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Dia do Coração: a importância da jornada digital na Cardiologia

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Por Eli Szwarc

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são a principal causa de morbimortalidade no mundo. Cerca de 14 milhões de pessoas apresentam alguma enfermidade cardiológica que pode ser diagnosticada logo nos primeiros anos de vida, como as cardiopatias congênitas, ou outras doenças que podem surgir ao longo da vida, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

A doença cardiovascular é capaz de gerar enorme impacto nas comunidades em diferentes esferas: saúde e qualidade de vida, longevidade, capacidade laboral e em custos. Com incidência e prevalência cada vez mais relevantes, é esperado um aumento de 101% de custos com tratamentos cardiovasculares até 2035, segundo a American Heart Association (AHA).

Serviços especializados em cardiologia, equipes multiprofissionais treinadas, ferramentas diagnósticas assertivas e protocolos assistenciais baseados nas melhores práticas são essenciais para o manejo das doenças cardiovasculares desde a prevenção até a reabilitação. As demandas dos departamentos de cardiologia estão cada vez maiores, forçando os médicos a equilibrarem a prestação de cuidados de alta qualidade com um volume crescente de pacientes com perfis complexos, ao mesmo tempo que lidam com as pressões para melhorar a eficiência do fluxo de trabalho.

Os líderes de cardiologia não só veem a tecnologia como fundamental para gerenciar e monitorar pacientes por longos períodos em ambientes não hospitalares, mas também como importante investimento para melhor diagnosticar e tratar a crescente demanda de novos pacientes, como mostra o Future Health Index 2022, estudo proprietário da Philips. Destes, 30% têm como uma das suas três prioridades a satisfação e retenção da sua equipe clínica.

Diante de um cenário crescente de falta de mão de obra qualificada que impacta o setor, é cada vez mais urgente e latente investir em soluções, serviços e plataformas inteligentes, com o objetivo de minimizar alguns dos desafios atuais e simplificar fluxos de trabalho, liberando os especialistas da tensão de tarefas repetitivas, para que eles possam se concentrar no que os atraiu à medicina antes de tudo: cuidar dos pacientes.

A cardiologia foi uma das especialidades que mais evoluiu nos últimos tempos, especialmente com o apoio da tecnologia. Líderes dos departamentos de cardiologia afirmaram que a tecnologia pode ser benéfica tanto em casos clínicos (91%) como operacionais (85%), sendo que 75% concordam que a análise preditiva, que frequentemente emprega Inteligência Artificial e machine learning, pode ter um impacto positivo para impulsionar o acesso igualitário na saúde, ainda de acordo com o Future Health Index 2022.

Com soluções práticas projetadas para apoiar a experiência de médicos e enfermeiros no contexto de atividades clínicas específicas, o uso da tecnologia possui o objetivo de permitir que as equipes desempenhem os seus trabalhos nos mais altos níveis, de forma colaborativa e interoperável. Tudo isso se reflete em produtividade, facilidade no fluxo de trabalho e atendimentos cada vez mais qualificados e com respostas rápidas, assegurando melhores experiências aos profissionais de saúde e melhores resultados para os pacientes.

A partir da combinação do uso da inovação com sistemas inteligentes e intuitivos, é possível ainda, agilizar processos burocráticos e conceder mais tempo para as equipes de saúde. Além disso, essa integração oferece insights clinicamente mais valiosos, apoiando as tomadas de decisões compartilhadas e fortalecendo a confiança clínica da equipe multiprofissional, em um cuidado continuado. Seja por meio de soluções de pós-processamento para gerar imagens avançadas e laudos mais rápidos, ou ainda, com aparelhos de monitoramento para diagnósticos mais assertivos, a tecnologia busca apoiar o usuário clínico a ser mais efetivo na atenção ao paciente.

Toda essa aceleração traz vantagens importantes na oferta de um atendimento de qualidade. O uso de soluções inovadoras reflete em mais segurança ao paciente, possibilitando maior conforto, evitando intervenções e procedimentos invasivos sem necessidade. Seja na perspectiva da jornada do paciente ou do lado dos profissionais de saúde, os avanços tecnológicos já são protagonistas e garantem mais eficiência, agilidade e assertividade nos processos do setor, eliminando barreiras entre as áreas de cuidado.

