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Sequenciamento de Nova Geração: Uma Revolução em Curso na Medicina de Precisão

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O sequenciamento de nova geração (NGS, do inglês Next Generation Sequencing) tem sido uma peça-chave na transformação da medicina moderna. Ao oferecer diagnósticos mais rápidos e precisos, ele abre caminho para tratamentos personalizados, especialmente em áreas como oncologia e doenças raras. No entanto, apesar de seu enorme potencial, o NGS ainda enfrenta desafios que precisam ser superados para alcançar sua aplicação plena e sustentável no sistema de saúde.

Um Mar de Dados Genômicos: Oportunidades e Desafios

O NGS permite que cientistas e médicos acessem quantidades massivas de informações genômicas. Essa riqueza de dados tem o potencial de revolucionar o diagnóstico e o tratamento, mas também apresenta complexidades significativas. A gestão, armazenamento e análise desses dados requerem uma infraestrutura tecnológica robusta e profissionais altamente capacitados.

Por exemplo, instituições que adotam o NGS frequentemente enfrentam dificuldades em integrar os dados genômicos com sistemas clínicos existentes. A falta de padronização entre plataformas e protocolos impede que essas informações fluam de maneira eficiente, dificultando a interoperabilidade entre diferentes partes do sistema de saúde.

Além disso, a interpretação dos dados genômicos exige ferramentas avançadas. Mesmo com a ajuda de tecnologias como inteligência artificial, é necessário um esforço significativo para traduzir os dados em informações clínicas acionáveis. Essa realidade ressalta a importância de formar equipes especializadas para lidar com os desafios técnicos e éticos que acompanham o uso dessa tecnologia.

O Papel da Thermo Fisher Scientific na Evolução do NGS

Líder global em biotecnologia e ciências da vida, a Thermo Fisher Scientific desempenha um papel crucial no avanço do NGS. A empresa oferece soluções completas, que vão desde plataformas de sequenciamento, como o Ion GeneStudio S5, até reagentes e softwares avançados, garantindo resultados confiáveis e acessíveis para diferentes aplicações.

A Thermo Fisher Scientific também investe em inovações que facilitam a integração do NGS em práticas clínicas e laboratoriais, promovendo diagnósticos mais rápidos e precisos. Além disso, a empresa está comprometida em capacitar profissionais de saúde por meio de treinamentos técnicos e suporte especializado, ampliando o alcance dessa tecnologia em mercados emergentes como o Brasil.

O Papel da Inteligência Artificial e a Necessidade de Capacitação

A inteligência artificial (IA) emerge como uma aliada indispensável no processamento e interpretação de dados genômicos. Algoritmos de aprendizado de máquina, integrados a plataformas como as da Thermo Fisher Scientific, identificam padrões genéticos que seriam impossíveis de detectar manualmente, acelerando a obtenção de diagnósticos e sugestões terapêuticas. No entanto, o uso da IA em genômica também levanta questões éticas, como a privacidade dos dados e o viés nos algoritmos.

Para que o NGS alcance seu verdadeiro potencial, é fundamental investir na formação de profissionais de saúde e cientistas que possam operar essas ferramentas de maneira eficiente e ética. A capacitação não se limita a habilidades técnicas, mas também inclui a compreensão do impacto social e clínico dessas tecnologias.

Iniciativas Globais e o Futuro do NGS

Projetos de sequenciamento populacional em larga escala, como o UK Biobank no Reino Unido, são exemplos de como o NGS pode ser utilizado para beneficiar grandes populações. Essas iniciativas fornecem insights valiosos sobre a relação entre variações genéticas e a saúde da população, orientando estratégias de saúde pública e tratamentos personalizados. No Brasil, o trabalho da Thermo Fisher Scientific ajuda a reduzir a lacuna tecnológica, tornando o NGS mais acessível e integrado aos sistemas de saúde locais.

Uma Visão de Futuro

Apesar dos desafios, o sequenciamento de nova geração representa um marco na medicina de precisão. Ele não só redefine os limites do que é possível em diagnósticos e tratamentos, mas também promove uma nova era de cuidado personalizado. Com o apoio de líderes globais como a Thermo Fisher Scientific, que continuamente investem em inovação e educação, o NGS tem potencial para transformar profundamente a maneira como tratamos e prevenimos doenças.

