O Índice de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (I-OPME), caiu 0,26% em novembro, oscilando negativamente em relação ao incremento de outubro (+0,29%). Foi a segunda queda mensal em 2023, sendo a anterior em setembro/2023 (-0,24%).
Desenvolvido em parceria pela Fipe e pela Bionexo, empresa de tecnologia SaaS líder em soluções para gestão em saúde, o Índice OPME monitora os preços de produtos transacionados entre fornecedores e hospitais na plataforma Opmenexo, responsável por mais de 3 mil cotações diárias de preços para mais de 45 mil itens do segmento.
Comparativamente, a variação do índice foi inferior ao comportamento dos preços ao consumidor, tanto sob a ótica do IPCA/IBGE (+0,28%), quanto do IGP-M/FGV (+0,59%). Por outro lado, o resultado mensal do Índice OPME revelou uma queda menor dos preços desses produtos em comparação com o comportamento da taxa média de câmbio (-3,29%) e dos preços dos medicamentos para hospitais, conforme apurado pelo IPM-H (-0,49%).
Ainda com referência ao levantamento de novembro, as variações apuradas por especialidade foram: cabeça e pescoço (+1,04%); sistema musculoesquelético e articulações (+0,72%); sistema urinário (+0,10%); sistema nervoso central e periférico (-0,37%); sistema genital e reprodutor (-0,52%); sistema cardiocirculatório (-1,00%); sistema digestivo e anexos (-1,43%).
Com base nos últimos resultados, o Índice OPME passou a registrar um incremento nominal de 1,65%, no balanço parcial de 2023 (até novembro), em paralelo a uma alta acumulada de 2,02%, nos últimos 12 meses (isto é, em relação a novembro de 2022). Nesse recorte temporal mais amplo, o comportamento médio dos preços de órteses, próteses e materiais especiais superou o resultado do IGP-M/FGV (-3,46%), a variação dos preços dos medicamentos para hospitais, dada pelo IPM-H (-6,83%), e da taxa média de câmbio, segundo dados do Banco Central (-7,14%).
Por outro lado, a variação do índice ainda se manteve abaixo da inflação ao consumidor em 12 meses, dada pelo IPCA/IBGE (+4,68%). Entre as especialidades, as variações acumuladas foram as seguintes: sistema musculoesquelético e articulações (+4,14%); cabeça e pescoço (+3,18%); sistema cardiocirculatório (+1,94%); sistema nervoso central e periférico (+1,26%); sistema urinário (+0,91%); sistema genital e reprodutor (+0,49%) e sistema digestivo e anexos (-1,30%).
“Apesar das oscilações observadas nos últimos meses, o Índice OPME se aproxima do encerramento do ano com ligeira valorização nos preços de órteses, próteses e materiais especiais, contrapondo-se à queda nos preços de medicamentos para hospitais (via IPM-H).
Entre os fatores que podem estar contribuindo para essa tendência positiva, incluem-se: o crescimento demográfico e o envelhecimento da população, o aumento no número de terapias e de procedimentos disponíveis (como no caso de cirurgias minimamente invasivas), além da ampliação do acesso e cobertura desses procedimentos. Por outro lado, a difusão tecnológica e a expansão da oferta colaboram para que essa valorização não se dê de forma expressiva no médio e longo prazos.
Importante ressaltar, a esse respeito, que o índice de preço não captura os efeitos da introdução de novos produtos, técnicas e tecnologias, cujas adoção por hospitais tende a se manifestar sob a ótica dos custos dos procedimentos” afirma Bruno Oliva, economista e pesquisador da Fipe.
Desde o início de sua série histórica, considerando o intervalo entre janeiro de 2017 e novembro de 2023, o Índice OPME registra um leve recuo de 0,35% nos preços de próteses, órteses e materiais especiais. A estabilidade pode ser explicada pela queda nos preços de produtos relacionados às especialidades: sistema cardiocirculatório (-10,59%); sistema urinário (-1,94%); e sistema genital e reprodutor (-1,81%). Esses resultados negativos se contrapõem à valorização dos produtos classificados nas especialidades: cabeça e pescoço (+20,04%); sistema musculoesquelético e articulações (+7,60%); sistema nervoso central e periférico (+2,26%) e sistema digestivo e anexos (+0,35%).
