Conecte-se conosco

Atualidades

Mito ou verdade: é comum que crianças com 3 anos de idade ainda não saibam falar?

Publicado

em

Fonoaudióloga com mais de 20 anos de experiência conta como suspeitar de atrasos na fala, quais as possíveis causas da condição e ainda, oferece dicas de como estimular o seu desenvolvimento

Um dos dizeres mais populares sobre o desenvolvimento da fala na infância, é a certeza de que até os 3 anos, a verbalização limitada é algo comum. Na pandemia, o número de crianças registradas com atraso de fala aumentou consideravelmente e, mesmo assim, é imprescindível lembrar que a maioria delas não recebeu avaliação médica para que os pais pudessem entender o que deve ser feito nestes casos. Uma das razões por trás deste fenômeno é justamente a popularização de crenças incoerentes sobre o desenvolvimento infantil e estas precisam ser esclarecidas. 

Viviane Rimes é fonoaudióloga, especialista em linguagem e uma das centenas de profissionais que atuam na plataforma Baby Concierge, pioneira do segmento materno infantil. Para ela, normalizar a falta de verbalização em crianças de até 3 anos é um tanto preocupante: “O desenvolvimento da fala começa já na vida intra uterina, passando pela amamentação e estimulação do meio em que vive  após o nascimento. Fases como balbucio, gestos e fala em si, fazem parte deste processo. Devemos considerar exames como teste da linguinha, orelhinha e olhinho para que a fala aconteça de forma natural. Logo, se tratando de fala e linguagem das crianças, o ideal não é aguardar, mas sim antever possíveis alterações para que possamos agir rapidamente, seja orientando, avaliando, tratando ou encaminhando para profissionais de outras áreas.”

A fim de oferecer um parâmetro inicial sobre os níveis de verbalização de acordo com o tempo de vida da criança, a profissional destrincha: “Dos 7 aos 11 meses, as crianças podem identificar de qual lado vem o som e podem observar também se a criança repete palavras e dá tchau. A partir dos 12 meses, é possível que falem as primeiras palavras. Aos 18 meses, faz pedidos de forma verbal e possui em média 20 palavras no repertório, que saltam para 200 a partir dos dois anos. Aos 3 anos, já entendemos tudo o que fala, seguido de contação de histórias e formação de frases aos 4 e 5 anos, respectivamente.” Ela relembra que determinados quadros podem ser neurológicos e por isso, precisam da avaliação de especialistas. Ainda assim, qualquer contraposição pode e deve ser observada pelos pais, revelando também, motivos surpreendentes que podem levar isto a acontecer: “As causas vão de falta de estímulo, complicações na audição e até, o uso intenso de telas digitais como celulares e tablets, entre outras razões que devem ser identificadas por um profissional.” 

Considerando ainda, os impactos da pandemia sobre o desenvolvimento infantil, Viviane relembra a importância do diagnóstico precoce: “A COVID acometeu a todos nós e com as crianças não foi diferente. Por isso, é interessante que os pais fiquem ainda mais atentos à produção da fala e busquem a avaliação fonoaudiológica ao perceberem que algo não está progredindo como deveria”. A especialista diz que a observação dos responsáveis deve ocorrer ainda nos primeiros meses. “Poucas pessoas sabem, mas os gestos são de extrema importância no desenvolvimento da fala! 

Antes da produção verbal iniciar, o bebê se comunica através da linguagem não verbal, como toque, cheiro, amamentação e olhares que são considerados precursores da fala”. 

Por fim, Viviane aponta dicas para estimular o desenvolvimento da fala na infância: “A estimulação pode partir de qualquer pessoa com quem a criança conviva. Algumas sugestões são incentivar que a criança emita qualquer som para indicar o que deseja, ao invés de atendê-la assim que aponta para o objeto, contar histórias, cantar músicas, nomear objetos durante o banho e as refeições, evitar o uso de palavras no diminutivo, corrigir palavras para que sejam ditas da forma correta, falar devagar e de forma articulada, não usar vozes infantilizadas, dar ordens objetivas, usar frases curtas, introduzir pequenos gestos, aguardar a criança responder e não “atropelar” enquanto fala, além de se aproximar e falar na altura dos olhos da criança para que ela observe o seu interlocutor, estimulando também o contato visual. Se porventura perceberem episódios de gagueira, não interrompa a criança e leve-a ao fonoaudiólogo especialista o quanto antes. Jamais esqueçamos que a linguagem de amor entre pais e filhos é a conexão mais poderosa no desenvolvimento infantil”, finaliza. 

