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Rede Américas: Dasa e Amil oficializam joint venture e miram liderança hospitalar com rede imparcial e eficiente

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Nova empresa nasce com 25 hospitais, 4.500 leitos e receita de R$ 10,6 bilhões; movimento já provoca reações de operadoras concorrentes.

A união dos ativos hospitalares da Dasa e da Amil foi oficialmente concluída com o lançamento da nova empresa Ímpar Serviços Hospitalares, que adota a marca Rede Américas para consolidar sua presença no mercado de saúde suplementar. A joint venture reúne 25 hospitais em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, com cerca de 4.500 leitos e R$ 10,6 bilhões em receita líquida anual, posicionando-se como uma das maiores redes independentes do Brasil.

A operação, anunciada em junho de 2024, já demonstra seus efeitos no mercado. Segundo o CEO da Dasa e agora também da Rede Américas, Lício Cintra, operadoras de saúde começaram a lançar planos que incluem exclusivamente os hospitais do novo grupo — deixando de lado concorrentes como a Rede D’Or. “Temos visto uma resposta imediata das fontes pagadoras. O mercado entendeu que entregamos uma solução de capilaridade e eficiência sem o conflito de interesses de uma rede verticalizada”, afirma Cintra.

Imparcialidade como estratégia

Um dos pilares estratégicos da Rede Américas é sua imparcialidade frente às operadoras de planos de saúde. O grupo se apresenta como uma rede hospitalar não verticalizada, aberta à parceria com todas as operadoras, o que, segundo Cintra, oferece liberdade e confiança ao setor. “Queremos ser uma rede hospitalar que atenda a todas, com isonomia e eficiência, sem favorecimentos”, destaca o executivo.

A governança também foi fortalecida: o conselho de administração será composto por nove membros, com três indicados por cada sócio (Amil e Dasa) e três independentes, como Flavia Buarque Almeida, Antonio Quintella e Pedro Wongtschowski. A presidência do conselho será de Dulce Pugliese de Godoy Bueno, fundadora da Amil.

Resultados e sinergias

Com a união, o grupo já colhe os primeiros frutos. O Ebitda proforma de 2024 está estimado em R$ 998 milhões, 28% acima do ano anterior, refletindo avanços em eficiência operacional. A alavancagem, inicialmente projetada em 5,0x, caiu para 3,15x, com reestruturações na dívida e aporte de R$ 350 milhões por parte da Amil.

Entre os hospitais de referência do grupo estão o Nove de Julho e o Leforte Morumbi (SP), Hospital São Lucas e Americas Medical City (RJ), e o Samaritano Higienópolis, da antiga rede Amil.

A empresa também avalia a incorporação futura de ativos como o Hospital São Domingos (MA), Hospital da Bahia e a AMO, especializada em oncologia, com foco na expansão controlada para o Nordeste e reforço da atuação oncológica.

Pressão sobre glosas e prazos

Cintra afirma que um dos principais focos da nova gestão será a negociação com operadoras para melhorar prazos de pagamento e reduzir glosas indevidas, desafios históricos enfrentados pelos hospitais. “Ou temos uma relação sustentável com prazos aceitáveis e índices de glosa corretos, ou não temos interesse em continuar atendendo”, afirmou em tom firme.

Desafios superados

A criação da joint venture também representa uma virada estratégica para a Dasa, que até meados de 2023 enfrentava pressão intensa sobre sua alavancagem financeira. “Havia risco de quebra de covenant e vencimento antecipado das dívidas. Passados pouco mais de um ano, tiramos a ‘faca do pescoço’ e ganhamos fôlego para operar com foco”, avaliou Cintra.

Com o fechamento da operação, a Dasa deixa de consolidar a Ímpar em seus balanços e passa a contabilizá-la pelo método de equivalência patrimonial. Rafael Lucchesi, atual head de diagnósticos, assume como novo CEO da Dasa a partir de julho, enquanto Cintra permanece à frente da Rede Américas.

Perspectiva

A joint venture entre Dasa e Amil redefine o mapa da saúde suplementar no Brasil, ao criar uma alternativa robusta à liderança da Rede D’Or. O modelo não verticalizado, a governança independente e a busca por eficiência e parcerias sustentáveis marcam o início de uma nova fase para o setor hospitalar privado — e os movimentos do mercado já indicam que a Rede Américas chegou para competir em alto nível.

