A Amil, empresa de planos de saúde brasileira, tem enfrentado anos de prejuízos e rumores de venda pela sua controladora norte-americana, UnitedHealth Group (UHG). Em busca de uma rota de crescimento, a operadora aposta em um novo modelo de planos individuais e familiares.
O objetivo é atender um público que não possui plano empresarial ou não pode recorrer a entidades de classe para adquirir um plano de saúde. A nova proposta é diferente dos planos individuais e familiares anteriores da companhia e busca ser mais previsível e com menor risco financeiro. Os novos planos serão regionais e os usuários terão acesso apenas a hospitais, laboratórios e consultórios da própria rede.
Com segmentação ambulatorial e hospitalar com obstetrícia, o plano será disponibilizado em quatro municípios do Estado de São Paulo: capital, Guarulhos, Arujá e Mogi das Cruzes.
A Amil pretende manter a gestão da carteira legada de planos individuais e familiares e não fará esforço para que os clientes dessa carteira migrem para o novo plano. No entanto, espera-se uma migração voluntária para um plano mais sustentável.
Os planos individuais e familiares abertos enfrentam dois grandes desafios: a dificuldade em obter maior escala e os altos custos, em contraste com o limite de reajuste dos planos imposto pela Agência Nacional de Saúde (ANS). Enquanto os planos corporativos têm maior liberdade para o aumento de preços, os individuais e familiares precisam respeitar o teto definido pela agência reguladora, tornando-os mais difíceis de operar.