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Colonoscopias no SUS aumentam 138% em 2024 e reforçam a importância da prevenção do câncer colorretal

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O mês de março marca a conscientização sobre o câncer colorretal, o terceiro mais incidente no Brasil. A colonoscopia é o exame essencial para a prevenção e detecção precoce da doença, sendo recomendada a partir dos 45 anos, ou antes, para pessoas com histórico familiar. Além de diagnosticar precocemente, esse exame permite a remoção de pólipos, lesões que podem evoluir para o câncer, prevenindo o surgimento da doença.

Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), com base no DataSUS, revelam que o número de colonoscopias realizadas no SUS em 2024 aumentou 138% em relação a 2020.


O avanço da colonoscopia no SUS

A pandemia da Covid-19, em 2020, impactou a realização de exames preventivos, causando uma redução de 30% nos procedimentos de colonoscopia em comparação com 2019. No entanto, nos anos seguintes, a adesão ao exame cresceu continuamente, alcançando 574.578 colonoscopias em 2024, um aumento de 138% em relação ao período mais crítico da pandemia.

O presidente da SBCO, Rodrigo Nascimento Pinheiro, atribui esse crescimento às campanhas de conscientização sobre a importância da retomada dos exames preventivos.

“Campanhas como Não dá para esperar. Cuide-se. O câncer não ficou de quarentena foram essenciais para a conscientização da população, aumentando a adesão ao exame de colonoscopia”, destaca Pinheiro.


Câncer colorretal no Brasil e no mundo

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que 45.630 novos casos de câncer colorretal sejam diagnosticados anualmente no Brasil entre 2023 e 2025. Desses, 21.970 casos devem ocorrer em homens e 23.660 em mulheres. A taxa de incidência é de aproximadamente 21,10 casos por 100 mil habitantes.

No cenário global, os dados de 2022 indicam que o câncer colorretal foi o terceiro mais frequente no mundo, com mais de 1,9 milhão de novos casos. Entre os homens, a taxa foi de 23,40 casos a cada 100 mil, enquanto entre as mulheres, 16,20 casos por 100 mil.


Tratamento e papel da cirurgia

A cirurgia continua sendo a principal opção de tratamento para o câncer colorretal, especialmente em estágios iniciais e localmente avançados. Segundo Rodrigo Pinheiro, nove em cada dez pacientes diagnosticados precisarão de cirurgia em algum momento do tratamento.

Além da cirurgia, quimioterapia e radioterapia podem ser indicadas, dependendo da localização e do estágio do tumor. O planejamento cirúrgico leva em consideração as condições clínicas do paciente e a possibilidade de preservar a função intestinal.


Fatores de risco e prevenção

O câncer colorretal pode estar associado a diversos fatores de risco, incluindo:

🔹 Idade avançada – maior incidência após os 50 anos.
🔹 Dieta rica em carnes processadas e gorduras.
🔹 Sedentarismo e obesidade.
🔹 Tabagismo e consumo excessivo de álcool.
🔹 Histórico familiar de câncer colorretal ou pólipos intestinais.
🔹 Doenças inflamatórias intestinais, como colite ulcerativa e doença de Crohn.

A prevenção inclui a manutenção de hábitos saudáveis, como:

Alimentação equilibrada, rica em frutas, vegetais e fibras.
Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool.
Praticar atividade física regularmente.
Realizar exames preventivos, como a colonoscopia.

“A prevenção passa por uma alimentação saudável, prática de atividades físicas e a realização da colonoscopia, que pode detectar e remover lesões antes que evoluam para câncer”, reforça Pinheiro.


Sinais de alerta: fique atento aos sintomas

O câncer colorretal pode não apresentar sintomas nos estágios iniciais, tornando o rastreamento essencial para o diagnóstico precoce. Nos estágios mais avançados, os principais sintomas incluem:

🔸 Alterações no hábito intestinal (diarreia ou constipação frequentes).
🔸 Sensação de evacuação incompleta.
🔸 Sangue nas fezes.
🔸 Dor abdominal persistente.
🔸 Perda de peso inexplicável.
🔸 Fadiga e anemia.

A presença de sangue nas fezes, especialmente quando acompanhada de outros sintomas, deve ser investigada imediatamente, pois pode indicar um tumor no cólon ou reto.


Conclusão

O expressivo aumento das colonoscopias no SUS em 2024 reflete um avanço na prevenção do câncer colorretal, uma das doenças mais incidentes no Brasil e no mundo. Com campanhas de conscientização e avanços na oferta de exames preventivos, mais pacientes têm a oportunidade de diagnóstico precoce e tratamento adequado.

A colonoscopia é um exame essencial, capaz de identificar lesões precocemente e até evitar o desenvolvimento do câncer. Manter hábitos saudáveis e estar atento aos sintomas são medidas fundamentais para reduzir a incidência e a mortalidade da doença.

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Hospital Albert Einstein é eleito o melhor do Brasil por médicos

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O Hospital Israelita Albert Einstein foi reconhecido, mais uma vez, como o melhor hospital do Brasil — agora com um diferencial marcante: o reconhecimento veio diretamente dos médicos que atuam em todo o país. A constatação faz parte da pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, divulgada no “Guia de Hospitais”, da Folha de S.Paulo.

Mais de 600 médicos de instituições públicas e privadas participaram do levantamento, que foi conduzido por meio de menções espontâneas — ou seja, sem que nenhuma lista de opções fosse apresentada aos entrevistados. O resultado confirma a confiança da classe médica: o Einstein foi o hospital mais citado, com 36% das menções, praticamente o dobro do segundo colocado.

