Desde o início da década de 1990, o mês de outubro é lembrado pela luta contra o câncer de mama, com a campanha do Outubro Rosa, cujo objetivo é de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença, além de proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, contribuindo para a redução da mortalidade.
A Funcional Health Tech, empresa de programas de acesso e adesão e em data driven care, realizou um levantamento inédito com mais de 7 milhões de vidas que fazem parte da sua base de dados de Health Analytics que apontou que o custo médio da cirurgia de mastectomia (retirada total da mama realizada em casos de câncer avançados), é de R$ 33.070, cerca de 237% maior do que a quadrantectomia (retirada do quadrante onde o tumor está localizado realizado em casos iniciais), que é de R$ 9.820.
Vale destacar que estamos comparando apenas os custos da cirurgia com internação e os casos mais avançados podem somar ainda tratamento com quimioterapia, imunoterapia e/ou radioterapia. Segundo pesquisas realizadas pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), os casos diagnosticados em estágios iniciais no Brasil resultam em custos médicos até 50% menores em comparação com tratamentos avançados, além de oferecer maiores chances de cura e melhor qualidade de vida às pacientes.
De acordo com Alexandre Vieira, médico, Chief Health Officer e Diretor de Analytics na Funcional, o tratamento tende a ficar mais caro de acordo com estágio da doença, que quanto mais avançado requer um número maior de sessões de quimioterapia e/ou radioterapia, medicamentos específicos e um tratamento mais intensivo e particular necessitando de mais cuidados. “Essas estatísticas ressaltam a necessidade contínua de desenvolver abordagens eficazes e acessíveis para o diagnóstico precoce e tratamento do câncer de mama, pensando principalmente no bem-estar das pacientes. Como consequência, teremos a diminuição do custo para o sistema de saúde”, reforça.
Um estudo inédito realizado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) neste ano comprova aumento de cerca de 26% nos casos de câncer de mama nos estágios mais graves da doença. Já o INCA estima que 74 mil casos por ano devem surgir no país até 2025, reforçando a necessidade de conscientização e do diagnóstico precoce.