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Pesquisa oferece nova esperança para pacientes com fibromialgia

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Uma pesquisa inovadora em testes com pacientes que sofrem de fibromialgia tem mostrado potencial e eficácia no combate e alívio dos sintomas de quem tem dor crônica. O estudo, que envolve a administração de microbiomas intestinais, composição bacteriana presente em nosso organismo, em pacientes com o distúrbio, está em andamento no Rambam Health Care Campus, um dos maiores hospitais da região norte de Israel, em Haifa.

A fibromialgia é uma doença que afeta de 2% a 4% da população e é mais comum em mulheres. É caracterizada por dor generalizada e persistente, fadiga e problemas relacionados à concentração e à memória.

No estudo coordenado por Amir Minerbi, MD/PhD, vice-diretor do Instituto de Medicina da Dor do Rambam, membro do Instituto de Pesquisa Clínica do Rambam e professor sênior da Faculdade de Medicina Technion – Ruth e Bruce Rappaport, participaram 15 pacientes mulheres do hospital que lutam contra fibromialgia grave e resistentes ao tratamento. A pesquisa foi conduzida em colaboração com colegas da Universidade McGill, no Canadá, os professores Yoram Shir e Arkady Khotorsky, e a médica-cientista Milena Pitashny, chefe do Centro de Microbioma Clínico e de Pesquisa em Rambam, e contou com financiamento da Weston Family Foundation e do Ministério da Saúde de Israel.

Os microbiomas de sujeitos saudáveis de pesquisa foram transplantados e administrados a esses pacientes por meio de uma cápsula ingerível. Desse total, 11 participantes relataram menos dor, fadiga e distúrbios de memória, superando os efeitos dos tratamentos anteriores. “Essa melhora, inclusive, continuou por meses e os pacientes retornaram ao trabalho, aos estudos e ao estilo de vida habitual”, destaca Minerbi.

Conexões entre os microbiomas e o distúrbio da dor

O estudo de Minerbi sobre a ligação entre bactérias intestinais e fibromialgia começou em 2017. Ele e seus colegas queriam descobrir se a microbiota intestinal também poderia influenciar os processos de dor. O estudo se concentrou na dor na fibromialgia por vários motivos: a causa desconhecida, sua prevalência e a falta de um método diagnóstico ou de tratamento eficaz.

A fase inicial da pesquisa incluiu a análise das diferenças estatísticas na composição do microbioma entre indivíduos saudáveis e aqueles com fibromialgia. “Foram encontradas diferenças marcantes entre 20 espécies bacterianas, que variaram em prevalência entre os dois grupos. Observamos que quanto maiores as diferenças no grupo da fibromialgia, mais graves ermam seus sintomas”, explica Minerbi.

Análises posteriores mostraram que essas bactérias liberavam certas substâncias ligadas ao sistema nervoso e à intensidade da dor relatada pelos pacientes. “Encontramos uma ligação quase direta entre a concentração de substâncias específicas influenciadas pela atividade bacteriana e a intensidade da dor relatada pelos pacientes. É importante ressaltar que essas substâncias podem ser medidas no sangue. Esta descoberta pode permitir o desenvolvimento de exames de sangue para diagnosticar e monitorar a fibromialgia”, relata o especialista do Rambam.

Ele descreve que “devido à sua natureza indescritível, a fibromialgia é categorizada mais como um distúrbio do que como uma doença. Apesar de existirem muitos sintomas, sua causa não é clara. Por isso, atualmente, não há outro método de diagnóstico além dos relatos subjetivos dos pacientes”.

De acordo com Minerbi, o sistema médico negligenciou a doença e as pacientes do sexo feminino muitas vezes enfrentam ceticismo por parte dos seus prestadores de cuidados de saúde. “A causa subjacente dos sintomas permanece desconhecida e isso dificulta o desenvolvimento de tratamentos específicos. Contamos com o controle da dor e tratamento da fadiga e perda de memória. No entanto, tudo isso é paliativo e ineficaz.”

Para estabelecer a causalidade, ou seja, se esses microbiomas específicos causavam a fibromialgia, o grupo de pesquisa transplantou microbiomas de pacientes saudáveis do sexo feminino em camundongos livres de bactérias. Dentro de duas semanas, os ratos exibiram sintomas de fibromialgia que persistiram durante meses, fornecendo evidências convincentes do papel do microbioma no desenvolvimento da fibromialgia.