Além da liderança geral, o Einstein também foi o mais citado quando o foco foi a excelência em áreas específicas da assistência hospitalar. A instituição destacou-se nas categorias de infraestrutura, equipamentos, corpo clínico, qualidade e segurança, enfermagem e hotelaria.

Na avaliação por especialidades médicas entre os hospitais privados, o Einstein conquistou o primeiro lugar em cinco delas: gastroenterologia, neurologia, oncologia, ortopedia e endocrinologia, e ainda dividiu a liderança em cardiologia.

Esses resultados são reflexo do compromisso permanente da organização com protocolos rigorosos de qualidade e segurança, além da inovação constante e da integração sinérgica entre suas áreas clínicas e administrativas.

“Essa é uma conquista coletiva, de todas as pessoas que fazem da organização um sinônimo de excelência em tudo o que se propõe a fazer. Cheio de orgulho e motivação, agradeço e dedico esse resultado a cada profissional do Einstein”, destacou a instituição em nota oficial.

Com mais esse reconhecimento, o Einstein reafirma seu papel de protagonismo no cenário da saúde brasileira — não apenas pela estrutura de ponta, mas por sua cultura centrada no cuidado, na ciência e na confiança de quem mais entende de saúde: os próprios médicos.

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Japão Avança no Desenvolvimento de Sangue Artificial que Pode Revolucionar a Medicina de Emergência

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O Japão está próximo de um avanço revolucionário na medicina com o desenvolvimento de sangue artificial, uma inovação que tem o potencial de transformar o atendimento de emergência e salvar inúmeras vidas. Diante dos desafios de uma população envelhecida e em declínio, o país enfrenta uma redução no número de doadores de sangue, enquanto a demanda por transfusões permanece constante, especialmente em situações críticas como desastres naturais ou em regiões remotas.

Pesquisadores japoneses, liderados pela professora Hiromi Sakai, da Universidade Médica de Nara, desenvolveram uma técnica inovadora que utiliza hemoglobina extraída de sangue de doadores expirados. Essa hemoglobina é encapsulada em um invólucro protetor para formar glóbulos vermelhos artificiais estáveis, livres de vírus e, crucialmente, sem tipo sanguíneo. Essa característica elimina a necessidade de testes de compatibilidade, permitindo que o sangue artificial seja administrado a qualquer pessoa, em qualquer lugar e a qualquer momento, o que é essencial em emergências.

Outro destaque no campo é o trabalho do professor Teruyuki Komatsu, da Universidade Chuo, que utiliza hemoglobina encapsulada em albumina para criar transportadores artificiais de oxigênio. Seus estudos, realizados em modelos animais, mostraram resultados promissores no tratamento de hemorragias e derrames, preparando o caminho para futuros testes em humanos.

Em julho de 2024, a Universidade Médica de Nara anunciou o início de um ensaio clínico com adultos saudáveis, previsto para março de 2025. O principal objetivo é avaliar a segurança e eficácia do sangue artificial, com a expectativa de que seu uso clínico prático esteja disponível até 2030. Caso alcançado, o Japão será pioneiro mundial na aplicação desse avanço científico na medicina cotidiana.

Essa inovação representa um marco que pode não apenas suprir a crescente demanda por sangue seguro e compatível, mas também redefinir a capacidade de resposta médica em situações de urgência, elevando o padrão global de atendimento.

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Rede D’Or Consegue Reduzir em 73,5% a Emissão do Óxido Nitroso, Potente Gás de Efeito Estufa

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Entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025, a Rede D’Or, maior grupo privado de saúde do Brasil, alcançou uma redução significativa de cerca de 73,5% na emissão de óxido nitroso (N₂O), um dos gases de efeito estufa mais prejudiciais para a atmosfera. Essa diminuição faz parte de um projeto sustentável que visa minimizar o impacto ambiental das operações hospitalares do grupo.

O óxido nitroso, conhecido popularmente como “gás do riso”, é amplamente utilizado na anestesia geral por sua eficácia e segurança clínica. No entanto, ele possui um potencial de aquecimento global até 300 vezes superior ao do dióxido de carbono (CO₂), sendo um agente importante no processo de mudanças climáticas.

A decisão da Rede D’Or de reduzir o uso do N₂O ocorreu após estudos e projetos-piloto que demonstraram a possibilidade de eliminar o gás da maioria dos procedimentos anestésicos sem comprometer a segurança e a qualidade do atendimento aos pacientes. Em casos específicos, como cirurgias pediátricas que exigem acesso venoso difícil, o uso do gás ainda é mantido, mas de forma restrita.

Além da contribuição para a redução da pegada de carbono, a medida gerou uma economia financeira considerável para o grupo, estimada em milhões de reais. Esse resultado mostra que a sustentabilidade pode andar lado a lado com a eficiência operacional e econômica.

Leopoldo Muniz, gerente médico de Qualidade Corporativa da Rede D’Or e coordenador do projeto, destaca que a iniciativa reflete uma visão ampla de responsabilidade social e ambiental. “Estamos comprometidos não só com a excelência clínica, mas também com a preservação do planeta para as futuras gerações,” afirma.

A medida da Rede D’Or é pioneira no setor de saúde privado brasileiro e tem potencial para inspirar outras instituições hospitalares a adotarem práticas semelhantes. O esforço se soma às demandas globais por ações que mitiguem os efeitos das mudanças climáticas, especialmente em setores que historicamente possuem alta emissão de gases poluentes.

Com a crescente conscientização ambiental, o setor de saúde passa a desempenhar um papel fundamental no combate ao aquecimento global, promovendo inovações que reduzam seu impacto ambiental sem abrir mão da qualidade e segurança do cuidado ao paciente.

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