Conecte-se conosco

Atualidades

Dia internacional da epilepsia: 4 novos tratamentos que prometem melhorar a vida do paciente

Publicado

em

Neurocirurgião explica sobre as alternativas mais modernas para o controle da doença

ROCHESTER, Minnesota —  A epilepsia é um distúrbio neurológico no qual as atividades cerebrais se tornam anormais, causando convulsões ou períodos de comportamento e sensações incomuns e, ocasionalmente, perda de consciência. Qualquer pessoa pode desenvolver epilepsia e a doença afeta homens e mulheres de todas as raças, etnias e idades.  Estima-se que cerca de 3 milhões de brasileiros sofram com a doença, de acordo com a Liga Brasileira de Epilepsia. 

No Brasil  a maioria dos pacientes utiliza apenas a medicação como forma de tratamento, entretanto mesmo com uma evolução dos  medicamentos para epilepsia, o seu uso pode ocasionar efeitos colaterais significativos  e também podem se mostrar ineficazes a depender da área do cérebro afetada. 

Uma outra opção comumente utilizada  é uma cirurgia que consiste em remover a parte do cérebro que causa as convulsões,  essa alternativa é escolhida sobretudo em casos quando a epilepsia é desenvolvida mais tarde na vida adulta em um local do cérebro no qual os remédios não fazem efeito . Nesses casos a cirurgia apresenta resultados bastante satisfatórios podendo melhorar 80 % dos casos , entretanto alguns efeitos como fortes dores de cabeça podem acontecer além de ser uma alternativa mais invasiva . 

Entretanto nos últimos anos as pesquisas em relação à doença evoluíram muito e já em muitos países utilizam-se novos tratamentos mais modernos e menos invasivos que podem ajudar um paciente a controlar a doença.

O neurocirurgião  Dr. Jamie Van Gompel, da Mayo Clinic, descreve as opções mais recentes de tratamento para além do uso da medicação e da cirurgia . “Os medicamentos para epilepsia melhoraram e continuam sendo a forma mais comum de tratá-la. O tratamento com medicamentos ou, ocasionalmente, a cirurgia pode controlar as convulsões para a maioria das pessoas com epilepsia porem a variedade de possibilidades de tratamento é muito maior agora”, diz o Dr. Van Gompel. 

Confira abaixo 4 tratamentos que já estão sendo utilizados nos Estados Unidos que prometem diminuir os efeitos da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente. 

  • Estimulação cerebral profunda. É um tratamento feito por meio do uso de um dispositivo colocado permanentemente dentro do cérebro. Esse dispositivo libera sinais elétricos programados regularmente que interrompem a atividade indutora das convulsões. Esse procedimento é orientado por ressonância magnética. O gerador que envia o sinal elétrico é implantado no tórax.
  • Neuroestimulação responsiva. Esses dispositivos implantáveis parecidos com marcapassos podem ajudar a reduzir significativamente a frequência da ocorrência das convulsões. Os dispositivos de estimulação responsiva analisam padrões de atividade cerebral para detectar convulsões logo no início e liberam uma carga elétrica ou um medicamento que interrompe a convulsão antes que ela provoque algum comprometimento. Pesquisas mostram que essa terapia tem menos efeitos colaterais e pode aliviar as convulsões a longo prazo. O dispositivo é colocado no crânio. 
  • Terapia térmica intersticial a laser (LITT). Essa opção é menos invasiva do que a cirurgia ressectiva. A terapia usa um laser para identificar e destruir uma pequena porção de tecido cerebral. Uma ressonância magnética é usada para orientar o laser.
  • Cirurgia minimamente invasiva. Novas técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, como o ultrassom focalizado guiado por ressonância magnética, se mostram promissoras para tratar convulsões com menos riscos do que a tradicional cirurgia cerebral aberta para a epilepsia.

“Conviver com a epilepsia pode gerar prejuízos na qualidade de vida de um paciente , prejuízos estes que podem afetar tanto sua vida pessoal quanto profissional. As convulsões geralmente produzem uma sensação de eterna insegurança. Estes tratamentos têm um efeito muito positivo, visto que antes que cheguem a etapa de descontrole da doença eles  entregam uma nova sensação de esperança. Vemos pacientes que utilizaram estes tratamentos e tiveram mudanças importantes em seu cotidiano,” completa  Dr. Van Gompel

O neurocirurgião alerta que a epilepsia é uma doença muito diversa. Cada paciente tem uma relação muito distinta com as convulsões, alguns pacientes podem durante as convulsões chegar ao risco de óbito pela falta de atividade respiratória, por isso ele ressalta que as pessoas com epilepsia devem consultar seu médico ou neurologista para encontrar o tratamento adequado e não hesitar em procurar uma segunda opinião em um centro de epilepsia, especialmente se tiverem efeitos colaterais relacionados à medicação ou continuarem a ter convulsões. “Os tratamentos para epilepsia estão mudando tão rapidamente que pode haver algo novo que possa ajudar.” 

