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Hospital Moinhos de Vento apresenta resultados do Projeto Paciente Seguro

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Quedas, lesões por pressão, higiene de mãos, identificação, cirurgia segura e dispensação correta de medicamentos foram os seis protocolos que nortearam o projeto Paciente Seguro, do Ministério da Saúde, liderado pelo Hospital Moinhos de Vento, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) nos últimos sete anos.

O estudo integrou uma das frentes de ação do Programa Nacional de Segurança do Paciente, instituído em 2013 pelo governo federal. O balanço das conquistas alcançadas, bem como os resultados do último triênio (2021-2023) foram apresentados por integrantes do projeto em Brasília. Ao longo de sete anos, 96 hospitais públicos e 6.646 profissionais de saúde se envolveram diretamente no Paciente Seguro, sempre com resultados positivos relativos às metas propostas.

Para a coordenadora-geral do Proadi-SUS no Ministério da Saúde, Kathleen Machado, os resultados representam bem o que o programa propõe. “O Proadi busca, por meio de parcerias singulares, hospitais de excelência, direcionar para as políticas públicas ações que tornem o SUS cada vez melhor”, disse.

No último triênio (2021-2023), 36 hospitais receberam e incorporaram a metodologia do projeto. No total, foram 201 projetos de melhoria desenvolvidos, 89 visitas técnicas e 4.172 profissionais de saúde participantes.

As atividades educativas também foram destaque no último período: 40 horas de capacitação virtual e 5.317 profissionais capacitados; 20 web aulas com 1.436 participantes; e mais de 10h de oficinas presenciais com 1.131 pessoas, além de 1.030 reuniões virtuais.

“Estamos, de fato, colocando o paciente no centro do cuidado. Mais um projeto que carrega a união de esforços, a inovação e o comprometimento que faz a diferença — cumprindo o nosso propósito de cuidar das pessoas, ao melhorar a segurança do paciente”, Daniela Cristina dos Santos, Coordenadora do escritório de projetos do Proadi-SUS do Hospital Moinhos de Vento.

Os resultados

Os resultados foram positivos no primeiro e no segundo ciclo do triênio, que compreendeu 2021-2023 em todos os seis protocolos estabelecidos.

Conforme tabela descritiva:

A líder do projeto, Vanessa Mantovani, que apresentou os números, destacou o sucesso do projeto como melhoria nos índices de todos os eixos. “Milhares de pacientes estão se beneficiando ao correr menos riscos, com uma conduta assistencial que teve melhoria em todos os indicadores. Destaco o último ciclo que conquistou 70% de redução em medicamentos dispensados com erro e aumento de 1.131% na adesão do checklist de cirurgia segura”, celebra.

Impactos

A coordenadora de projetos Proadi no Hospital Moinhos de Vento, Daniela Cristina Santos, que também já foi líder do Paciente Seguro, comemorou os índices. “Passamos pela vida de inúmeros trabalhadores dos hospitais públicos brasileiros, conseguindo beneficiar os pacientes e contando diferentes histórias de superação”, enfatiza.

A ausência de medidas de protocolos de segurança tem alto custo social. Além do impacto na saúde, no bem-estar e até na vida de inúmeras pessoas, há custos financeiros para os hospitais e para o SUS.

“No caso das quedas, por exemplo, os números apontam para mais de 7 mil ocorrências em um ano. A consequência financeira para os hospitais fica em torno de R$ 400 mil/ano e para o SUS, mais de R$ 10 milhões. Com a redução alcançada nas quedas — 50% no primeiro ciclo e 70% no segundo ciclo —, a estimativa de redução de custos para o SUS chega a mais de R$ 2 milhões”, destaca Vanessa Mantovani, ao apresentar uma estimativa com base nos dados das instituições hospitalares participantes.

Também estiveram presentes Carla Ulhoa André, assessora técnica do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), e Nilo Bretas, coordenador técnico do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conasems). Da equipe do Hospital Moinhos de Vento, também participaram Lucas Barbieri, gerente de projetos Proadi, Marina Gassen, consultora técnica; as enfermeiras Daniela Bernardes, Veronica Farina e Eduarda Bordini; as farmacêuticas Karine Curvello, Daiane de Lima e Alyne Maciel; e Luiza Payeras, do Escritório de Projetos.

