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Pesquisa mostra efeito da pandemia nos diagnósticos de câncer de mama

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Desde o início da pandemia da Covid-19, especialistas já esperavam que as medidas necessárias para conter o vírus, como o isolamento social, teriam efeitos em outras áreas da saúde. Na oncologia não foi diferente. Estimativas anteriores já apontavam queda de até 70 mil no número de diagnósticos, já que muitas pessoas deixaram de fazer exames, como o papanicolau, mamografia e outros de rastreamento preventivo, fundamentais para identificar tumores em estágio inicial, aumentando as chances de sucesso no tratamento. Um estudo realizado por pesquisadores do Grupo Oncoclínicas e inédito no Brasil mostra que o cenário se confirmou. Segundo os dados, publicados recentemente pela prestigiada revista científica internacional JCO Global Oncology, houve um aumento de 4% no número de pacientes que identificaram o tumor em estado avançado. E uma queda de 6% nos casos diagnosticados em estágio inicial.

“Essa é uma pesquisa importante, pois até agora ainda não tínhamos estudos no Brasil, com as especificidades do nosso país, que identificavam essa tendência no caso de câncer de mama, o mais incidente em todo o mundo. Conseguimos englobar um número de 11.700 mulheres em diversos estados do Brasil, das cinco regiões, o que é muito significativo para averiguar as suspeitas”, explica Cristiano Resende, oncologista do Grupo Oncoclínicas e um dos responsáveis pela análise.

O estudo envolveu apenas pacientes de uma base própria da instituição, a maior da América Latina entre as redes privadas, e analisou o número de pessoas que chegaram ao diagnóstico de câncer e em qual estágio da doença, em 2020 e 2021 (6.500 mulheres), em comparação com aqueles que chegaram em 2018 e 2019 (5.200 mulheres), antes da pandemia. Com isso, percebeu-se que houve um aumento de pessoas sendo diagnosticadas em estágio 4, considerado avançado, e diminuição de mulheres em estágio inicial. Vale lembrar que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) indica que no Brasil 74 mil casos da doença serão detectados a cada ano do triênio 2023-2025.

Outro corte que os pesquisadores fizeram foi em relação à idade dos diagnósticos: elevou-se o número de pessoas acima de 50 anos e mulheres após a menopausa que tiveram tumores identificados em estágio avançado. “Esse é um dado muito importante, pois é exatamente quando a mamografia se torna essencial para descobrir os casos em estágio inicial. A cura é muito mais possível nesses casos e o tratamento menos invasivo muitas vezes”, diz o médico e pesquisador.

Segundo Cristiano, não é possível chegar a conclusão direta de que foi a diminuição da mamografia que levou a esses números, já que a pesquisa não quantificou esse dado. Mas pode-se inferir, ao analisar o contexto de pandemia, que houve uma grande influência. “Esse grupo de idade mais avançada era também aquele grupo de risco para a Covid-19. São pessoas que provavelmente adiaram o seu exame para se proteger do vírus”, analisa.

Tumores agressivos

Outra conclusão da pesquisa é que os tumores mais agressivos também tiveram um impacto maior nos diagnósticos avançados, cenário esperado pelo pesquisador. “A biologia do tumor é assim, ele cresce de forma muito mais veloz e tem alto poder de metástase. Pessoas que chegaram ao diagnóstico e tiveram esse tumor foram afetadas de maneira pior”, comenta o oncologista do Grupo Oncoclínicas.

O pesquisador faz a ressalva de que a análise englobou apenas pacientes que têm acesso a planos de saúde. “Sabemos que a realidade de muitas mulheres no Brasil é diferente, depende não só de nível socioeconômico, mas também de regionalidade, por exemplo. O atraso nos diagnósticos já é uma triste realidade no sistema público, então, sabemos que o cenário pode ser ainda mais grave de forma geral”, aponta.

