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Qualquer nível de atividade física ajuda a combater depressão, aponta estudo brasileiro

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Uma nova pesquisa realizada por especialistas do Instituto Israelita de Ensino & Pesquisa de São Paulo, do Hospital Israelita Albert Einstein, e da Universidade Nove de Julho revela que até mesmo pequenos esforços físicos podem ser decisivos na prevenção e redução dos sintomas de depressão. Publicado no Journal of Affective Disorders, o estudo analisou dados de mais de 58 mil brasileiros ao longo de 14 anos, e trouxe evidências de que movimentos simples do dia a dia, como caminhar até o trabalho ou subir escadas, têm impacto positivo na saúde mental.


Qualquer movimento faz a diferença

O estudo trouxe uma abordagem inovadora ao considerar “atividade física” como qualquer movimento corporal que aumente o gasto calórico em relação ao repouso, indo além dos exercícios tradicionais de lazer. Isso inclui atividades como deslocamento a pé, uso de bicicleta, tarefas ocupacionais e até subir escadas no trabalho ou em casa.

“Não falamos apenas de exercícios formais, mas de atividades que integram a rotina diária. Movimentos mínimos já demonstraram reduzir o risco de sintomas depressivos”, explica Rafael Mathias Pitta, coordenador da pesquisa.

Os resultados foram categorizados por níveis de atividade física (inativo, insuficiente ativo, ativo e muito ativo) e mostraram que mesmo níveis baixos — de apenas 11 minutos por semana — já representaram um fator de proteção contra a depressão.


Destaques do estudo

  • População analisada: A pesquisa coletou dados de 58.445 adultos brasileiros, entre 2008 e 2022, abrangendo questões de saúde física e mental.
  • Método robusto: Foram aplicados questionários padronizados sobre sintomas depressivos e prática de atividades físicas, com uso de regressão logística para identificar associações.
  • Risco de depressão: Pessoas com índice de massa corporal (IMC) alto, hipertensão, diabetes, tabagismo e níveis elevados de estresse apresentaram maior vulnerabilidade aos sintomas depressivos, enquanto a prática de atividade física demonstrou efeito protetor.

Por que a atividade física ajuda a saúde mental?

A prática de atividades físicas traz diversos benefícios neuroquímicos e comportamentais que ajudam a reduzir os sintomas depressivos. A contração muscular, por exemplo, melhora respostas neuroendócrinas e inflamatórias, além de aumentar os níveis de BDNF, uma proteína essencial para a sobrevivência e regeneração dos neurônios.

“A atividade física não apenas protege contra a depressão, mas também promove escolhas mais saudáveis, como melhorias na hidratação, alimentação e sono, o que impacta diretamente no humor e na ansiedade”, destaca Pitta.

Adicionalmente, realizar atividades em contato com a natureza, como caminhadas em parques, intensifica os benefícios, promovendo relaxamento e sensação de bem-estar.


Como incluir mais movimento no dia a dia?

Para quem enfrenta dificuldades em começar, especialmente em função da depressão, pequenas mudanças podem fazer a diferença. O estudo reforça que ações simples, como subir escadas, caminhar curtas distâncias ou permanecer mais tempo em pé, são passos iniciais valiosos. Veja algumas sugestões práticas:

  • Caminhar como deslocamento: Optar por ir a pé até o trabalho ou descer do ônibus algumas paradas antes.
  • Fazer pausas no comportamento sedentário: Levantar-se frequentemente, mesmo durante longos períodos de trabalho sentado.
  • Atividades ao ar livre: Caminhar em parques, pedalar ou praticar exercícios simples em contato com a natureza podem potencializar os benefícios.

“Pequenos movimentos, mesmo em curtos períodos, têm potencial para gerar melhorias subjetivas no humor e reduzir sintomas de ansiedade”, ressalta Pitta.


Recomendações para o público

Embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomende 150 minutos semanais de atividade física moderada, o estudo reforça que qualquer movimento é melhor do que nenhum. Começar com metas modestas e ajustar gradualmente pode ajudar a criar uma rotina sustentável e benéfica.

De acordo com Luana Queiroga, autora do estudo, “é importante que as pessoas enxerguem a atividade física como parte de sua vida diária, e não algo elitizado ou restrito a academias. O impacto positivo pode vir até de pequenas mudanças.”