Por dentro do índice
O Índice de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (índice OPME) é o primeiro indicador dedicado a analisar o comportamento de preços de produtos e materiais transacionados entre fornecedores e hospitais no mercado brasileiro e é resultado da parceria entre Fipe e Bionexo.
A cada mês e para cada material, calcula-se um índice que indique a variação de seu preço em relação ao mês de referência, levando em consideração variáveis que podem ser relevantes para determinar o preço, entre elas: (1) quantidade de itens requisitados no mercado; (2) discriminador de produto (dado que uma única família pode ser composta por múltiplos produtos); (3) localização do hospital e do fornecedor; (4) convênio; e (5) procedimento de urgência.
Os produtos são agrupados em oito especialidades e ponderados de acordo com uma cesta de valor total transacionado na plataforma Opmenexo. O Índice OPME consolida o comportamento dos índices dos preços de cada especialidade.
Apesar de estar correlacionado a outros indicadores, o Índice OPME não mensura ou influencia o comportamento de preços de produtos e materiais no varejo. Ele não reflete diretamente em mudanças ou substituições tecnológicas, nem tem relação direta com os custos de hospitais e planos de saúde. Os dados apontam tendências de preços para negociações entre fornecedores e instituições hospitalares.
A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que autoriza os médicos de programas de residência a fracionarem suas férias. A proposta segue para o Senado. A medida consta do Projeto de Lei 1732/22, da ex-deputada Soraya Manato. O texto foi aprovado em Plenário com parecer favorável do deputado Luizinho (PP-RJ), que apresentou pequenas mudanças.
A exemplo dos trabalhadores e servidores públicos, os médicos, quando participarem de programas de residência médica, passarão a poder fracionar os 30 dias de férias em períodos mínimos de 10 dias. Para esses médicos residentes, as férias são chamadas de repouso anual.
A rotina exigente dos residentes pode levar ao burnout e à exaustão, na opinião de Luizinho. “Comprometendo não apenas a saúde mental e física dos médicos, mas também a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.”
Segundo ele, o fracionamento das férias permitirá que esses profissionais tenham períodos de descanso menos espaçados e façam uma gestão mais flexível do tempo.
Outros profissionais
O texto de Luizinho especifica que os demais profissionais da área de saúde terão o fracionamento do repouso anual disciplinado em regulamento. Ele acatou emenda da deputada Adriana Ventura (Novo-SP). “Os profissionais de saúde merecem essa flexibilidade”, disse a deputada.
Durante o debate do projeto em Plenário, o deputado Eli Borges (PL-TO) defendeu a aprovação. “É o tipo de profissional que não tem dia, não tem hora e faz o seu trabalho de doação de vida para as pessoas”, declarou. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)
A empresa curitibana estará com stand exclusivo no evento, que ocorre em Salvador entre os dias 26 e 29 de novembro
A Vuelo Pharma, empresa curitibana especializada em produtos de healthcare com foco em skin care, wound care e wellness — self care, marcará presença no Sobenfee 2024 — um dos maiores eventos de saúde e enfermagem do Brasil.
O congresso, que acontece entre os dias 26 e 29 de novembro, será realizado em Salvador, na Bahia, e irá reunir o IX Congresso Brasileiro de Prevenção e Tratamento de Feridas, o II Congresso Brasileiro de Enfermagem Estética e o XV Congresso Iberolatinoamericano sobre Úlceras e Feridas – SILAUHE.
Com um stand exclusivo, a Vuelo Pharma irá expor e demonstrar seu portfólio de produtos, permitindo que os visitantes conheçam de perto as soluções que a empresa desenvolve para o tratamento de feridas e cuidados com a pele.
“A nossa participação no evento reforça o compromisso da Vuelo com a disseminação de boas práticas e tecnologias de ponta para os profissionais de enfermagem, promovendo a saúde e o bem-estar por meio de produtos de alta qualidade e eficácia”, comenta Thiago Moreschi, CEO da Vuelo.
O Sobenfee 2024 promete reunir especialistas e profissionais renomados do Brasil e da América Latina para discutir uma ampla gama de temas, com destaque para políticas públicas de saúde, segurança do paciente, novas tecnologias em curativos, o papel das práticas integrativas no serviço público, e o impacto do letramento em saúde para a desospitalização de pacientes.