“Ainda assim, é um recorte de extrema relevância para que mantenhamos o alerta neste Outubro Rosa e em todos os meses que estão por vir: faça seus exames de rotina e não deixe de consultar um especialista periodicamente. O diagnóstico quando feito no início do câncer faz com que ele seja altamente curável, chegando a um índice de 95% das situações”, finaliza Cristiano Resende.

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Câmara aprova projeto que autoriza residentes a parcelarem férias

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Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que autoriza os médicos de programas de residência a fracionarem suas férias. A proposta segue para o Senado. A medida consta do Projeto de Lei 1732/22, da ex-deputada Soraya Manato. O texto foi aprovado em Plenário com parecer favorável do deputado Luizinho (PP-RJ), que apresentou pequenas mudanças.

A exemplo dos trabalhadores e servidores públicos, os médicos, quando participarem de programas de residência médica, passarão a poder fracionar os 30 dias de férias em períodos mínimos de 10 dias. Para esses médicos residentes, as férias são chamadas de repouso anual.

A rotina exigente dos residentes pode levar ao burnout e à exaustão, na opinião de Luizinho. “Comprometendo não apenas a saúde mental e física dos médicos, mas também a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.”

Segundo ele, o fracionamento das férias permitirá que esses profissionais tenham períodos de descanso menos espaçados e façam uma gestão mais flexível do tempo.

Outros profissionais

O texto de Luizinho especifica que os demais profissionais da área de saúde terão o fracionamento do repouso anual disciplinado em regulamento. Ele acatou emenda da deputada Adriana Ventura (Novo-SP). “Os profissionais de saúde merecem essa flexibilidade”, disse a deputada.

Durante o debate do projeto em Plenário, o deputado Eli Borges (PL-TO) defendeu a aprovação. “É o tipo de profissional que não tem dia, não tem hora e faz o seu trabalho de doação de vida para as pessoas”, declarou. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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Vuelo Pharma apresenta inovações no tratamento de feridas durante a Sobenfee 2024

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A empresa curitibana estará com stand exclusivo no evento, que ocorre em Salvador entre os dias 26 e 29 de novembro

A Vuelo Pharma, empresa curitibana especializada em produtos de healthcare com foco em skin care, wound care e wellness — self care,  marcará presença no Sobenfee 2024 — um dos maiores eventos de saúde e enfermagem do Brasil. 

O congresso, que acontece entre os dias 26 e 29 de novembro, será realizado em Salvador, na Bahia, e irá reunir o IX Congresso Brasileiro de Prevenção e Tratamento de Feridas, o II Congresso Brasileiro de Enfermagem Estética e o XV Congresso Iberolatinoamericano sobre Úlceras e Feridas – SILAUHE.

Com um stand exclusivo, a Vuelo Pharma irá expor e demonstrar seu portfólio de produtos, permitindo que os visitantes conheçam de perto as soluções que a empresa desenvolve para o tratamento de feridas e cuidados com a pele. 

“A nossa participação no evento reforça o compromisso da Vuelo com a disseminação de boas práticas e tecnologias de ponta para os profissionais de enfermagem, promovendo a saúde e o bem-estar por meio de produtos de alta qualidade e eficácia”, comenta Thiago Moreschi, CEO da Vuelo.

O Sobenfee 2024 promete reunir especialistas e profissionais renomados do Brasil e da América Latina para discutir uma ampla gama de temas, com destaque para políticas públicas de saúde, segurança do paciente, novas tecnologias em curativos, o papel das práticas integrativas no serviço público, e o impacto do letramento em saúde para a desospitalização de pacientes.

Também serão abordados tópicos críticos como o manejo de lesões em pacientes diabéticos, feridas oncológicas, e a importância dos ambulatórios públicos no atendimento de pacientes com feridas crônicas. “Certamente voltaremos com uma bagagem de aprendizado muito relevante, será uma ótima oportunidade”, finaliza o CEO.

