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Atualidades

Hospitais privados sofrem com R$ 5,8 bilhões em glosas e cobram revisão na relação com operadoras de saúde

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Levantamento da Anahp mostra que quase 16% dos pagamentos foram retidos em 2024, comprometendo investimentos e a sustentabilidade dos serviços hospitalares

A retenção de pagamentos por parte das operadoras de saúde — prática conhecida como glosa — atingiu níveis alarmantes em 2024, segundo dados divulgados pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp). De acordo com o levantamento, os hospitais deixaram de receber R$ 5,8 bilhões em valores referentes a procedimentos realizados, o que representa 15,89% do total faturado ao longo do ano.

Esse índice é quatro pontos percentuais maior que em 2023, e levanta sérias preocupações sobre a sustentabilidade financeira do setor hospitalar privado no Brasil.

Glosas: justificativas x excesso

A pesquisa da Anahp foi realizada entre 21 de janeiro e 28 de fevereiro de 2025, com a participação de 85 hospitais associados. Dentre as contas glosadas, apenas 1,96% foram consideradas justificáveis, ou seja, resultaram de erros ou inconsistências legítimas nos processos assistenciais ou administrativos. Isso indica que a maior parte das glosas teve caráter questionável ou excessivo, segundo os hospitais.

Essa prática de glosas sistemáticas compromete diretamente o fluxo financeiro dos hospitais e, por consequência, sua capacidade de manter e expandir a oferta de serviços à população.

Impacto direto na assistência

O levantamento também revelou que o saldo de provisão para devedores — uma espécie de reserva que os hospitais mantêm para lidar com atrasos e inadimplências — cresceu para R$ 1,8 bilhão em 2024, contra R$ 1,4 bilhão no ano anterior.

Em consequência desse cenário, 41,7% dos hospitais entrevistados afirmaram ter sido obrigados a reduzir investimentos planejados. Essa contenção de recursos afeta diretamente áreas essenciais como:

  • Expansão de leitos;
  • Modernização da infraestrutura;
  • Aquisição de novos equipamentos;
  • Capacitação de equipes médicas.

Uma relação que precisa ser revista

Para o diretor-executivo da Anahp, Antônio Britto, o problema vai além dos números. “O setor hospitalar depende, em grande parte, dos repasses das operadoras para manter suas atividades. As glosas, quando utilizadas de forma sistemática para retenção de recursos, afetam toda a cadeia, incluindo fornecedores e serviços de medicina diagnóstica”, afirma.

Britto reforça que o direito de revisar e auditar procedimentos é legítimo, mas deve ser feito com transparência e responsabilidade, de modo a não inviabilizar a operação dos hospitais.

Operadoras lucram, mas hospitais sangram

Os dados do relatório ganham ainda mais peso diante dos bons resultados financeiros recentes das operadoras de saúde, conforme divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O setor de planos de saúde apresentou, em 2024, o melhor desempenho financeiro dos últimos cinco anos.

Para Britto, é essencial que esses ganhos sejam compartilhados de maneira equilibrada em toda a cadeia da saúde. “A sustentabilidade da saúde suplementar depende da saúde financeira dos hospitais. Não é possível manter um sistema eficiente se os prestadores de serviço não recebem pelos atendimentos realizados”, conclui.


Reflexão: o futuro da saúde suplementar em xeque?

O aumento das glosas e a insatisfação dos hospitais privados sinalizam a urgência de um novo modelo de relação entre operadoras e prestadores. Em um momento em que se discute cada vez mais a importância da eficiência, da qualidade assistencial e da humanização, a sustentabilidade financeira dos hospitais é peça-chave para garantir o acesso da população a serviços de saúde de alto nível.

Mais do que nunca, é preciso repensar os mecanismos de regulação, auditoria e remuneração no setor da saúde suplementar. O equilíbrio entre operadoras e prestadores é não apenas uma questão contábil — é uma questão de saúde pública.

Atualidades

Total Care implementa tecnologia interativa para personalizar atendimento de pacientes internados

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O serviço inovador tem gerado um impacto positivo significativo na gestão do atendimento aos pacientes internados. “Com o uso de tablets, os pacientes podem fazer solicitações diretamente do seu leito sem precisar acionar a equipe de enfermagem ou interromper o fluxo de trabalho. Isso contribui para um atendimento mais ágil e eficiente, otimiza o tempo das equipes e garante que os pacientes tenham mais autonomia no ambiente hospitalar, o que resulta em uma experiência mais satisfatória e confortável”, explica Francileuda Lima Caminha Dias, Diretora Executiva de Operações da Rede Total Care.

Por meio do dispositivo, que funciona de forma intuitiva e é de fácil acesso, o serviço permite que os pacientes façam solicitações diretamente do quarto, como pedidos de alimentação, serviços de limpeza, manutenção e chamadas para a enfermagem e outros itens essenciais, com apenas alguns toques na tela. “Em um cenário onde a tecnologia se alia à humanização do atendimento, essa inovação se destaca como uma solução prática, trazendo benefícios especialmente para os pacientes, que passam ainda mais a participar ativamente do seu próprio cuidado. Além disso, toda a estrutura assistencial se torna mais moderna, ágil e eficiente”, destaca David Matos, Diretor de Inteligência de Negócios.

O Total Pad, como foi batizada a ferramenta, também otimiza a rotina dos profissionais de saúde, pois garante uma gestão mais eficiente de suas demandas, já que elas são registradas e encaminhadas em tempo real à equipe de enfermagem e de suporte. “Dessa forma, os atendimentos são priorizados e garantimos que ocorram de maneira estruturada, reduzindo deslocamentos desnecessários e a continuidade dos serviços prestados”, complementa.