Fonte: https://www.bloomberglinea.com.br/negocios/dasa-e-amil-operadoras-ja-reagem-a-operacao-conjunta-de-hospitais-diz-ceo/?utm_content=CTA&utm_medium=organic&utm_source=linkedin

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Hospital Geral do Grajaú recebe certificação internacional Diamante no combate ao AVC

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Reconhecimento concedido pela WSO destaca excelência no atendimento rápido, seguro e eficaz a pacientes com Acidente Vascular Cerebral

O Hospital Geral do Grajaú (HGG) acaba de receber o status Diamante no WSO Angels Award, certificação concedida pela World Stroke Organization às instituições de saúde que se destacam globalmente no atendimento ao acidente vascular cerebral (AVC). Esse é o mais alto nível de reconhecimento da premiação, sinalizando excelência em desempenho clínico, agilidade no diagnóstico e eficácia no tratamento.

A conquista é um reflexo direto do trabalho comprometido da equipe assistencial do HGG, que tem priorizado intervenções rápidas e precisas em situações de emergência. Para alcançar o status Diamante, o hospital atendeu indicadores internacionais rigorosos, como:

  • 90% dos pacientes com suspeita de AVC sendo submetidos a tomografia ou ressonância em até 25 minutos;
  • 75% dos pacientes com AVC isquêmico recebendo trombólise intravenosa em menos de 60 minutos.

Segundo Thiago Rizzo, gerente médico do hospital, a certificação é mais do que um selo de qualidade — é uma garantia de que vidas estão sendo salvas com protocolos clínicos baseados em evidências e agilidade decisiva:

“Essa conquista valida a eficiência e a segurança clínica do nosso atendimento. A consequência é um cuidado mais qualificado e com maiores chances de recuperação para o paciente acometido por uma das doenças mais letais e incapacitantes do país.”

Uma das mudanças estruturais que contribuíram para esse avanço foi a reconfiguração do fluxo de atendimento. Agora, as imagens dos pacientes são analisadas dentro da própria sala de tomografia, permitindo que o tratamento com trombolítico — responsável por dissolver os coágulos — seja iniciado de forma imediata, sem a necessidade de retorno à emergência.

O desafio do AVC no Brasil

Dados do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil revelam que o AVC já foi responsável pela morte de um brasileiro a cada sete minutos em 2025. A World Stroke Organization (WSO) alerta que, globalmente, a cada 30 minutos um paciente com AVC que poderia ser salvo, morre ou fica incapacitado por não ter recebido o tratamento correto no tempo adequado.

Com a certificação WSO Angels Award Diamante, o HGG se consolida como referência em protocolos internacionais de excelência no cuidado com o AVC, reafirmando seu compromisso com a vida, a inovação e a qualidade da assistência em saúde.

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Brasil tem papel de destaque na aprovação histórica do Acordo de Pandemias da OMS

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Durante a 78ª Assembleia Mundial da Saúde, o Brasil votou favoravelmente e ajudou a articular consensos em temas estratégicos. Novo tratado fortalece a preparação global para futuras emergências sanitárias.

O Brasil teve participação de protagonismo na aprovação do Acordo de Pandemias, marco internacional adotado nesta terça-feira (20) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), durante a 78ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra. O tratado estabelece compromissos legais e concretos entre os países para responder de forma mais equitativa, coordenada e eficaz a futuras emergências de saúde pública — aprendizados fundamentais após a pandemia de COVID-19.

Com 124 votos favoráveis e nenhuma oposição, o acordo agora segue para implementação nacional, dependendo da ratificação por parte dos países signatários.

Participação ativa do Brasil

O Brasil ocupou a vice-presidência do Órgão de Negociação Intergovernamental (INB) e atuou como copatrocinador da resolução que encaminha os próximos passos para que o acordo entre em vigor. Durante os três anos de negociação, a delegação brasileira contribuiu para consensos em temas sensíveis, como:

  • Transferência de tecnologia para países em desenvolvimento
  • Financiamento solidário
  • Inclusão de populações vulneráveis
  • Criação do sistema PABS (Sistema de Acesso e Repartição de Benefícios de Patógenos)

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Mariângela Simão, ressaltou o papel estratégico do Brasil:

“Contribuímos para facilitar consensos em pontos críticos, especialmente aqueles relativos à cooperação, ao financiamento e ao futuro PABS. Agora, é fundamental avançar com rapidez para a conclusão desse sistema.”