Atualidades

Hospital São Luiz Itaim inaugura Centro Avançado de Endoscopia com foco em alta tecnologia e IA

Publicado

em

Novo centro oferece tratamentos menos invasivos para obesidade, tumores e distúrbios digestivos, com apoio de inteligência artificial e equipe multidisciplinar

O Hospital São Luiz Itaim, da Rede D’Or, inaugurou um moderno Centro Avançado de Endoscopia que promete transformar o cuidado com doenças do trato gastrointestinal. A estrutura une alta tecnologia, inteligência artificial (IA) e procedimentos minimamente invasivos, oferecendo alternativas inovadoras para tratar desde obesidade e diabetes tipo 2 até tumores e complicações pós-operatórias.

Segundo o médico endoscopista Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura, responsável técnico pelo serviço, a proposta é clara: “Hoje conseguimos realizar procedimentos que antes exigiam cortes e internações prolongadas, com uma câmera e acesso minimamente invasivo, muitas vezes com alta no mesmo dia.”

Tratamentos modernos com alta precisão

Entre os destaques do novo centro estão técnicas de:

  • Gastroplastia endoscópica – alternativa à cirurgia bariátrica tradicional, realizada por endoscopia para reduzir o estômago;
  • Ablação da mucosa gástrica – aplicação de calor em áreas específicas do estômago para controle da glicose em pacientes com diabetes tipo 2;
  • Dissecção endoscópica da submucosa (ESD) e ressecção endoscópica de parede total (EFTRD) – para remoção de tumores e lesões digestivas de forma precisa, sem cirurgia aberta;
  • POEM e G-POEM – procedimentos para tratar distúrbios digestivos como megaesôfago e gastroparesia;
  • Vacuoterapia endoluminal – técnica inovadora que acelera a cicatrização por meio de pressão negativa aplicada diretamente no local da lesão.

O centro também se destaca por aplicar colangioscopia e ecoendoscopia guiadas por imagem em tempo real, permitindo tratamentos mais seguros para doenças do fígado, pâncreas e vias biliares.

Inteligência artificial a favor da medicina

Um dos diferenciais mais inovadores do centro é a utilização de IA no apoio ao diagnóstico precoce. A tecnologia permite detectar lesões gastrointestinais com maior precisão e agilidade, aumentando as chances de cura e reduzindo a necessidade de cirurgias invasivas.

“Unimos o melhor da medicina com o poder da tecnologia. A inteligência artificial nos permite detectar lesões com mais precisão e rapidez, algo que impacta diretamente no sucesso dos tratamentos”, afirma Fernando Sogayar, diretor-geral do Hospital São Luiz Itaim.

Um marco para o cuidado digestivo no Brasil

A proposta do novo Centro Avançado de Endoscopia é colocar o Hospital São Luiz Itaim na vanguarda do cuidado digestivo no Brasil, integrando assistência, ensino e pesquisa clínica. Com foco na humanização e na precisão, o centro representa um salto qualitativo na forma como condições gastrointestinais serão diagnosticadas e tratadas nos próximos anos.

Continue Lendo

Atualidades

Justiça obriga plano de saúde a reembolsar R$ 496 mil por sessões de hemodiálise

Publicado

em

Decisão da 2ª Vara Cível do Butantã considera abusiva a suspensão de reembolso de tratamento vital a paciente com doença renal crônica

Em decisão proferida na última quinta-feira (8), a Justiça de São Paulo determinou que uma operadora de plano de saúde reembolse R$ 496,6 mil a um paciente com doença renal crônica que teve o reembolso de sessões de hemodiálise suspenso de forma unilateral e sem justificativa contratual válida. O caso foi julgado pela juíza Larissa Gaspar Tunala, da 2ª Vara Cível do Butantã.

Segundo os autos, o paciente depende da hemodiafiltração de alto fluxo, realizada cinco vezes por semana, e vinha sendo ressarcido desde 2013. No entanto, a operadora reduziu gradualmente os valores a partir de novembro de 2023, interrompendo completamente os pagamentos em maio de 2024, mesmo sem qualquer alteração contratual ou mudança no tratamento prescrito.

A empresa alegou estar seguindo limites contratuais, mas o argumento foi rechaçado pela magistrada, que classificou como abusiva e ilegal a recusa de reembolso para um tratamento vital à sobrevivência do paciente.

