Com a ajuda da tecnologia, os tratamentos para diversas doenças estão cada vez mais revolucionários. Este, certamente, é um ponto positivo, já que alia a experiência do médico com o melhor que a inteligência artificial pode oferecer. Seja no auxílio do diagnóstico precoce até o tratamento da doença em si, as inovações são significativamente benéficas, melhorando os resultados e a qualidade de vida das pessoas afetadas. Bom exemplo disso é o estudo da Multidisciplinary Digital Publishing Institute, publicado em 2024, apontando que tratamentos minimamente invasivos para o câncer de pulmão melhoraram a precisão e reduziram os riscos associados à cirurgia aberta. A pesquisa mostra, ainda, que essas técnicas permitem um diagnóstico e tratamento mais eficazes, com menor invasão e tempo de recuperação mais curto.
Atualmente, muitos são os tratamentos que fazem uso de técnicas minimamente invasivas, como cirurgias laparoscópicas, angioplastias, radiofrequência para varizes, artroscopia, a cirurgia robótica e a ablação por radiofrequência. Segundo o médico especialista em doenças da tireoide Erivelto Volpi, a ablação de tireoide, por exemplo, é uma técnica que ajuda a preservar as funções da glândula: “É uma excelente alternativa para evitar a cirurgia convencional, especialmente em casos de nódulos benignos ou nódulos malignos iniciais, pois não exige a remoção da parte sadia da tireoide”, diz.
Volpi ainda explica as vantagens em relação a procedimentos abertos: “Bem, no caso da ablação, é algo feito sob anestesia local e, em alguns pacientes, uma leve sedação. Não tem internação, é feito em regime ambulatorial e, por utilizar um eletrodo muito fino, com um milímetro de diâmetro e muito semelhante a uma agulha, o paciente evita anestesia geral e cortes, mas o mais importante de tudo é como o tratamento é minimamente invasivo e foca somente no nódulo, preservando a função da tireoide. Essa é a grande vantagem de todo o tratamento”, explica.
A médica ginecologista Émile Almeida, especialista em videolaparoscopia, complementa: “Através dessa tecnologia, no caso, a câmera, conseguimos ver melhor a lesão sem comprometer órgãos adjacentes. É a melhor opção para tratamento cirúrgico de endometriose, já que oferece menos riscos de infecção e mais rapidez na recuperação, proporcionando a paciente um retorno rápido às suas atividades”, diz.
As cirurgias robóticas também são exemplos interessantes: começou com sistemas robóticos em 1980 e evoluiu para técnicas avançadas como a plataforma Da Vinci, usada em várias áreas cirúrgicas e até em procedimentos abdominais. “Na cirurgia do câncer de próstata localizado, por exemplo, tem sido possível a remoção completa do câncer em mais de 90% dos casos, preservação do controle urinário em praticamente todos e preservação da função erétil em cerca de 90% dos homens de acordo nossa experiência de mais de 5000 cirurgias”, explica o médico André Berger, uro-oncologista pioneiro na área de cirurgia robótica.
Veja alguns dos benefícios, apontados por médicos, em realizar tratamentos com técnicas minimamente invasivas:
- menores traumas ao corpo;
- menor dor pós-operatória;
- recuperação mais rápida;
- menor risco de infecção;
- menos cicatrizes;
- menor perda de sangue;
- precisão cirúrgica mais aprimorada.