Também serão abordados tópicos críticos como o manejo de lesões em pacientes diabéticos, feridas oncológicas, e a importância dos ambulatórios públicos no atendimento de pacientes com feridas crônicas. “Certamente voltaremos com uma bagagem de aprendizado muito relevante, será uma ótima oportunidade”, finaliza o CEO.
Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista do Sírio Libanês de Brasília, fala sobre a pressão alta, uma das doenças cardiovasculares mais comum entre os brasileiros
A hipertensão arterial – que é conhecida popularmente como “pressão alta” – afeta cerca de 27,9% da população brasileira (dados da Vigitel de 2023). E ainda que seja uma doença que atinge boa parte da população, ela é cercada de mitos e verdades que precisam ser esclarecidos.
Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista e internacionalmente certificada em Medicina do Estilo de Vida esclarece os principais mitos e as suas verdades a respeito da hipertensão arterial:
Mito 1: “Hipertensão é uma doença que aparece apenas na terceira idade”
A verdade: Dra Fernanda Weiler explica que a hipertensão arterial antes era prevalente em pessoas mais velhas, no entanto, mudanças no estilo de vida – especialmente alimentação e sedentarismo – fizeram com que a doença aumentasse drasticamente inclusive na população mais jovem. “O aumento de consumo de ultraprocessados e a falta de atividade física – bastante comum inclusive em jovens – faz com que a pressão aumente, gerando em muitos um diagnóstico de hipertensão arterial”, diz a médica.
Mito 2: “Hipertensão não tem sintomas, por isso não precisa de tratamento”
A verdade: “Ainda que alguns pacientes sejam realmente assintomáticos, não significa que o organismo não corre riscos, pelo contrário: quem não sente os sintomas clássicos da hipertensão (dores de cabeça, tontura e mal-estar) pode evoluir para um diagnóstico ainda mais sério por conta da falta de tratamento”, explica Fernanda.
Mito 3: “Basta cortar o sal e a pressão normaliza”
A verdade:“Não basta apenas cortar o sal das refeições e seguir se alimentando de ultraprocessados ricos em sódio”, fala a especialista. Para o melhor controle dos níveis pressóricos, além do cuidado com o sal é preciso controlar o que é consumido. Ultraprocessados são ricos em sódio e seu alto consumo pode manter elevada a pressão arterial. A preferência é consumir alimentos naturais e ricos em nutrientes.
Mito 4: “Medicamentos para hipertensão são sempre necessários e devem ser tomados para o resto da vida”
A verdade: Cada caso é um caso a ser avaliado individualmente. “Quando se fala em hipertensão arterial é preciso entender o quão elevada ela está. Casos de hipertensão leve podem – muitas vezes – ser tratados apenas com mudanças no estilo de vida, focando na alimentação saudável, na prática de atividade física e no controle de tóxicos, como tabagismo e etilismo. Outros casos mais severos podem pedir a intervenção medicamentosa mas, vale dizer, que mesmo quando há necessidade do uso de medicação, o paciente precisa melhorar a alimentação e a prática de exercícios. Apenas o remédio não vai, de fato, solucionar o problema, uma vez que a causa não é tratada”, afirma a doutora.
Mito 5: “Quem tem pressão normal não precisa se preocupar com hipertensão”
A verdade: “A pressão arterial varia em seu índice naturalmente ao longo do dia. Durante a prática esportiva ela é naturalmente mais elevada quando comparada ao organismo em repouso. E se ela é variável em atividades corriqueiras, por que não poderia mudar por conta dos hábitos de cada indivíduo?”, questiona a profissional, que continua: “Uma pessoa que passou anos com a pressão arterial considerada normal e que, por exemplo, interrompe as atividades físicas e passa a se alimentar com mais ultraprocessados podem, sim, desenvolver a hipertensão arterial. O mesmo pode acontecer com uma gestante que, a depender dos fatores, pode ter um aumento de pressão que seguirá mesmo depois do parto”, explica Fernanda. “O aconselhado é fazer medidas esporádicas de pressão e buscar ajuda de um especialista ao menor sinal de aumento. Muitas vezes o diagnóstico precoce faz a diferença no tratamento”, finaliza a médica.