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Noventa por cento das mulheres expressam preocupação em relação à sua saúde mental

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A pesquisa realizada pela H2R Insights & Trends, abrangendo mais de mil participantes do Brasil, revelou que as preocupações com saúde mental impactam mais as mulheres do que os homens. Dentre as mulheres analisadas, 90% estão atentas aos estigmas e à falta de conscientização acerca de sua saúde mental, ecoando debates globais sobre a relevância do tema para a sociedade. A pesquisa aponta que para 52% das mulheres, as adversidades financeiras e o estresse no ambiente de trabalho são os fatores mais significativos que prejudicam sua saúde mental. Além disso, a percepção de bem-estar emocional é reportada ser inferior nas mulheres (44%) em comparação aos homens (51%).

Importante ressaltar a posição da Aliança Global para a Saúde da Mulher, sob a égide do Fórum Econômico Mundial, que salienta a importância do investimento na saúde mental feminina como vetor de desenvolvimento para sociedades e economias, sustentando que mulheres com boa saúde mental são essenciais para o progresso coletivo. A Aliança destaca que as questões de saúde mental possuem efeitos únicos e desproporcionais nas mulheres, prolongando seus períodos de enfermidade mental.

Os achados deste estudo corroboram com a urgência e a necessidade de abordar a saúde mental feminina, evidenciando que 25% das entrevistadas estão alarmadas com as pressões culturais e sociais, além do preconceito enfrentado. Alessandra Frisso, diretora da H2R, comenta sobre o estigma enfrentado pelas mulheres em seus múltiplos papéis sociais e a importância de reconhecer e combater os preconceitos associados à saúde mental feminina.

A pesquisa também aponta que as mulheres tendem a estar mais próximas de indivíduos afetados por problemas de saúde mental, com 70% das participantes conhecendo alguém diagnosticado com alguma condição mental. Essa proximidade enfatiza o papel cuidador das mulheres no contexto familiar e social, segundo Alessandra.

Os resultados destacam ainda a pressão social e as expectativas culturais como fatores que desafiam a saúde mental feminina, sublinhando a necessidade de uma abordagem mais empática e de suporte às questões de saúde mental das mulheres, conforme destacado por Alessandra Frisso. Ela cita o reconhecimento da saúde mental pela ONU como uma “pandemia silenciosa” entre as mulheres, ressaltando a importância de sensibilidade, compreensão e suporte adequado.

A metodologia do estudo incluiu uma abordagem quantitativa através de um painel online, totalizando 1.023 entrevistas com consumidores das classes ABC no Brasil, dos quais 510 eram mulheres, refletindo a distribuição demográfica nacional. A margem de erro da pesquisa é de ±3,1 pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%.

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