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Centro de Pesquisa Clínica do INC recruta participantes para tratamentos inovadores de doenças neurológicas

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Setor está selecionando pessoas com doenças como polineuropatia inflamatória desmielinizante crônica, encefalite autoimune, MOGAD e esclerose múltipla em adultos e em crianças e adolescentes.

O catarinense Kauê Cesco, 9 anos, tem Síndrome de Dravet, uma doença rara e para a qual não há muitas opções de tratamentos. Uma das manifestações da síndrome são as crises epilépticas de difícil controle. Por isso, a família se encheu de esperança com a oportunidade da criança participar da pesquisa clínica do protocolo ENDYMION, com a utilização da medicação soticlestat, um dos estudos em andamento pelo Centro de Pesquisa Clínica do Hospital INC (Instituto de Neurologia de Curitiba), um dos maiores recrutadores do país para estudos na área de neurologia. Kauê é uma das 154 pessoas que participam de 27 pesquisas clínicas que estão sendo acompanhadas hoje no INC, em diversas fases de execução.

“Participar dessa pesquisa significa dar ao Kauê qualidade de vida e foi uma resposta de Deus para a nossa família. Todo trabalho é incrível, feito com muito cuidado por uma equipe atenciosa e prestativa”, conta a mãe do garoto, Luana Cesco, relatando que o filho teve uma melhora significativa desde o início do estudo, em novembro de 2023. “As crises convulsivas diminuíram muito, tanto em quantidade como em intensidade. Não precisamos mais ir para a emergência devido às crises convulsivas”. 

Com 20 anos de experiência, o Centro de Pesquisa Clínica do INC se dedica prioritariamente aos estudos em neurologia, mas também conduz estudos em      outras áreas como reumatologia e psiquiatria – como um estudo sobre psicose na doença de Alzheimer, que faz uma interface de psiquiatria e neurologia. Em geral, as pesquisas são feitas para detalhar os efeitos de novos medicamentos ou outras formas de tratamento (genéticos, farmacológicos, imunobiológicos, etc). “Trabalhamos com pesquisas locais, nacionais e internacionais realizadas simultaneamente em diversos países”, informa o neurologista Pedro Kowacs, chefe do setor no INC, pontuando que na neurologia estão surgindo muitos estudos para esclerose múltipla e outras condições autoimunes assim como para doenças neurodegenerativas, à exemplo das doenças de Alzheimer e de Parkinson.

Neste momento, o setor está recrutando novos participantes com as seguintes condições, a maioria doenças raras: polineuropatia inflamatória desmielinizante crônica (CIDP ou PIDC); atrofia de múltiplos sistemas; encefalite autoimune, MOGAD e esclerose múltipla em adultos, em crianças e adolescentes. Os participantes das pesquisas recebem todo atendimento de forma gratuita, desde os exames até as consultas e o tratamento.

“É curioso que as pessoas nos procuram pedindo para usar o melhor medicamento ou o último desenvolvido para uma determinada doença. Mas na hora de participar do desenvolvimento destes tratamentos, elas ficam com dúvidas. O melhor e mais inovador tratamento só vem através do conhecimento e da investigação. O máximo que costuma acontecer com quem participa é o medicamento não ser eficaz”, esclarece Kowacs. “Atendemos pessoas que melhoraram muito sua condição, como pacientes com epilepsias graves, que tinham 30 crises por dia ou mais, e que passaram a ter suas crises controladas e melhor qualidade de vida”.

Pesquisa clínica fases 2 e 3

O centro do INC trabalha geralmente nas fases 2 e 3 das pesquisas clínicas. Isso significa que serão testadas a segurança, a tolerabilidade e a eficácia da medicação ou produto em seres humanos. “Ao todo existem quatro fases de pesquisa clínica, que é a pesquisa que já passou pela primeira fase de experimentos in vitro e em animais, e depois será testada em seres humanos para que eles melhorem sua condição. O medicamento precisa ser testado de maneira muito rigorosa, regulamentada por órgãos nacionais e internacionais, e em todos os estudos a maior preocupação é oferecer segurança ao participante. Absolutamente tudo precisa ser registrado, mesmo condições que aparentam não ter relação com o produto em estudo”, esclarece Kowacs. “Muitas pessoas perguntam se elas seriam cobaias? Não. Cobaia é o medicamento”.

