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Atualidades

Desafios e oportunidades para o setor da saúde em 2024

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Por Miguel Gomes

Chegamos a 2024, e é imperativo considerar as projeções e perspectivas que moldarão o mercado de saúde ao longo do ano. As análises apontam para uma série de desafios e oportunidades, destacando a necessidade de adaptação e inovação no setor.

Uma das principais análises do setor é a realizada, de forma anual, pela Fitch Ratings. A agência de ratings em seu relatório traz uma perspectiva neutra para o setor no Brasil, prevendo uma melhora lenta e gradual das margens operacionais das empresas nos próximos dois ou três anos.

No entanto, a Fitch reforça que a demanda por exames, procedimentos e novas tecnologias devem permanecer aquecidas, mas a pressão por custos e as negociações de preços ainda devem postergar a recuperação da rentabilidade das companhias de saúde.

Enquanto isso, o cenário nacional da saúde pública é promissor, uma vez que temos um aumento significativo nos investimentos. Com o orçamento previsto, esperamos uma destinação considerável para o setor. As despesas com ações e serviços públicos de saúde (ASPS) estão previstas para atingir R$ 218 bilhões, um valor 46% maior em comparação a este ano, conforme apontou o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) em parceria com a Umane.

Fusões & aquisições

Quanto às fusões e aquisições, devemos presenciar um cenário menos movimentado, uma vez que as empresas, que anteriormente buscavam o crescimento por meio dessas operações, agora direcionam seus esforços para a integração e rentabilização de seus negócios.

Em 2023 ainda presenciamos uma tendência observada desde 2021, onde o crescimento das fusões e aquisições foi evidente, mas, conforme diversas projeções, 2024 seguirá uma dinâmica diferente, com as companhias agindo de forma mais cautelosa.

Inovação e oportunidades

Uma das principais expectativas para o ano que vem é o avanço contínuo da tecnologia na área da saúde. A telemedicina, que ganhou destaque durante a pandemia, tende a se consolidar como uma ferramenta essencial, proporcionando maior acessibilidade a serviços de saúde e permitindo um acompanhamento mais eficiente de pacientes.

Além disso, a integração de inteligência artificial promete revolucionar diagnósticos e tratamentos. Outra aplicação fantástica para as ferramentas de AI serão na assistência e suporte aos usuários, gerando maior conhecimento e segurança na adoção das mesmas através de assistentes virtuais além, claro, da alta disponibilidade, característica intrínseca do segmento da saúde.

A pressão por custos do segmento também provocará uma corrida por aumento de eficiência operacional, abrindo espaço para melhorias dos processos com novas tecnologias, como as ferramentas de mineração de processos.

A busca por inovação não se limita apenas à tecnologia. Observa-se um crescente interesse em abordagens mais holísticas e preventivas na saúde, com uma ênfase cada vez maior na promoção do bem-estar e na prevenção de doenças. Empresas e profissionais do setor estão investindo em programas de saúde mental, nutrição e atividades físicas, reconhecendo a importância de cuidar não apenas das enfermidades, mas também da saúde global do indivíduo.

No âmbito regulatório, também é possível que observamos mudanças significativas. Uma vez que a sociedade busca por uma maior eficiência, transparência e segurança no setor, podendo resultar em reformas regulatórias que impactarão desde a pesquisa clínica até a comercialização de medicamentos.

Em suma, 2024 se desenha como um período desafiador, mas repleto de oportunidades para o mercado de saúde. A capacidade de adaptação às mudanças, aliada à busca constante por inovação, será fundamental para que empresas e profissionais do setor sigam contribuindo para a construção de um sistema mais eficiente, transparente e sustentável.


*Miguel Gomes é CEO do Grupo Vivhas e fundador da Vivere.

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Câmara aprova projeto que autoriza residentes a parcelarem férias

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Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que autoriza os médicos de programas de residência a fracionarem suas férias. A proposta segue para o Senado. A medida consta do Projeto de Lei 1732/22, da ex-deputada Soraya Manato. O texto foi aprovado em Plenário com parecer favorável do deputado Luizinho (PP-RJ), que apresentou pequenas mudanças.

A exemplo dos trabalhadores e servidores públicos, os médicos, quando participarem de programas de residência médica, passarão a poder fracionar os 30 dias de férias em períodos mínimos de 10 dias. Para esses médicos residentes, as férias são chamadas de repouso anual.

A rotina exigente dos residentes pode levar ao burnout e à exaustão, na opinião de Luizinho. “Comprometendo não apenas a saúde mental e física dos médicos, mas também a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.”

Segundo ele, o fracionamento das férias permitirá que esses profissionais tenham períodos de descanso menos espaçados e façam uma gestão mais flexível do tempo.

Outros profissionais

O texto de Luizinho especifica que os demais profissionais da área de saúde terão o fracionamento do repouso anual disciplinado em regulamento. Ele acatou emenda da deputada Adriana Ventura (Novo-SP). “Os profissionais de saúde merecem essa flexibilidade”, disse a deputada.

Durante o debate do projeto em Plenário, o deputado Eli Borges (PL-TO) defendeu a aprovação. “É o tipo de profissional que não tem dia, não tem hora e faz o seu trabalho de doação de vida para as pessoas”, declarou. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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Vuelo Pharma apresenta inovações no tratamento de feridas durante a Sobenfee 2024

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A empresa curitibana estará com stand exclusivo no evento, que ocorre em Salvador entre os dias 26 e 29 de novembro

A Vuelo Pharma, empresa curitibana especializada em produtos de healthcare com foco em skin care, wound care e wellness — self care,  marcará presença no Sobenfee 2024 — um dos maiores eventos de saúde e enfermagem do Brasil. 

