Espirros, tosse, ronco, nariz escorrendo. Sintomas frequentes e que não passam despercebidos nas crianças. Além de doenças, como infecções por vírus e bactérias, a médica otorrinolaringologista e especialista em saúde da família, Caroline Beal, explica que alguns sintomas podem demonstrar problemas crônicos, que exigem acompanhamento e tratamento especial.
Médica otorrinolaringologista e especialista em saúde da família, Caroline Beal
A médica conta que alguns sinais podem sinalizar algumas doenças, tanto respiratórias quanto auditivas. Ela elenca alguns alertas que podem demonstrar problemas de saúde, tanto no sistema respiratório, quanto auditivo:
1 – Falar muito alto
Muitas vezes é normal as crianças falarem mais alto para chamar a atenção, por exemplo. Mas o hábito pode indicar também algum problema no ouvido, seja ele genético, congênito ou até causado pelo acúmulo de cera ou líquido no ouvido. Uma avaliação auditiva pode verificar o funcionamento do sistema auditivo e afastar um problema crônico.
2- Roncar
Se a criança apresenta esse sintoma, é necessário investigar de onde ele vem. A apneia do sono também ocorre em crianças: além do ronco, sinais como suor excessivo, dificuldade para respirar e dormir de boca aberta são alertas para o problema. Estima-se que mais de 70 milhões de pessoas possuem o problema, e muitos passam a vida sem o diagnóstico. Além disso, o ronco pode ser decorrente do aumento das amígdalas e adenóides, que podem causar o bloqueio da passagem de ar. Depois da investigação clínica, o médico pode indicar um tratamento ou até uma cirurgia para resolver o problema.
3 – Bruxismo
Ranger e apertar os dentes, “abraçar” os dentes com a língua, mordiscar as bochechas ou lábios ou projetar a mandíbula são sinais de bruxismo infantil, percebido na maioria das vezes pelos pais enquanto os filhos estão dormindo. O quadro deve ser investigado e tratado. Quando não tratado corretamente, o bruxismo pode causar problemas como dificuldades de mastigação e alterações na formação das estruturas da boca e mandíbula e desgastes ou fraturas nos dentes.
4 – Tosse frequente
O sintoma pode estar relacionado a problemas como asma, bronquite, rinossinusite, asma e doença do refluxo gastroesofágico e é imprescindível uma avaliação médica para identificação do problema, com a ausculta do pulmão e exame físico do nariz, que somados aos detalhes informados pelos pais, como em que momento são mais frequentes, se vem acompanhado de outros sintomas, colaboram para um diagnóstico mais assertivo e para o início do tratamento correto, aliviando os sintomas e trazendo maior qualidade de vida para a criança.
5 – Dor frequente no ouvido
A dor de ouvido pode estar relacionada a infecção viral ou bacteriana do ouvido médio, localizado entre o tímpano e o ouvido inteiro, a famosa otite média, mas também pode estar associada a problemas na mandíbula, crescimento de um dente, infecções na garganta e otite externa (ouvido de nadador) – muito frequente nesta época do ano, em que as crianças frequentam mais piscinas e praias: a água permanece no ouvido, criando um ambiente úmido ótimo para o crescimento de bactérias.
Independente do sintoma, a avaliação clínica é essencial para descobrir a causa do problema, e indicar o melhor tratamento. “Geralmente os pais levam as crianças ao otorrinolaringologista em casos de doenças aparentes, mas uma consulta anual, para acompanhar a garganta, o sistema auditivo e o respiratório durante todo o desenvolvimento da criança, é fundamental”, aconselha Caroline.
A crise financeira enfrentada pelos Correios alcançou um novo patamar alarmante, afetando diretamente a saúde dos funcionários da estatal e comprometendo suas operações logísticas em todo o país. Desde novembro de 2024, os repasses mensais para a Postal Saúde – operadora responsável pelo plano de saúde dos colaboradores – foram interrompidos. Como resultado, a dívida acumulada já ultrapassa os R$ 400 milhões.
Esse cenário gerou a suspensão unilateral de atendimento por parte de grandes redes hospitalares que compõem a rede credenciada da Postal Saúde. Instituições renomadas como Rede D’Or, Unimed, Dasa, Grupo Kora e Beneficência Portuguesa (BP) comunicaram oficialmente que não atenderão mais os beneficiários do plano enquanto os pagamentos não forem regularizados. A decisão afeta diretamente cerca de 200 mil funcionários e seus dependentes, que, agora, enfrentam sérias dificuldades para acessar serviços médicos essenciais.