O futuro do NGS é promissor e, com o investimento adequado em infraestrutura, educação e tecnologia, ele poderá beneficiar milhões de vidas em todo o mundo, reafirmando seu papel como uma ferramenta indispensável na medicina do futuro.

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USP Desenvolve Sistema Nanotecnológico para Remover Medicamentos da Água Potável e Proteger o Meio Ambiente

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Pesquisadores da Escola Politécnica da USP criaram uma tecnologia inovadora que promete acelerar a degradação de medicamentos, como o paracetamol, presentes em águas residuais e, potencialmente, na água potável. O avanço usa nanomateriais dopados para ampliar a eficiência da fotocatálise, processo que utiliza luz ultravioleta para decompor contaminantes orgânicos.

O paracetamol, amplamente consumido no Brasil com cerca de 500 toneladas anuais, está presente em níveis nanométricos em rios e lagos, representando um desafio crescente para o tratamento de água. Douglas Gouvêa, coordenador do Laboratório de Processos Cerâmicos da Poli-USP, explica que o segredo está na manipulação precisa de nanopartículas de óxido de zinco (ZnO), um semicondutor que, quando “dopado” com cloro, potencializa a reação fotocatalítica sob luz solar.

“Controlar a dopagem do cloro permite aumentar a condutividade elétrica e a reatividade do material, acelerando a degradação do paracetamol e outros poluentes,” detalha Gouvêa. A inovação reside na técnica de lixiviação seletiva, que remove o excesso de cloro da superfície das partículas, concentrando-o nas extremidades e otimizando seu efeito catalítico.

Utilizando ondas ultrassônicas para incorporar o cloro ao ZnO e um rigoroso processo de centrifugação, os cientistas garantem uma eficiência até três vezes maior na decomposição dos micropoluentes em laboratório. André Luiz da Silva, coautor do estudo, reforça que essa nanotecnologia aplicada na escala nanométrica permite maior exposição da superfície reativa, essencial para a fotocatálise.

Os pesquisadores utilizam espectroscopia para analisar a estrutura dos materiais e confirmar a posição do cloro após a lavagem seletiva, assegurando o funcionamento ideal do catalisador. Apesar do uso de substâncias químicas potencialmente tóxicas no processo, a tecnologia é segura, pois os materiais não participam diretamente das reações químicas e não se incorporam aos poluentes.

Aplicações Futuras e Impacto Ambiental

A técnica, publicada na revista ACS Applied Nano Materials, pode ser aplicada em sistemas de tratamento de água residuais para reduzir a contaminação por fármacos antes que eles atinjam os ecossistemas naturais. Os cientistas planejam testar o método para eliminar herbicidas como o glifosato, cuja concentração já se aproxima dos limites seguros definidos para consumo.

“Esse avanço representa um passo fundamental para proteger a saúde pública e o meio ambiente, ao combater a presença silenciosa de poluentes orgânicos na água,” afirma Gouvêa.

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Hospital São Francisco Desenvolve App para Registro Ágil da Evolução do Paciente à Beira-Leito

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Com o objetivo de agilizar e tornar mais eficiente o registro da evolução dos pacientes internados, a equipe de Tecnologia da Informação (TI) do Hospital São Francisco na Providência de Deus (HSF-RJ) desenvolveu um aplicativo inovador. Utilizado via tablet, o app está totalmente integrado ao sistema operacional do hospital, permitindo a inserção de informações em tempo real, diretamente no momento do atendimento à beira-leito.

Michelle Estefânio, gerente de enfermagem do HSF, explica a motivação por trás da solução:
“Registrar a evolução do paciente no prontuário é rotina, mas o processo envolvia muita burocracia. Precisávamos facilitar essa etapa para que os profissionais pudessem dedicar mais atenção ao paciente.”

A ferramenta entrou em operação no último dia 12 de maio, data que marca o Dia Internacional da Enfermagem, simbolizando um avanço na modernização da assistência hospitalar. Para o diretor executivo, Márcio Nunes, o projeto reflete a escuta ativa das necessidades da equipe de enfermagem:
“Simplificar processos sem abrir mão da segurança e qualidade da informação é investir no bem-estar do paciente e na valorização da linha de frente.”

