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Atuação do farmacêutico clínico contribui para reduzir erros de medicação

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Erros no preparo e na administração de medicamentos são uma realidade ainda muito presente no dia a dia das instituições de saúde. De acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS), há uma estimativa de que falhas dessa natureza causam pelo menos uma morte todos os dias. Do ponto de vista econômico – ainda segundo a OMS, com base em informações de países que reportam esses dados –, esses custos relacionados a erros de medicação representam US$ 42 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 136 bilhões) por ano, sem considerar a subnotificação existente.

Esse é um problema amplo de saúde pública e evitar estas ocorrências envolve diversos fatores, como um ambiente de trabalho favorável ao profissional, para que ele possa prestar uma assistência segura, além de novas condutas e estratégias.

O Ministério da Saúde e o Conselho Federal de Farmácia (CFF) recomendam práticas multiprofissionais dentro do ambiente hospitalar, ou seja, profissionais de diferentes áreas atuando de maneira complementar, incluindo o farmacêutico. Diante disso, alguns hospitais estão implementando o serviço de farmácia clínica.

Nessa estrutura, o farmacêutico é responsável por promover o uso racional de medicamentos, por meio da revisão das prescrições médicas e do acompanhamento terapêutico, como ocorre no centro de infusão para terapia assistida no Rio de Janeiro (RJ), do CID Grupo, e em um pronto atendimento do Hospital Unimed de Chapecó (SC).

Qualidade no atendimento

No CID Grupo, uma equipe de farmacêuticas acompanhou, de janeiro a dezembro de 2022, o atendimento ambulatorial prestado aos pacientes pelo médico assistente e pelo farmacêutico clínico. O objetivo foi adequar o uso de medicamentos prescritos, seguindo as indicações do diagnóstico e as especificidades terapêuticas técnicas descritas em bula.

Durante o período pesquisado, houve 8.473 atendimentos. Desse total, 3,5% tiveram intervenções do farmacêutico em relação à prescrição do médico assistente, com uma taxa de adesão de 96,18%. A adequação de dose do medicamento foi identificada como a maior causa das intervenções em prescrições, representando 57,19%, seguida pela adequação do tempo de infusão (14,38%) e pela adequação de diluição (10,37%).

“Os resultados encontrados demonstram a importância da análise prévia da prescrição pelo farmacêutico, evitando que o desvio de qualidade atinja o paciente. Dessa forma, as intervenções farmacêuticas ajudam a minimizar os possíveis problemas, como reações adversas, subdosagem ou superdosagem, além de posologia divergente do preconizado pelas instituições regulatórias”, destaca Camila Neves de Freitas, farmacêutica e coordenadora de farmácia do CID Grupo.

Em Chapecó (SC), a atuação do farmacêutico clínico no pronto atendimento também evidenciou a importância do profissional na segurança do paciente. Um estudo realizado de janeiro a dezembro de 2022 demonstrou que as intervenções realizadas pelo farmacêutico clínico, que atuou junto à equipe interdisciplinar, geraram benefícios diretos para o paciente e para os profissionais.

Foram avaliadas 21.824 prescrições médicas, das quais 1.245 tiveram intervenções farmacêuticas. Ajustes na diluição representaram 37,6% de todas as intervenções realizadas, em 23% houve mudança da frequência da administração e em 30% foi realizado o ajuste de dosagem. “Erros relacionados à dose podem influenciar um desfecho desfavorável e potencialmente catastrófico, considerando que a dose está relacionada diretamente com a efetividade e toxicidade dos medicamentos”, explica Tatiana Aléssio Bianchi, coordenadora de Farmácia no Hospital Unimed Chapecó.

Os dois estudos sobre a intervenção do farmacêutico nas prescrições médicas podem ser conferidos na nova edição da Revista Science, publicada pelo do Instituto Qualisa de Gestão (IQG). A publicação traz artigos e estudos com diferentes abordagens a respeito do tema “Otimização da gestão da cadeia medicamentosa – Robustez e flexibilidade sustentadas por intervenções exitosas”.