No Dia Mundial do Coração, celebrado em 29 de setembro, é imprescindível refletir sobre a importância da estruturação de linhas de cuidado cardiológico, atuando desde a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação. Equipamentos especialmente desenvolvidos para diagnósticos assertivos e procedimentos inovadores, softwares especialmente desenhados para a jornada cardiológica, soluções com robustos algoritmos de inteligência artificial participando do suporte à decisão clínica, e gerenciamento personalizado do paciente fazem parte do arsenal tecnológico disponível, e são essenciais para garantir as melhores práticas assistenciais.

As evidências cada vez mais robustas deixam claro que a tecnologia é um importante elo na geração de valor na cadeia de cuidado cardiológico, tornando-se uma grande aliada para facilitar o dia a dia dos profissionais de saúde, garantir maior segurança assistencial, potencializar desfechos clínicos e aproximar pacientes de um papel central e ativo em sua jornada de saúde.


*Eli Szwarc é líder médico para a América Latina de Enterprise Informatics da Philips.

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Inca e sociedades médicas divergem quanto rastreamento do câncer de pulmão

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Em debate na Comissão Especial sobre Combate ao Câncer, na Câmara dos Deputados, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e a Aliança contra o Câncer do Pulmão, formada por seis sociedades médicas, divergiram quanto à ênfase no rastreamento entre as estratégias de enfrentamento à doença. Atualmente, o câncer de pulmão é o terceiro mais incidente entre os homens e o quarto entre as mulheres. São cerca de 32 mil novos casos por ano no Brasil e 1,7 milhão no mundo. Cerca de 90% dos casos estão associados ao fumo e os sintomas começam a aparecer em estágio avançado da doença, geralmente acima dos 50 anos de idade.

Por esses motivos, o diretor-geral do Inca, Roberto de Almeida Gil, fez defesa enfática das campanhas de controle do tabagismo e de diagnóstico precoce como “única forma de lidar com aumento dos casos em decorrência do envelhecimento da população”. Ele ressaltou que as políticas públicas de prevenção reduziram a incidência da doença de 35% para 12%, acompanhada de queda na mortalidade sobretudo entre os homens, desde 2005.

Segundo Gil, o rastreamento possui potenciais benefícios e riscos para o paciente. Também há preocupação com índice de resultados falso-positivos em pacientes com tuberculose e outras doenças.  “A gente tem que ter muito cuidado, porque a nossa rede de atenção hoje ainda não está preparada nem para lidar com a doença avançada. A gente tem muitos gargalos. Que um programa de rastreamento não venha estrangular todo um sistema que hoje já está muito estressado”.

Já o presidente de honra da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Carlos Gil Ferreira, admitiu a relevância das campanhas de conscientização, mas disse que as estratégias de rastreamento são “janela de oportunidade para o enfrentamento da doença”.

Tomografias

O diretor científico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT), Daniel Bonomi, lembrou que as práticas antigas de raio-x e exame de escarro foram substituídas por tomografia computadorizada de baixa dose (TCBD), com resultados positivos para diagnóstico e tratamento.

“O mundo tecnológico avançou demais, com investimento e tomografia de baixa dosagem. A pandemia mostrou que a gente tem tomografia suficiente. Basta mudar a dosagem. É simples. E o rastreamento é o começo de uma melhora na medicina respiratória”.

Representantes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) citaram evidências científicas de que o rastreamento “antecipa diagnóstico e reduz a mortalidade”.

As Sociedades Brasileiras de Patologia (SBP) e de Radioterapia (SBRT) também integram a Aliança contra o Câncer de Pulmão, com apoio da Associação Médica Brasileira (AMB).

Projetos

Organizadora do debate, a deputada Flávia Morais (PDT-GO) já é autora do Projeto de Lei 2158/24, que restringe a comercialização de cigarro eletrônico. Ela acaba de oficializar o Projeto Lei 2550/24, com normas para o rastreamento da doença.

“Esse projeto vai estabelecer as diretrizes de rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de pulmão. Hoje nós já temos as leis que tratam desse assunto sobre outros tipos de câncer, como mama e próstata”.

Durante a audiência, médicos apresentaram experiências bem-sucedidas de rastreamento de câncer de pulmão em hospitais de São Paulo e do Rio Grande do Sul, inclusive com pacientes do Sistema Único de Saúde. Em nome do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (CONASS), César Neves, do Paraná, defendeu a prevenção e também mostrou entusiasmo com as estratégias de rastreamento.

“Nós temos que ter uma atenção primária com olhos vigilantes para sintomas muitas vezes incipientes e fazermos a prevenção. E não temos dúvida de que o rastreamento precoce vai mudar a história natural dos pacientes e aliviar também os cofres do combalido sistema público, que gasta muito mais em tratamentos em fase adiantada e em medicina paliativa”.