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Mitos e Verdades sobre Hipertensão Arterial – a popular pressão alta: o que é verdade e o que é erroneamente divulgado sobre a doença

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Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista do Sírio Libanês de Brasília, fala sobre a pressão alta, uma das doenças cardiovasculares mais comum entre os brasileiros

A hipertensão arterial – que é conhecida popularmente como “pressão alta” – afeta cerca de 27,9% da população brasileira (dados da Vigitel de 2023). E ainda que seja uma doença que atinge boa parte da população, ela é cercada de mitos e verdades que precisam ser esclarecidos. 

Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista e internacionalmente certificada em Medicina do Estilo de Vida esclarece os principais mitos e as suas verdades a respeito da hipertensão arterial:

Mito 1: “Hipertensão é uma doença que aparece apenas na terceira idade”

A verdade: Dra Fernanda Weiler explica que a hipertensão arterial antes era prevalente em pessoas mais velhas, no entanto, mudanças no estilo de vida – especialmente alimentação e sedentarismo – fizeram com que a doença aumentasse drasticamente inclusive na população mais jovem. “O aumento de consumo de ultraprocessados e a falta de atividade física – bastante comum inclusive em jovens – faz com que a pressão aumente, gerando em muitos um diagnóstico de hipertensão arterial”, diz a médica.

Mito 2: “Hipertensão não tem sintomas, por isso não precisa de tratamento”

A verdade: “Ainda que alguns pacientes sejam realmente assintomáticos, não significa que o organismo não corre riscos, pelo contrário: quem não sente os sintomas clássicos da hipertensão (dores de cabeça, tontura e mal-estar) pode evoluir para um diagnóstico ainda mais sério por conta da falta de tratamento”, explica Fernanda. 

Mito 3: “Basta cortar o sal e a pressão normaliza”

A verdade: “Não basta apenas cortar o sal das refeições e seguir se alimentando de ultraprocessados ricos em sódio”, fala a especialista. Para o melhor controle dos níveis pressóricos, além do cuidado com o sal é preciso controlar o que é consumido. Ultraprocessados são ricos em sódio e seu alto consumo pode manter elevada a pressão arterial. A preferência é consumir alimentos naturais e ricos em nutrientes.

Mito 4: “Medicamentos para hipertensão são sempre necessários e devem ser tomados para o resto da vida”

A verdade: Cada caso é um caso a ser avaliado individualmente. “Quando se fala em hipertensão arterial é preciso entender o quão elevada ela está. Casos de hipertensão leve podem – muitas vezes – ser tratados apenas com mudanças no estilo de vida, focando na alimentação saudável, na prática de atividade física e no controle de tóxicos, como tabagismo e etilismo. Outros casos mais severos podem pedir a intervenção medicamentosa mas, vale dizer, que mesmo quando há necessidade do uso de medicação, o paciente precisa melhorar a alimentação e a prática de exercícios. Apenas o remédio não vai, de fato, solucionar o problema, uma vez que a causa não é tratada”, afirma a doutora.

Mito 5: “Quem tem pressão normal não precisa se preocupar com hipertensão”

A verdade: “A pressão arterial varia em seu índice naturalmente ao longo do dia. Durante a prática esportiva ela é naturalmente mais elevada quando comparada ao organismo em repouso. E se ela é variável em atividades corriqueiras, por que não poderia mudar por conta dos hábitos de cada indivíduo?”, questiona a profissional, que continua: “Uma pessoa que passou anos com a pressão arterial considerada normal e que, por exemplo, interrompe as atividades físicas e passa a se alimentar com mais ultraprocessados podem, sim, desenvolver a hipertensão arterial. O mesmo pode acontecer com uma gestante que, a depender dos fatores, pode ter um aumento de pressão que seguirá mesmo depois do parto”, explica Fernanda. “O aconselhado é fazer medidas esporádicas de pressão e buscar ajuda de um especialista ao menor sinal de aumento. Muitas vezes o diagnóstico precoce faz a diferença no tratamento”, finaliza a médica.

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