Ainda sobre este tema, o IQG realizou o debate online “Estratégias para o uso seguro de medicamentos: evolução das práticas da farmácia clínica”. A gravação está disponível no Hospitalar Hub.

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Câmara aprova projeto que autoriza residentes a parcelarem férias

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Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que autoriza os médicos de programas de residência a fracionarem suas férias. A proposta segue para o Senado. A medida consta do Projeto de Lei 1732/22, da ex-deputada Soraya Manato. O texto foi aprovado em Plenário com parecer favorável do deputado Luizinho (PP-RJ), que apresentou pequenas mudanças.

A exemplo dos trabalhadores e servidores públicos, os médicos, quando participarem de programas de residência médica, passarão a poder fracionar os 30 dias de férias em períodos mínimos de 10 dias. Para esses médicos residentes, as férias são chamadas de repouso anual.

A rotina exigente dos residentes pode levar ao burnout e à exaustão, na opinião de Luizinho. “Comprometendo não apenas a saúde mental e física dos médicos, mas também a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.”

Segundo ele, o fracionamento das férias permitirá que esses profissionais tenham períodos de descanso menos espaçados e façam uma gestão mais flexível do tempo.

Outros profissionais

O texto de Luizinho especifica que os demais profissionais da área de saúde terão o fracionamento do repouso anual disciplinado em regulamento. Ele acatou emenda da deputada Adriana Ventura (Novo-SP). “Os profissionais de saúde merecem essa flexibilidade”, disse a deputada.

Durante o debate do projeto em Plenário, o deputado Eli Borges (PL-TO) defendeu a aprovação. “É o tipo de profissional que não tem dia, não tem hora e faz o seu trabalho de doação de vida para as pessoas”, declarou. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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Vuelo Pharma apresenta inovações no tratamento de feridas durante a Sobenfee 2024

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A empresa curitibana estará com stand exclusivo no evento, que ocorre em Salvador entre os dias 26 e 29 de novembro

A Vuelo Pharma, empresa curitibana especializada em produtos de healthcare com foco em skin care, wound care e wellness — self care,  marcará presença no Sobenfee 2024 — um dos maiores eventos de saúde e enfermagem do Brasil. 

O congresso, que acontece entre os dias 26 e 29 de novembro, será realizado em Salvador, na Bahia, e irá reunir o IX Congresso Brasileiro de Prevenção e Tratamento de Feridas, o II Congresso Brasileiro de Enfermagem Estética e o XV Congresso Iberolatinoamericano sobre Úlceras e Feridas – SILAUHE.

Com um stand exclusivo, a Vuelo Pharma irá expor e demonstrar seu portfólio de produtos, permitindo que os visitantes conheçam de perto as soluções que a empresa desenvolve para o tratamento de feridas e cuidados com a pele. 

“A nossa participação no evento reforça o compromisso da Vuelo com a disseminação de boas práticas e tecnologias de ponta para os profissionais de enfermagem, promovendo a saúde e o bem-estar por meio de produtos de alta qualidade e eficácia”, comenta Thiago Moreschi, CEO da Vuelo.

O Sobenfee 2024 promete reunir especialistas e profissionais renomados do Brasil e da América Latina para discutir uma ampla gama de temas, com destaque para políticas públicas de saúde, segurança do paciente, novas tecnologias em curativos, o papel das práticas integrativas no serviço público, e o impacto do letramento em saúde para a desospitalização de pacientes.

Também serão abordados tópicos críticos como o manejo de lesões em pacientes diabéticos, feridas oncológicas, e a importância dos ambulatórios públicos no atendimento de pacientes com feridas crônicas. “Certamente voltaremos com uma bagagem de aprendizado muito relevante, será uma ótima oportunidade”, finaliza o CEO.