Conclusão

O estudo confirma que não é necessário investir em treinos exaustivos para cuidar da saúde mental. Movimentos simples e acessíveis, como caminhar, subir escadas ou até mesmo atividades no trabalho, são ferramentas poderosas para combater a depressão e melhorar a qualidade de vida. Mais do que um benefício físico, a prática regular de atividade física promove bem-estar emocional, incentivando escolhas mais saudáveis no dia a dia.


Fontes: Instituto Israelita Ensino & Pesquisa, Hospital Israelita Albert Einstein, Universidade Nove de Julho. Publicado no Journal of Affective Disorders. https://www.cnnbrasil.com.br/saude/qualquer-nivel-de-atividade-fisica-ajuda-a-combater-depressao-diz-estudo/

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Hospital Sepaco Inaugura Novos Espaços para Colaboradores e Amplia Conforto e Segurança no Ambiente de Trabalho

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O Hospital e Maternidade Sepaco concluiu um importante projeto de modernização e ampliação de suas instalações, focado no bem-estar, segurança e eficiência dos colaboradores e prestadores de serviço. A iniciativa atende à crescente demanda por infraestrutura adequada para sua equipe, refletindo diretamente na qualidade do atendimento oferecido aos pacientes.

Novo Acesso e Melhoria na Logística

Até então, o acesso dos colaboradores era feito por uma rua lateral, dificultando a mobilidade e comprometendo a segurança. Com a abertura de um novo acesso pela Rua Vergueiro — próximo ao metrô e outros meios de transporte — o deslocamento tornou-se mais ágil, seguro e prático para todos.

Espaços Exclusivos e Conforto Garantido

O projeto contemplou a construção de um anexo exclusivo para os profissionais, que agora contam com novos vestiários, áreas de descanso, copa e elevadores dedicados. A implantação de dois elevadores externos facilitou o acesso ao prédio principal, trazendo mais acessibilidade e eficiência à rotina diária.

Planejamento Rigoroso e Minimização de Impactos

A transferência e desmobilização da infraestrutura existente foram desafios que exigiram planejamento detalhado para garantir que o funcionamento do hospital não fosse afetado durante as obras.

Compromisso com o Bem-Estar e a Qualidade no Atendimento

O Hospital Sepaco reforça que colaboradores valorizados, com espaços adequados para descanso e segurança, apresentam maior motivação e preparo para oferecer um atendimento humanizado e eficiente. O ambiente renovado cria uma experiência mais acolhedora e funcional, refletindo positivamente na produtividade e na satisfação da equipe.

Como consequência, os pacientes recebem uma atenção ainda mais compassiva e qualificada, fortalecendo a missão do Sepaco de promover um cuidado integral e humanizado.

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Novas Diretrizes Brasileiras Apresentam Recomendações Práticas para o Tratamento da Obesidade

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Um importante avanço para a abordagem da obesidade foi apresentado nesta quinta-feira (29) durante o Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica, realizado pela Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica) em Belo Horizonte. O documento, elaborado por 15 sociedades médicas, traz 35 recomendações práticas que orientam médicos, gestores e profissionais da saúde no manejo clínico da obesidade.

Metas Clínicas e Uso de Medicamentos Inovadores

Entre as principais recomendações está a definição de uma meta clínica individualizada e contínua, com foco na perda de pelo menos 10% do peso corporal, visando a melhora das comorbidades e da qualidade de vida dos pacientes. O uso de medicamentos como semaglutida (Ozempic), tirzepatida (Mounjaro) e liraglutida (Saxenda) é incentivado em regimes de tratamento prolongado, com base em evidências sólidas de eficácia e segurança.

O documento também amplia os critérios diagnósticos, incluindo pacientes com complicações relacionadas à obesidade, mesmo com Índice de Massa Corporal (IMC) abaixo de 30, considerando medidas complementares como circunferência da cintura e relação cintura-altura.

Atenção a Grupos Específicos

A diretriz destaca ainda a importância do reconhecimento e manejo especial de grupos específicos, como idosos, pacientes com obesidade sarcopênica, apneia do sono, osteoartrose e doença hepática associada à obesidade. Recomendações específicas são direcionadas a essas populações para garantir segurança e efetividade no tratamento.

