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Pesquisa desenvolve tratamento de efluente hospitalar que elimina poluentes nocivos à saúde

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Apesar de essencial à vida no planeta, a água não é de fácil acesso para 4,8 milhões de brasileiros, que ainda vivem sem abastecimento canalizado, de acordo com dados do Censo Demográfico 2022. Para os que têm acesso ao abastecimento, há outra problemática, menos evidente, que é a possível presença de poluentes emergentes na água potável distribuída.

Esses contaminantes são nocivos tanto ao meio ambiente quanto à saúde humana, e podem ser encontrados em efluentes hospitalares, industriais, farmacêuticos e até domésticos. Compostos presentes em medicamentos como analgésicos, antibióticos, hormônios e anti-inflamatórios, produtos de cuidado pessoal como filtros solares, repelentes e cosméticos, além de produtos de limpeza como alvejantes, desinfetantes químicos e solventes, estão entre as substâncias identificadas nesses poluentes.

Considerando que os resíduos hospitalares contribuem significativamente para a liberação desses contaminantes no meio ambiente, o doutorando Diego Rizzana, do Programa de Pós-Graduação em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale, desenvolve a pesquisa Avaliação da degradação de poluentes emergentes pelo processo híbrido de osmose reversa/eletro-oxidação visando ao tratamento de efluentes hospitalares. O estudo objetiva desenvolver um processo de tratamento de efluente hospitalar que degrade (ou seja, decomponha) os contaminantes emergentes, evitando que esses compostos cheguem aos recursos hídricos.

Danos à saúde

Rizzana indica que a presença de poluentes emergentes nos corpos d’água pode causar diversos danos à saúde humana, embora os efeitos específicos dependam das substâncias presentes, suas concentrações e forma e tempo de exposição. “Muitos dos poluentes são substâncias químicas bioativas, o que significa que podem interferir nos sistemas biológicos dos seres humanos. Produtos farmacêuticos, por exemplo, podem afetar hormônios, sistema endócrino e sistema nervoso, mesmo em concentrações muito baixas”, aponta.

Outros males mencionados pelo pesquisador são a resistência bacteriana – desenvolvida em função da presença de antibióticos nos recursos hídricos – e efeitos carcinogênicos e mutagênicos – já que alguns poluentes como produtos químicos industriais e subprodutos de produtos farmacêuticos podem causar câncer ou mutações genéticas, representando riscos a longo prazo.

Métodos e resultados

O estudo aponta que, entre as possíveis tecnologias para remover poluentes emergentes de corpos hídricos e efluentes industriais, está a osmose reversa, processo de separação por membrana que utiliza pressão hidrostática como força motriz. Esse processo, no entanto, apenas separa o poluente, o que exige um local de armazenamento para o concentrado de efluente gerado. Nesse sentido, os processos oxidativos avançados, como a eletro-oxidação, possibilitam a degradação dos poluentes e bactérias presentes no concentrado de osmose reversa.

Para o desenvolvimento da pesquisa em questão, foi coletado efluente do Hospital Municipal de Estância Velha e utilizado um processo de tratamento híbrido, com osmose reversa e eletro-oxidação. Por meio de reações de oxidação eletroquímica, ocorreram transformações estruturais nos compostos, resultando na eliminação de 99% dos poluentes emergentes, em 12 horas de teste. “Essa pode ser considerada uma redução significativa na concentração dessas substâncias nos corpos d’água. Porém, é importante entender que a eficácia dessa mitigação depende de vários fatores, incluindo a toxicidade específica dos poluentes, suas vias de exposição e a sensibilidade dos ecossistemas aquáticos”, destaca Rizzana.

O estudo está sendo desenvolvido no Laboratório Aquário, da Feevale, que conta com tecnologias para desenvolvimento de processos de tratamento de água e efluentes. A próxima fase consistirá na aplicação da metodologia criada combinando radiação ultravioleta e ozônio. “Os resultados buscam obter um efluente tratado com condições adequadas para descarte em corpos d’água, visando o conceito de descarga zero de contaminantes na natureza”, revela o pesquisador.