Para participar de uma pesquisa, o candidato precisa passar por uma triagem a partir dos critérios de inclusão e exclusão, que costumam ser bem rígidos, para que seja possível “comparar os iguais”, ou seja, pessoas com condições semelhantes. Uma vez que preencha os critérios de seleção, o participante é chamado para participar da pesquisa e o protocolo é apresentado a ele, descrevendo os processos aos quais ele será submetido – caso ele decida seguir no estudo. Importante enfatizar que mesmo concordando em participar, a pessoa tem a liberdade de sair do estudo a qualquer momento, sem nenhum tipo de prejuízo.

Centro de referência de pesquisa

Nas últimas duas décadas, o INC já participou de cerca de 60 estudos que envolveram aproximadamente 400 participantes. “O nosso centro de pesquisa é reconhecido nos âmbitos nacional e internacional pela qualidade e seriedade do trabalho, além de ser premiado por superar o recrutamento inicialmente previsto para muitos estudos”, observa Vanessa Radünz, gerente do setor. “Ver como os participantes melhoram sua condição de vida e passam a ter esperança é algo que traz muita satisfação para toda a equipe, que se empenha em oferecer um atendimento diferenciado”, complementa.

De acordo com Vanessa, além de doenças neurológicas comuns, algumas doenças para as quais o INC já realizou estudos são raras e com pouca ou nenhuma alternativa de tratamento. Já foram conduzidos estudos em epilepsias de difícil controle, doença de Alzheimer, doença de Parkinson, esclerose múltipla progressiva, esclerose múltipla remitente recorrente, síndrome de Dravet, polirradiculopatia desmielinizante inflamatória crônica, encefalite autoimune, atrofia de múltiplos sistemas, esclerose múltipla em adultos e em crianças e adolescentes, doença de Alzheimer associada à psicose, dermatomiosite ou miosite inflamatória, MOGAD, polineuropatia amiloidótica familiar, miastenia gravis e transtorno depressivo maior associado à insônia.

O Centro de Pesquisa Clínica do INC já passou por diversas auditorias internacionais, inclusive inspeção da FDA (Food and Drug Administration), e é regulado por comitês de ética local e nacional e também pela ANVISA. Além de uma boa estrutura, o setor conta com uma equipe formada por 21 médicos, quatro farmacêuticas, quatro biomédicas, quatro técnicos em radiologia, duas enfermeiras, três neuropsicólogas, nutricionista e administradora.

SERVIÇO

Centro de Pesquisa Clínica do INC

Recruta participantes para pesquisas clínicas com as seguintes condições:

  • polineuropatia inflamatória desmielinizante crônica (CIDP ou PIDC);
  • atrofia de múltiplos sistemas;
  • encefalite autoimune;
  • MOGAD e esclerose múltipla em adultos, em crianças e adolescentes

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Hospital São Luiz Itaim inaugura Centro Avançado de Endoscopia com foco em alta tecnologia e IA

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Novo centro oferece tratamentos menos invasivos para obesidade, tumores e distúrbios digestivos, com apoio de inteligência artificial e equipe multidisciplinar

O Hospital São Luiz Itaim, da Rede D’Or, inaugurou um moderno Centro Avançado de Endoscopia que promete transformar o cuidado com doenças do trato gastrointestinal. A estrutura une alta tecnologia, inteligência artificial (IA) e procedimentos minimamente invasivos, oferecendo alternativas inovadoras para tratar desde obesidade e diabetes tipo 2 até tumores e complicações pós-operatórias.

