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Falta de interação com o bebê pode prejudicar desenvolvimento da fala e da linguagem

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Doutora em Fonoaudiologia pela USP, Camilla Guarnieri alerta para os efeitos negativos da falta de interação no desenvolvimento da fala e linguagem, uso de chupeta e o uso excessivo de telas.

Em um mundo onde a comunicação é essencial, é de extrema importância garantir um desenvolvimento saudável da fala e da linguagem desde os primeiros meses de vida. No entanto, certas atitudes podem prejudicar esse processo crucial na vida de um bebê, alerta a fonoaudióloga Camilla Guarnieri. De acordo com a especialista, as interações e estímulos que o bebê recebe em seus primeiros anos de vida são fundamentais para o seu desenvolvimento da fala e da linguagem. Portanto, é essencial que os cuidadores estejam atentos às suas atitudes e promovam um ambiente propício para o aprendizado.

Entre as atitudes que merecem atenção, a mestre e doutora em Fonoaudiologia pela USP destaca a falta de estímulo verbal. “A exposição à uma linguagem rica desde cedo é crucial para que o bebê adquira vocabulário e desenvolva suas habilidades de comunicação”, afirma a Dra. Camilla Guarnieri. A fonoaudióloga incentiva os cuidadores a conversarem com o bebê, mesmo que ele ainda não compreenda todas as palavras. Essa atitude contribui para o aprendizado e a assimilação da linguagem.

Outro ponto que merece atenção são os hábitos orais deletérios como chupar chupeta, usar mamadeira, chupar o dedo ou roer as unhas, que podem prejudicar o crescimento e o desenvolvimento da boca, afetando funções importantes como alimentação e fala. Além da reabilitação da função, a criança pode precisar de tratamentos ortodônticos. A fonoaudióloga explica: “Esses hábitos orais deletérios podem impactar negativamente a fala e a linguagem, sendo necessário intervir tanto na função quanto na estrutura oral”.

A utilização de dispositivos eletrônicos também exige cautela por parte dos cuidadores. De acordo com a especialista, o tempo excessivo diante de telas pode impactar negativamente a interação social e prejudicar a aquisição da linguagem. “É importante limitar o tempo de exposição às telas e promover momentos de interação face a face com o bebê, pois é nesse contexto que ele aprende a se comunicar e a compreender as sutilezas da linguagem”, alerta a Dra.

Isso porque a comunicação se desenvolve por meio da prática e da oportunidade de expressão. É importante proporcionar situações em que a criança possa se expressar. “Se tudo é dado à criança antes mesmo dela pedir, a oportunidade de comunicação é prejudicada. É necessário oferecer momentos de pausa e permitir que a criança responda, marcando a vez dela de falar”. Além disso, a falta de estímulo para o desenvolvimento da motricidade oral também é apontada como uma atitude prejudicial. Camilla explica que estimular os movimentos da boca e da língua por meio de brincadeiras, como soprar bolhas de sabão ou imitar sons de animais, contribui para fortalecer os músculos envolvidos na fala e na linguagem.

Além do desenvolvimento da fala, outras funções orais, como sucção, mastigação e respiração adequada, são essenciais para o amadurecimento motor e linguístico. É crucial considerar o desenvolvimento global dessas funções. “Devemos ter uma visão abrangente das funções orofaciais, pois a fala está diretamente relacionada a outras habilidades motoras.” – explica.

Por fim, a profissional destaca a importância da interação social para o desenvolvimento da fala e da linguagem, já que o ambiente desempenha um papel crucial neste sentido. A entrada na escola e as experiências familiares oferecem oportunidades valiosas para o desenvolvimento da linguagem.

É importante, ainda, buscar o auxílio profissional caso haja preocupações em relação ao desenvolvimento da fala e da linguagem do bebê. “Um fonoaudiólogo é capacitado para avaliar e intervir em casos de atrasos ou dificuldades na comunicação. Quanto mais cedo o acompanhamento for iniciado, maiores são as chances de um desenvolvimento pleno”, enfatiza a especialista.

O engajamento ativo, o estímulo verbal adequado e a limitação do uso de dispositivos eletrônicos são essenciais para criar um ambiente propício ao aprendizado e ao crescimento saudável das habilidades comunicativas do bebê.