Uma investigação mais aprofundada revelou um impacto no sistema imunitário, perturbando o seu equilíbrio e fazendo com que ele atingisse áreas do sistema nervoso responsáveis pela sensação de dor. Os ratos receberam antibióticos para tratar o microbioma doente, após o que microbiomas de mulheres saudáveis foram transplantados para os ratos. Notavelmente, os sintomas de dor nos ratos desapareceram rapidamente.

O sucesso inicial do estudo encorajou a equipe de pesquisa a preparar uma investigação mais abrangente. “Faltou grupo controle e randomização no estudo. Em breve, recrutaremos 80 pacientes para um ensaio maior e controlado, que esperamos confirmar nossas descobertas”, acrescenta Minerbi, o que abre caminho para uma maior compreensão e possíveis avanços no diagnóstico e tratamento para pessoas que sofrem de fibromialgia.

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Câmara aprova projeto que autoriza residentes a parcelarem férias

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Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que autoriza os médicos de programas de residência a fracionarem suas férias. A proposta segue para o Senado. A medida consta do Projeto de Lei 1732/22, da ex-deputada Soraya Manato. O texto foi aprovado em Plenário com parecer favorável do deputado Luizinho (PP-RJ), que apresentou pequenas mudanças.

A exemplo dos trabalhadores e servidores públicos, os médicos, quando participarem de programas de residência médica, passarão a poder fracionar os 30 dias de férias em períodos mínimos de 10 dias. Para esses médicos residentes, as férias são chamadas de repouso anual.

A rotina exigente dos residentes pode levar ao burnout e à exaustão, na opinião de Luizinho. “Comprometendo não apenas a saúde mental e física dos médicos, mas também a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.”

Segundo ele, o fracionamento das férias permitirá que esses profissionais tenham períodos de descanso menos espaçados e façam uma gestão mais flexível do tempo.

Outros profissionais

O texto de Luizinho especifica que os demais profissionais da área de saúde terão o fracionamento do repouso anual disciplinado em regulamento. Ele acatou emenda da deputada Adriana Ventura (Novo-SP). “Os profissionais de saúde merecem essa flexibilidade”, disse a deputada.

Durante o debate do projeto em Plenário, o deputado Eli Borges (PL-TO) defendeu a aprovação. “É o tipo de profissional que não tem dia, não tem hora e faz o seu trabalho de doação de vida para as pessoas”, declarou. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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Vuelo Pharma apresenta inovações no tratamento de feridas durante a Sobenfee 2024

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A empresa curitibana estará com stand exclusivo no evento, que ocorre em Salvador entre os dias 26 e 29 de novembro

A Vuelo Pharma, empresa curitibana especializada em produtos de healthcare com foco em skin care, wound care e wellness — self care,  marcará presença no Sobenfee 2024 — um dos maiores eventos de saúde e enfermagem do Brasil. 

O congresso, que acontece entre os dias 26 e 29 de novembro, será realizado em Salvador, na Bahia, e irá reunir o IX Congresso Brasileiro de Prevenção e Tratamento de Feridas, o II Congresso Brasileiro de Enfermagem Estética e o XV Congresso Iberolatinoamericano sobre Úlceras e Feridas – SILAUHE.

Com um stand exclusivo, a Vuelo Pharma irá expor e demonstrar seu portfólio de produtos, permitindo que os visitantes conheçam de perto as soluções que a empresa desenvolve para o tratamento de feridas e cuidados com a pele. 

“A nossa participação no evento reforça o compromisso da Vuelo com a disseminação de boas práticas e tecnologias de ponta para os profissionais de enfermagem, promovendo a saúde e o bem-estar por meio de produtos de alta qualidade e eficácia”, comenta Thiago Moreschi, CEO da Vuelo.

O Sobenfee 2024 promete reunir especialistas e profissionais renomados do Brasil e da América Latina para discutir uma ampla gama de temas, com destaque para políticas públicas de saúde, segurança do paciente, novas tecnologias em curativos, o papel das práticas integrativas no serviço público, e o impacto do letramento em saúde para a desospitalização de pacientes.

