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SBOC alerta para a queda da vacinação contra o HPV e sua relação com o aumento do câncer de colo do útero

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Vacina contra o Papilomavírus Humano (HPV) é principal ferramenta de prevenção contra a doença. Nos últimos anos, a queda na aplicação em adolescentes tem preocupado especialistas

No calendário da saúde, Janeiro Verde é o mês escolhido para chamar a atenção da população para um dos tipos de câncer mais incidentes entre mulheres (atrás apenas do de mama e de reto¹) e que pode ser evitado: o câncer de colo do útero. Para 2023, dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimam que surgirão aproximadamente 17 mil novos casos e seis mil óbitos pela doença².

Também conhecido como câncer cervical, esse tipo de neoplasia tem como principal causa no país a infecção persistente pelo Papilomavírus Humano (HPV), em especial os do tipo HPV-16 e HPV-18, responsáveis por cerca de 70% dos casos. “Por isso, a vacinação é fundamental”, afirma a diretora da SBOC, Dra. Angélica Nogueira.

Desde 2014, o Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal a tetravalente contra o HPV, atualmente disponível gratuitamente para meninas e meninos de 9-14 anos, e para adultos imunossuprimidos até 45 anos. A vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do vírus.

“Muito se fala na criação de uma vacina contra o câncer. O fato é que já existe uma vacina que evita vários tipos de câncer. É a vacina contra o HPV. Isso porque estudos comprovam que o vírus está diretamente ligado não só ao câncer cervical, mas também a cânceres de ânus, vulva, vagina, pênis e orofaringe”, comenta Dra. Angélica Nogueira, que também é coordenadora do Comitê de Tumores Ginecológicos da SBOC.

Prevenção, sintomas e tratamento 

Com princípio silencioso, o câncer de colo do útero demora para se desenvolver e se dá por meio de alterações das células uterinas, apresentando primeiro uma pré-lesão (neoplasia intraepitelial cervical). “Conforme a doença avança, alguns de seus principais sintomas são sangramentos, corrimento e dores na relação sexual”, comenta. “Se detectado no início, o câncer cervical apresenta grandes chances de cura”, acrescenta a oncologista clínica.

Para prevenir a doença, além da vacinação completa contra o HPV, é recomendável (mesmo em pessoas vacinadas) a realização de exames de rastreamento. “O exame do Papanicolau é o exame principal e deve ser realizado a partir dos 25 anos e, após duas negativas, a frequência deve ser de no mínimo uma vez a cada três anos. Já em mulheres que tiveram o HPV positivo em algum momento da vida, a recomendação para o exame é anual”, explica.

Queda na vacinação

Mesmo com tamanha relevância na prevenção do câncer de colo do útero e outros tipos, nos últimos anos, a vacinação contra o HPV vem sofrendo uma queda em níveis preocupantes. De acordo com dados recolhidos pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA)4 no DataSUS, do Ministério da Saúde, houve queda de 72% da aplicação em meninas e 52% em meninos, nos períodos de 2015 a 2021 e 2018 a 2021, respectivamente.

“No início da campanha de vacinação, que ocorreu há quase 10 anos, o cenário era mais positivo. Em parceria com secretarias de educação, a primeira etapa do calendário vacinal foi aplicada em escolas públicas e privadas, e a campanha foi fortemente divulgada em todos os tipos de mídia. Na época, a adesão à vacinação foi de quase 92%”, comenta a oncologista.

A queda da imunização contra o HPV cresceu gradualmente nos últimos anos, não só em decorrência da pandemia, mas por retirada da vacinação das escolas, além de falta de conhecimento da população sobre sua necessidade.

“Levar a vacina até a criança e ao jovem, nas escolas, é fundamental para o aumento da adesão. É preciso retomar a cultura de vacinação que era tão enraizada no brasileiro. Somente com aumento de vacinados é que vamos conseguir quebrar a cadeia de transmissão do vírus e, consequentemente, evitar o surgimento do câncer”, afirma a médica.

Para mais informações sobre o Câncer de Colo de Útero acesse o infográfico da SBOC clique aqui.

SOBRE A SBOC – SOCIEDADE BRASILEIRA DE ONCOLOGIA CLÍNICA  

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) é a entidade nacional que representa mais de 2,7 mil especialistas em oncologia clínica distribuídos pelos 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. Fundada em 1981, a SBOC tem como objetivo fortalecer a prática médica da oncologia clínica no Brasil, de modo a contribuir afirmativamente para a saúde da população brasileira. É presidida pelo médico oncologista Dr. Carlos Gil.  