Segundo o médico endoscopista Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura, responsável técnico pelo serviço, a proposta é clara: “Hoje conseguimos realizar procedimentos que antes exigiam cortes e internações prolongadas, com uma câmera e acesso minimamente invasivo, muitas vezes com alta no mesmo dia.”

Tratamentos modernos com alta precisão

Entre os destaques do novo centro estão técnicas de:

  • Gastroplastia endoscópica – alternativa à cirurgia bariátrica tradicional, realizada por endoscopia para reduzir o estômago;
  • Ablação da mucosa gástrica – aplicação de calor em áreas específicas do estômago para controle da glicose em pacientes com diabetes tipo 2;
  • Dissecção endoscópica da submucosa (ESD) e ressecção endoscópica de parede total (EFTRD) – para remoção de tumores e lesões digestivas de forma precisa, sem cirurgia aberta;
  • POEM e G-POEM – procedimentos para tratar distúrbios digestivos como megaesôfago e gastroparesia;
  • Vacuoterapia endoluminal – técnica inovadora que acelera a cicatrização por meio de pressão negativa aplicada diretamente no local da lesão.

O centro também se destaca por aplicar colangioscopia e ecoendoscopia guiadas por imagem em tempo real, permitindo tratamentos mais seguros para doenças do fígado, pâncreas e vias biliares.

Inteligência artificial a favor da medicina

Um dos diferenciais mais inovadores do centro é a utilização de IA no apoio ao diagnóstico precoce. A tecnologia permite detectar lesões gastrointestinais com maior precisão e agilidade, aumentando as chances de cura e reduzindo a necessidade de cirurgias invasivas.

“Unimos o melhor da medicina com o poder da tecnologia. A inteligência artificial nos permite detectar lesões com mais precisão e rapidez, algo que impacta diretamente no sucesso dos tratamentos”, afirma Fernando Sogayar, diretor-geral do Hospital São Luiz Itaim.

Um marco para o cuidado digestivo no Brasil

A proposta do novo Centro Avançado de Endoscopia é colocar o Hospital São Luiz Itaim na vanguarda do cuidado digestivo no Brasil, integrando assistência, ensino e pesquisa clínica. Com foco na humanização e na precisão, o centro representa um salto qualitativo na forma como condições gastrointestinais serão diagnosticadas e tratadas nos próximos anos.

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Justiça obriga plano de saúde a reembolsar R$ 496 mil por sessões de hemodiálise

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Decisão da 2ª Vara Cível do Butantã considera abusiva a suspensão de reembolso de tratamento vital a paciente com doença renal crônica

Em decisão proferida na última quinta-feira (8), a Justiça de São Paulo determinou que uma operadora de plano de saúde reembolse R$ 496,6 mil a um paciente com doença renal crônica que teve o reembolso de sessões de hemodiálise suspenso de forma unilateral e sem justificativa contratual válida. O caso foi julgado pela juíza Larissa Gaspar Tunala, da 2ª Vara Cível do Butantã.

Segundo os autos, o paciente depende da hemodiafiltração de alto fluxo, realizada cinco vezes por semana, e vinha sendo ressarcido desde 2013. No entanto, a operadora reduziu gradualmente os valores a partir de novembro de 2023, interrompendo completamente os pagamentos em maio de 2024, mesmo sem qualquer alteração contratual ou mudança no tratamento prescrito.

A empresa alegou estar seguindo limites contratuais, mas o argumento foi rechaçado pela magistrada, que classificou como abusiva e ilegal a recusa de reembolso para um tratamento vital à sobrevivência do paciente.

“Se há fraudes, cabe à empresa analisar com o devido cuidado as relações individuais, não penalizando aquele que não tem correlação com os fatos. No limite, importa saber se o autor está sendo tratado e se os valores de reembolso são condizentes com o que se pratica no mercado no mesmo nível de serviços”, afirmou a juíza na sentença.

Cláusulas vagas e livre escolha de prestadores

Outro ponto destacado foi a falta de clareza contratual quanto aos limites de cobertura. A juíza entendeu que o plano de saúde violou os direitos do consumidor ao impor restrições sem transparência e que, mesmo havendo uma rede credenciada, o contrato previa a livre escolha de prestadores.

