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Novo coronavírus é descoberto na China: há risco de uma nova pandemia no Carnaval?

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Pesquisadores chineses identificaram um novo coronavírus, o HKU5-CoV-2, encontrado em morcegos, levantando questionamentos sobre seu potencial de infecção em humanos e riscos para a saúde pública global. A descoberta, publicada na revista científica Cell, ocorre às vésperas do Carnaval no Brasil, um período de grande circulação de pessoas e aglomerações.

Apesar das preocupações, especialistas alertam que não há evidências de que o novo vírus esteja circulando entre humanos, nem que represente, neste momento, um risco iminente de pandemia.


O novo coronavírus pode infectar humanos?

O HKU5-CoV-2 foi identificado em morcegos asiáticos e chamou atenção dos cientistas por se ligar ao receptor ACE2, que também está presente nas células humanas e é o mesmo usado pelo SARS-CoV-2, causador da Covid-19.

Principais descobertas:

  • Em laboratório, o HKU5-CoV-2 conseguiu infectar células humanas do intestino e das vias aéreas, mas com menor eficiência do que o SARS-CoV-2.
  • Até o momento, não há registros de infecção humana fora do ambiente de pesquisa.
  • O vírus ainda não demonstrou capacidade de transmissão sustentada entre pessoas, o que é um fator essencial para uma epidemia.

O coronavírus descoberto na China circula no Brasil?

O HKU5-CoV-2 foi detectado em morcegos asiáticos, mas pesquisas no Brasil também apontam a presença de coronavírus em morcegos nacionais.

Pesquisadores de São Paulo e do Ceará, em parceria com a Universidade de Hong Kong, identificaram sete tipos de coronavírus em amostras coletadas de morcegos brasileiros. Um desses vírus tem semelhanças com o causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV), mas sem evidências de infecção em humanos até o momento.


Há risco de o novo coronavírus causar uma pandemia?

O risco de uma nova pandemia depende de vários fatores, como a capacidade do vírus de se adaptar aos receptores celulares humanos e sua eficiência na transmissão entre pessoas.

Especialistas analisam o cenário atual:

  • Maurício Nogueira, professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, afirma que não há casos humanos registrados, tornando essa uma preocupação menor que a da gripe aviária, por exemplo, que já tem infecções confirmadas em pessoas.
  • Alexandre Naime Barbosa, chefe do Departamento de Infectologia da Unesp e coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), reforça que a preocupação maior seria se o HKU5-CoV-2 evoluísse para uma forma mais infecciosa em humanos.

A linhagem original do HKU5 foi descoberta em 2014, pelo pesquisador Jing Chen, do Instituto de Virologia de Wuhan, na China. Até o momento, não houve evolução significativa que indicasse risco de pandemia.


Conclusão

Embora a descoberta do HKU5-CoV-2 gere preocupação e exija monitoramento contínuo, não há evidências concretas de que ele possa causar uma nova pandemia no momento.

O Carnaval no Brasil traz desafios sanitários, mas o principal alerta segue sendo para doenças já em circulação, como a Covid-19, a gripe aviária e outras infecções respiratórias.

A ciência segue atenta, mas, por enquanto, não há motivos para pânico, apenas para reforçar o monitoramento e a vigilância epidemiológica global.

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