Sobre Fga. Dra. Camilla Guarnieri (CRFa 2 – 18977):

Fonoaudióloga graduada pela USP, mestre pelo Programa de Pós-graduação em Fonoaudiologia da pela USP com a dissertação defendida na linha de pesquisa “Processos e Distúrbios da Linguagem” intitulada “Programa de Estimulação para Crianças com Atraso de Linguagem” e doutora pelo Programa de Pós-graduação  em Fonoaudiologia da pela USP/Bauru com a tese defendida na linha de pesquisa “Telessaúde e Teleducação” intitulada “Curso online para treinamento de Fonoaudiólogos na intervenção em linguagem infantil”. Durante o doutorado realizou estágio pesquisa no exterior na University of South Florida (USF – EUA). Já organizou livro, escreveu capítulos de livros, artigos e materiais para a avaliação e intervenção de fala e linguagem em crianças. Já foi coordenadora pedagógica e professora de diversos cursos e aprimoramentos para a formação de fonoaudiológos na atuação com a fala e a linguagem em crianças. É a fonoaudióloga clínica responsável pelas áreas de fala e linguagem na Clínica Care Materno Infantil.

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Câmara aprova projeto que autoriza residentes a parcelarem férias

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Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que autoriza os médicos de programas de residência a fracionarem suas férias. A proposta segue para o Senado. A medida consta do Projeto de Lei 1732/22, da ex-deputada Soraya Manato. O texto foi aprovado em Plenário com parecer favorável do deputado Luizinho (PP-RJ), que apresentou pequenas mudanças.

A exemplo dos trabalhadores e servidores públicos, os médicos, quando participarem de programas de residência médica, passarão a poder fracionar os 30 dias de férias em períodos mínimos de 10 dias. Para esses médicos residentes, as férias são chamadas de repouso anual.

A rotina exigente dos residentes pode levar ao burnout e à exaustão, na opinião de Luizinho. “Comprometendo não apenas a saúde mental e física dos médicos, mas também a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.”

Segundo ele, o fracionamento das férias permitirá que esses profissionais tenham períodos de descanso menos espaçados e façam uma gestão mais flexível do tempo.

Outros profissionais

O texto de Luizinho especifica que os demais profissionais da área de saúde terão o fracionamento do repouso anual disciplinado em regulamento. Ele acatou emenda da deputada Adriana Ventura (Novo-SP). “Os profissionais de saúde merecem essa flexibilidade”, disse a deputada.

Durante o debate do projeto em Plenário, o deputado Eli Borges (PL-TO) defendeu a aprovação. “É o tipo de profissional que não tem dia, não tem hora e faz o seu trabalho de doação de vida para as pessoas”, declarou. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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Vuelo Pharma apresenta inovações no tratamento de feridas durante a Sobenfee 2024

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A empresa curitibana estará com stand exclusivo no evento, que ocorre em Salvador entre os dias 26 e 29 de novembro

A Vuelo Pharma, empresa curitibana especializada em produtos de healthcare com foco em skin care, wound care e wellness — self care,  marcará presença no Sobenfee 2024 — um dos maiores eventos de saúde e enfermagem do Brasil. 

O congresso, que acontece entre os dias 26 e 29 de novembro, será realizado em Salvador, na Bahia, e irá reunir o IX Congresso Brasileiro de Prevenção e Tratamento de Feridas, o II Congresso Brasileiro de Enfermagem Estética e o XV Congresso Iberolatinoamericano sobre Úlceras e Feridas – SILAUHE.

Com um stand exclusivo, a Vuelo Pharma irá expor e demonstrar seu portfólio de produtos, permitindo que os visitantes conheçam de perto as soluções que a empresa desenvolve para o tratamento de feridas e cuidados com a pele. 

“A nossa participação no evento reforça o compromisso da Vuelo com a disseminação de boas práticas e tecnologias de ponta para os profissionais de enfermagem, promovendo a saúde e o bem-estar por meio de produtos de alta qualidade e eficácia”, comenta Thiago Moreschi, CEO da Vuelo.

O Sobenfee 2024 promete reunir especialistas e profissionais renomados do Brasil e da América Latina para discutir uma ampla gama de temas, com destaque para políticas públicas de saúde, segurança do paciente, novas tecnologias em curativos, o papel das práticas integrativas no serviço público, e o impacto do letramento em saúde para a desospitalização de pacientes.

