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Custo médio com internações hospitalares dá salto de R$ 4 mil em três anos

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Pesquisa realizada pela UNIDAS – União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde  mostra que o custo com internações segue sendo o principal gasto assistencial e que os valores médios gastos com uma internação aumentaram de R$ 6.455 em 2019 para R$ 10.153. A

principal causa de internações são doenças do sistema circulatório, responsável por cerca de 10% do total de hospitalizações no período analisado. Participaram da pesquisa 46 operadoras associadas à UNIDAS, que representam 2.530.753 milhões de vidas. Os transtornos mentais e comportamentais, que no auge da pandemia representavam 9% das internações hospitalares, caíram para 6%.

As despesas com internações apresentam um aumento significativo de acordo com a faixa etária dos pacientes. Para se ter um paralelo, na faixa acima de 60 anos, o custo médio com uma hospitalização é mais que o dobro do que entre pessoas de 24 a 28 anos. “Sabemos que os idosos demandam um cuidado maior. Como temos dentro das autogestões uma realidade etária que o Brasil terá em 2050, fica o alerta para o sistema de saúde como um todo: os custos com internações irão onerar de maneira significativa os sistemas de saúde público e privado na próxima década”, explica Anderson Mendes, presidente da UNIDAS.

Outro ponto que chama atenção é o aumento no custo médio das consultas que, na região sudeste, cresceu 14% (maior aumento no país). Já o valor médio dos exames teve o maior reajuste na região Centro Oeste (4,17%). Ao mesmo tempo, o custo médio com internação domiciliar baixou R$ 10 mil em quatro anos, enquanto a hospitalar aumentou quase R$ 10mil, ultrapassando os R$ 24.252 de 2021, auge da pandemia.

Além disso, as medidas de distanciamento social adotadas no início da pandemia influenciaram a redução de atendimentos menos urgentes, concentrando a demanda por serviços de saúde em casos mais complexos. Com isso, foi registrado um crescimento substancial na taxa de exames em 2021 (7,25 por consulta) e uma ligeira queda em 2022 (6,68 por consulta). Esse número mostra que em 2021 tivemos um aumento no volume de exames pedidos, muito possivelmente por represamento de diagnósticos não realizados em 2020. Em 2022, a média aponta uma volta aos patamares normais, após o efeito Covid-19. 

As variações observadas em relação à faixa etária demonstraram que os beneficiários com mais de 59 anos tiveram a média mais alta de consultas e exames, enquanto os mais jovens tendem a realizar menos consultas e exames em média. “Daí a importância de aprender a cuidar deles para que sejam idosos saudáveis. Esse desafio de manter a sustentabilidade e a acessibilidade nas autogestões, em breve, será uma dor de todo mercado de saúde suplementar”, complementa Mendes. Com relação aos atendimentos de internação, a evolução do indicador da taxa de internação demonstra uma influência substancial da pandemia de COVID-19 em seus resultados.

Perfil dos beneficiários

A população brasileira está ficando mais velha. Segundo dados que o IBGE divulgou, do Censo de 2022, ano passado, Brasil teve o maior salto de envelhecimento entre censos desde 1940. Em 2010, a cada 30,7 idosos, o país tinha 100 jovens de até 14 anos. Agora, são 55 idosos para cada 100 jovens. Essa mudança também se reflete na saúde suplementar como um todo, mas de maneira ainda mais aguda nas autogestões. O índice de envelhecimento (que calcula a proporção entre beneficiários com mais de 80 anos comparados aos com menos de 14), atingiu o patamar histórico de 304,13 nas operadoras de autogestão com até 20 mil vidas. Ou seja, para cada beneficiário com menos de 14 anos, temos 3 com mais de 80, o que traz um desequilíbrio gigante. Nas autogestões com mais de 100 mil vidas, o número também é alto, mas está na faixa de 146,46. “As operadoras menores cumprem um papel fundamental porque, muitas vezes, estão localizadas em regiões que o mercado não está. Mas, claro que elas sofrem com os impactos mais rapidamente quando comparadas as maiores, que têm mais elasticidade”, explica Mendes.

As autogestões também concentram a maior parte dos idosos que estão na Saúde Suplementar. Enquanto a média do setor é de 15,34%, entre as participantes da pesquisa, pessoas com 59 anos ou mais são 28,5% da carteira. “Com menos receita e mais custos, a sinistralidade continuará aumentando, mesmo porque, a operadora permanecerá, em sua maioria, com uma cartela de cliente mais dependente do sistema, que precisa de cuidados e que apresenta determinados atributos de risco que aumentam a chance de utilização da cobertura contratado”, diz Anderson Mendes. Nas autogestões, em 2022, o índice de sinistralidade atingiu 94%, ultrapassando o patamar histórico de 92% em 2019. Isso significa que, de cada R$ 100 recebidos pela operadora de saúde, R$ 94 são gastos com pagamentos de despesas médicas e assistenciais.