Também serão abordados tópicos críticos como o manejo de lesões em pacientes diabéticos, feridas oncológicas, e a importância dos ambulatórios públicos no atendimento de pacientes com feridas crônicas. “Certamente voltaremos com uma bagagem de aprendizado muito relevante, será uma ótima oportunidade”, finaliza o CEO.

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Mitos e Verdades sobre Hipertensão Arterial – a popular pressão alta: o que é verdade e o que é erroneamente divulgado sobre a doença

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Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista do Sírio Libanês de Brasília, fala sobre a pressão alta, uma das doenças cardiovasculares mais comum entre os brasileiros

A hipertensão arterial – que é conhecida popularmente como “pressão alta” – afeta cerca de 27,9% da população brasileira (dados da Vigitel de 2023). E ainda que seja uma doença que atinge boa parte da população, ela é cercada de mitos e verdades que precisam ser esclarecidos. 

Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista e internacionalmente certificada em Medicina do Estilo de Vida esclarece os principais mitos e as suas verdades a respeito da hipertensão arterial:

Mito 1: “Hipertensão é uma doença que aparece apenas na terceira idade”

A verdade: Dra Fernanda Weiler explica que a hipertensão arterial antes era prevalente em pessoas mais velhas, no entanto, mudanças no estilo de vida – especialmente alimentação e sedentarismo – fizeram com que a doença aumentasse drasticamente inclusive na população mais jovem. “O aumento de consumo de ultraprocessados e a falta de atividade física – bastante comum inclusive em jovens – faz com que a pressão aumente, gerando em muitos um diagnóstico de hipertensão arterial”, diz a médica.

Mito 2: “Hipertensão não tem sintomas, por isso não precisa de tratamento”

A verdade: “Ainda que alguns pacientes sejam realmente assintomáticos, não significa que o organismo não corre riscos, pelo contrário: quem não sente os sintomas clássicos da hipertensão (dores de cabeça, tontura e mal-estar) pode evoluir para um diagnóstico ainda mais sério por conta da falta de tratamento”, explica Fernanda. 

Mito 3: “Basta cortar o sal e a pressão normaliza”

A verdade: “Não basta apenas cortar o sal das refeições e seguir se alimentando de ultraprocessados ricos em sódio”, fala a especialista. Para o melhor controle dos níveis pressóricos, além do cuidado com o sal é preciso controlar o que é consumido. Ultraprocessados são ricos em sódio e seu alto consumo pode manter elevada a pressão arterial. A preferência é consumir alimentos naturais e ricos em nutrientes.

Mito 4: “Medicamentos para hipertensão são sempre necessários e devem ser tomados para o resto da vida”

A verdade: Cada caso é um caso a ser avaliado individualmente. “Quando se fala em hipertensão arterial é preciso entender o quão elevada ela está. Casos de hipertensão leve podem – muitas vezes – ser tratados apenas com mudanças no estilo de vida, focando na alimentação saudável, na prática de atividade física e no controle de tóxicos, como tabagismo e etilismo. Outros casos mais severos podem pedir a intervenção medicamentosa mas, vale dizer, que mesmo quando há necessidade do uso de medicação, o paciente precisa melhorar a alimentação e a prática de exercícios. Apenas o remédio não vai, de fato, solucionar o problema, uma vez que a causa não é tratada”, afirma a doutora.

Mito 5: “Quem tem pressão normal não precisa se preocupar com hipertensão”

A verdade: “A pressão arterial varia em seu índice naturalmente ao longo do dia. Durante a prática esportiva ela é naturalmente mais elevada quando comparada ao organismo em repouso. E se ela é variável em atividades corriqueiras, por que não poderia mudar por conta dos hábitos de cada indivíduo?”, questiona a profissional, que continua: “Uma pessoa que passou anos com a pressão arterial considerada normal e que, por exemplo, interrompe as atividades físicas e passa a se alimentar com mais ultraprocessados podem, sim, desenvolver a hipertensão arterial. O mesmo pode acontecer com uma gestante que, a depender dos fatores, pode ter um aumento de pressão que seguirá mesmo depois do parto”, explica Fernanda. “O aconselhado é fazer medidas esporádicas de pressão e buscar ajuda de um especialista ao menor sinal de aumento. Muitas vezes o diagnóstico precoce faz a diferença no tratamento”, finaliza a médica.

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