Também serão abordados tópicos críticos como o manejo de lesões em pacientes diabéticos, feridas oncológicas, e a importância dos ambulatórios públicos no atendimento de pacientes com feridas crônicas. “Certamente voltaremos com uma bagagem de aprendizado muito relevante, será uma ótima oportunidade”, finaliza o CEO.

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Mitos e Verdades sobre Hipertensão Arterial – a popular pressão alta: o que é verdade e o que é erroneamente divulgado sobre a doença

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Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista do Sírio Libanês de Brasília, fala sobre a pressão alta, uma das doenças cardiovasculares mais comum entre os brasileiros

A hipertensão arterial – que é conhecida popularmente como “pressão alta” – afeta cerca de 27,9% da população brasileira (dados da Vigitel de 2023). E ainda que seja uma doença que atinge boa parte da população, ela é cercada de mitos e verdades que precisam ser esclarecidos. 

Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista e internacionalmente certificada em Medicina do Estilo de Vida esclarece os principais mitos e as suas verdades a respeito da hipertensão arterial:

Mito 1: “Hipertensão é uma doença que aparece apenas na terceira idade”

A verdade: Dra Fernanda Weiler explica que a hipertensão arterial antes era prevalente em pessoas mais velhas, no entanto, mudanças no estilo de vida – especialmente alimentação e sedentarismo – fizeram com que a doença aumentasse drasticamente inclusive na população mais jovem. “O aumento de consumo de ultraprocessados e a falta de atividade física – bastante comum inclusive em jovens – faz com que a pressão aumente, gerando em muitos um diagnóstico de hipertensão arterial”, diz a médica.

Mito 2: “Hipertensão não tem sintomas, por isso não precisa de tratamento”

A verdade: “Ainda que alguns pacientes sejam realmente assintomáticos, não significa que o organismo não corre riscos, pelo contrário: quem não sente os sintomas clássicos da hipertensão (dores de cabeça, tontura e mal-estar) pode evoluir para um diagnóstico ainda mais sério por conta da falta de tratamento”, explica Fernanda. 

Mito 3: “Basta cortar o sal e a pressão normaliza”

A verdade: “Não basta apenas cortar o sal das refeições e seguir se alimentando de ultraprocessados ricos em sódio”, fala a especialista. Para o melhor controle dos níveis pressóricos, além do cuidado com o sal é preciso controlar o que é consumido. Ultraprocessados são ricos em sódio e seu alto consumo pode manter elevada a pressão arterial. A preferência é consumir alimentos naturais e ricos em nutrientes.

Mito 4: “Medicamentos para hipertensão são sempre necessários e devem ser tomados para o resto da vida”

A verdade: Cada caso é um caso a ser avaliado individualmente. “Quando se fala em hipertensão arterial é preciso entender o quão elevada ela está. Casos de hipertensão leve podem – muitas vezes – ser tratados apenas com mudanças no estilo de vida, focando na alimentação saudável, na prática de atividade física e no controle de tóxicos, como tabagismo e etilismo. Outros casos mais severos podem pedir a intervenção medicamentosa mas, vale dizer, que mesmo quando há necessidade do uso de medicação, o paciente precisa melhorar a alimentação e a prática de exercícios. Apenas o remédio não vai, de fato, solucionar o problema, uma vez que a causa não é tratada”, afirma a doutora.

Mito 5: “Quem tem pressão normal não precisa se preocupar com hipertensão”

A verdade: “A pressão arterial varia em seu índice naturalmente ao longo do dia. Durante a prática esportiva ela é naturalmente mais elevada quando comparada ao organismo em repouso. E se ela é variável em atividades corriqueiras, por que não poderia mudar por conta dos hábitos de cada indivíduo?”, questiona a profissional, que continua: “Uma pessoa que passou anos com a pressão arterial considerada normal e que, por exemplo, interrompe as atividades físicas e passa a se alimentar com mais ultraprocessados podem, sim, desenvolver a hipertensão arterial. O mesmo pode acontecer com uma gestante que, a depender dos fatores, pode ter um aumento de pressão que seguirá mesmo depois do parto”, explica Fernanda. “O aconselhado é fazer medidas esporádicas de pressão e buscar ajuda de um especialista ao menor sinal de aumento. Muitas vezes o diagnóstico precoce faz a diferença no tratamento”, finaliza a médica.

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