Perfil das operadoras de autogestão

A análise dos dados revela que a maioria das operadoras pertence ao grupo de pequeno porte, representando 51,2% do total. No entanto, esse grande número de operadoras de pequeno porte contrasta com sua representatividade em número de beneficiários, que corresponde a apenas 7,8% do total desta pesquisa. Em contrapartida, as operadoras de grande porte, embora representem apenas 12,2% do total de operadoras, abrangem significativos 66,6% dos beneficiários. Quanto ao tipo de plano, os planos regulamentados predominam, com destaque para os planos coletivos empresariais e de cobertura nacional.

Em dezembro de 2022, os segmentos de “Ambulatorial + Hospitalar com Obstetrícia + Odontológico” e “Ambulatorial + Hospitalar com Obstetrícia” representaram a maior parte dos beneficiários, totalizando 51,3% e 44,4%, respectivamente. Isso sugere que as operadoras têm oferecido planos abrangentes que oferecem amplas opções de assistência. É importante notar que a grande maioria dos beneficiários está inscrita em planos com coparticipação, abrangendo aproximadamente 90% dos beneficiários. Isso pode indicar uma estratégia das operadoras para oferecer opções mais acessíveis aos seus clientes, com mecanismos de moderação de uso, embora seja fundamental acompanhar o impacto dessa coparticipação na acessibilidade aos serviços de saúde.

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Câmara aprova projeto que autoriza residentes a parcelarem férias

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Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que autoriza os médicos de programas de residência a fracionarem suas férias. A proposta segue para o Senado. A medida consta do Projeto de Lei 1732/22, da ex-deputada Soraya Manato. O texto foi aprovado em Plenário com parecer favorável do deputado Luizinho (PP-RJ), que apresentou pequenas mudanças.

A exemplo dos trabalhadores e servidores públicos, os médicos, quando participarem de programas de residência médica, passarão a poder fracionar os 30 dias de férias em períodos mínimos de 10 dias. Para esses médicos residentes, as férias são chamadas de repouso anual.

A rotina exigente dos residentes pode levar ao burnout e à exaustão, na opinião de Luizinho. “Comprometendo não apenas a saúde mental e física dos médicos, mas também a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.”

Segundo ele, o fracionamento das férias permitirá que esses profissionais tenham períodos de descanso menos espaçados e façam uma gestão mais flexível do tempo.

Outros profissionais

O texto de Luizinho especifica que os demais profissionais da área de saúde terão o fracionamento do repouso anual disciplinado em regulamento. Ele acatou emenda da deputada Adriana Ventura (Novo-SP). “Os profissionais de saúde merecem essa flexibilidade”, disse a deputada.

Durante o debate do projeto em Plenário, o deputado Eli Borges (PL-TO) defendeu a aprovação. “É o tipo de profissional que não tem dia, não tem hora e faz o seu trabalho de doação de vida para as pessoas”, declarou. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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Vuelo Pharma apresenta inovações no tratamento de feridas durante a Sobenfee 2024

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A empresa curitibana estará com stand exclusivo no evento, que ocorre em Salvador entre os dias 26 e 29 de novembro

A Vuelo Pharma, empresa curitibana especializada em produtos de healthcare com foco em skin care, wound care e wellness — self care,  marcará presença no Sobenfee 2024 — um dos maiores eventos de saúde e enfermagem do Brasil. 

O congresso, que acontece entre os dias 26 e 29 de novembro, será realizado em Salvador, na Bahia, e irá reunir o IX Congresso Brasileiro de Prevenção e Tratamento de Feridas, o II Congresso Brasileiro de Enfermagem Estética e o XV Congresso Iberolatinoamericano sobre Úlceras e Feridas – SILAUHE.

Com um stand exclusivo, a Vuelo Pharma irá expor e demonstrar seu portfólio de produtos, permitindo que os visitantes conheçam de perto as soluções que a empresa desenvolve para o tratamento de feridas e cuidados com a pele. 

“A nossa participação no evento reforça o compromisso da Vuelo com a disseminação de boas práticas e tecnologias de ponta para os profissionais de enfermagem, promovendo a saúde e o bem-estar por meio de produtos de alta qualidade e eficácia”, comenta Thiago Moreschi, CEO da Vuelo.

