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Técnicas minimamente invasivas e chegada da ablação ao SUS para tratamento de tumor de fígado abrem novos caminhos para a radiologia intervencionista

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Mais de 350 médicos de diversas especialidades clínicas participaram, recentemente, do Sobrice Onco no Rio de Janeiro (RJ). Eles compartilharam conhecimentos científicos e debateram caminhos para procedimentos intervencionistas minimamente invasivos que asseguram maior qualidade de vida. “O Sobrice Onco representou uma convergência inédita das principais especialidades envolvidas no tratamento de cânceres: cirurgia, oncologia, radiologia intervencionista e radioterapia. A união dessas especialidades é crucial porque permite a discussão de conceitos multidisciplinares, essenciais para na oncologia moderna”, ressalta  o presidente da Sobrice, Dr. Denis Szejnfeld.

          Foram abordados temas como hepatocarcinoma, câncer de cólon metastático, tumor neuroendócrino, câncer de rim, câncer de pâncreas e vias biliares, entre outros. “Um conceito hoje discutido na oncologia é o da personalização do tratamento, ou seja, há um reconhecimento clínico pormenorizado de cada paciente e cada caso é único. Isso significa que as características individuais, condições de saúde e expectativas pessoais influenciam o tratamento. Portanto, é fundamental compreender minuciosamente o diagnóstico de cada paciente e oferecer opções de tratamento variadas, como quimioterapia, radioterapia, cirurgia, além de procedimentos minimamente invasivos, como ablações e quimioembolizações. A junção de diversas especialidades, agora, nos permite esse olhar integral”, explica Denis Szejnfeld.

          Ablação como tendência – A Sobrice tem atuado para tornar técnicas e procedimentos minimamente invasivos, como a ablação, mais conhecidas e presentes no dia a dia. “A ablação é um procedimento realizado sem a necessidade de uma cirurgia aberta, o que a torna uma alternativa potencialmente mais rápida e segura para o paciente. A técnica já é amplamente utilizada no tratamento do câncer de fígado, tanto o primário, conhecido como hepatocarcinoma, quanto nas metástases. Além disso, a ablação é uma opção acessível também ao tratamento de tumores renais, em determinadas localizações, que respondem de forma altamente eficaz ao tratamento, seja por radiofrequência, micro-ondas ou crioablação”, reforça o presidente da Sobrice.

          A técnica da ablação, geralmente, não requer anestesia geral, o que reduz os riscos associados à sedação profunda. Por ser um procedimento guiado por imagem, a ablação permite uma precisão excepcional no direcionamento do tratamento, minimizando danos aos tecidos saudáveis circundantes. As células cancerígenas são submetidas a altas temperaturas e não resistem. Elas também podem ser submetidas a um processo de congelamento que, ao submeter as células a baixíssimas temperaturas, acaba por eliminá-las.

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