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Inovação

Bristol Myers, Sírio-Libanês e EY se unem para inovar acesso à oncologia

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A biofarmacêutica global Bristol Myers Squibb (BMS), o Hospital Sírio-Libanês e a consultoria EY reúnem as suas expertises para inovar e propor mais sustentabilidade ao tratamento oncológico. O projeto HOP, que teve início em outubro, visa implementar métricas e diretrizes para agregar valor à jornada de pacientes com câncer de pulmão. Essa é a primeira fase do projeto que tem como objetivo permitir a validação de novos modelos de contratos baseados em valor entre farmacêuticas e sistemas de saúde.

Com uma tecnologia que possibilita mensurar os desfechos dos tratamentos utilizados, será possível acelerar ou permitir o acesso em mercados estabelecidos e emergentes, o que acabará por beneficiar cada vez mais pacientes, sistemas de saúde e toda a cadeia envolvida. A plataforma Health Outcomes Platform (ou HOP), desenvolvida pela EY, irá capturar dados de diferentes fontes de registro, integrando sistemas de forma estruturada e segura para entender quais condutas fazem mais sentido para o tratamento de condições específicas, como o câncer de pulmão, otimizando os custos e resultados. Com duração de 9 meses, além de análise retroativa de dados do último ano, a primeira fase terá seus resultados avaliados pela BMS. Os pacientes envolvidos terão a identidade e os dados pessoais protegidos ao longo de toda a jornada, uma vez que a plataforma tratará todas as informações de forma anonimizada.

Globalmente, essa é a primeira implementação da ferramenta em parceria com Bristol Myers Squibb. “Estamos entusiasmados com a parceria com o Hospital Sírio-Libanês e a EY. Através desse projeto pioneiro, esperamos fornecer uma base para o cálculo de preços e pagamentos de tratamentos vinculados aos resultados dos pacientes no Brasil, abordando concretamente incertezas que impactam o acesso a medicamentos e a sustentabilidade do nosso sistema de saúde, destaca Roger Miyake, Diretor de Acesso ao Mercado e Relações Governamentais da BMS Brasil.

Para o Sírio-Libanês, este é mais um passo rumo a um modelo de gestão que se baseia em “value-based heatlh care”, que determina a remuneração com base no desfecho clínico, além de fomentar a transformação digital e inovação dentro da instituição. “O Sírio-Libanês tem investido muito em criar modelos de gestão em saúde que atendam às crescentes demandas da população. Nossas pesquisas avaliam não só os melhores tratamentos, mas também como usar os avanços tecnológicos e a inteligência artificial para analisar dados que permitam entregar mais valor aos nossos pacientes”, explica Dr. Luiz Fernando Lima Reis, diretor de ensino e pesquisa do Sírio-Libanês.

“É importante montar uma rede integrada com parceiros para fazer um diagnóstico precoce e acompanhar toda a jornada de cuidados desse paciente, com uma tecnologia que possibilita mensurar o custo e os desfechos dos tratamentos. O monitoramento digital do tratamento é muito relevante dentro dos novos modelos de ecossistema de saúde que temos discutido”, explica Leandro Sanches, sócio-líder de Consultoria para o Setor de Saúde da EY para o Brasil e a América do Sul.

Atualidades

USP Desenvolve Sistema Nanotecnológico para Remover Medicamentos da Água Potável e Proteger o Meio Ambiente

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Pesquisadores da Escola Politécnica da USP criaram uma tecnologia inovadora que promete acelerar a degradação de medicamentos, como o paracetamol, presentes em águas residuais e, potencialmente, na água potável. O avanço usa nanomateriais dopados para ampliar a eficiência da fotocatálise, processo que utiliza luz ultravioleta para decompor contaminantes orgânicos.

O paracetamol, amplamente consumido no Brasil com cerca de 500 toneladas anuais, está presente em níveis nanométricos em rios e lagos, representando um desafio crescente para o tratamento de água. Douglas Gouvêa, coordenador do Laboratório de Processos Cerâmicos da Poli-USP, explica que o segredo está na manipulação precisa de nanopartículas de óxido de zinco (ZnO), um semicondutor que, quando “dopado” com cloro, potencializa a reação fotocatalítica sob luz solar.

“Controlar a dopagem do cloro permite aumentar a condutividade elétrica e a reatividade do material, acelerando a degradação do paracetamol e outros poluentes,” detalha Gouvêa. A inovação reside na técnica de lixiviação seletiva, que remove o excesso de cloro da superfície das partículas, concentrando-o nas extremidades e otimizando seu efeito catalítico.

Utilizando ondas ultrassônicas para incorporar o cloro ao ZnO e um rigoroso processo de centrifugação, os cientistas garantem uma eficiência até três vezes maior na decomposição dos micropoluentes em laboratório. André Luiz da Silva, coautor do estudo, reforça que essa nanotecnologia aplicada na escala nanométrica permite maior exposição da superfície reativa, essencial para a fotocatálise.

Os pesquisadores utilizam espectroscopia para analisar a estrutura dos materiais e confirmar a posição do cloro após a lavagem seletiva, assegurando o funcionamento ideal do catalisador. Apesar do uso de substâncias químicas potencialmente tóxicas no processo, a tecnologia é segura, pois os materiais não participam diretamente das reações químicas e não se incorporam aos poluentes.