O Sobenfee 2024 promete reunir especialistas e profissionais renomados do Brasil e da América Latina para discutir uma ampla gama de temas, com destaque para políticas públicas de saúde, segurança do paciente, novas tecnologias em curativos, o papel das práticas integrativas no serviço público, e o impacto do letramento em saúde para a desospitalização de pacientes.

Também serão abordados tópicos críticos como o manejo de lesões em pacientes diabéticos, feridas oncológicas, e a importância dos ambulatórios públicos no atendimento de pacientes com feridas crônicas. “Certamente voltaremos com uma bagagem de aprendizado muito relevante, será uma ótima oportunidade”, finaliza o CEO.

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Mitos e Verdades sobre Hipertensão Arterial – a popular pressão alta: o que é verdade e o que é erroneamente divulgado sobre a doença

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Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista do Sírio Libanês de Brasília, fala sobre a pressão alta, uma das doenças cardiovasculares mais comum entre os brasileiros

A hipertensão arterial – que é conhecida popularmente como “pressão alta” – afeta cerca de 27,9% da população brasileira (dados da Vigitel de 2023). E ainda que seja uma doença que atinge boa parte da população, ela é cercada de mitos e verdades que precisam ser esclarecidos. 

Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista e internacionalmente certificada em Medicina do Estilo de Vida esclarece os principais mitos e as suas verdades a respeito da hipertensão arterial:

Mito 1: “Hipertensão é uma doença que aparece apenas na terceira idade”

A verdade: Dra Fernanda Weiler explica que a hipertensão arterial antes era prevalente em pessoas mais velhas, no entanto, mudanças no estilo de vida – especialmente alimentação e sedentarismo – fizeram com que a doença aumentasse drasticamente inclusive na população mais jovem. “O aumento de consumo de ultraprocessados e a falta de atividade física – bastante comum inclusive em jovens – faz com que a pressão aumente, gerando em muitos um diagnóstico de hipertensão arterial”, diz a médica.

Mito 2: “Hipertensão não tem sintomas, por isso não precisa de tratamento”

A verdade: “Ainda que alguns pacientes sejam realmente assintomáticos, não significa que o organismo não corre riscos, pelo contrário: quem não sente os sintomas clássicos da hipertensão (dores de cabeça, tontura e mal-estar) pode evoluir para um diagnóstico ainda mais sério por conta da falta de tratamento”, explica Fernanda. 

Mito 3: “Basta cortar o sal e a pressão normaliza”

A verdade: “Não basta apenas cortar o sal das refeições e seguir se alimentando de ultraprocessados ricos em sódio”, fala a especialista. Para o melhor controle dos níveis pressóricos, além do cuidado com o sal é preciso controlar o que é consumido. Ultraprocessados são ricos em sódio e seu alto consumo pode manter elevada a pressão arterial. A preferência é consumir alimentos naturais e ricos em nutrientes.

Mito 4: “Medicamentos para hipertensão são sempre necessários e devem ser tomados para o resto da vida”

A verdade: Cada caso é um caso a ser avaliado individualmente. “Quando se fala em hipertensão arterial é preciso entender o quão elevada ela está. Casos de hipertensão leve podem – muitas vezes – ser tratados apenas com mudanças no estilo de vida, focando na alimentação saudável, na prática de atividade física e no controle de tóxicos, como tabagismo e etilismo. Outros casos mais severos podem pedir a intervenção medicamentosa mas, vale dizer, que mesmo quando há necessidade do uso de medicação, o paciente precisa melhorar a alimentação e a prática de exercícios. Apenas o remédio não vai, de fato, solucionar o problema, uma vez que a causa não é tratada”, afirma a doutora.

Mito 5: “Quem tem pressão normal não precisa se preocupar com hipertensão”

A verdade: “A pressão arterial varia em seu índice naturalmente ao longo do dia. Durante a prática esportiva ela é naturalmente mais elevada quando comparada ao organismo em repouso. E se ela é variável em atividades corriqueiras, por que não poderia mudar por conta dos hábitos de cada indivíduo?”, questiona a profissional, que continua: “Uma pessoa que passou anos com a pressão arterial considerada normal e que, por exemplo, interrompe as atividades físicas e passa a se alimentar com mais ultraprocessados podem, sim, desenvolver a hipertensão arterial. O mesmo pode acontecer com uma gestante que, a depender dos fatores, pode ter um aumento de pressão que seguirá mesmo depois do parto”, explica Fernanda. “O aconselhado é fazer medidas esporádicas de pressão e buscar ajuda de um especialista ao menor sinal de aumento. Muitas vezes o diagnóstico precoce faz a diferença no tratamento”, finaliza a médica.

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