“Haver rede credenciada é um irrelevante jurídico, pois o contrato permite a livre opção do consumidor”, destacou a magistrada.

Conforto e qualidade de vida preservados

Para a advogada do paciente, Giselle Tapai, especialista em Direito à Saúde, a decisão representa mais do que a garantia de um direito contratual — trata-se de preservar a dignidade e o bem-estar do paciente:

“A decisão permitirá ao beneficiário promover o seu tratamento em clínicas que ofereçam um cuidado diferenciado, como era feito antes do conflito. Ambientes confortáveis, sofisticados e acolhedores impactam positivamente a qualidade de vida do paciente e de sua família”, declarou ao portal Terra.

Precedente relevante para outros casos

A decisão judicial representa um importante precedente para casos semelhantes, nos quais pacientes com doenças crônicas enfrentam dificuldades no custeio de tratamentos contínuos por conta de reembolsos negados ou limitados de forma arbitrária pelas operadoras.

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Correios anunciam plano emergencial para contornar prejuízo bilionário em 2024

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Enfrentando um déficit histórico de R$ 2,6 bilhões em 2024 — quatro vezes maior que o prejuízo de 2023 — os Correios lançaram um pacote de medidas para tentar recuperar o equilíbrio financeiro da estatal. A proposta, divulgada internamente nesta segunda-feira (12), pretende economizar R$ 1,5 bilhão ao longo de 2025 e exige forte adesão dos mais de 86 mil empregados da empresa.

📉 Causas do prejuízo
A estatal atribui a crise principalmente:

  • à queda nas receitas com encomendas internacionais;
  • ao aumento dos custos operacionais, que chegaram a R$ 15,9 bilhões (+ R$ 716 milhões em relação a 2023);
  • aos gastos com pessoal, que subiram de R$ 9,6 bilhões para R$ 10,3 bilhões.

📦 Apenas 15% das mais de 10 mil unidades de atendimento registraram superávit, reforçando o desafio de manter a capilaridade do serviço postal em todos os municípios do país.


📋 Medidas do plano de recuperação:

  1. Redução de jornada de trabalho e salários: de 8h para 6h diárias, com 34h semanais;
  2. Suspensão de férias a partir de junho de 2025, retomando apenas em 2026;
  3. Corte de 20% nos cargos comissionados na sede;
  4. Fim do home office: retorno obrigatório ao trabalho presencial a partir de 23 de junho;
  5. Prorrogação do PDV (Programa de Desligamento Voluntário) até 18 de maio;
  6. Revisão dos planos de saúde com nova rede credenciada e economia prevista de 30%;
  7. Lançamento de um marketplace próprio ainda em 2025;
  8. Captação de R$ 3,8 bilhões com o NDB para modernização e investimento interno.

🚴‍♂️ Investimentos e transição ecológica

Apesar das dificuldades, a estatal afirma manter seu plano de transição sustentável em até 5 anos. Foram investidos R$ 830 milhões em 2024, com destaque para:

  • 50 furgões elétricos;
  • 2.306 bicicletas elétricas e 3.996 convencionais com baú;
  • 1.502 veículos para renovação da frota.

💸 Alerta de liquidez

A empresa consumiu R$ 2,9 bilhões do caixa, restando apenas R$ 249 milhões disponíveis. Isso levou ao atraso de repasses a transportadoras e agências franqueadas, resultando em entregas mais lentas e paralisações parciais dos serviços.


📢 Mensagem da direção

Segundo o documento interno, “cada pequena contribuição dos empregados será essencial para superar os desafios e construir um futuro mais promissor”.

Com o plano de contenção, os Correios tentam evitar nova crise estrutural como a enfrentada em 2016, quando também registraram prejuízo bilionário. A proposta, porém, deve gerar forte resistência dos sindicatos diante da suspensão de direitos e da redução salarial.

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