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Ferramenta MonitoraSUS aprimora transparência e controle dos recursos investidos na saúde

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A gestão eficaz dos recursos em saúde é um desafio constante para governos, gestores públicos e a própria população, que depende de um sistema de qualidade. Para tornar esse processo mais transparente e participativo, o Ministério da Saúde desenvolveu a ferramenta MonitoraSUS, que permite acompanhar a aplicação de verbas e avaliar as políticas públicas destinadas ao setor.

O que é o MonitoraSUS

O MonitoraSUS é um sistema de monitoramento e gestão que reúne informações sobre investimentos, programas e resultados alcançados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele tem como principais objetivos:

  • Promover transparência sobre o uso de verbas federais, estaduais e municipais.
  • Facilitar o planejamento das ações de saúde, baseando-se em dados atualizados e confiáveis.
  • Incentivar o controle social ao disponibilizar informações de forma aberta à população, conselhos de saúde e órgãos de controle.

Funcionalidades-chave

  1. Consulta de investimentos
    Por meio do MonitoraSUS, cidadãos e gestores podem verificar quanto foi investido em hospitais, Unidades Básicas de Saúde (UBS), equipamentos, contratos, entre outros itens. A ferramenta detalha tanto o valor total aplicado quanto a origem dos recursos (federal, estadual ou municipal).
  2. Indicadores de desempenho
    O sistema contempla métricas que mensuram a eficiência e a eficácia dos programas de saúde. Por exemplo, podem ser apresentadas taxas de cobertura vacinal, número de procedimentos realizados e indicadores de qualidade, como tempo médio de atendimento.
  3. Gestão descentralizada
    Estados e municípios também podem inserir informações locais, o que contribui para a atualização constante e gera uma visão integrada de como as políticas de saúde são distribuídas e executadas ao longo do país.
  4. Facilidade de acesso
    Uma das prioridades do MonitoraSUS é a acessibilidade. O sistema pode ser consultado online, e os dados são apresentados de maneira organizada, muitas vezes com gráficos e relatórios de fácil compreensão.

Como a população se beneficia

  • Controle social mais efetivo: Qualquer cidadão pode verificar como estão sendo aplicados os recursos em sua região, questionar possíveis inconsistências e participar de debates que visem melhorias no sistema.
  • Participação nos conselhos de saúde: Com dados confiáveis em mãos, conselheiros e lideranças comunitárias podem embasar propostas, sugerir ajustes ou cobrar ações específicas das autoridades.
  • Acompanhamento de programas prioritários: Quem tem interesse em determinadas áreas, como saúde da mulher, do idoso ou vacinação, pode acompanhar as metas e resultados específicos, promovendo engajamento local.

Contribuição para a eficiência e a qualidade do SUS

Com a consolidação do MonitoraSUS, a expectativa é de que a tomada de decisões se torne cada vez mais baseada em evidências, ajudando a:

  • Priorizar áreas críticas de acordo com as necessidades verificadas em cada localidade.
  • Identificar gargalos na prestação de serviços, como falta de profissionais, carência de leitos ou necessidade de reformas em unidades de saúde.
  • Reduzir desperdícios ao controlar mais de perto os processos de compras, contratos e utilização de insumos.

Desafios e perspectivas

  • Capacitação de profissionais: É fundamental que gestores e servidores sejam treinados para alimentar o sistema de forma correta e analisar seus dados de maneira consistente.
  • Integração com outros sistemas: O MonitoraSUS poderá, no futuro, se conectar a outras plataformas, como prontuários eletrônicos e bases epidemiológicas, permitindo uma visão ainda mais ampla da saúde pública.
  • Atualização contínua: Manter o sistema sempre atualizado exige compromisso dos três níveis de governo e a consolidação de parcerias que facilitem a troca de informações.

Em síntese, o MonitoraSUS representa um avanço na busca por transparência, participação social e melhoria da gestão dos recursos na saúde. A iniciativa reforça o compromisso do governo em prestar contas à sociedade e em fortalecer o SUS como um sistema efetivo, equânime e orientado às reais necessidades da população.


