O Bank of America (BofA) prevê resultados pessimistas para o quarto trimestre de 2023 (4T23) das principais empresas do setor de saúde, como Qualicorp (QUAL3) e Dasa (DASA3).
De acordo com o BofA, a expectativa é de cenários desafiadores, com margens de hospitais sob pressão e dias de recebimento 20 dias acima da média histórica.
Para seguradoras, o reajuste de preços mais forte e a sazonalidade de final de ano devem ajudar o índice de sinistralidade médica (MLR). Nesse caso, Hapvida (HAPV3) e SulAmérica (SULA11) seriam as mais beneficiadas.
Os melhores resultados são esperados da Oncoclínicas. Para o BofA, o 4T23 da empresa de saúde teria uma geração de caixa de aproximadamente R$ 100 milhões, um resultado na melhora no prazo de recebimento de 101 dias para 95, após a parceria com a Unimed.
A Onco (ONCO3) teria um crescimento de receita de aproximadamente 21% ano a ano, com a margem anual de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) a 19%.
A Mater Dei (MATD3) teria resultados mais suaves no 4T23, impactada pela redução de leitos em operação de 4% no trimestre. A ocupação de leitos continua forte, com 70%, e são esperados crescimento anual de 7% e uma margem Ebitda de 23%.
Para a Viveo (VVEO3), cenários competitivos podem influenciar os resultados da empresa de saúde. É esperado um lucro líquido de R$ 29 milhões, uma queda anual de 55%, e com um crescimento de 11%, abaixo da média histórica.
Cenário difícil para Qualicorp e Dasa
O BofA reafirma a expectativa de resultados mais fracos para o quarto trimestre da Dasa. É esperado um crescimento da receita líquida anual de 10%, principalmente por conta do crescimento hospitalar de 14%. Também é esperada uma queima de caixa de R$ 500 milhões.
Para a Dasa, a margem Ebitda de 31% mostraria uma perda de alavancagem operacional, apesar da estratégia de redução de custos. O BofA também prevê um lucro líquido próximo de zero.