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OMS recomenda dose única para vacinação contra HPV

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A Organização Mundial da Saúde (OMS)1 divulgou no final de dezembro uma recomendação que prevê a administração uma dose única da vacina contra o papilomavírus humano (HPV) para meninas, adolescentes e jovens entre 9 e 20 anos. Mais de 95% dos casos de câncer de colo de útero são causados por esse vírus. No documento, a OMS afirma que “um esquema de dose única, referido como um esquema alternativo de dose única off-label, pode fornecer eficácia e durabilidade de proteção comparáveis ​​a um esquema de duas doses”.

“A recomendação da OMS é excelente porque vai ampliar o acesso à vacina, simplificar o esquema vacinal e melhorar a cobertura vacinal”, afirma o médico Pedro Henrique Souza, da Oncologia D’Or. Entre 2019 e 20211, a cobertura da primeira dose da vacinação em todo o mundo caiu 25% para 15%. A organização ressalta que de acordo com a disponibilidade e do programa de imunização de cada país poderão ser aplicadas duas doses.

“É possível que outros tumores relacionados ao HPV, como o de pênis, orofaringe e vulva, também se beneficiem com esta nova estratégia de vacinação”, diz Eduardo Paulino, da Oncologia D’or.

No Brasil, o Programa Nacional de Imunização (PNI)2 preconiza a administração de duas doses da vacina para meninos e meninas entre 9 e 14 anos, com intervalo de seis meses. Para adolescentes, maiores de 15 anos, que não foram previamente imunizados, o calendário vacinal prevê três doses. O PNI oferece ainda vacinação para homens e mulheres até 46 anos, que convivem com o HIV, realizaram transplantes ou estão em tratamento contra o câncer. A vacina está disponível na rede privada de imunização para pessoas entre 9 e 59 anos, a critério médico.

A OMS atualizou a recomendação da vacinação contra o HPV após Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização (SAGE)3 ter avaliado as evidências dos últimos anos mostrando o esquema de dose única fornece eficácia comparável aos regimes de duas ou três doses. Um estudo4 publicado na revista científica New England Journal of Medicine Evidence, envolvendo 2.275 jovens de 15 a 20 anos no Quênia, mostrou que uma única dose de vacina forneceu 97,5% de proteção contra os tipos 16 e 18 do HPV, responsáveis por 70% dos casos de câncer uterino.

A doença

O câncer de colo uterino é o quarto mais frequente em mulheres, ficando atrás apenas dos cânceres de pele, mama e intestino. O Instituto Nacional do Câncer (Inca)5 estima que em 2023 sejam diagnosticados 17.010 casos. “Infelizmente a maioria dos tumores no Brasil são diagnosticados com a doença localmente avançada”, explica o médico Eduardo Paulino. “O vírus induz a mutações das células no colo uterino, fazendo com que cresçam de forma desordenada”, explica o médico Pedro Henrique Souza.

O HPV é transmitido durante a relação sexual, podendo causar tumores no pênis e nas cavidades oral e anal. A contaminação pode ser evitada pela vacinação e pelo sexo seguro. O Ministério da Saúde6 recomenda a realização regular do exame Papanicolau é recomendado em mulheres entre 25 e 64 anos.

Tratamento

Os sintomas mais comuns do câncer do colo uterino são sangramento e dor durante relação sexual, sendo frequentemente assintomático nos casos iniciais. Nos casos detectados muito precocemente, o tratamento consiste em cirurgia, com a retirada somente do colo uterino. Segundo o oncologia Cláudio Calazan, na maioria os casos é necessária a remoção do útero e do colo. Em quadros mais avançados, mas com o tumor ainda localizado no útero e tecidos vizinhos, recomenda-se a radioterapia e a quimioterapia. Na doença com metástase, é realizada a quimioterapia.

Em 2022, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou dois novos imunoterápicos para o câncer uterino. Pembrolizumabe é recomendado para casos de metástase ou recidiva, após cirurgia, quimioterapia e radioterapia. O tratamento é associado à quimioterapia. Cemiplimabe é indicado para mulheres com câncer metastático que avançou, após tratamento com quimioterapia. “Esses medicamentos abrem novas perspectivas, oferecendo maior controle da doença quando associados à quimioterapia”, concluiu o médico Pedro Henrique Souza.

