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Plano de saúde tenta, mas pacientes resistem a cabine sem médico presencial

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Para desafogar o pronto-socorro, hospital particular instalou cabine de atendimento remoto para casos leves

Para desafogar pronto-socorro, plano de saúde instala cabine de atendimento virtual, mas pacientes se mostram resistentes. Apesar da consulta ser realizada por um médico, quem procura o hospital particular ainda prefere sentar e conversar com o doutor pessoalmente, mesmo quando não há necessidade.

A diretora técnica do hospital unimed Campo Grande, Marcela Ramone do Nascimento, explica que a cabine foi instalada com o intuito de reduzir cerca de 10% dos atendimentos classificados como leves que chegam no pronto-socorro da unidade. Porém, até o momento a meta não foi alcançada.

“Muitos pacientes, que a gente percebe, chegam aqui e ainda têm resistência. A gente até colocou aqui uma pessoa para auxiliar, porque sabemos que a maioria dos idosos possuem uma dificuldade com a tecnologia, mas até pessoas jovens têm resistido ao atendimento virtual”, explicou a médica.

Desde que foi instalada, a cabine tem realizado cerca de 204 atendimentos por mês. Nos últimos 15 dias, foram realizadas 102 consultas. Apesar de não corresponder à expectativa inicial, o hospital informou que tem se observado um aumento significativo nos atendimentos nesta modalidade.

Com a cabine o paciente tem o adiantamento de algumas etapas, como o de retirar a senha, aguardar ser chamado, passar pela triagem e finalmente conseguir ser classificado e obter a sua ficha de atendimento para aguardar o atendimento com o médico.

“Tem muitos pacientes que chegam no pronto-socorro e não necessariamente precisam ser atendidos aqui, porque são casos mais tranquilos. As vezes é uma troca de receita ou um resfriado leve que não necessariamente precisa aguardar ser chamado pelo médico”, explica.

Através da cabine é possível receber receitas de antibióticos e de branca carbonada, quando há a necessidade da renovação da receita. Também é possível que o paciente receba atestado, quando há a necessidade.

Marcela ressalta que caso em meio a consulta, seja identificado que o quadro clínico do paciente seja identificado como mais grave ele recebe a classificação e é transferido para o atendimento presencial, no pronto-socorro.

“Como todas as outras áreas se adaptaram, a gente também precisa se adaptar. A gente espera um aumento desses atendimentos, principalmente nesses casos de menor complexidade”, pontua a diretora técnica do hospital.

A médica ainda relata que os pacientes que foram atendidos e conseguiram “cortar a fila”, comentam ter gostado da praticidade. “Eu acho que à medida que as pessoas foram conhecendo o serviço e começando a ver que podem usar da sua casa ou mesmo não passar por toda linha, à medida que foram vendo a facilidade deve haver esse crescimento da busca pelo teleatendimento”, diz Marcela.

CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

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