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Mater Dei anuncia primeiro hospital em São Paulo

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Novo empreendimento custará cerca de R$ 600 milhões e a construção deve durar cinco anos

A Rede Mater Dei de Saúde anunciou nesta sexta-feira (22/12), junto da Atlântica Hospitais e Participações, empresa do Grupo Bradesco Seguros, a construção de um novo hospital no Bairro de Santana, na Região Norte da cidade de São Paulo.

A estimativa é de que o consórcio invista cerca de R$ 600 milhões no novo empreendimento, que terá área de 45 mil m², com 250 leitos individuais, além de contar com salas de cirurgia e parque tecnológico para realizar exames de imagem de ponta.

“São Paulo sempre foi um objetivo que a gente flertava. Apesar da expansão para regiões relevantes e importantes fora do eixo Rio-São Paulo, a capital paulista é a principal economia do Brasil. É onde tem o maior número de pessoas com plano de saúde”, afirmou José Henrique Salvador, CEO da Rede Mater Dei de Saúde.

Com conclusão prevista para 2027 ou 2028, este será o 11º hospital da rede no Brasil. Contudo, o número pode ser ainda maior. Segundo José Henrique Salvador, o grupo estuda a aquisição de novos imóveis até a próxima inauguração.

Na Grande BH, a rede conta com três hospitais, sendo que mais um está previsto para ser inaugurado em 2024 em Nova Lima. Em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, foram adquiridas duas unidades.

Salvador afirma que, com o crescimento em terras mineiras, os responsáveis perceberam que tinham oportunidades para crescer para outras regiões. Assim, o grupo adquiriu imóveis em Goiânia (GO), Feira de Santana (BA) e Belém (PA).

“Em 2022, inauguramos outra unidade em Salvador (BH), construída do zero. (…) A Rede Mater Dei vem, ao longo dos últimos anos, de 2021 para cá, num posicionamento de expansão mais acelerada. Eram três hospitais até 2020, hoje são nove, e ano que vem, a gente inaugura o décimo”, afirmou o CEO citando o de Nova Lima.

O novo projeto também é celebrado pelo diretor geral da Atlântica Hospitais e Participações, Carlos Martinelli, que ressalta “a importância da sustentabilidade do setor de Saúde Suplementar. Não estamos falando somente de gestão de recursos, mas também da constituição de parcerias com grandes nomes do setor e da colaboração de forças com suas respectivas contribuições de expertise”.

A Rede Matter Dei de Saúde busca se consolidar no mercado hospitalar, atraindo profissionais e investindo em tecnologia.

“A Rede Mater Dei de Saúde tem um profundo compromisso com o equilíbrio do ecossistema de saúde no Brasil. Por isso, investe na atração e retenção de profissionais qualificados, em inteligência artificial, na ciência de dados e em tecnologia de ponta para gerar eficiência na gestão, o que beneficia todos os atores envolvidos. Essa expertise resulta em ganhos para todos, excelência clínica para o paciente e redução de desperdícios para operadoras”, comentou Salvador, que afirmou que sete dos nove hospitais administrados pela rede possuem certificado internacional de qualidade de segurança.

Mater Dei e Bradesco Seguros

A Rede Mater Dei de Saúde foi fundada em 1980 pelo Doutor José Salvador Silva, no Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, onde se consolidou com uma das principais empresas hospitalares da capital mineira.

Foi inaugurado em 2014 o Mater Dei Contorno e, em 2019, o Mater Dei Betim-Contagem, iniciando o processo de expansão da empresa.

A empresa parte de três princípios: inteligência e humanização como pilares do atendimento; tecnologia como apoio da excelência; e solidez das governanças clínica e corporativa.

Sócio da rede mineira na empreitada paulistana, o Grupo Bradesco Seguros tem atuação multilinha em âmbito nacional nos segmentos de Seguros, Capitalização e Previdência Complementar Aberta, atuando com empresas que detém representatividade nos respectivos segmentos: Bradesco Seguros, Bradesco Saúde, Bradesco Vida e Previdência, Bradesco Capitalização e Mediservice.