“Se há fraudes, cabe à empresa analisar com o devido cuidado as relações individuais, não penalizando aquele que não tem correlação com os fatos. No limite, importa saber se o autor está sendo tratado e se os valores de reembolso são condizentes com o que se pratica no mercado no mesmo nível de serviços”, afirmou a juíza na sentença.

Cláusulas vagas e livre escolha de prestadores

Outro ponto destacado foi a falta de clareza contratual quanto aos limites de cobertura. A juíza entendeu que o plano de saúde violou os direitos do consumidor ao impor restrições sem transparência e que, mesmo havendo uma rede credenciada, o contrato previa a livre escolha de prestadores.

“Haver rede credenciada é um irrelevante jurídico, pois o contrato permite a livre opção do consumidor”, destacou a magistrada.

Conforto e qualidade de vida preservados

Para a advogada do paciente, Giselle Tapai, especialista em Direito à Saúde, a decisão representa mais do que a garantia de um direito contratual — trata-se de preservar a dignidade e o bem-estar do paciente:

“A decisão permitirá ao beneficiário promover o seu tratamento em clínicas que ofereçam um cuidado diferenciado, como era feito antes do conflito. Ambientes confortáveis, sofisticados e acolhedores impactam positivamente a qualidade de vida do paciente e de sua família”, declarou ao portal Terra.

Precedente relevante para outros casos

A decisão judicial representa um importante precedente para casos semelhantes, nos quais pacientes com doenças crônicas enfrentam dificuldades no custeio de tratamentos contínuos por conta de reembolsos negados ou limitados de forma arbitrária pelas operadoras.

Continue Lendo

Atualidades

Correios anunciam plano emergencial para contornar prejuízo bilionário em 2024

Publicado

em

Enfrentando um déficit histórico de R$ 2,6 bilhões em 2024 — quatro vezes maior que o prejuízo de 2023 — os Correios lançaram um pacote de medidas para tentar recuperar o equilíbrio financeiro da estatal. A proposta, divulgada internamente nesta segunda-feira (12), pretende economizar R$ 1,5 bilhão ao longo de 2025 e exige forte adesão dos mais de 86 mil empregados da empresa.

📉 Causas do prejuízo
A estatal atribui a crise principalmente:

  • à queda nas receitas com encomendas internacionais;
  • ao aumento dos custos operacionais, que chegaram a R$ 15,9 bilhões (+ R$ 716 milhões em relação a 2023);
  • aos gastos com pessoal, que subiram de R$ 9,6 bilhões para R$ 10,3 bilhões.

📦 Apenas 15% das mais de 10 mil unidades de atendimento registraram superávit, reforçando o desafio de manter a capilaridade do serviço postal em todos os municípios do país.


📋 Medidas do plano de recuperação:

  1. Redução de jornada de trabalho e salários: de 8h para 6h diárias, com 34h semanais;
  2. Suspensão de férias a partir de junho de 2025, retomando apenas em 2026;
  3. Corte de 20% nos cargos comissionados na sede;
  4. Fim do home office: retorno obrigatório ao trabalho presencial a partir de 23 de junho;
  5. Prorrogação do PDV (Programa de Desligamento Voluntário) até 18 de maio;
  6. Revisão dos planos de saúde com nova rede credenciada e economia prevista de 30%;
  7. Lançamento de um marketplace próprio ainda em 2025;
  8. Captação de R$ 3,8 bilhões com o NDB para modernização e investimento interno.

🚴‍♂️ Investimentos e transição ecológica

Apesar das dificuldades, a estatal afirma manter seu plano de transição sustentável em até 5 anos. Foram investidos R$ 830 milhões em 2024, com destaque para:

  • 50 furgões elétricos;
  • 2.306 bicicletas elétricas e 3.996 convencionais com baú;
  • 1.502 veículos para renovação da frota.

💸 Alerta de liquidez

A empresa consumiu R$ 2,9 bilhões do caixa, restando apenas R$ 249 milhões disponíveis. Isso levou ao atraso de repasses a transportadoras e agências franqueadas, resultando em entregas mais lentas e paralisações parciais dos serviços.


📢 Mensagem da direção

Segundo o documento interno, “cada pequena contribuição dos empregados será essencial para superar os desafios e construir um futuro mais promissor”.

Com o plano de contenção, os Correios tentam evitar nova crise estrutural como a enfrentada em 2016, quando também registraram prejuízo bilionário. A proposta, porém, deve gerar forte resistência dos sindicatos diante da suspensão de direitos e da redução salarial.

Continue Lendo

Mais Vistos