Referências:

  1. Organização Mundial da Saúde. Disponível aqui.
  2. Ministério da Saúde. Disponível aqui.
  3. Sage. Disponível aqui.
  4. New England Journal of Medicine Evidence. Disponível aqui.
  5. Instituto Nacional do Câncer (Inca). Disponível aqui.
  6. Ministério da Saúde. Disponível aqui.

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Câmara aprova projeto que autoriza residentes a parcelarem férias

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Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que autoriza os médicos de programas de residência a fracionarem suas férias. A proposta segue para o Senado. A medida consta do Projeto de Lei 1732/22, da ex-deputada Soraya Manato. O texto foi aprovado em Plenário com parecer favorável do deputado Luizinho (PP-RJ), que apresentou pequenas mudanças.

A exemplo dos trabalhadores e servidores públicos, os médicos, quando participarem de programas de residência médica, passarão a poder fracionar os 30 dias de férias em períodos mínimos de 10 dias. Para esses médicos residentes, as férias são chamadas de repouso anual.

A rotina exigente dos residentes pode levar ao burnout e à exaustão, na opinião de Luizinho. “Comprometendo não apenas a saúde mental e física dos médicos, mas também a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.”

Segundo ele, o fracionamento das férias permitirá que esses profissionais tenham períodos de descanso menos espaçados e façam uma gestão mais flexível do tempo.

Outros profissionais

O texto de Luizinho especifica que os demais profissionais da área de saúde terão o fracionamento do repouso anual disciplinado em regulamento. Ele acatou emenda da deputada Adriana Ventura (Novo-SP). “Os profissionais de saúde merecem essa flexibilidade”, disse a deputada.

Durante o debate do projeto em Plenário, o deputado Eli Borges (PL-TO) defendeu a aprovação. “É o tipo de profissional que não tem dia, não tem hora e faz o seu trabalho de doação de vida para as pessoas”, declarou. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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Vuelo Pharma apresenta inovações no tratamento de feridas durante a Sobenfee 2024

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A empresa curitibana estará com stand exclusivo no evento, que ocorre em Salvador entre os dias 26 e 29 de novembro

A Vuelo Pharma, empresa curitibana especializada em produtos de healthcare com foco em skin care, wound care e wellness — self care,  marcará presença no Sobenfee 2024 — um dos maiores eventos de saúde e enfermagem do Brasil. 

O congresso, que acontece entre os dias 26 e 29 de novembro, será realizado em Salvador, na Bahia, e irá reunir o IX Congresso Brasileiro de Prevenção e Tratamento de Feridas, o II Congresso Brasileiro de Enfermagem Estética e o XV Congresso Iberolatinoamericano sobre Úlceras e Feridas – SILAUHE.

Com um stand exclusivo, a Vuelo Pharma irá expor e demonstrar seu portfólio de produtos, permitindo que os visitantes conheçam de perto as soluções que a empresa desenvolve para o tratamento de feridas e cuidados com a pele. 

“A nossa participação no evento reforça o compromisso da Vuelo com a disseminação de boas práticas e tecnologias de ponta para os profissionais de enfermagem, promovendo a saúde e o bem-estar por meio de produtos de alta qualidade e eficácia”, comenta Thiago Moreschi, CEO da Vuelo.

O Sobenfee 2024 promete reunir especialistas e profissionais renomados do Brasil e da América Latina para discutir uma ampla gama de temas, com destaque para políticas públicas de saúde, segurança do paciente, novas tecnologias em curativos, o papel das práticas integrativas no serviço público, e o impacto do letramento em saúde para a desospitalização de pacientes.

Também serão abordados tópicos críticos como o manejo de lesões em pacientes diabéticos, feridas oncológicas, e a importância dos ambulatórios públicos no atendimento de pacientes com feridas crônicas. “Certamente voltaremos com uma bagagem de aprendizado muito relevante, será uma ótima oportunidade”, finaliza o CEO.