Neves também defendeu a regulamentação da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (Lei 14.758/23), com reforço no papel da atenção primária. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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Jornada de Saúde Digital reunirá desenvolvedores de tecnologia e gestores

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No próximo dia 26 de julho, das 8h às 18h, a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) realizará, em parceria com a InovaHC e Moso, a Jornada de Saúde Digital. O evento abordará a transformação digital que acontece no setor da saúde e trará uma visão de como as tecnologias avançadas podem aprimorar a qualidade da assistência ao paciente, o suporte aos profissionais de saúde e a eficiência operacional nos cuidados em saúde da população.

A Jornada reunirá profissionais de saúde, gestores, desenvolvedores de tecnologias interessados no tema para conhecerem as mais recentes tendências e os desafios da Saúde Digital. O evento terá palestras, debates, mesas redondas e proporcionará relacionamentos e troca de conhecimentos e experiências.

O evento terá início às 8h com uma sessão de boas-vindas. Às 8h30 começará a primeira apresentação, intitulada “Panorama da Saúde no Brasil: tendências em saúde digital”, que se estenderá até às 10h. As atividades serão retomadas às 10h30 com a palestra “Dados em Saúde: As dores e os desafios da interoperabilidade”, prevista para terminar às 12h.

Às 13h30, será abordado o tema “Soluções de IA na prática clínica: o estado da arte”, com encerramento previsto para às 15h. Às 15h30 haverá a apresentação sobre “Desafios das Soluções e Produtos Digitais em Saúde”, que ocorrerá até às 17:00.


Serviço
Jornada de Saúde Digital
Dia : 26 de julho de 2024
Horário: Das 9h às 18h
Local: InovaHC, Rua Doutor Ovídio Pires de Campos, Cerqueira César, São Paulo, SP
Inscrições aqui.

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Pesquisadores desenvolvem ferramenta para avaliar impacto da perda de olfato após Covid

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Uma pesquisa desenvolveu e validou uma versão em português brasileiro do Questionário de Distúrbios Olfativos (QOD), importante instrumento para avaliação da qualidade de vida de indivíduos com distúrbios olfativos. A perda do olfato pode ser causada pela Covid-19, por outros vírus respiratórios e por doenças neurológicas, como o Parkinson, podendo impactar significativamente no bem-estar dos indivíduos. No Brasil, cerca de 10% das pessoas que têm Covid-19 têm problemas com o olfato por mais de um mês.

A perda de olfato pode causar impactos na saúde mental como ansiedade, depressão, isolamento social, alterações no apetite e no peso, riscos à segurança, impacto na vida profissional e redução da produtividade. Por isso, ter uma ferramenta validada como o QOD ajuda a entender melhor o impacto da perda de olfato e a desenvolver estratégias para melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas.

O QOD foi desenvolvido para avaliar qualitativamente o grau de disfunção olfativa durante as atividades diárias. No estudo, também foi aplicado o questionário de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-bref) e o Teste de Identificação de Olfato, da Universidade da Pensilvânia (UPSIT®), utilizado para quantificar a perda olfativa.

Publicado no periódico Clinics, o trabalho foi coordenado pela pesquisadora Viviane Sampaio Boaventura, da Fiocruz Bahia, e Marco Aurélio Fornazieri, pesquisador da Universidade de Londrina (PR). Foram recrutados para participar da investigação 126 adultos, entre maio de 2018 e agosto de 2022, em Salvador e Londrina. Os dados sociodemográficos e clínicos foram obtidos por meio de questionários aplicados por entrevistadores treinados.

Os pacientes tinham entre 18 e 65 anos com queixa de disfunção olfatória pós-infecciosa por rinite alérgica, sinusite crônica, por causas pós-traumática ou desconhecidas. Os pacientes de Salvador eram mais velhos, menos escolarizados, apresentavam disfunção olfatória grave, tinham pior qualidade de vida em geral e escores mais baixos de qualidade de vida associados ao olfato (QOD), quando comparados aos pacientes de Londrina.

Os pesquisadores concluíram que o questionário desenvolvido para falantes do português brasileiro mostrou-se consistente e confiável, representando um avanço importante, pois estabelece o QOD como um instrumento clínico e científico confiável. O questionário pode ser empregado na população brasileira como um instrumento útil para pesquisa, avaliação médica do paciente e tratamento da perda de olfato. (Com informações da Agência Fiocruz)

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