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Conheça o bilionário hospital gaúcho que investirá R$ 232 milhões para se tornar o melhor do Brasil 

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Hospital Moinhos de Vento faturou 1,4 bilhão de reais em 2023, com lucro de 120,5 milhões de reais.

No coração de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, o carioca Mohamed Parrini Mutlaq trabalha com uma missão: transformar o Hospital Moinhos de Vento, em que é CEO desde 2016, na melhor instituição de saúde do Brasil. 

Não é um desafio fácil, num cenário em que os concorrentes já estão bem estabelecidos e que a grande referência de tratamento de saúde segue sendo São Paulo. Mas o Moinhos, como é conhecido, está no caminho. No ranking de 2024 dos melhores hospitais do mundo feito pela revista Newsweek, a instituição já aparece na quarta posição entre as brasileiras:

“O Brasil é grande demais para ter um único pólo econômico”, diz Parrini. “E o Rio Grande do Sul tem plena capacidade de se estabelecer como uma referência em saúde com o Moinhos de Vento”.

Em uma toada de crescimento, a instituição de saúde faturou 1,4 bilhão de reais no ano passado, um aumento de 9,3% em relação a 2022. O superávit também cresceu cerca de 5%, indo para 120,5 milhões de reais. 

Agora, está próxima a dar o próximo passo para seguir crescendo — e qualificando sua pesquisa e atendimento. O hospital vai investir 232 milhões de reais neste ano em melhorias. 

Só na ampliação do complexo hospitalar, serão 150 milhões de reais. Trata-se de um novo prédio com 33 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e 20 leitos de internação. O restante do momento será destinado, principalmente, em tecnologia. 

“Estamos mudando todo centro cirúrgico, deixando ele totalmente tecnológico, com imagens durante a cirurgia, braços robóticos”, diz Parrini. “Estamos também com um novo parque de tomografia, um centro de esterilização médica para diminuir as infecções. Vamos ter um novo laboratório de pesquisa. Estamos reformando as UTIs. Deixando a experiência dos usuários nos quartos mais agradável. E criando unidades avançadas dentro de shoppings para cirurgias rápidas e limpas, de baixa conversão”.

Qual é a estrutura do Hospital Moinhos de Vento

O hospital Moinhos de Vento nasceu da mobilização da comunidade alemã que morava na região. Inicialmente chamado Hospital Alemão, abriu as portas em 1927, após anos de construção  que chegaram a ser interrompidos por causa da Primeira Guerra Mundial.

Mas foi durante a Segunda Grande Guerra que o hospital passou a se chamar Moinhos de Vento, em alusão ao bairro em que estava localizado em Porto Alegre. Nos anos seguintes, começou a expansão por meio de cursos de enfermagem e de novos prédios. Já na década de 1950, contava com sala para partos, raio X e cirurgias. 

“O hospital cresceu junto com a imigração alemã e é fruto de gigantes empresariais que nasceram com o Moinhos de Vento e que ajudaram o hospital a crescer”, diz Parrini.

Hoje, o conselho do hospital é liderado por Eduardo Bier De Araújo Correa, empresário criador da cervejaria Dado Bier, e conta com outros nomes fortes do empresariado gaúcho, como André Meyer Da Silva, da Máquinas Condor, e Thomas Bier Herrmann, das tintas Renner Herrmann. Como conselheiros associados, há outros nomes fortíssimos da economia brasileira, como:

  • José Galló, da Renner
  • André Bier Gerdau Johannpeter, da Gerdau
  • Ricardo Vontobel, da Neugebauer 
  • William Ling, da Évora

“De 10 anos para cá, esses associados começaram a nos provocar para pensar maior e transformar o Moinhos no melhor hospital do Brasil”, diz o CEO. 

“Fui demandado pelo conselho porque acreditamos que o Rio Grande do Sul tem todo talento para fazer isso, mas hoje é um exportador de talentos. Onde você for no mundo, vai encontrar cientistas gaúchos”, afirma. “Dá uma dor quando o local que eu vivo não consegue gerar riquezas suficientes para reter talentos. É papel do Moinhos de Vento crescer para aumentar a retenção de talentos por aqui”. 

Hoje, o hospital conta com 485 leitos, 3.914 médicos ativos e cerca de 4.600 funcionários. São 18 salas de bloco cirúrgico e 41 leitos de pós-cirurgia.

Como o Moinhos de Vento trabalha para ser o melhor hospital do país

Boa parte dos esforços do Moinhos para se tornar o hospital de referência no Brasil está no desenvolvimento de ciência e em educação. 

“Temos a mente privada, com modelo de gestão e liderança privados, mas com espírito público para a aceleração da ciência, gerando conhecimento”, diz o CEO.

O primeiro ponto que Parrini destaca no processo para se tornar o melhor hospital do Brasil está na formação de pessoas. Hoje, o hospital forma 85% de sua mão de obra técnica. “Temos a  primeira escola de enfermagem e a maior pós-graduação em saúde do Rio Grande do Sul”, diz o executivo. “Estamos investindo no mestrado, doutorado. Estamos para ser aprovados na faculdade de medicina com 50% a mais de carga horária”.

