e diretor de Relações com Investidores, substituindo André Covre, que assume como Diretor de Estratégia Corporativa.

Apesar dos avanços, as ações da Dasa acumulam queda de cerca de 50% nos últimos 12 meses, o que mostra que o desafio da recuperação da confiança do investidor ainda está no radar da companhia.

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Dasa e Amil criam a Rede Américas, segunda maior rede hospitalar do Brasil

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Nova empresa nasce com 4,5 mil leitos, presença em cinco estados e uma receita estimada de R$ 10,6 bilhões

A saúde suplementar brasileira acaba de ganhar um novo protagonista. Com o início das operações da Rede Américas, resultado da associação entre Dasa e Amil, o país vê surgir a segunda maior rede hospitalar do Brasil, unindo duas potências do setor com uma proposta ambiciosa de excelência assistencial, inovação e sustentabilidade.

Com mais de 30 mil colaboradores, 4,5 mil leitos e presença nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Paraná e Pernambuco, a Rede Américas nasce com um portfólio robusto e consolidado, que reúne 25 hospitais, 30 centros oncológicos e 23 centros médicos. A receita líquida estimada com base nas operações de 2024 é de R$ 10,6 bilhões.

Portfólio de excelência

Entre as unidades que compõem a nova rede, destacam-se instituições de referência como:

  • Hospital Samaritano Higienópolis (SP) – com mais de 130 anos de história;
  • Hospital Nove de Julho (SP) – referência há 70 anos;
  • Samaritano Botafogo (RJ) – um dos principais centros de tratamento do país;
  • Hospital Pró-Cardíaco (RJ) – pioneiro no transplante de coração artificial;
  • Hospital Brasília e Complexo Hospitalar de Niterói – especializados em medicina de alta complexidade.

Qualidade e certificações internacionais

A Rede Américas já nasce com 90% dos seus hospitais acreditados, com selos nacionais e internacionais de excelência, como JCI (Joint Commission International), Magnet, ONA, QMENTUM, UTI Top Performer, SRC, AACI, FACT e WSO. As certificações comprovam o compromisso com segurança do paciente, eficiência assistencial e gestão hospitalar de alto desempenho.

Estratégia e visão de futuro

“Vamos consolidar uma marca que chega para fazer a diferença, de portas abertas para todas as operadoras e colocando no centro da sua atuação a boa medicina. Nossa visão é ser a melhor rede hospitalar do Brasil”, destaca Lício Cintra, CEO da Dasa e da Rede Américas.

A companhia aposta fortemente na integração de dados, tecnologia e práticas assistenciais baseadas em evidências para entregar valor em saúde. A empresa já conta com credenciamento junto às principais operadoras do país, reforçando seu posicionamento competitivo como parceira estratégica das fontes pagadoras.

Governança e liderança

O comitê executivo da Rede Américas é composto por lideranças reconhecidas no setor:

  • Rogério Reis – Vice-Presidente Médico e Clínico
  • Gustavo Fernandes – Vice-Presidente de Oncologia
  • Viviane Valente – Vice-Presidente de Finanças
  • Luiz Gonzaga Foureaux – Vice-Presidente de Estratégia e Marketing
  • Ricardo Melo – Vice-Presidente Jurídico e de Assuntos Corporativos
  • Majo Campos – Vice-Presidente de Gente, Gestão e Cultura
  • Carlos Prebelli – Vice-Presidente Comercial

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ICESP celebra 17 anos com mais de 140 mil pacientes atendidos e referência internacional em oncologia pública

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Instituto do Câncer do Estado de São Paulo se consolida como um dos maiores centros de oncologia da América Latina, com foco em assistência humanizada, ensino e pesquisa — atendendo exclusivamente pelo SUS

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) completa 17 anos de atuação em maio de 2025. Inaugurado em 6 de maio de 2008, o hospital se tornou referência nacional e internacional no cuidado integral de pacientes com câncer, unindo assistência de excelência, pesquisa científica de ponta e formação médica especializada, tudo 100% dedicado ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Ao longo de sua trajetória, mais de 140 mil pacientes foram atendidos, sendo que 40 mil seguem em tratamento ou acompanhamento ativo. Todos os dias, cerca de 10 mil pessoas circulam pelo prédio do Instituto, entre pacientes, colaboradores e prestadores de serviço, demonstrando a grandiosidade e o impacto social da instituição.

Números que refletem compromisso com a vida

Desde sua fundação, o ICESP realizou:

  • +3 milhões de consultas médicas
  • +2 milhões de atendimentos multiprofissionais
  • +752 mil sessões de quimioterapia
  • +781 mil sessões de radioterapia
  • +37 milhões de exames laboratoriais
  • +2,8 milhões de exames de imagem
  • +300 mil atendimentos de urgência e emergência
  • +100 mil cirurgias, entre procedimentos convencionais, robóticos e ambulatoriais

Esses dados demonstram não apenas volume, mas também a complexidade assistencial oferecida pelo Instituto, que acolhe grande parte dos pacientes com câncer em estágios avançados vindos da rede pública em todo o estado.

Excelência reconhecida internacionalmente

O ICESP é a única instituição pública de saúde no Brasil com acreditação pela Joint Commission International (JCI), símbolo global de excelência em qualidade e segurança assistencial. Essa conquista é fruto de uma cultura organizacional orientada para a humanização, inovação e qualidade em todas as etapas do cuidado.

“O ICESP celebra seus 17 anos com alegria, superação e compromisso contínuo com a vida. Somos referência no atendimento de casos oncológicos complexos, recebendo pacientes de todo o Estado, muitos já nos estágios III ou IV da doença. A nossa missão permanece: oferecer cuidado humanizado, ensino de excelência e pesquisa de impacto”, afirma o Prof. Dr. William Nahas, presidente do Conselho Diretor do ICESP.

A diretora executiva, Joyce Chacon Fernandes, reforça: “Construímos uma cultura sólida de qualidade e segurança, reconhecida nacional e internacionalmente. Nosso trabalho é integral, humanizado e baseado em ciência. Parabéns a todos que fazem parte dessa história.”

Fonte: https://conecta.hc.fm.usp.br/conectahc/destaques/icesp-celebra-17-anos-com-mais-de-140-mil-pacientes-atendidos

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