Com os mais altos protocolos de segurança, incluindo proteção de dados dos pacientes e confiabilidade dos registros, o Total Pad já está em operação no Hospital Vitória Anália Franco, em São Paulo, e tem previsão de implementação no Hospital Luz Vila Mariana ainda em abril. A expectativa é expandir a ferramenta para todas as unidades da rede ao longo do ano.

Benefícios

Para os pacientes, a principal vantagem é a facilidade de comunicação com os serviços hospitalares. Ao solicitar o que precisa de forma rápida, eles sentem-se mais independentes e menos dependentes da interação com a equipe hospitalar, o que, além de melhorar o conforto, também reduz a sensação de isolamento.

E para os profissionais de saúde, o Total Pad oferece uma gestão mais eficiente das demandas, permitindo que as solicitações sejam registradas e encaminhadas de forma mais organizada. Isso resulta em um atendimento mais ágil e em maior produtividade para a equipe enfermagem e de suporte, que pode priorizar as ações com base nas solicitações registradas em tempo real.

Primeiros Resultados

Desde a implementação do Total Pad no hospital paulista, já foram registradas mais de 3.500 solicitações atendidas. Pesquisas internas com os pacientes também indicam um impacto positivo, com uma taxa de satisfação de 4,85 – levando em consideração que a nota mínima de avaliação é zero e a máxima é cinco.

Além de melhorar a eficiência operacional, o Total Pad também tem proporcionado uma comunicação mais fluida entre pacientes e equipes de atendimento. A tecnologia facilita a gestão de pedidos e solicitações, permitindo que os hospitais monitorem e atendam a demandas de forma mais assertiva e em tempo real”, conclui David Matos.

Com isso, os hospitais da Rede Total Care conseguem aumentar a qualidade do atendimento, reduzir erros operacionais e melhorar a satisfação dos pacientes, que se beneficiam de um ambiente mais tecnológico e humanizado. Essa inovação também representa um passo importante em direção à modernização do setor hospitalar, alinhando-se às necessidades da era digital, sem perder de vista a importância do cuidado e do bem-estar do paciente.

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Unimed Sorocaba e MV Celebram 15 Anos de Parceria Transformadora em Saúde Digital

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Celebrar 15 anos de parceria entre a Unimed Sorocaba e a MV é mais do que comemorar uma data: é reconhecer uma trajetória sólida construída com base na confiança, inovação constante e um compromisso firme com a excelência na assistência à saúde.

Ao longo desse período, ambas as organizações enfrentaram os desafios complexos do setor de saúde com coragem e visão estratégica. O foco sempre foi o mesmo: proporcionar aos pacientes uma experiência mais segura, integrada e eficiente, elevando o padrão dos serviços prestados.

Inovação e Tecnologia como Pilar da Transformação

Essa caminhada conjunta resultou em avanços significativos na saúde digital. A implementação de uma plataforma tecnológica robusta transformou a gestão assistencial e administrativa da cooperativa, promovendo interoperabilidade dos sistemas e uso inteligente de dados. Essa modernização digital permitiu ganhos reais em qualidade do atendimento, eficiência operacional e sustentabilidade do cuidado, reforçando a posição da Unimed Sorocaba como referência em gestão inovadora.

Compromisso Contínuo com a Evolução

Pedro Marocco, Diretor Regional da MV em São Paulo, expressa gratidão pela parceria duradoura: “Agradecemos à Unimed Sorocaba pela relação de confiança construída ao longo desses anos. Seguimos juntos, evoluindo e inovando, com o compromisso de fortalecer ainda mais essa aliança que é referência no setor de saúde.”

Rumo a Novas Conquistas

A parceria entre MV e Unimed Sorocaba é exemplo de como a colaboração estratégica e o investimento em tecnologia podem impulsionar a transformação do setor de saúde, beneficiando pacientes e profissionais. Com olhos no futuro, ambas as organizações estão preparadas para continuar inovando e conquistando resultados ainda mais expressivos em prol da saúde de qualidade.

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Novo Projeto de Lei Propõe Inclusão de Antidepressivos Essenciais no SUS e Criação de Programa Nacional de Acompanhamento

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O Projeto de Lei 387/25, atualmente em análise na Câmara dos Deputados, busca transformar o tratamento dos transtornos mentais no Brasil ao incluir medicamentos antidepressivos na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) do Sistema Único de Saúde (SUS). Com isso, medicamentos como escitalopram, sertralina, venlafaxina, mirtazapina e bupropiona poderão ser distribuídos gratuitamente a pacientes com prescrição médica válida em todo o país.

Monitoramento e Suporte para Tratamento Seguro e Eficaz

Além da inclusão dos medicamentos, o PL propõe a criação do Programa Nacional de Acompanhamento Psicofarmacológico, destinado a garantir o uso responsável e efetivo dos antidepressivos na rede pública. O programa prevê capacitação especializada para os profissionais de saúde, integração de terapias complementares e supervisão contínua da segurança e eficácia dos tratamentos oferecidos.

Medidas Complementares para Fortalecer a Saúde Mental

O projeto também contempla ações estratégicas para ampliar o impacto da iniciativa, incluindo campanhas educativas sobre saúde mental, incentivo à produção nacional de antidepressivos e monitoramento rigoroso dos resultados da política pública.

Segundo o deputado Acácio Favacho (MDB-AP), autor do projeto, “essa medida será um avanço decisivo para reduzir o impacto dos transtornos mentais no Brasil, promovendo o bem-estar da população e reforçando o compromisso com a saúde pública.”

Próximos Passos para a Aprovação

A proposta segue para análise conclusiva nas comissões de Saúde, Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Para entrar em vigor, precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

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