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Mitos e Verdades sobre Hipertensão Arterial – a popular pressão alta: o que é verdade e o que é erroneamente divulgado sobre a doença

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Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista do Sírio Libanês de Brasília, fala sobre a pressão alta, uma das doenças cardiovasculares mais comum entre os brasileiros

A hipertensão arterial – que é conhecida popularmente como “pressão alta” – afeta cerca de 27,9% da população brasileira (dados da Vigitel de 2023). E ainda que seja uma doença que atinge boa parte da população, ela é cercada de mitos e verdades que precisam ser esclarecidos. 

Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista e internacionalmente certificada em Medicina do Estilo de Vida esclarece os principais mitos e as suas verdades a respeito da hipertensão arterial:

Mito 1: “Hipertensão é uma doença que aparece apenas na terceira idade”

A verdade: Dra Fernanda Weiler explica que a hipertensão arterial antes era prevalente em pessoas mais velhas, no entanto, mudanças no estilo de vida – especialmente alimentação e sedentarismo – fizeram com que a doença aumentasse drasticamente inclusive na população mais jovem. “O aumento de consumo de ultraprocessados e a falta de atividade física – bastante comum inclusive em jovens – faz com que a pressão aumente, gerando em muitos um diagnóstico de hipertensão arterial”, diz a médica.

Mito 2: “Hipertensão não tem sintomas, por isso não precisa de tratamento”

A verdade: “Ainda que alguns pacientes sejam realmente assintomáticos, não significa que o organismo não corre riscos, pelo contrário: quem não sente os sintomas clássicos da hipertensão (dores de cabeça, tontura e mal-estar) pode evoluir para um diagnóstico ainda mais sério por conta da falta de tratamento”, explica Fernanda. 

Mito 3: “Basta cortar o sal e a pressão normaliza”

A verdade: “Não basta apenas cortar o sal das refeições e seguir se alimentando de ultraprocessados ricos em sódio”, fala a especialista. Para o melhor controle dos níveis pressóricos, além do cuidado com o sal é preciso controlar o que é consumido. Ultraprocessados são ricos em sódio e seu alto consumo pode manter elevada a pressão arterial. A preferência é consumir alimentos naturais e ricos em nutrientes.

Mito 4: “Medicamentos para hipertensão são sempre necessários e devem ser tomados para o resto da vida”

A verdade: Cada caso é um caso a ser avaliado individualmente. “Quando se fala em hipertensão arterial é preciso entender o quão elevada ela está. Casos de hipertensão leve podem – muitas vezes – ser tratados apenas com mudanças no estilo de vida, focando na alimentação saudável, na prática de atividade física e no controle de tóxicos, como tabagismo e etilismo. Outros casos mais severos podem pedir a intervenção medicamentosa mas, vale dizer, que mesmo quando há necessidade do uso de medicação, o paciente precisa melhorar a alimentação e a prática de exercícios. Apenas o remédio não vai, de fato, solucionar o problema, uma vez que a causa não é tratada”, afirma a doutora.

Mito 5: “Quem tem pressão normal não precisa se preocupar com hipertensão”

A verdade: “A pressão arterial varia em seu índice naturalmente ao longo do dia. Durante a prática esportiva ela é naturalmente mais elevada quando comparada ao organismo em repouso. E se ela é variável em atividades corriqueiras, por que não poderia mudar por conta dos hábitos de cada indivíduo?”, questiona a profissional, que continua: “Uma pessoa que passou anos com a pressão arterial considerada normal e que, por exemplo, interrompe as atividades físicas e passa a se alimentar com mais ultraprocessados podem, sim, desenvolver a hipertensão arterial. O mesmo pode acontecer com uma gestante que, a depender dos fatores, pode ter um aumento de pressão que seguirá mesmo depois do parto”, explica Fernanda. “O aconselhado é fazer medidas esporádicas de pressão e buscar ajuda de um especialista ao menor sinal de aumento. Muitas vezes o diagnóstico precoce faz a diferença no tratamento”, finaliza a médica.

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