João Salles, diretor do departamento de medicina da Santa Casa de São Paulo e membro do departamento científico da Abeso, ressalta:
“O foco principal é melhorar as complicações associadas à obesidade. A perda de peso é importante, mas o impacto clínico e a segurança dos tratamentos são prioridades.”

Tratamento Integrado e Personalizado

Além do uso de medicamentos, as diretrizes reforçam a necessidade de associar o tratamento a mudanças no estilo de vida, como alimentação saudável e atividade física regular. A abordagem personalizada também considera fenótipos alimentares, comportamentos, fatores genéticos, psicológicos, sociais e ambientais, permitindo a escolha dos medicamentos mais adequados para cada paciente e aumentando a adesão ao tratamento.

Cuidados e Contraindicações

O documento alerta para o cuidado especial com idosos, destacando que a perda de peso sem orientação adequada pode aumentar a mortalidade nesse grupo. Rodrigo Lamounier, presidente do congresso, explica que é fundamental rastrear a sarcopenia e combinar estratégias nutricionais e funcionais desde o início do tratamento.

Além disso, a diretriz contraindica o uso de fórmulas com substâncias não aprovadas pela Anvisa ou potencialmente perigosas, como diuréticos, hormônios e canetas manipuladas para emagrecimento.

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Hospital Galileu Conquista Pelo 5º Ano Consecutivo o Nível III de Excelência em Gestão pela ONA

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O Hospital Público Estadual Galileu, referência em trauma ortopédico no Pará, celebra mais uma vez a conquista da Recertificação Nível III – Acreditado com Excelência, concedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). Essa é a quinta vez consecutiva que a unidade, gerenciada pelo Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), recebe o mais alto reconhecimento pela qualidade em gestão hospitalar e segurança do paciente.

Reconhecimento de Maturidade e Gestão Integrada

A homologação, realizada recentemente, reconhece a maturidade institucional do hospital, resultado de um rigoroso processo de avaliação conduzido pela Fundação Vanzolini, credenciada pela ONA. O Galileu atendeu e superou diversos critérios, comprovando seu compromisso com a melhoria contínua e a excelência na assistência.

Paula Narjara Azevedo, gerente de Qualidade do ISSAA, destaca:
“Essa certificação confirma que, há pelo menos cinco anos, oferecemos uma assistência segura e confiável à população, resultado do trabalho técnico e comprometido de toda a equipe.”

Foco em Qualidade, Segurança e Humanização

A auditoria externa destacou pontos fortes como o envolvimento da alta liderança e dos colaboradores em processos de qualidade e ações de humanização. Projetos inovadores como ‘Riso Galileu’, ‘Sorriso Saudável’, ‘O que Importa para Você’, ‘Cuidando de Quem Cuida’, ‘Palhaçaria’ e ‘Cine Galileu’ reforçam o cuidado dedicado a pacientes e profissionais.

Na assistência, iniciativas como ‘Meu Acesso Venoso Ideal’, ‘Reconstruindo Passos’ e ‘Laboratório de Tecnologia Assistida’ evidenciam o compromisso com a inovação clínica. A ‘Roda de Conversa com Usuários à Beira Leito’ e o II Simpósio de Qualidade sobre Justiça e Segurança do Paciente também foram reconhecidos como marcos relevantes.

Compromisso Coletivo com a Saúde Pública

Cledes Silva, diretor executivo do Hospital Galileu, ressalta a importância dessa conquista:
“É fruto da dedicação de todos – colaboradores, gestores e parceiros. Nosso compromisso é com a saúde pública de qualidade, oferecendo um serviço seguro, humanizado e eficiente.”

Sobre a Organização Nacional de Acreditação (ONA)

A ONA é a principal referência nacional para certificação da qualidade em serviços de saúde no Brasil. O Nível III – Acreditado com Excelência – é o mais elevado grau, assegurando que a instituição atende aos melhores padrões em gestão, segurança e assistência.

Perfil do Hospital Galileu

Localizado no Pará, o Hospital Galileu é gerenciado pelo ISSAA em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e é referência estadual no tratamento de traumas e lesões na traqueia, com atendimentos regulados pela Central Estadual de Regulação.

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