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USP Desenvolve Sistema Nanotecnológico para Remover Medicamentos da Água Potável e Proteger o Meio Ambiente

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Pesquisadores da Escola Politécnica da USP criaram uma tecnologia inovadora que promete acelerar a degradação de medicamentos, como o paracetamol, presentes em águas residuais e, potencialmente, na água potável. O avanço usa nanomateriais dopados para ampliar a eficiência da fotocatálise, processo que utiliza luz ultravioleta para decompor contaminantes orgânicos.

O paracetamol, amplamente consumido no Brasil com cerca de 500 toneladas anuais, está presente em níveis nanométricos em rios e lagos, representando um desafio crescente para o tratamento de água. Douglas Gouvêa, coordenador do Laboratório de Processos Cerâmicos da Poli-USP, explica que o segredo está na manipulação precisa de nanopartículas de óxido de zinco (ZnO), um semicondutor que, quando “dopado” com cloro, potencializa a reação fotocatalítica sob luz solar.

“Controlar a dopagem do cloro permite aumentar a condutividade elétrica e a reatividade do material, acelerando a degradação do paracetamol e outros poluentes,” detalha Gouvêa. A inovação reside na técnica de lixiviação seletiva, que remove o excesso de cloro da superfície das partículas, concentrando-o nas extremidades e otimizando seu efeito catalítico.

Utilizando ondas ultrassônicas para incorporar o cloro ao ZnO e um rigoroso processo de centrifugação, os cientistas garantem uma eficiência até três vezes maior na decomposição dos micropoluentes em laboratório. André Luiz da Silva, coautor do estudo, reforça que essa nanotecnologia aplicada na escala nanométrica permite maior exposição da superfície reativa, essencial para a fotocatálise.

Os pesquisadores utilizam espectroscopia para analisar a estrutura dos materiais e confirmar a posição do cloro após a lavagem seletiva, assegurando o funcionamento ideal do catalisador. Apesar do uso de substâncias químicas potencialmente tóxicas no processo, a tecnologia é segura, pois os materiais não participam diretamente das reações químicas e não se incorporam aos poluentes.

Aplicações Futuras e Impacto Ambiental

A técnica, publicada na revista ACS Applied Nano Materials, pode ser aplicada em sistemas de tratamento de água residuais para reduzir a contaminação por fármacos antes que eles atinjam os ecossistemas naturais. Os cientistas planejam testar o método para eliminar herbicidas como o glifosato, cuja concentração já se aproxima dos limites seguros definidos para consumo.

“Esse avanço representa um passo fundamental para proteger a saúde pública e o meio ambiente, ao combater a presença silenciosa de poluentes orgânicos na água,” afirma Gouvêa.

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Hospital São Francisco Desenvolve App para Registro Ágil da Evolução do Paciente à Beira-Leito

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Com o objetivo de agilizar e tornar mais eficiente o registro da evolução dos pacientes internados, a equipe de Tecnologia da Informação (TI) do Hospital São Francisco na Providência de Deus (HSF-RJ) desenvolveu um aplicativo inovador. Utilizado via tablet, o app está totalmente integrado ao sistema operacional do hospital, permitindo a inserção de informações em tempo real, diretamente no momento do atendimento à beira-leito.

Michelle Estefânio, gerente de enfermagem do HSF, explica a motivação por trás da solução:
“Registrar a evolução do paciente no prontuário é rotina, mas o processo envolvia muita burocracia. Precisávamos facilitar essa etapa para que os profissionais pudessem dedicar mais atenção ao paciente.”

A ferramenta entrou em operação no último dia 12 de maio, data que marca o Dia Internacional da Enfermagem, simbolizando um avanço na modernização da assistência hospitalar. Para o diretor executivo, Márcio Nunes, o projeto reflete a escuta ativa das necessidades da equipe de enfermagem:
“Simplificar processos sem abrir mão da segurança e qualidade da informação é investir no bem-estar do paciente e na valorização da linha de frente.”

