Empresa amplia o relacionamento com agentes do ecossistema de inovação após cinco anos bem-sucedidos de parcerias com startups – que renderam
O Grupo Fleury tem números significativos quando o assunto é relacionamento com startups e o ecossistema de inovação. Em cinco anos, foram mais de 800 startups avaliadas, e 57 tiveram soluções implementadas em 27 áreas diferentes da companhia.
Agora, a empresa aposta em uma nova plataforma de inovação aberta, chamada Amplia, para turbinar ainda mais essas interações com startups, universidades, pesquisadores e fornecedores. O Amplia também aproveita os projetos vencedores do Prêmio de Inovação Fleury (PIF), que reconhece iniciativas de inovação já ao longo de oito edições, e o AmpliaMente, um programa interno de inovação.
“A plataforma se propõe a ser uma porta de entrada para inovadores, conectando e colaborando para promover uma saúde mais acessível, inteligente e empática”, explica Andrea Bocabello, diretora executiva de Estratégia, Inovação e ESG do Grupo Fleury.
“Temos uma atuação importante em diferentes camadas sociais, estabelecendo oportunidades para conectar soluções que atendam diversas realidades. Com o Amplia queremos focar nestas soluções que facilitam o acesso das pessoas à saúde de qualidade, e desta forma, democratizar a inovação para a saúde”, afirma a executiva.
- Segundo Andrea, o uso de novas tecnologias digitais, como IA e machine learning, contribui para a formação de um ecossistema de saúde sustentável, abrangente e altamente escalável. “Temos exemplos de inovação em áreas como medicina de precisão, medicina diagnóstica, métodos de imagem e em gestão de saúde. São soluções que contribuem com a redução de custos, aumento de receita, melhoria de produtividade e qualidade”, conta.
- Os resultados incluem desde a otimização de espaços físicos, revisão de processos, inovação dentro dos setores existentes e criação de novas metodologias “capazes de aumentar a capacidade produtiva da companhia em até 200%, chegando a até 500 mil testes processados por dia”, conta Andrea.
- Com uma receita líquida de R$ 1,8 bilhão no terceiro trimestre de 2023, o Grupo Fleury não revela o valor dos investimentos na área de inovação, mas dá um vislumbre sobre o quanto os resultados contribuem para as finanças da companhia.
- “Com a [startup] VUUPT, uma plataforma de roteirização, houve a redução de 1,4 milhão de quilômetros em deslocamento em 2023, com a diminuição de mais de R$ 4,5 milhões em custo logístico, além da redução de 50% de impressões relacionadas aos atendimentos, e dos insucessos em 15%”, destaca a executiva.
- Inteligência artificial contra o câncer de mama
- Um dos focos do Amplia é trabalhar ainda mais iniciativas que utilizam inteligência artificial – considerada pelo Fleury o centro do desenvolvimento de suas soluções. O grupo já tem bons cases na área, fruto da parceria com a Huna, startup focada na análise de dados laboratoriais em Big Data.
- “A parceria se iniciou em 2022, com uma pesquisa científica para criação de um modelo de inteligência artificial para predição de risco de câncer de mama, a partir de analitos [componentes de uma amostra] sanguíneos do hemograma e outros exames de rotina”, explica Andrea. A IA foi treinada usando o banco de dados de pesquisas do Grupo Fleury, contando com o time clínico atuando junto à startup.
- Como resultado, a IA consegue interpretar exames de sangue rotineiros e reconhecer padrões em grupos de pacientes com e sem câncer, ajudando na detecção precoce do câncer de mama.
- Neste ano, os pesquisadores da startup submeterão a IA a um estudo multicêntrico, envolvendo o Hospital de Amor de Barretos (SP) e o Grupo Fleury, para avaliar a performance da ferramenta em um dataset diferente do usado para a criação da ferramenta.
- “Esse estudo tem resultados preliminares animadores e será concluído em breve”, diz Andrea. “A expectativa é que, após este estudo, seja dada a entrada no pedido de registro da ferramenta como software de saúde nos órgãos competentes, no segundo semestre de 2024.”
- De olho no futuro
- Segundo Andrea, diante do cenário de envelhecimento da população brasileira, é natural um aumento no número de doenças crônicas e, consequentemente, da busca por medicina diagnóstica e serviços ambulatoriais em áreas como ortopedia, oftalmologia, oncologia e fisioterapia.
- “Primeiro, precisamos compreender a necessidade; em seguida, desenhar a solução para engajar o paciente. Por fim, escalar e produzir – elaborando produtos e soluções, bem como facilitando a transição do cliente entre as etapas”.
- Segundo a executiva, o planejamento é criar ferramentas que atendam às novas necessidades da população, enquanto a empresa intensifica o trabalho para se tornar a maior plataforma de saúde em número de usuários engajados. “Continuamos focados na expansão do nosso portfólio de serviços”, conclui.