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Hospital São Luiz Itaim inaugura Centro Avançado de Endoscopia com foco em alta tecnologia e IA

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Novo centro oferece tratamentos menos invasivos para obesidade, tumores e distúrbios digestivos, com apoio de inteligência artificial e equipe multidisciplinar

O Hospital São Luiz Itaim, da Rede D’Or, inaugurou um moderno Centro Avançado de Endoscopia que promete transformar o cuidado com doenças do trato gastrointestinal. A estrutura une alta tecnologia, inteligência artificial (IA) e procedimentos minimamente invasivos, oferecendo alternativas inovadoras para tratar desde obesidade e diabetes tipo 2 até tumores e complicações pós-operatórias.

Segundo o médico endoscopista Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura, responsável técnico pelo serviço, a proposta é clara: “Hoje conseguimos realizar procedimentos que antes exigiam cortes e internações prolongadas, com uma câmera e acesso minimamente invasivo, muitas vezes com alta no mesmo dia.”

Tratamentos modernos com alta precisão

Entre os destaques do novo centro estão técnicas de:

  • Gastroplastia endoscópica – alternativa à cirurgia bariátrica tradicional, realizada por endoscopia para reduzir o estômago;
  • Ablação da mucosa gástrica – aplicação de calor em áreas específicas do estômago para controle da glicose em pacientes com diabetes tipo 2;
  • Dissecção endoscópica da submucosa (ESD) e ressecção endoscópica de parede total (EFTRD) – para remoção de tumores e lesões digestivas de forma precisa, sem cirurgia aberta;
  • POEM e G-POEM – procedimentos para tratar distúrbios digestivos como megaesôfago e gastroparesia;
  • Vacuoterapia endoluminal – técnica inovadora que acelera a cicatrização por meio de pressão negativa aplicada diretamente no local da lesão.

O centro também se destaca por aplicar colangioscopia e ecoendoscopia guiadas por imagem em tempo real, permitindo tratamentos mais seguros para doenças do fígado, pâncreas e vias biliares.

Inteligência artificial a favor da medicina

Um dos diferenciais mais inovadores do centro é a utilização de IA no apoio ao diagnóstico precoce. A tecnologia permite detectar lesões gastrointestinais com maior precisão e agilidade, aumentando as chances de cura e reduzindo a necessidade de cirurgias invasivas.

“Unimos o melhor da medicina com o poder da tecnologia. A inteligência artificial nos permite detectar lesões com mais precisão e rapidez, algo que impacta diretamente no sucesso dos tratamentos”, afirma Fernando Sogayar, diretor-geral do Hospital São Luiz Itaim.

Um marco para o cuidado digestivo no Brasil

A proposta do novo Centro Avançado de Endoscopia é colocar o Hospital São Luiz Itaim na vanguarda do cuidado digestivo no Brasil, integrando assistência, ensino e pesquisa clínica. Com foco na humanização e na precisão, o centro representa um salto qualitativo na forma como condições gastrointestinais serão diagnosticadas e tratadas nos próximos anos.

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Justiça obriga plano de saúde a reembolsar R$ 496 mil por sessões de hemodiálise

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Decisão da 2ª Vara Cível do Butantã considera abusiva a suspensão de reembolso de tratamento vital a paciente com doença renal crônica

Em decisão proferida na última quinta-feira (8), a Justiça de São Paulo determinou que uma operadora de plano de saúde reembolse R$ 496,6 mil a um paciente com doença renal crônica que teve o reembolso de sessões de hemodiálise suspenso de forma unilateral e sem justificativa contratual válida. O caso foi julgado pela juíza Larissa Gaspar Tunala, da 2ª Vara Cível do Butantã.

Segundo os autos, o paciente depende da hemodiafiltração de alto fluxo, realizada cinco vezes por semana, e vinha sendo ressarcido desde 2013. No entanto, a operadora reduziu gradualmente os valores a partir de novembro de 2023, interrompendo completamente os pagamentos em maio de 2024, mesmo sem qualquer alteração contratual ou mudança no tratamento prescrito.

A empresa alegou estar seguindo limites contratuais, mas o argumento foi rechaçado pela magistrada, que classificou como abusiva e ilegal a recusa de reembolso para um tratamento vital à sobrevivência do paciente.