Como Funciona o Aplicativo

O app permite o registro dinâmico e intuitivo de dados essenciais como sinais vitais, administração de medicamentos e balanço hídrico diretamente no prontuário eletrônico. Campos estruturados com checkboxes e textos pré-formatados diminuem drasticamente o tempo de digitação, mantendo a conformidade com normas do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), auditorias e exigências legais.

Além disso, a ferramenta possibilita o registro por imagens: a câmera do tablet é ativada para confirmar o uso correto dos medicamentos prescritos, reforçando a segurança do processo. Pietro Lima, desenvolvedor da equipe de TI, destaca essa funcionalidade como um diferencial importante.

Michelle ressalta o valor do aplicativo para a equipe:
“É um presente para os profissionais durante a Semana da Enfermagem, oferecendo uma ferramenta que torna o cuidado mais humano e menos burocrático.”

Inicialmente implantado na Unidade de Terapia Intensiva, que atende pacientes crônicos e de alta complexidade, o app deverá ser expandido gradualmente para outros setores do hospital, promovendo um padrão de registro mais ágil, centrado no paciente e próximo da rotina dos profissionais.

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SBCO Revela: 90% dos Pacientes Oncológicos Passam por Cirurgia, Mas Investimento em Cirurgias Fica Abaixo de 30% do Total em Oncologia no Brasil

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A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) divulgou dados recentes que destacam o papel central da cirurgia no tratamento do câncer e apontam para o desequilíbrio nos investimentos atuais em Oncologia no Brasil. Aproximadamente 90% dos pacientes oncológicos passam por algum tipo de cirurgia ao longo da sua jornada clínica, seja para diagnóstico, estadiamento, tratamento curativo ou paliativo.

Segundo Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da SBCO, cerca de 60% dos pacientes oncológicos recebem tratamento cirúrgico em algum momento, mais da metade dos cânceres sólidos iniciais são tratados exclusivamente por cirurgia, e 80% dos casos envolvem procedimentos curativos ou paliativos. Apesar disso, os dados do DATASUS mostram que, em 2023, foram investidos R$ 2,77 bilhões em quimioterapia, R$ 1,5 bilhão em cirurgias oncológicas e R$ 665 milhões em radioterapia.

“Há um desequilíbrio claro entre esses três pilares do tratamento do câncer. O investimento global ainda é insuficiente para lidar com a segunda maior causa de morte no mundo,” alerta Pinheiro.

A Necessidade de Ampliação e Redirecionamento dos Investimentos

Além de aumentar os investimentos em todos os setores da Oncologia, o presidente da SBCO reforça a importância de redirecionar os recursos para ações preventivas e de rastreamento, que são comprovadamente eficazes para reduzir a incidência da doença e os custos associados. Atualmente, grande parte dos recursos é destinada a tratamentos avançados, de alto custo e resultados clínicos limitados.

A concentração dos centros de assistência ao câncer no Sul e Sudeste do país também é motivo de preocupação, pois limita o acesso para pacientes de outras regiões, criando desigualdades que impactam diretamente o prognóstico. “O CEP do paciente muitas vezes determina o desfecho da doença,” ressalta Pinheiro.

Caminhos para o Fortalecimento da Oncologia no Brasil

Entre as estratégias recomendadas estão:

  • Fortalecimento da cirurgia oncológica com treinamento contínuo e atualização dos profissionais;
  • Criação e integração de redes hospitalares eficientes, com centralização de casos complexos em centros de referência;
  • Valorização e fortalecimento do SUS, reconhecido como o maior sistema público de saúde do mundo;
  • Melhoria da gestão e governança tanto no sistema público quanto no suplementar;
  • Incentivo à inovação em técnicas, tecnologias e modelos assistenciais para ampliar a eficácia e acessibilidade dos tratamentos.

“Com esses avanços, poderemos oferecer um cuidado mais eficiente, humanizado e acessível, beneficiando milhares de pacientes em todo o país,” conclui Rodrigo Pinheiro.

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