Aplicações Futuras e Impacto Ambiental

A técnica, publicada na revista ACS Applied Nano Materials, pode ser aplicada em sistemas de tratamento de água residuais para reduzir a contaminação por fármacos antes que eles atinjam os ecossistemas naturais. Os cientistas planejam testar o método para eliminar herbicidas como o glifosato, cuja concentração já se aproxima dos limites seguros definidos para consumo.

“Esse avanço representa um passo fundamental para proteger a saúde pública e o meio ambiente, ao combater a presença silenciosa de poluentes orgânicos na água,” afirma Gouvêa.

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Hospital São Francisco Desenvolve App para Registro Ágil da Evolução do Paciente à Beira-Leito

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Com o objetivo de agilizar e tornar mais eficiente o registro da evolução dos pacientes internados, a equipe de Tecnologia da Informação (TI) do Hospital São Francisco na Providência de Deus (HSF-RJ) desenvolveu um aplicativo inovador. Utilizado via tablet, o app está totalmente integrado ao sistema operacional do hospital, permitindo a inserção de informações em tempo real, diretamente no momento do atendimento à beira-leito.

Michelle Estefânio, gerente de enfermagem do HSF, explica a motivação por trás da solução:
“Registrar a evolução do paciente no prontuário é rotina, mas o processo envolvia muita burocracia. Precisávamos facilitar essa etapa para que os profissionais pudessem dedicar mais atenção ao paciente.”

A ferramenta entrou em operação no último dia 12 de maio, data que marca o Dia Internacional da Enfermagem, simbolizando um avanço na modernização da assistência hospitalar. Para o diretor executivo, Márcio Nunes, o projeto reflete a escuta ativa das necessidades da equipe de enfermagem:
“Simplificar processos sem abrir mão da segurança e qualidade da informação é investir no bem-estar do paciente e na valorização da linha de frente.”

Como Funciona o Aplicativo

O app permite o registro dinâmico e intuitivo de dados essenciais como sinais vitais, administração de medicamentos e balanço hídrico diretamente no prontuário eletrônico. Campos estruturados com checkboxes e textos pré-formatados diminuem drasticamente o tempo de digitação, mantendo a conformidade com normas do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), auditorias e exigências legais.

Além disso, a ferramenta possibilita o registro por imagens: a câmera do tablet é ativada para confirmar o uso correto dos medicamentos prescritos, reforçando a segurança do processo. Pietro Lima, desenvolvedor da equipe de TI, destaca essa funcionalidade como um diferencial importante.

Michelle ressalta o valor do aplicativo para a equipe:
“É um presente para os profissionais durante a Semana da Enfermagem, oferecendo uma ferramenta que torna o cuidado mais humano e menos burocrático.”

Inicialmente implantado na Unidade de Terapia Intensiva, que atende pacientes crônicos e de alta complexidade, o app deverá ser expandido gradualmente para outros setores do hospital, promovendo um padrão de registro mais ágil, centrado no paciente e próximo da rotina dos profissionais.

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Casa de Saúde Menino Jesus de Praga Inova com Central de Monitoramento Remoto e Revoluciona Cuidados a Pacientes Neurológicos

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A Casa de Saúde Menino Jesus de Praga, referência no atendimento a pacientes com deficiências e lesões neurológicas de média e alta complexidade, implementou uma Central de Monitoramento Remoto de sinais vitais que transforma a segurança e a eficiência do cuidado assistencial.

Antes, a equipe precisava localizar fisicamente o paciente após o disparo de um alarme, o que provocava atrasos críticos. Com o novo sistema, é possível identificar instantaneamente o paciente em risco, sua localização exata e a gravidade da alteração dos sinais vitais — reduzindo o tempo de resposta de até 1 minuto e 25 segundos para apenas 2,5 a 5 segundos.

A Central integra 16 monitores multiparâmetros, permitindo acompanhamento contínuo e ininterrupto, com destaque para a rápida detecção de crises convulsivas — a intercorrência mais frequente na instituição. Essa tecnologia potencializa a colaboração entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas respiratórios, que atuam agora de forma coordenada e preventiva.

Além disso, a visão integrada do estado clínico permite prever os profissionais necessários para cada atendimento, otimizando a mobilização da equipe. Para fortalecer a qualidade do atendimento, foi adotado o Documento de Conduta para Tomada de Decisão com Suporte do SAMU, que registra detalhadamente cada intercorrência, facilitando a rastreabilidade e análises estratégicas para o aprimoramento contínuo.

Apesar do impacto expressivo, o investimento foi baixo, aproveitando os monitores já existentes e contando com suporte do fabricante para integração dos sistemas, além da aquisição de equipamentos adicionais como computador e TV.

Diante do sucesso, a Casa de Saúde já ampliou o monitoramento para áreas como salão de terapias e consultórios médicos. O próximo passo será expandir o sistema para pacientes de baixa complexidade, utilizando dispositivos vestíveis e inteligência artificial para análise preditiva, elevando ainda mais a qualidade e segurança dos cuidados clínicos.

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