As pesquisas na área continuam a se concentrar na prevenção ou predição (também conhecida como previsão de convulsões) e no tratamento das convulsões.“Acredito que nas próximas décadas, teremos entendimento suficiente da estimulação cerebral para talvez nunca mais removermos o tecido cerebral. Talvez possamos tratar o cérebro com comportamento indevido com eletricidade ou algum outro tratamento. Talvez possamos usar a aplicação de medicamento diretamente na área que a reabilite para torná-la funcional novamente. É isso que esperamos.”

Sobre a Mayo Clinic

A Mayo Clinic é uma organização sem fins lucrativos comprometida com a inovação na prática clínica, educação e pesquisa, fornecendo compaixão, conhecimento e respostas para todos que precisam de cura. Visite a Rede de Notícias da Mayo Clinic para obter outras notícias da Mayo Clinic.

Atualidades

Câmara aprova projeto que autoriza residentes a parcelarem férias

Publicado

em

Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que autoriza os médicos de programas de residência a fracionarem suas férias. A proposta segue para o Senado. A medida consta do Projeto de Lei 1732/22, da ex-deputada Soraya Manato. O texto foi aprovado em Plenário com parecer favorável do deputado Luizinho (PP-RJ), que apresentou pequenas mudanças.

A exemplo dos trabalhadores e servidores públicos, os médicos, quando participarem de programas de residência médica, passarão a poder fracionar os 30 dias de férias em períodos mínimos de 10 dias. Para esses médicos residentes, as férias são chamadas de repouso anual.

A rotina exigente dos residentes pode levar ao burnout e à exaustão, na opinião de Luizinho. “Comprometendo não apenas a saúde mental e física dos médicos, mas também a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.”

Segundo ele, o fracionamento das férias permitirá que esses profissionais tenham períodos de descanso menos espaçados e façam uma gestão mais flexível do tempo.

Outros profissionais

O texto de Luizinho especifica que os demais profissionais da área de saúde terão o fracionamento do repouso anual disciplinado em regulamento. Ele acatou emenda da deputada Adriana Ventura (Novo-SP). “Os profissionais de saúde merecem essa flexibilidade”, disse a deputada.

Durante o debate do projeto em Plenário, o deputado Eli Borges (PL-TO) defendeu a aprovação. “É o tipo de profissional que não tem dia, não tem hora e faz o seu trabalho de doação de vida para as pessoas”, declarou. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

Continue Lendo

Atualidades

Vuelo Pharma apresenta inovações no tratamento de feridas durante a Sobenfee 2024

Publicado

em

A empresa curitibana estará com stand exclusivo no evento, que ocorre em Salvador entre os dias 26 e 29 de novembro

A Vuelo Pharma, empresa curitibana especializada em produtos de healthcare com foco em skin care, wound care e wellness — self care,  marcará presença no Sobenfee 2024 — um dos maiores eventos de saúde e enfermagem do Brasil. 

O congresso, que acontece entre os dias 26 e 29 de novembro, será realizado em Salvador, na Bahia, e irá reunir o IX Congresso Brasileiro de Prevenção e Tratamento de Feridas, o II Congresso Brasileiro de Enfermagem Estética e o XV Congresso Iberolatinoamericano sobre Úlceras e Feridas – SILAUHE.

Com um stand exclusivo, a Vuelo Pharma irá expor e demonstrar seu portfólio de produtos, permitindo que os visitantes conheçam de perto as soluções que a empresa desenvolve para o tratamento de feridas e cuidados com a pele. 

“A nossa participação no evento reforça o compromisso da Vuelo com a disseminação de boas práticas e tecnologias de ponta para os profissionais de enfermagem, promovendo a saúde e o bem-estar por meio de produtos de alta qualidade e eficácia”, comenta Thiago Moreschi, CEO da Vuelo.

O Sobenfee 2024 promete reunir especialistas e profissionais renomados do Brasil e da América Latina para discutir uma ampla gama de temas, com destaque para políticas públicas de saúde, segurança do paciente, novas tecnologias em curativos, o papel das práticas integrativas no serviço público, e o impacto do letramento em saúde para a desospitalização de pacientes.