A situação se agravou ainda mais com a paralisação de transportadoras terceirizadas que prestam serviço aos Correios. Pelo menos 42 empresas de transporte suspenderam suas atividades alegando falta de pagamento e incapacidade de manter as operações, incluindo o abastecimento de veículos e o pagamento dos motoristas. A paralisação afeta cerca de 6% da frota de entregas da empresa, impactando diretamente o fluxo de encomendas e correspondências no país.
A gestão dos Correios reconheceu a gravidade do problema e afirmou estar adotando medidas para regularizar os pagamentos, embora de forma gradual. No entanto, a incerteza sobre a continuidade dos serviços preocupa sindicatos, beneficiários do plano de saúde e a população em geral, que já sente os reflexos no atraso de entregas.
O cenário evidencia uma crise sistêmica, que vai além do atraso financeiro. A suspensão do atendimento médico e a interrupção dos serviços logísticos colocam em risco não apenas o bem-estar dos colaboradores da estatal, mas também a reputação e o papel estratégico dos Correios na infraestrutura nacional.
Diante desse contexto, torna-se urgente a adoção de medidas estruturais que garantam a sustentabilidade da Postal Saúde e a normalização das operações. A situação escancara a fragilidade da gestão financeira e a urgência de um plano emergencial para assegurar os direitos dos trabalhadores e a continuidade dos serviços prestados à população brasileira.
A saúde suplementar no Brasil vive um novo capítulo com o início das operações da Rede Américas, resultado da associação entre duas gigantes do setor: Amil e Dasa. Com 25 hospitais, 30 centros oncológicos e 23 centros médicos distribuídos por cinco estados — São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná e Distrito Federal — a nova rede nasce com a proposta de elevar a qualidade, o acesso e a sustentabilidade do atendimento hospitalar no país.
Com 4,5 mil leitos e mais de 30 mil colaboradores, a Rede Américas já entra em operação com uma receita líquida combinada estimada em R$ 10,6 bilhões com base no desempenho de 2024. A união das estruturas amplia a capilaridade e reforça a presença nacional da marca em regiões estratégicas.
Hospitais de referência e alto padrão assistencial
A nova rede incorpora hospitais renomados como o Samaritano Higienópolis, com mais de 130 anos de história; o Hospital Nove de Julho, referência em São Paulo há sete décadas; e o Samaritano Botafogo, no Rio de Janeiro. A lista inclui ainda o Hospital Pró-Cardíaco, pioneiro no transplante de coração artificial; o Hospital Brasília; e o Complexo Hospitalar Niterói, reconhecido por sua atuação em medicina de alta complexidade.
Mais do que volume, a Rede Américas estreia com 90% de seus hospitais acreditados por instituições de renome, como a Joint Commission International (JCI), Magnet, ONA, QMENTUM e a World Stroke Organization (WSO) — certificações que reforçam o compromisso com segurança do paciente, qualidade assistencial e eficiência.
Uma rede hospitalar aberta, moderna e colaborativa
Em entrevista, o CEO da Rede Américas e também CEO da Dasa, Lício Cintra, destacou que o principal objetivo da nova companhia é construir uma rede aberta a diversas operadoras de planos de saúde, sem vínculos de verticalização, priorizando a boa medicina e a gestão eficiente.
“Queremos ser reconhecidos pela qualidade assistencial e pelo compromisso com a sustentabilidade do setor. A Rede Américas nasce com uma estrutura robusta, acreditações de excelência e um time altamente capacitado”, afirma Cintra.
O modelo não verticalizado é considerado um diferencial competitivo, permitindo atender a múltiplas operadoras sem conflitos de interesse e oferecendo mais alternativas para pacientes e empresas.
Estrutura de liderança estratégica
O comitê executivo da Rede Américas é composto por nomes experientes do setor:
Lício Cintra – CEO
Rogério Reis – Vice-presidente Médico e Clínico
Gustavo Fernandes – Vice-presidente de Oncologia
Viviane Valente – Vice-presidente de Finanças
Luiz Gonzaga Foureaux – Vice-presidente de Estratégia e Marketing
Ricardo Melo – Vice-presidente Jurídico e de Assuntos Corporativos
Majo Campos – Vice-presidente de Gente, Gestão e Cultura
Carlos Prebelli – Vice-presidente Comercial
A gestão aposta em uma governança forte e estratégias pautadas pela inovação, padronização de processos, uso de dados e centralidade no paciente.
