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Oncologista Nelson Teich é o novo presidente emérito da Asap

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Nelson Teich é o novo presidente emérito da Aliança para a Saúde Populacional (Asap). Nascido no Rio de Janeiro, o médico se formou pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), se especializou em oncologia no Instituto Nacional do Câncer (Inca), tem MBA em Gestão de Saúde pelo COPPEAD, estudou Gestão de Negócios e Empreendedorismo na Harvard Business School, nos Estados Unidos, e tem formação em Economia da Saúde pela Universidade de York, no Reino Unido. Foi ministro da Saúde no ano de 2020 e, atualmente, é sócio da Teich Health Care, uma consultoria de serviços médicos.

Para a presidente da Asap, Paula Campoy, ter Nelson Teich como presidente da entidade será enriquecedor para difundir boas práticas de saúde não só no mundo corporativo, mas também no país. “A gestão de saúde populacional é uma abordagem estratégica que visa aprimorar a saúde e o bem-estar de uma população específica – como o grupo de beneficiários de um determinado plano de saúde, por exemplo. Ter o Dr. Nelson conosco fortalece nossa posição na discussão do desenho, da implementação e da operação de programas voltados para melhorar a eficiência do cuidado e a Gestão de Saúde Populacional no Brasil”, afirma Paula.

Essa gestão envolve a coordenação, implementação e avaliação de políticas, programas e práticas de saúde com o objetivo de melhorar os resultados de saúde e controlar e otimizar os custos associados ao atendimento médico. Isso mostra que as organizações que empregam a gestão de saúde populacional estão interessadas em manter as pessoas saudáveis, além de gerenciar eficientemente as condições de saúde existentes, contendo desperdícios de recursos financeiros, e melhorando de forma contínua a entrega de tempo e qualidade de vida para pacientes e sociedade.

Para Nelson Teich, difundir esses conceitos e boas práticas é fundamental para um modelo de saúde sustentável no país. É preciso aumentar a capacidade de planejamento, execução e gestão na saúde, e de usar de forma ideal os recursos financeiros disponíveis. A gestão em saúde não conseguiu acompanhar a evolução da inovação, da complexidade e dos custos na saúde.

Entre os desafios, na Gestão de Saúde Populacional, Nelson elenca:

  •  É preciso conseguir fazer acontecer na prática, projetos, leis e programas que são perfeitos no papel, mas que não chegam na vida dos pacientes e da sociedade. Nossa capacidade de planejamento e execução na criação de um Sistema de Saúde eficiente e justo é baixa.
  •  É necessário fazer com que a Saúde Suplementar se comporte como um Sistema de Saúde, algo que não acontece atualmente, porque esse segmento funciona com um foco na perspectiva financeira, e é muito fragmentado e heterogêneo.
  • A interação entre a Saúde Suplementar e o SUS também precisa ser trabalhada de forma prioritária, já que essa fragmentação é artificial. Um número significativo de pessoas do SUS usa prestadores privados e de pessoas com Planos de Saúde usa o SUS.
  • Precisamos criar um programa de Inteligência da Informação e da Gestão que permita entender com o detalhamento e complexidade necessárias, as necessidades em saúde da sociedade, a infraestrutura existente e quanto ela precisa de revisão, níveis de acesso, qualidade da operação, benefícios clínicos, recursos financeiros disponíveis, e que permita medir os níveis de equidade e integralidade do cuidado no país.

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