O que prevê o Acordo de Pandemias?

O novo tratado internacional cria obrigações legais para os países signatários em áreas como:

  • Redução das desigualdades no acesso a vacinas, medicamentos e insumos
  • Fortalecimento da produção local
  • Proteção e valorização dos profissionais da saúde
  • Repartição justa de benefícios derivados de dados genéticos de patógenos
  • Inclusão de grupos historicamente marginalizados, como povos indígenas, pessoas com deficiência e populações vulneráveis

Para o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, o acordo representa uma conquista coletiva:

“Ele garantirá que, coletivamente, possamos proteger melhor o mundo contra futuras ameaças pandêmicas.”

Um novo ciclo de cooperação global

A aprovação do Acordo de Pandemias não encerra um processo, mas inaugura uma nova fase de solidariedade, vigilância e preparação conjunta para desafios sanitários globais. O Brasil reafirma seu compromisso com os princípios de equidade, direitos humanos e desenvolvimento sustentável, assumindo um papel de liderança ética e técnica no cenário internacional da saúde.

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Ministério da Saúde seleciona iniciativas inovadoras para fortalecer o SUS

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Chamada pública do Laboratório de Inovação em Saúde busca reconhecer e difundir boas práticas vinculadas ao Programa Mais Médicos. Inscrições abertas até 13 de junho.

O Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), lançou oficialmente o Laboratório de Inovação em Saúde do Programa Mais Médicos (PMM), uma iniciativa que visa identificar, sistematizar e divulgar ações inovadoras que estejam promovendo melhorias concretas nos serviços e processos de trabalho no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

A chamada pública foi anunciada durante o Seminário Marco Zero das Pesquisas de Provimento para o SUS, realizado em Brasília nos dias 19 e 20 de maio. As inscrições para participação estão abertas até 13 de junho de 2025, exclusivamente por meio do sistema eletrônico disponível no edital oficial.

Quem pode participar?

O edital está aberto a médicos vinculados ao Programa Mais Médicos, gestores municipais de saúde e membros das equipes de Saúde da Família ou da Atenção Primária, desde que contenham profissionais do programa em sua composição.

As experiências devem ser inscritas em um dos seguintes cinco eixos temáticos:

  1. Fortalecimento do vínculo territorial e longitudinalidade no cuidado
  2. Participação popular e abordagem comunitária
  3. Integralidade e ampliação do escopo de ações na Atenção Primária à Saúde (APS)
  4. Promoção da equidade no cuidado a populações específicas
  5. Integração ensino-serviço e desenvolvimento da formação em saúde

Reconhecimento e visibilidade

As iniciativas selecionadas receberão certificados de reconhecimento e terão suas experiências divulgadas em publicações técnicas, plataformas digitais e vídeos institucionais, contribuindo para inspirar outras equipes de saúde em todo o país.

Segundo Grasiela Damasceno, coordenadora-geral de Planejamento e Avaliação para Profissionais do SUS, “o objetivo é trazer visibilidade às práticas bem-sucedidas que estão sendo realizadas pelos profissionais do Programa Mais Médicos e promover sua replicabilidade em outras regiões”.

Marco para avaliação de políticas públicas

O lançamento do edital foi feito durante o Seminário Marco Zero, que marca a retomada do ciclo de monitoramento e avaliação de políticas de provimento. O evento reuniu pesquisadores, gestores e representantes de instituições acadêmicas, com o objetivo de fomentar a produção de conhecimento aplicado à fixação e valorização dos profissionais no SUS.

“O Seminário é um marco para fortalecer a gestão do conhecimento no Programa Mais Médicos e pensar em estratégias baseadas em evidências para levar saúde às populações mais vulneráveis”, afirmou Felipe Proenço, secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.

Como se inscrever?

As inscrições devem ser realizadas por meio do portal oficial do Ministério da Saúde até o dia 13 de junho. As propostas precisam detalhar objetivos, metodologia, resultados alcançados, recursos utilizados e impactos observados.

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