Também serão abordados tópicos críticos como o manejo de lesões em pacientes diabéticos, feridas oncológicas, e a importância dos ambulatórios públicos no atendimento de pacientes com feridas crônicas. “Certamente voltaremos com uma bagagem de aprendizado muito relevante, será uma ótima oportunidade”, finaliza o CEO.

Continue Lendo

Atualidades

Mitos e Verdades sobre Hipertensão Arterial – a popular pressão alta: o que é verdade e o que é erroneamente divulgado sobre a doença

Publicado

em

Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista do Sírio Libanês de Brasília, fala sobre a pressão alta, uma das doenças cardiovasculares mais comum entre os brasileiros

A hipertensão arterial – que é conhecida popularmente como “pressão alta” – afeta cerca de 27,9% da população brasileira (dados da Vigitel de 2023). E ainda que seja uma doença que atinge boa parte da população, ela é cercada de mitos e verdades que precisam ser esclarecidos. 

Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista e internacionalmente certificada em Medicina do Estilo de Vida esclarece os principais mitos e as suas verdades a respeito da hipertensão arterial:

Mito 1: “Hipertensão é uma doença que aparece apenas na terceira idade”

A verdade: Dra Fernanda Weiler explica que a hipertensão arterial antes era prevalente em pessoas mais velhas, no entanto, mudanças no estilo de vida – especialmente alimentação e sedentarismo – fizeram com que a doença aumentasse drasticamente inclusive na população mais jovem. “O aumento de consumo de ultraprocessados e a falta de atividade física – bastante comum inclusive em jovens – faz com que a pressão aumente, gerando em muitos um diagnóstico de hipertensão arterial”, diz a médica.

Mito 2: “Hipertensão não tem sintomas, por isso não precisa de tratamento”

A verdade: “Ainda que alguns pacientes sejam realmente assintomáticos, não significa que o organismo não corre riscos, pelo contrário: quem não sente os sintomas clássicos da hipertensão (dores de cabeça, tontura e mal-estar) pode evoluir para um diagnóstico ainda mais sério por conta da falta de tratamento”, explica Fernanda. 

Mito 3: “Basta cortar o sal e a pressão normaliza”

A verdade: “Não basta apenas cortar o sal das refeições e seguir se alimentando de ultraprocessados ricos em sódio”, fala a especialista. Para o melhor controle dos níveis pressóricos, além do cuidado com o sal é preciso controlar o que é consumido. Ultraprocessados são ricos em sódio e seu alto consumo pode manter elevada a pressão arterial. A preferência é consumir alimentos naturais e ricos em nutrientes.

Mito 4: “Medicamentos para hipertensão são sempre necessários e devem ser tomados para o resto da vida”

A verdade: Cada caso é um caso a ser avaliado individualmente. “Quando se fala em hipertensão arterial é preciso entender o quão elevada ela está. Casos de hipertensão leve podem – muitas vezes – ser tratados apenas com mudanças no estilo de vida, focando na alimentação saudável, na prática de atividade física e no controle de tóxicos, como tabagismo e etilismo. Outros casos mais severos podem pedir a intervenção medicamentosa mas, vale dizer, que mesmo quando há necessidade do uso de medicação, o paciente precisa melhorar a alimentação e a prática de exercícios. Apenas o remédio não vai, de fato, solucionar o problema, uma vez que a causa não é tratada”, afirma a doutora.

Mito 5: “Quem tem pressão normal não precisa se preocupar com hipertensão”

A verdade: “A pressão arterial varia em seu índice naturalmente ao longo do dia. Durante a prática esportiva ela é naturalmente mais elevada quando comparada ao organismo em repouso. E se ela é variável em atividades corriqueiras, por que não poderia mudar por conta dos hábitos de cada indivíduo?”, questiona a profissional, que continua: “Uma pessoa que passou anos com a pressão arterial considerada normal e que, por exemplo, interrompe as atividades físicas e passa a se alimentar com mais ultraprocessados podem, sim, desenvolver a hipertensão arterial. O mesmo pode acontecer com uma gestante que, a depender dos fatores, pode ter um aumento de pressão que seguirá mesmo depois do parto”, explica Fernanda. “O aconselhado é fazer medidas esporádicas de pressão e buscar ajuda de um especialista ao menor sinal de aumento. Muitas vezes o diagnóstico precoce faz a diferença no tratamento”, finaliza a médica.

Continue Lendo

Mais Vistos