O congresso, que acontece entre os dias 26 e 29 de novembro, será realizado em Salvador, na Bahia, e irá reunir o IX Congresso Brasileiro de Prevenção e Tratamento de Feridas, o II Congresso Brasileiro de Enfermagem Estética e o XV Congresso Iberolatinoamericano sobre Úlceras e Feridas – SILAUHE.

Com um stand exclusivo, a Vuelo Pharma irá expor e demonstrar seu portfólio de produtos, permitindo que os visitantes conheçam de perto as soluções que a empresa desenvolve para o tratamento de feridas e cuidados com a pele. 

“A nossa participação no evento reforça o compromisso da Vuelo com a disseminação de boas práticas e tecnologias de ponta para os profissionais de enfermagem, promovendo a saúde e o bem-estar por meio de produtos de alta qualidade e eficácia”, comenta Thiago Moreschi, CEO da Vuelo.

O Sobenfee 2024 promete reunir especialistas e profissionais renomados do Brasil e da América Latina para discutir uma ampla gama de temas, com destaque para políticas públicas de saúde, segurança do paciente, novas tecnologias em curativos, o papel das práticas integrativas no serviço público, e o impacto do letramento em saúde para a desospitalização de pacientes.

Também serão abordados tópicos críticos como o manejo de lesões em pacientes diabéticos, feridas oncológicas, e a importância dos ambulatórios públicos no atendimento de pacientes com feridas crônicas. “Certamente voltaremos com uma bagagem de aprendizado muito relevante, será uma ótima oportunidade”, finaliza o CEO.

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Mitos e Verdades sobre Hipertensão Arterial – a popular pressão alta: o que é verdade e o que é erroneamente divulgado sobre a doença

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Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista do Sírio Libanês de Brasília, fala sobre a pressão alta, uma das doenças cardiovasculares mais comum entre os brasileiros

A hipertensão arterial – que é conhecida popularmente como “pressão alta” – afeta cerca de 27,9% da população brasileira (dados da Vigitel de 2023). E ainda que seja uma doença que atinge boa parte da população, ela é cercada de mitos e verdades que precisam ser esclarecidos. 

Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista e internacionalmente certificada em Medicina do Estilo de Vida esclarece os principais mitos e as suas verdades a respeito da hipertensão arterial:

Mito 1: “Hipertensão é uma doença que aparece apenas na terceira idade”

A verdade: Dra Fernanda Weiler explica que a hipertensão arterial antes era prevalente em pessoas mais velhas, no entanto, mudanças no estilo de vida – especialmente alimentação e sedentarismo – fizeram com que a doença aumentasse drasticamente inclusive na população mais jovem. “O aumento de consumo de ultraprocessados e a falta de atividade física – bastante comum inclusive em jovens – faz com que a pressão aumente, gerando em muitos um diagnóstico de hipertensão arterial”, diz a médica.

Mito 2: “Hipertensão não tem sintomas, por isso não precisa de tratamento”

A verdade: “Ainda que alguns pacientes sejam realmente assintomáticos, não significa que o organismo não corre riscos, pelo contrário: quem não sente os sintomas clássicos da hipertensão (dores de cabeça, tontura e mal-estar) pode evoluir para um diagnóstico ainda mais sério por conta da falta de tratamento”, explica Fernanda. 

Mito 3: “Basta cortar o sal e a pressão normaliza”

A verdade: “Não basta apenas cortar o sal das refeições e seguir se alimentando de ultraprocessados ricos em sódio”, fala a especialista. Para o melhor controle dos níveis pressóricos, além do cuidado com o sal é preciso controlar o que é consumido. Ultraprocessados são ricos em sódio e seu alto consumo pode manter elevada a pressão arterial. A preferência é consumir alimentos naturais e ricos em nutrientes.

Mito 4: “Medicamentos para hipertensão são sempre necessários e devem ser tomados para o resto da vida”

A verdade: Cada caso é um caso a ser avaliado individualmente. “Quando se fala em hipertensão arterial é preciso entender o quão elevada ela está. Casos de hipertensão leve podem – muitas vezes – ser tratados apenas com mudanças no estilo de vida, focando na alimentação saudável, na prática de atividade física e no controle de tóxicos, como tabagismo e etilismo. Outros casos mais severos podem pedir a intervenção medicamentosa mas, vale dizer, que mesmo quando há necessidade do uso de medicação, o paciente precisa melhorar a alimentação e a prática de exercícios. Apenas o remédio não vai, de fato, solucionar o problema, uma vez que a causa não é tratada”, afirma a doutora.

Mito 5: “Quem tem pressão normal não precisa se preocupar com hipertensão”

A verdade: “A pressão arterial varia em seu índice naturalmente ao longo do dia. Durante a prática esportiva ela é naturalmente mais elevada quando comparada ao organismo em repouso. E se ela é variável em atividades corriqueiras, por que não poderia mudar por conta dos hábitos de cada indivíduo?”, questiona a profissional, que continua: “Uma pessoa que passou anos com a pressão arterial considerada normal e que, por exemplo, interrompe as atividades físicas e passa a se alimentar com mais ultraprocessados podem, sim, desenvolver a hipertensão arterial. O mesmo pode acontecer com uma gestante que, a depender dos fatores, pode ter um aumento de pressão que seguirá mesmo depois do parto”, explica Fernanda. “O aconselhado é fazer medidas esporádicas de pressão e buscar ajuda de um especialista ao menor sinal de aumento. Muitas vezes o diagnóstico precoce faz a diferença no tratamento”, finaliza a médica.

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