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Hospital das Clínicas da USP moderniza sistema de climatização com investimento da Enel e avança em eficiência energética

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O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP) está passando por uma transformação energética significativa. Em parceria estratégica com a Enel Distribuição São Paulo, a unidade está modernizando seu sistema de climatização com foco em eficiência energética, conforto térmico e impacto ambiental positivo. O investimento de R$ 4 milhões será aplicado até o fim de 2025 e prevê uma economia anual de aproximadamente 2.205 MWh, o equivalente ao consumo de mais de mil residências brasileiras.

A iniciativa envolve a substituição de chillers – equipamentos responsáveis pelo resfriamento central do ar-condicionado – por um novo modelo 17% mais eficiente, além da troca de motores antigos por versões de alto rendimento. A ação faz parte da estratégia da Enel para fomentar o uso consciente e sustentável de energia, alinhada aos princípios ESG (ambiental, social e de governança).

Em postagem no LinkedIn, Antônio Pereira, executivo do hospital, celebrou a iniciativa:

“Em uma parceria estratégica com a Enel Group, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP moderniza seu sistema de chillers, resultando em uma economia anual de aproximadamente 2.205 MWh – o equivalente ao consumo de mais de 1 mil residências. Agradecemos a parceria e seguimos na aplicação prática, ética e responsável do ESG!”

Segundo Ana Maranhão, coordenadora de sustentabilidade da Enel, esse tipo de investimento contribui diretamente para reduzir o consumo energético e melhorar a experiência dos usuários:

“Os pacientes e profissionais de saúde desfrutam de mais conforto térmico. E a Enel reforça o compromisso com a sustentabilidade.”

Mais eficiência, menos impacto

A modernização do sistema de climatização do HCFMUSP integra uma série de projetos da Enel que vêm sendo realizados desde 2021. Na primeira fase, a distribuidora instalou uma miniusina solar de 115,5 kWp, substituiu mais de 21 mil lâmpadas por modelos LED, e em 2024 está promovendo nova troca de 36,9 mil lâmpadas e instalação de um sistema fotovoltaico adicional de 47,7 kWp.

Ao todo, os investimentos no Hospital das Clínicas desde 2021 somam aproximadamente R$ 9,7 milhões, reforçando o compromisso da Enel com instituições públicas de grande porte e com a promoção de impacto social positivo e uso responsável dos recursos naturais.

Um modelo replicável

O projeto no Hospital das Clínicas é um exemplo de como parcerias público-privadas podem gerar benefícios diretos à sociedade, aliando inovação tecnológica, responsabilidade social e compromisso ambiental. A expectativa é que modelos como esse possam ser replicados em outros grandes centros hospitalares do país.

Como destaca a Enel, o programa de eficiência energética da companhia já investiu mais de R$ 1,1 bilhão em cerca de 3.400 projetos no estado de São Paulo desde 1999, com foco na promoção do consumo consciente, troca de equipamentos, ações educacionais e instalação de sistemas solares em prédios públicos e instituições sociais.

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Central Nacional Unimed apresenta plano de saneamento financeiro à ANS e afasta riscos à qualidade assistencial

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A Central Nacional Unimed (CNU), uma das maiores operadoras de planos de saúde do país, apresentou à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) um conjunto de medidas para o saneamento financeiro da cooperativa. A reunião aconteceu nesta quarta-feira (2) e foi convocada pela reguladora após a CNU registrar, em 2024, o maior prejuízo do setor: um resultado negativo de R$ 503 milhões.

Apesar do cenário preocupante, a ANS avaliou de forma positiva o plano apresentado. “As medidas apresentadas parecem conceitualmente factíveis. Vamos monitorar de perto a implementação e devemos ter uma nova reunião de acompanhamento em cerca de 30 dias”, afirmou Jorge Aquino, diretor de normas e habilitação das operadoras da ANS.

Novo comando e aporte de R$ 1 bilhão

A CNU está sob nova liderança desde 11 de março, com a posse do presidente Luiz Otávio Fernandes Andrade, que destacou o apoio das cooperativas regionais como fator-chave para a recuperação financeira. Em janeiro, a operadora firmou um acordo que prevê um aporte de R$ 1 bilhão, aprovado por 300 Unimeds regionais, para garantir o equilíbrio das contas e evitar medidas mais drásticas por parte da ANS.

“Estamos num momento de ajustes importantes e implementação de ações concretas. O apoio das Unimeds demonstra confiança e reconhecimento da relevância da CNU no sistema cooperativista nacional. Tenho expectativa de reversão ainda em 2025 e muito otimismo para os próximos anos”, declarou Andrade.