Fonte: Ministério da Saúde – Ferramenta MonitoraSUS ajuda a acompanhar a aplicação de recursos na Saúde

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USP Desenvolve Sistema Nanotecnológico para Remover Medicamentos da Água Potável e Proteger o Meio Ambiente

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Pesquisadores da Escola Politécnica da USP criaram uma tecnologia inovadora que promete acelerar a degradação de medicamentos, como o paracetamol, presentes em águas residuais e, potencialmente, na água potável. O avanço usa nanomateriais dopados para ampliar a eficiência da fotocatálise, processo que utiliza luz ultravioleta para decompor contaminantes orgânicos.

O paracetamol, amplamente consumido no Brasil com cerca de 500 toneladas anuais, está presente em níveis nanométricos em rios e lagos, representando um desafio crescente para o tratamento de água. Douglas Gouvêa, coordenador do Laboratório de Processos Cerâmicos da Poli-USP, explica que o segredo está na manipulação precisa de nanopartículas de óxido de zinco (ZnO), um semicondutor que, quando “dopado” com cloro, potencializa a reação fotocatalítica sob luz solar.

“Controlar a dopagem do cloro permite aumentar a condutividade elétrica e a reatividade do material, acelerando a degradação do paracetamol e outros poluentes,” detalha Gouvêa. A inovação reside na técnica de lixiviação seletiva, que remove o excesso de cloro da superfície das partículas, concentrando-o nas extremidades e otimizando seu efeito catalítico.

Utilizando ondas ultrassônicas para incorporar o cloro ao ZnO e um rigoroso processo de centrifugação, os cientistas garantem uma eficiência até três vezes maior na decomposição dos micropoluentes em laboratório. André Luiz da Silva, coautor do estudo, reforça que essa nanotecnologia aplicada na escala nanométrica permite maior exposição da superfície reativa, essencial para a fotocatálise.

Os pesquisadores utilizam espectroscopia para analisar a estrutura dos materiais e confirmar a posição do cloro após a lavagem seletiva, assegurando o funcionamento ideal do catalisador. Apesar do uso de substâncias químicas potencialmente tóxicas no processo, a tecnologia é segura, pois os materiais não participam diretamente das reações químicas e não se incorporam aos poluentes.

Aplicações Futuras e Impacto Ambiental

A técnica, publicada na revista ACS Applied Nano Materials, pode ser aplicada em sistemas de tratamento de água residuais para reduzir a contaminação por fármacos antes que eles atinjam os ecossistemas naturais. Os cientistas planejam testar o método para eliminar herbicidas como o glifosato, cuja concentração já se aproxima dos limites seguros definidos para consumo.

“Esse avanço representa um passo fundamental para proteger a saúde pública e o meio ambiente, ao combater a presença silenciosa de poluentes orgânicos na água,” afirma Gouvêa.

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Hospital São Francisco Desenvolve App para Registro Ágil da Evolução do Paciente à Beira-Leito

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Com o objetivo de agilizar e tornar mais eficiente o registro da evolução dos pacientes internados, a equipe de Tecnologia da Informação (TI) do Hospital São Francisco na Providência de Deus (HSF-RJ) desenvolveu um aplicativo inovador. Utilizado via tablet, o app está totalmente integrado ao sistema operacional do hospital, permitindo a inserção de informações em tempo real, diretamente no momento do atendimento à beira-leito.

Michelle Estefânio, gerente de enfermagem do HSF, explica a motivação por trás da solução:
“Registrar a evolução do paciente no prontuário é rotina, mas o processo envolvia muita burocracia. Precisávamos facilitar essa etapa para que os profissionais pudessem dedicar mais atenção ao paciente.”

A ferramenta entrou em operação no último dia 12 de maio, data que marca o Dia Internacional da Enfermagem, simbolizando um avanço na modernização da assistência hospitalar. Para o diretor executivo, Márcio Nunes, o projeto reflete a escuta ativa das necessidades da equipe de enfermagem:
“Simplificar processos sem abrir mão da segurança e qualidade da informação é investir no bem-estar do paciente e na valorização da linha de frente.”