Hospitais da Rede Américas
São Paulo
Hospital Nove de Julho
Unidade Nove de Julho Alphaville
Hospital Santa Paula
Hospital Leforte Liberdade
Hospital Leforte Morumbi
Hospital e Maternidade Christóvão da Gama (Diadema e Santo André)
Hospital Samaritano Higienópolis
Hospital Samaritano Paulista
Hospital Alvorada Moema
Hospital e Maternidade Madre Theodora – Campinas
Rio de Janeiro
Hospital São Lucas Copacabana
Complexo Hospitalar Niterói
Hospital Nossa Senhora do Carmo
Hospital Pró-Cardíaco
Hospital Samaritano Botafogo
Hospital Samaritano Barra
Hospital e Maternidade Santa Lúcia
Hospital Vitória Barra
Distrito Federal
Hospital Brasília
Hospital Brasília Águas Claras
Maternidade Brasília
Hospital Alvorada Brasília
Paraná
Hospital Paraná
Pernambuco
Hospital Santa Joana Recife
Conclusão
Com uma combinação de estrutura robusta, profissionais experientes, certificações de excelência e uma proposta de rede aberta, a Rede Américas se consolida como um dos principais players do setor hospitalar brasileiro. A iniciativa representa um avanço relevante no fortalecimento da saúde suplementar no Brasil, com potencial de influenciar positivamente práticas assistenciais, modelos de remuneração e a experiência dos pacientes.
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A edição de 2025 do Congresso Anual do American College of Cardiology (ACC), um dos mais importantes eventos da cardiologia mundial, reforçou um ponto incontestável: a Inteligência Artificial (IA) já está integrada à prática clínica cardiovascular. Os dados e reflexões a seguir têm como base o relatório detalhado elaborado pelo Dr. Rafael Otsuzi, médico cardiologista e referência em inovação em saúde, que acompanhou de perto as discussões mais relevantes do evento.
Em seu relatório, o Dr. Otsuzi destacou que o congresso deste ano teve sessões dedicadas exclusivamente à IA, com foco tanto nos fundamentos da tecnologia quanto em aplicações práticas já disponíveis para os profissionais de saúde.
Avanços diagnósticos que superam expectativas
Um dos pontos mais enfatizados por Rafael Otsuzi foi o impacto da IA no diagnóstico por imagem e eletrocardiografia. Ferramentas como o EchoSolv-AS alcançaram precisão de 100% na detecção de estenose aórtica grave, enquanto algoritmos treinados com dados de ECG se mostraram mais eficazes do que exames laboratoriais em prever risco cardiovascular em determinados contextos.
Outro exemplo citado no relatório é o AI-QCT, que demonstrou ser mais eficaz na predição de eventos cardíacos em mulheres — uma população historicamente subdiagnosticada — do que os métodos tradicionais de estratificação de risco.
IA ampliando acesso à saúde e otimizando fluxos
O relatório do Dr. Otsuzi também aborda a capacidade da IA de reduzir desigualdades. A tecnologia tem permitido, por exemplo, que enfermeiras sem formação específica em imagem capturem exames com qualidade compatível à de especialistas, por meio do software HeartFocus. Além disso, soluções como Health360x™ estão revolucionando a inclusão de minorias em ensaios clínicos, com taxas de sucesso de triagem de 100%.
Já em pacientes com insuficiência cardíaca, biossensores conectados a IA têm antecipado crises, permitindo intervenções antes da descompensação clínica — o que representa um novo patamar de monitoramento contínuo e preventivo.
O laboratório do futuro já é presente
No “Cath Lab do Futuro”, tema de uma das sessões do ACC.25, o Dr. Otsuzi relata que a IA já está sendo usada para documentar automaticamente procedimentos, prever complicações e até mesmo ajudar na manipulação de cateteres. Fora do centro cirúrgico, a tecnologia tem papel cada vez mais relevante na gestão hospitalar, otimizando escalas, agendamentos e alocação de recursos.
Ética, regulação e o papel do médico
Apesar do otimismo, o relatório também destaca os desafios éticos e legais no uso da IA. Questões como privacidade de dados, validação clínica de algoritmos e transparência na tomada de decisão foram amplamente discutidas. O American College of Cardiology publicou recomendações sobre o uso seguro e responsável da tecnologia, que devem ser seguidas por instituições e profissionais.
Para o Dr. Rafael Otsuzi, mais importante do que dominar o funcionamento interno dos algoritmos é o entendimento crítico de sua aplicação, seus limites e seu potencial. “A tecnologia deve ser um instrumento a serviço do cuidado humano — e não o contrário”, afirma.
Conclusão
Com base no relatório do Dr. Rafael Otsuzi, fica evidente que a Inteligência Artificial não é apenas uma tendência, mas uma realidade transformadora no cuidado cardiovascular. Sua incorporação responsável, ética e baseada em evidências poderá elevar os padrões de qualidade, segurança e personalização do tratamento.
A cardiologia do futuro já começou — e é papel de cada profissional da saúde entender como contribuir para que ela seja, de fato, mais humana e mais precisa.
Artigo baseado no relatório do Dr. Rafael Otsuzi Médico cardiologista | Inovação em saúde