Monitoramento contínuo e compromisso com a qualidade

A operadora firmou em dezembro de 2023 um Termo de Assunção de Obrigações Econômico-Financeiras (TAOEF) com a ANS, que segue em vigor. Segundo o novo presidente, esse acordo está sendo cumprido e as medidas em curso foram detalhadas à agência reguladora, incluindo ações adicionais para garantir a sustentabilidade da cooperativa.

Apesar do cenário econômico desafiador, Andrade garantiu que a qualidade do atendimento aos mais de dois milhões de beneficiários não será afetada. “Recebemos um excelente feedback da ANS. Em nenhum momento houve questionamento quanto à qualidade da assistência. Continuamos com a melhor nota do Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) entre operadoras do mesmo porte”, ressaltou.

Setor em recuperação, mas com desafios

O setor de saúde suplementar como um todo apresentou recuperação expressiva em 2024, com lucro total de R$ 10,2 bilhões, segundo dados divulgados pela própria ANS. Ainda assim, casos como o da Central Nacional Unimed evidenciam os desafios de gestão enfrentados por grandes operadoras em um mercado pressionado por custos assistenciais, judicialização e envelhecimento da população.

A próxima reunião entre CNU e ANS está prevista para abril, quando a nova diretoria apresentará avanços e detalhamentos do plano de recuperação.

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Microsoft lança Fabric: plataforma que unifica dados e IA e será utilizada por ICTs empresariais no Brasil

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A Microsoft anunciou o lançamento oficial da Microsoft Fabric, uma plataforma inovadora que promete revolucionar a forma como empresas armazenam, processam e utilizam dados em escala. A novidade integra recursos avançados de inteligência artificial (IA) e combina as principais ferramentas da Microsoft em um único ecossistema, com o objetivo de oferecer uma solução de análise de dados unificada e mais eficiente. E o melhor: a Microsoft Fabric também será adotada por Infraestruturas de Chaves Tecnológicas (ICTs) empresariais no Brasil, fortalecendo a base digital de organizações públicas e privadas.

Desenvolvida com base na arquitetura Data Lakehouse, a Microsoft Fabric une os principais serviços da empresa — como Power BI, Azure Synapse, Data Factory e Azure Data Lake — em uma única interface, totalmente integrada com o Microsoft 365 e o Azure AI. A proposta é simplificar o acesso e o gerenciamento de dados, promovendo insights em tempo real e democratizando a análise de dados por meio da IA generativa.

“A Microsoft Fabric é uma evolução natural da nossa estratégia de dados e IA. Com ela, pretendemos tornar mais simples, seguro e eficiente o processo de tomada de decisão baseado em dados, desde o nível operacional até o estratégico”, afirmou Satya Nadella, CEO da Microsoft.

Por que isso importa para o Brasil?

A adoção da Microsoft Fabric por ICTs empresariais no Brasil representa um salto importante na modernização digital das organizações nacionais. Ao integrar análise de dados, machine learning e IA em um único ambiente, instituições públicas, hospitais, universidades, indústrias e bancos de dados científicos poderão acelerar o desenvolvimento de pesquisas, projetos e soluções com maior assertividade e menor custo.

Além disso, o uso da plataforma em ambientes altamente regulados, como saúde e finanças, é facilitado pelo alto nível de compliance e segurança oferecido pela Microsoft, o que a torna compatível com legislações como a LGPD e os protocolos internacionais de proteção de dados.

Principais recursos do Microsoft Fabric:

  • Lakehouse unificado: permite armazenar dados estruturados e não estruturados em um único repositório.
  • Power BI integrado: análise de dados em tempo real com visualizações otimizadas.
  • Copilot com IA generativa: assistente de inteligência artificial que responde em linguagem natural, ajudando na criação de relatórios, dashboards e análises complexas.
  • Pipeline de dados automatizado: coleta, transformação e carga de dados simplificadas com integração com centenas de fontes.
  • Governança avançada: controle total sobre quem pode ver, editar e usar os dados, com trilhas de auditoria e gerenciamento de acesso.

Inovação acessível e escalável

Com uma proposta de custo mais eficiente e um modelo de assinatura modular, a Microsoft Fabric busca ser acessível não apenas para grandes corporações, mas também para startups, universidades e organizações de médio porte. No Brasil, diversas instituições de ensino e pesquisa já iniciaram projetos-piloto com a plataforma, com apoio direto da Microsoft Brasil e de parceiros estratégicos.

Um futuro mais inteligente e conectado

A chegada da Microsoft Fabric marca um momento importante na jornada de transformação digital do país. Com uma plataforma única para governança, análise e IA, as empresas e instituições brasileiras terão mais ferramentas para inovar, melhorar seus processos e oferecer serviços mais eficientes à população.

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