Como Funciona o Aplicativo

O app permite o registro dinâmico e intuitivo de dados essenciais como sinais vitais, administração de medicamentos e balanço hídrico diretamente no prontuário eletrônico. Campos estruturados com checkboxes e textos pré-formatados diminuem drasticamente o tempo de digitação, mantendo a conformidade com normas do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), auditorias e exigências legais.

Além disso, a ferramenta possibilita o registro por imagens: a câmera do tablet é ativada para confirmar o uso correto dos medicamentos prescritos, reforçando a segurança do processo. Pietro Lima, desenvolvedor da equipe de TI, destaca essa funcionalidade como um diferencial importante.

Michelle ressalta o valor do aplicativo para a equipe:
“É um presente para os profissionais durante a Semana da Enfermagem, oferecendo uma ferramenta que torna o cuidado mais humano e menos burocrático.”

Inicialmente implantado na Unidade de Terapia Intensiva, que atende pacientes crônicos e de alta complexidade, o app deverá ser expandido gradualmente para outros setores do hospital, promovendo um padrão de registro mais ágil, centrado no paciente e próximo da rotina dos profissionais.

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SBCO Revela: 90% dos Pacientes Oncológicos Passam por Cirurgia, Mas Investimento em Cirurgias Fica Abaixo de 30% do Total em Oncologia no Brasil

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A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) divulgou dados recentes que destacam o papel central da cirurgia no tratamento do câncer e apontam para o desequilíbrio nos investimentos atuais em Oncologia no Brasil. Aproximadamente 90% dos pacientes oncológicos passam por algum tipo de cirurgia ao longo da sua jornada clínica, seja para diagnóstico, estadiamento, tratamento curativo ou paliativo.

Segundo Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da SBCO, cerca de 60% dos pacientes oncológicos recebem tratamento cirúrgico em algum momento, mais da metade dos cânceres sólidos iniciais são tratados exclusivamente por cirurgia, e 80% dos casos envolvem procedimentos curativos ou paliativos. Apesar disso, os dados do DATASUS mostram que, em 2023, foram investidos R$ 2,77 bilhões em quimioterapia, R$ 1,5 bilhão em cirurgias oncológicas e R$ 665 milhões em radioterapia.

“Há um desequilíbrio claro entre esses três pilares do tratamento do câncer. O investimento global ainda é insuficiente para lidar com a segunda maior causa de morte no mundo,” alerta Pinheiro.

A Necessidade de Ampliação e Redirecionamento dos Investimentos

Além de aumentar os investimentos em todos os setores da Oncologia, o presidente da SBCO reforça a importância de redirecionar os recursos para ações preventivas e de rastreamento, que são comprovadamente eficazes para reduzir a incidência da doença e os custos associados. Atualmente, grande parte dos recursos é destinada a tratamentos avançados, de alto custo e resultados clínicos limitados.

A concentração dos centros de assistência ao câncer no Sul e Sudeste do país também é motivo de preocupação, pois limita o acesso para pacientes de outras regiões, criando desigualdades que impactam diretamente o prognóstico. “O CEP do paciente muitas vezes determina o desfecho da doença,” ressalta Pinheiro.

Caminhos para o Fortalecimento da Oncologia no Brasil

Entre as estratégias recomendadas estão:

  • Fortalecimento da cirurgia oncológica com treinamento contínuo e atualização dos profissionais;
  • Criação e integração de redes hospitalares eficientes, com centralização de casos complexos em centros de referência;
  • Valorização e fortalecimento do SUS, reconhecido como o maior sistema público de saúde do mundo;
  • Melhoria da gestão e governança tanto no sistema público quanto no suplementar;
  • Incentivo à inovação em técnicas, tecnologias e modelos assistenciais para ampliar a eficácia e acessibilidade dos tratamentos.

“Com esses avanços, poderemos oferecer um cuidado mais eficiente, humanizado e acessível, beneficiando milhares de pacientes em todo o país,” conclui Rodrigo Pinheiro.

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