O orientador do doutorando, professor Marco Antônio Siqueira Rodrigues, lembra que, nos anos de pandemia, os medicamentos tiveram um aumento significativo na sua prescrição e consumo pela sociedade, o que resultou na ampliação da presença de fármacos na água. “Embora a engenharia esteja focada no desenvolvimento de tecnologias que removam os compostos tóxicos da água potável, é importante dizer que a solução para se ter, em nossa casa, uma água de qualidade, é uma mudança de hábitos, como não colocar restos de medicamento no vaso sanitário, economizar água e não descartar resíduos eletrônicos nos arroios”, orienta.

O docente sugere, ainda, que os resultados obtidos pelo projeto contribuem para o desenvolvimento científico em nível internacional, uma vez que a presença de poluentes emergentes em corpos hídricos atinge, também, a Europa, os Estados Unidos, a Ásia e a América Latina.

Falta de regulamentação

Pesquisas indicam que não há, no Brasil, regulamentação especifica que determine quantidades seguras de poluentes emergentes nos recursos hídricos, motivo pelo qual essas substâncias não são comumente monitoradas por empresas de saneamento. A temática é tratada, parcialmente, na Resolução nº 358 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), de 2005, que dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde; e na Portaria nº 888/2021, do Ministério da Saúde, que determina os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Rizzana avalia que, mesmo sem regulamentações específicas, as organizações têm uma responsabilidade moral e ética de minimizar o impacto ambiental de suas atividades.

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Câmara aprova projeto que autoriza residentes a parcelarem férias

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Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que autoriza os médicos de programas de residência a fracionarem suas férias. A proposta segue para o Senado. A medida consta do Projeto de Lei 1732/22, da ex-deputada Soraya Manato. O texto foi aprovado em Plenário com parecer favorável do deputado Luizinho (PP-RJ), que apresentou pequenas mudanças.

A exemplo dos trabalhadores e servidores públicos, os médicos, quando participarem de programas de residência médica, passarão a poder fracionar os 30 dias de férias em períodos mínimos de 10 dias. Para esses médicos residentes, as férias são chamadas de repouso anual.

A rotina exigente dos residentes pode levar ao burnout e à exaustão, na opinião de Luizinho. “Comprometendo não apenas a saúde mental e física dos médicos, mas também a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.”

Segundo ele, o fracionamento das férias permitirá que esses profissionais tenham períodos de descanso menos espaçados e façam uma gestão mais flexível do tempo.

Outros profissionais

O texto de Luizinho especifica que os demais profissionais da área de saúde terão o fracionamento do repouso anual disciplinado em regulamento. Ele acatou emenda da deputada Adriana Ventura (Novo-SP). “Os profissionais de saúde merecem essa flexibilidade”, disse a deputada.

Durante o debate do projeto em Plenário, o deputado Eli Borges (PL-TO) defendeu a aprovação. “É o tipo de profissional que não tem dia, não tem hora e faz o seu trabalho de doação de vida para as pessoas”, declarou. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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Vuelo Pharma apresenta inovações no tratamento de feridas durante a Sobenfee 2024

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A empresa curitibana estará com stand exclusivo no evento, que ocorre em Salvador entre os dias 26 e 29 de novembro

A Vuelo Pharma, empresa curitibana especializada em produtos de healthcare com foco em skin care, wound care e wellness — self care,  marcará presença no Sobenfee 2024 — um dos maiores eventos de saúde e enfermagem do Brasil. 

O congresso, que acontece entre os dias 26 e 29 de novembro, será realizado em Salvador, na Bahia, e irá reunir o IX Congresso Brasileiro de Prevenção e Tratamento de Feridas, o II Congresso Brasileiro de Enfermagem Estética e o XV Congresso Iberolatinoamericano sobre Úlceras e Feridas – SILAUHE.

Com um stand exclusivo, a Vuelo Pharma irá expor e demonstrar seu portfólio de produtos, permitindo que os visitantes conheçam de perto as soluções que a empresa desenvolve para o tratamento de feridas e cuidados com a pele. 

“A nossa participação no evento reforça o compromisso da Vuelo com a disseminação de boas práticas e tecnologias de ponta para os profissionais de enfermagem, promovendo a saúde e o bem-estar por meio de produtos de alta qualidade e eficácia”, comenta Thiago Moreschi, CEO da Vuelo.

O Sobenfee 2024 promete reunir especialistas e profissionais renomados do Brasil e da América Latina para discutir uma ampla gama de temas, com destaque para políticas públicas de saúde, segurança do paciente, novas tecnologias em curativos, o papel das práticas integrativas no serviço público, e o impacto do letramento em saúde para a desospitalização de pacientes.