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Mitos e Verdades sobre Hipertensão Arterial – a popular pressão alta: o que é verdade e o que é erroneamente divulgado sobre a doença

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Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista do Sírio Libanês de Brasília, fala sobre a pressão alta, uma das doenças cardiovasculares mais comum entre os brasileiros

A hipertensão arterial – que é conhecida popularmente como “pressão alta” – afeta cerca de 27,9% da população brasileira (dados da Vigitel de 2023). E ainda que seja uma doença que atinge boa parte da população, ela é cercada de mitos e verdades que precisam ser esclarecidos. 

Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista e internacionalmente certificada em Medicina do Estilo de Vida esclarece os principais mitos e as suas verdades a respeito da hipertensão arterial:

Mito 1: “Hipertensão é uma doença que aparece apenas na terceira idade”

A verdade: Dra Fernanda Weiler explica que a hipertensão arterial antes era prevalente em pessoas mais velhas, no entanto, mudanças no estilo de vida – especialmente alimentação e sedentarismo – fizeram com que a doença aumentasse drasticamente inclusive na população mais jovem. “O aumento de consumo de ultraprocessados e a falta de atividade física – bastante comum inclusive em jovens – faz com que a pressão aumente, gerando em muitos um diagnóstico de hipertensão arterial”, diz a médica.

Mito 2: “Hipertensão não tem sintomas, por isso não precisa de tratamento”

A verdade: “Ainda que alguns pacientes sejam realmente assintomáticos, não significa que o organismo não corre riscos, pelo contrário: quem não sente os sintomas clássicos da hipertensão (dores de cabeça, tontura e mal-estar) pode evoluir para um diagnóstico ainda mais sério por conta da falta de tratamento”, explica Fernanda. 

Mito 3: “Basta cortar o sal e a pressão normaliza”

A verdade: “Não basta apenas cortar o sal das refeições e seguir se alimentando de ultraprocessados ricos em sódio”, fala a especialista. Para o melhor controle dos níveis pressóricos, além do cuidado com o sal é preciso controlar o que é consumido. Ultraprocessados são ricos em sódio e seu alto consumo pode manter elevada a pressão arterial. A preferência é consumir alimentos naturais e ricos em nutrientes.

Mito 4: “Medicamentos para hipertensão são sempre necessários e devem ser tomados para o resto da vida”

A verdade: Cada caso é um caso a ser avaliado individualmente. “Quando se fala em hipertensão arterial é preciso entender o quão elevada ela está. Casos de hipertensão leve podem – muitas vezes – ser tratados apenas com mudanças no estilo de vida, focando na alimentação saudável, na prática de atividade física e no controle de tóxicos, como tabagismo e etilismo. Outros casos mais severos podem pedir a intervenção medicamentosa mas, vale dizer, que mesmo quando há necessidade do uso de medicação, o paciente precisa melhorar a alimentação e a prática de exercícios. Apenas o remédio não vai, de fato, solucionar o problema, uma vez que a causa não é tratada”, afirma a doutora.

Mito 5: “Quem tem pressão normal não precisa se preocupar com hipertensão”

A verdade: “A pressão arterial varia em seu índice naturalmente ao longo do dia. Durante a prática esportiva ela é naturalmente mais elevada quando comparada ao organismo em repouso. E se ela é variável em atividades corriqueiras, por que não poderia mudar por conta dos hábitos de cada indivíduo?”, questiona a profissional, que continua: “Uma pessoa que passou anos com a pressão arterial considerada normal e que, por exemplo, interrompe as atividades físicas e passa a se alimentar com mais ultraprocessados podem, sim, desenvolver a hipertensão arterial. O mesmo pode acontecer com uma gestante que, a depender dos fatores, pode ter um aumento de pressão que seguirá mesmo depois do parto”, explica Fernanda. “O aconselhado é fazer medidas esporádicas de pressão e buscar ajuda de um especialista ao menor sinal de aumento. Muitas vezes o diagnóstico precoce faz a diferença no tratamento”, finaliza a médica.

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