Como Funciona o Aplicativo

O app permite o registro dinâmico e intuitivo de dados essenciais como sinais vitais, administração de medicamentos e balanço hídrico diretamente no prontuário eletrônico. Campos estruturados com checkboxes e textos pré-formatados diminuem drasticamente o tempo de digitação, mantendo a conformidade com normas do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), auditorias e exigências legais.

Além disso, a ferramenta possibilita o registro por imagens: a câmera do tablet é ativada para confirmar o uso correto dos medicamentos prescritos, reforçando a segurança do processo. Pietro Lima, desenvolvedor da equipe de TI, destaca essa funcionalidade como um diferencial importante.

Michelle ressalta o valor do aplicativo para a equipe:
“É um presente para os profissionais durante a Semana da Enfermagem, oferecendo uma ferramenta que torna o cuidado mais humano e menos burocrático.”

Inicialmente implantado na Unidade de Terapia Intensiva, que atende pacientes crônicos e de alta complexidade, o app deverá ser expandido gradualmente para outros setores do hospital, promovendo um padrão de registro mais ágil, centrado no paciente e próximo da rotina dos profissionais.

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SBCO Revela: 90% dos Pacientes Oncológicos Passam por Cirurgia, Mas Investimento em Cirurgias Fica Abaixo de 30% do Total em Oncologia no Brasil

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A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) divulgou dados recentes que destacam o papel central da cirurgia no tratamento do câncer e apontam para o desequilíbrio nos investimentos atuais em Oncologia no Brasil. Aproximadamente 90% dos pacientes oncológicos passam por algum tipo de cirurgia ao longo da sua jornada clínica, seja para diagnóstico, estadiamento, tratamento curativo ou paliativo.

Segundo Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da SBCO, cerca de 60% dos pacientes oncológicos recebem tratamento cirúrgico em algum momento, mais da metade dos cânceres sólidos iniciais são tratados exclusivamente por cirurgia, e 80% dos casos envolvem procedimentos curativos ou paliativos. Apesar disso, os dados do DATASUS mostram que, em 2023, foram investidos R$ 2,77 bilhões em quimioterapia, R$ 1,5 bilhão em cirurgias oncológicas e R$ 665 milhões em radioterapia.

“Há um desequilíbrio claro entre esses três pilares do tratamento do câncer. O investimento global ainda é insuficiente para lidar com a segunda maior causa de morte no mundo,” alerta Pinheiro.

A Necessidade de Ampliação e Redirecionamento dos Investimentos

Além de aumentar os investimentos em todos os setores da Oncologia, o presidente da SBCO reforça a importância de redirecionar os recursos para ações preventivas e de rastreamento, que são comprovadamente eficazes para reduzir a incidência da doença e os custos associados. Atualmente, grande parte dos recursos é destinada a tratamentos avançados, de alto custo e resultados clínicos limitados.

A concentração dos centros de assistência ao câncer no Sul e Sudeste do país também é motivo de preocupação, pois limita o acesso para pacientes de outras regiões, criando desigualdades que impactam diretamente o prognóstico. “O CEP do paciente muitas vezes determina o desfecho da doença,” ressalta Pinheiro.

Caminhos para o Fortalecimento da Oncologia no Brasil

Entre as estratégias recomendadas estão:

  • Fortalecimento da cirurgia oncológica com treinamento contínuo e atualização dos profissionais;
  • Criação e integração de redes hospitalares eficientes, com centralização de casos complexos em centros de referência;
  • Valorização e fortalecimento do SUS, reconhecido como o maior sistema público de saúde do mundo;
  • Melhoria da gestão e governança tanto no sistema público quanto no suplementar;
  • Incentivo à inovação em técnicas, tecnologias e modelos assistenciais para ampliar a eficácia e acessibilidade dos tratamentos.

“Com esses avanços, poderemos oferecer um cuidado mais eficiente, humanizado e acessível, beneficiando milhares de pacientes em todo o país,” conclui Rodrigo Pinheiro.

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