“Se há fraudes, cabe à empresa analisar com o devido cuidado as relações individuais, não penalizando aquele que não tem correlação com os fatos. No limite, importa saber se o autor está sendo tratado e se os valores de reembolso são condizentes com o que se pratica no mercado no mesmo nível de serviços”, afirmou a juíza na sentença.

Cláusulas vagas e livre escolha de prestadores

Outro ponto destacado foi a falta de clareza contratual quanto aos limites de cobertura. A juíza entendeu que o plano de saúde violou os direitos do consumidor ao impor restrições sem transparência e que, mesmo havendo uma rede credenciada, o contrato previa a livre escolha de prestadores.

“Haver rede credenciada é um irrelevante jurídico, pois o contrato permite a livre opção do consumidor”, destacou a magistrada.

Conforto e qualidade de vida preservados

Para a advogada do paciente, Giselle Tapai, especialista em Direito à Saúde, a decisão representa mais do que a garantia de um direito contratual — trata-se de preservar a dignidade e o bem-estar do paciente:

“A decisão permitirá ao beneficiário promover o seu tratamento em clínicas que ofereçam um cuidado diferenciado, como era feito antes do conflito. Ambientes confortáveis, sofisticados e acolhedores impactam positivamente a qualidade de vida do paciente e de sua família”, declarou ao portal Terra.

Precedente relevante para outros casos

A decisão judicial representa um importante precedente para casos semelhantes, nos quais pacientes com doenças crônicas enfrentam dificuldades no custeio de tratamentos contínuos por conta de reembolsos negados ou limitados de forma arbitrária pelas operadoras.

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Correios anunciam plano emergencial para contornar prejuízo bilionário em 2024

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Enfrentando um déficit histórico de R$ 2,6 bilhões em 2024 — quatro vezes maior que o prejuízo de 2023 — os Correios lançaram um pacote de medidas para tentar recuperar o equilíbrio financeiro da estatal. A proposta, divulgada internamente nesta segunda-feira (12), pretende economizar R$ 1,5 bilhão ao longo de 2025 e exige forte adesão dos mais de 86 mil empregados da empresa.

📉 Causas do prejuízo
A estatal atribui a crise principalmente:

  • à queda nas receitas com encomendas internacionais;
  • ao aumento dos custos operacionais, que chegaram a R$ 15,9 bilhões (+ R$ 716 milhões em relação a 2023);
  • aos gastos com pessoal, que subiram de R$ 9,6 bilhões para R$ 10,3 bilhões.

📦 Apenas 15% das mais de 10 mil unidades de atendimento registraram superávit, reforçando o desafio de manter a capilaridade do serviço postal em todos os municípios do país.


📋 Medidas do plano de recuperação:

  1. Redução de jornada de trabalho e salários: de 8h para 6h diárias, com 34h semanais;
  2. Suspensão de férias a partir de junho de 2025, retomando apenas em 2026;
  3. Corte de 20% nos cargos comissionados na sede;
  4. Fim do home office: retorno obrigatório ao trabalho presencial a partir de 23 de junho;
  5. Prorrogação do PDV (Programa de Desligamento Voluntário) até 18 de maio;
  6. Revisão dos planos de saúde com nova rede credenciada e economia prevista de 30%;
  7. Lançamento de um marketplace próprio ainda em 2025;
  8. Captação de R$ 3,8 bilhões com o NDB para modernização e investimento interno.

🚴‍♂️ Investimentos e transição ecológica

Apesar das dificuldades, a estatal afirma manter seu plano de transição sustentável em até 5 anos. Foram investidos R$ 830 milhões em 2024, com destaque para:

  • 50 furgões elétricos;
  • 2.306 bicicletas elétricas e 3.996 convencionais com baú;
  • 1.502 veículos para renovação da frota.

💸 Alerta de liquidez

A empresa consumiu R$ 2,9 bilhões do caixa, restando apenas R$ 249 milhões disponíveis. Isso levou ao atraso de repasses a transportadoras e agências franqueadas, resultando em entregas mais lentas e paralisações parciais dos serviços.


📢 Mensagem da direção

Segundo o documento interno, “cada pequena contribuição dos empregados será essencial para superar os desafios e construir um futuro mais promissor”.

Com o plano de contenção, os Correios tentam evitar nova crise estrutural como a enfrentada em 2016, quando também registraram prejuízo bilionário. A proposta, porém, deve gerar forte resistência dos sindicatos diante da suspensão de direitos e da redução salarial.

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