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Por que os bebês precisam fazer o teste do pezinho? Doenças podem ser prevenidas com o exame

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Antonio Condino-Neto fala sobre a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado para a garantia de uma melhor qualidade de vida dos recém-nascidos


O teste do pezinho é um exame realizado em crianças recém-nascidas, a partir das gotas de sangue coletadas do calcanhar do bebê, entre o 3º e 5º dia após o nascimento. O exame identifica doenças graves assintomáticas ao nascimento e que podem causar sérios danos à saúde, caso não sejam diagnosticadas e tratadas precocemente.

Recentemente, o teste do pezinho foi ampliado e passou a envolver até 50 novas doenças raras, incluindo a triagem das imunodeficiências primárias. Antes, o exame englobava apenas seis doenças. O Governo Federal sancionou o Projeto de Lei em maio de 2021 e o Sistema Único de Saúde (SUS) ficou responsável pela implementação, que deve durar quatro anos.

Antonio Condino-Neto, Presidente do Departamento de Imunologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e Coordenador do Laboratório de Imunologia Humana do ICB-USP, explica que o primeiros dias de vida de um recém-nascido são determinantes para a possível descoberta de enfermidades assintomáticas ao nascimento, mas de manifestação precoce e evolução catastrófica, tais como os dois principais grupos de doenças: Erros Inatos da Imunidade e Erros Inatos do Metabolismo.

O médico, que também é sócio-fundador da Immunogenic, primeiro laboratório especializado em triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho, ressalta que esses dois grupos de doenças necessitam cuidados específicos. “O tratamento para Erros Inatos da Imunidade envolve transplante de medula, terapia de reposição de imunoglobulinas, terapia gênica e antibióticos. Já de Erros Inatos do Metabolismo consiste em reposição enzimática ou dietas especiais”, afirma.

As consequências do não tratamento dos grupos de doenças podem ser extremamente sérias, sendo capaz de provocar o surgimento de sequelas neurológicas, cardíacas, renais, pulmonares e motoras. Além disso, existem órgãos do corpo humano considerados como um alvo, sendo suscetíveis a danos e também infecções, o que faz com que o estado de saúde da criança doente piore ainda mais.

Segundo Condino Neto, se esses grupos de doença receberem o diagnóstico de forma precoce e seguirem o tratamento adequado corretamente, é possível estabelecer um controle das doenças, sendo que, em alguns casos específicos, existe inclusive a possibilidade de cura total. “Por exemplo, quando realizamos um transplante de medula ou a terapia gênica dentro do tempo ideal, conseguimos promover a cura”, reforça.


No entanto, para que esses procedimentos permaneçam acontecendo e possam salvar vidas, é necessário que a área da saúde continue avançando com o desenvolvimento de ferramentas diagnósticas, medicações e tratamentos. Os médicos precisam estar atentos aos sinais e incentivar os pais a realizarem exames em seus filhos desde cedo, para que juntos, possam garantir uma melhor qualidade de vida para as crianças.

Sobre a Immunogenic A Immunogenic é o primeiro laboratório especializado em triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho. A empresa é resultado do processo de spin-off do Laboratório de Imunologia Humana do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo.

A experiência e conhecimento no meio acadêmico tornam a Immunogenic a única no segmento da saúde a oferecer uma linha de cuidado médico e científico na área de imunodeficiências primárias. A empresa lidera ainda um avançado programa de pesquisa neonatal no Brasil e é referência em análises, diagnósticos e pesquisa científica em imunodeficiências primárias.

O programa conta com o apoio da Fundação Jeffrey Modell de imunodeficiências, nos Estados Unidos, e colaboração com Universidade de Massachusetts e do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), nos Estados Unidos; da Universidade de Leiden, na Holanda; e da Universidade Karolinska, na Suécia. O laboratório, inicialmente incubado no CIETEC, polo de startups da Universidade de São Paulo (USP), atualmente integra o programa de aceleração Eretz.bio, do hospital Albert Einstein. Mais informações no site.

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