Também serão abordados tópicos críticos como o manejo de lesões em pacientes diabéticos, feridas oncológicas, e a importância dos ambulatórios públicos no atendimento de pacientes com feridas crônicas. “Certamente voltaremos com uma bagagem de aprendizado muito relevante, será uma ótima oportunidade”, finaliza o CEO.

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Mitos e Verdades sobre Hipertensão Arterial – a popular pressão alta: o que é verdade e o que é erroneamente divulgado sobre a doença

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Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista do Sírio Libanês de Brasília, fala sobre a pressão alta, uma das doenças cardiovasculares mais comum entre os brasileiros

A hipertensão arterial – que é conhecida popularmente como “pressão alta” – afeta cerca de 27,9% da população brasileira (dados da Vigitel de 2023). E ainda que seja uma doença que atinge boa parte da população, ela é cercada de mitos e verdades que precisam ser esclarecidos. 

Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista e internacionalmente certificada em Medicina do Estilo de Vida esclarece os principais mitos e as suas verdades a respeito da hipertensão arterial:

Mito 1: “Hipertensão é uma doença que aparece apenas na terceira idade”

A verdade: Dra Fernanda Weiler explica que a hipertensão arterial antes era prevalente em pessoas mais velhas, no entanto, mudanças no estilo de vida – especialmente alimentação e sedentarismo – fizeram com que a doença aumentasse drasticamente inclusive na população mais jovem. “O aumento de consumo de ultraprocessados e a falta de atividade física – bastante comum inclusive em jovens – faz com que a pressão aumente, gerando em muitos um diagnóstico de hipertensão arterial”, diz a médica.

Mito 2: “Hipertensão não tem sintomas, por isso não precisa de tratamento”

A verdade: “Ainda que alguns pacientes sejam realmente assintomáticos, não significa que o organismo não corre riscos, pelo contrário: quem não sente os sintomas clássicos da hipertensão (dores de cabeça, tontura e mal-estar) pode evoluir para um diagnóstico ainda mais sério por conta da falta de tratamento”, explica Fernanda. 

Mito 3: “Basta cortar o sal e a pressão normaliza”

A verdade: “Não basta apenas cortar o sal das refeições e seguir se alimentando de ultraprocessados ricos em sódio”, fala a especialista. Para o melhor controle dos níveis pressóricos, além do cuidado com o sal é preciso controlar o que é consumido. Ultraprocessados são ricos em sódio e seu alto consumo pode manter elevada a pressão arterial. A preferência é consumir alimentos naturais e ricos em nutrientes.

Mito 4: “Medicamentos para hipertensão são sempre necessários e devem ser tomados para o resto da vida”

A verdade: Cada caso é um caso a ser avaliado individualmente. “Quando se fala em hipertensão arterial é preciso entender o quão elevada ela está. Casos de hipertensão leve podem – muitas vezes – ser tratados apenas com mudanças no estilo de vida, focando na alimentação saudável, na prática de atividade física e no controle de tóxicos, como tabagismo e etilismo. Outros casos mais severos podem pedir a intervenção medicamentosa mas, vale dizer, que mesmo quando há necessidade do uso de medicação, o paciente precisa melhorar a alimentação e a prática de exercícios. Apenas o remédio não vai, de fato, solucionar o problema, uma vez que a causa não é tratada”, afirma a doutora.

Mito 5: “Quem tem pressão normal não precisa se preocupar com hipertensão”

A verdade: “A pressão arterial varia em seu índice naturalmente ao longo do dia. Durante a prática esportiva ela é naturalmente mais elevada quando comparada ao organismo em repouso. E se ela é variável em atividades corriqueiras, por que não poderia mudar por conta dos hábitos de cada indivíduo?”, questiona a profissional, que continua: “Uma pessoa que passou anos com a pressão arterial considerada normal e que, por exemplo, interrompe as atividades físicas e passa a se alimentar com mais ultraprocessados podem, sim, desenvolver a hipertensão arterial. O mesmo pode acontecer com uma gestante que, a depender dos fatores, pode ter um aumento de pressão que seguirá mesmo depois do parto”, explica Fernanda. “O aconselhado é fazer medidas esporádicas de pressão e buscar ajuda de um especialista ao menor sinal de aumento. Muitas vezes o diagnóstico precoce faz a diferença no tratamento”, finaliza a médica.

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