O segundo ponto é unir esses talentos com ciência de ponto. “Nosso dever é dar aos médicos e professores tempo para orientar os doutorandos, os residentes, da melhor maneira possível”. Hoje, o Moinhos tem 19 programas de residência médica. 

“Esse é o elemento central, geração de conteúdo próprio, com meta de publicação internacional”, afirma. “Queremos ser respeitados pela ciência que estamos fazendo aqui, conectados com a pesquisa farmacêutica e desenvolvimentos de tecnologia e ciências próprias”.

Hoje, 75% da receita da instituição vem do hospital, e os 25% do centro de pesquisa clínica e no braço de educação. A meta é que a divisão fique em 60% com hospital e 40% com os outros braços e seguir crescendo. “O objetivo é dobrar de tamanho em quatro anos”. 

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H. Egidio Group investe R$ 20 milhões em expansão no Espírito Santo

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Grupo empresarial inaugurou as primeiras filiais da Hospdrogas (distribuidora de medicamentos), h trade (importação e exportação) e da Transplexlog (operadora de entregas), no Sudeste brasileiro

O H. Egidio Group inaugurou nesta semana, no município de Serra, Região Metropolitana de Vitória, filiais da Hospdrogas, distribuidora de produtos hospitalares, da Transplexlog, que cuidará da operação de entregas, e da h trade, exportadora e importadora. As operações, com investimento inicial de mais de R$ 20 milhões, trarão importantes ganhos em competitividade para o grupo empresarial, que planeja investir R$ 900 milhões e dobrar o seu faturamento até 2027.

As inaugurações, realizadas nesta terça-feira (14/5), contaram com a participação do governador em exercício, Ricardo Ferraço, além de autoridades municipais e estaduais do Espírito Santo.

“Temos mais de 38 anos no mercado do setor de saúde, nas áreas industrial, de distribuição e de operação logística. Atuamos em 12 países, recebendo e negociando insumos, matéria-prima, comprando tecnologia alemã, suíça e italiana”, enfatizou o CEO do grupo, Heribaldo Egídio.

A nova filial da Hospdrogas no Espírito Santo proporcionará redução média de 60% no tempo de entrega de produtos nos estados da Região Sudeste e sul da Bahia. Também funcionará como um centro estratégico de importações e exportações para a h trade, otimizando a logística e reduzindo custos.

“A chegada da Hospdrogas no Espírito Santo representa um marco histórico para o grupo, impulsionando a nossa expansão e consolidando a nossa posição como referência em distribuição farmacêutica”, destacou Heribaldo Egídio.

Segundo o coordenador comercial da Hospdrogas, Hermilton Araujo, a empresa estará estrategicamente posicionada para atender os clientes com tempo reduzido, otimizando a entrega de medicamentos. “Temos uma infraestrutura moderna e eficiente, com capacidade inicial de 1, 5 mil posições porta-paletes e 3 mil metros quadrados de área construída. Pronta para suprir as demandas do mercado nacional, principalmente no Espírito Santo, Rio de Janeiro e nas regiões sul de Minas Gerais e da Bahia”, disse.

A Hospdrogas ainda vai abrir mais duas filiais em 2024, em São Paulo e Brasília (DF). Em 2025 serão abertas outras duas filiais, na região Nordeste e na região Sul.

h trade

“A abertura de uma filial no Espírito Santo é especialmente importante para a h trade, por ser uma rota estratégica para o comércio exterior e por estar próximo de grandes centros comerciais, com destaque para o Estado de São Paulo”, explicou Letícia Borges, gerente de Operações da h trade e gerente de Comércio Exterior do H. Egidio Group.

Apesar de ser uma empresa nova, com apenas 1 ano de criação, a h trade exporta para 12 países das Américas do Sul e Central e já desenvolve projetos de expansão para países da Europa e continente africano.  

Também se dedica à consultoria de empresas de pequeno, médio e grande portes que desejam se internacionalizar. “Orientamos as empresas desde a fase inicial, avaliamos o material comercial e desenvolvemos a parte promocional, traduzindo-o para as línguas dos países de interesse, e as acompanhamos durante todo o processo”, explica.

Letícia Borges explica que a capacidade de prospecção da h trade abrange qualquer região do mundo, tanto para a importação, quanto para a exportação. Contando, para isso, com o apoio de parceiros locais. Em seu trabalho de consultoria, a h trade atua por meio da exportação direta ou auxiliando as empresas em suas operações de comércio exterior.

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Advogado orienta o que paciente deve fazer para evitar erros em procedimentos estéticos

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Aposentada teve o rosto deformado após aplicação de PMMA por dentista

Na última década, houve uma massificação na procura por procedimentos estéticos, impulsionada por uma variedade de motivos que vão desde a influência das redes sociais até a busca pelo bem-estar e melhoria da qualidade de vida. 

Em meio a esse cenário, a Anvisa, (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), autorizou que profissionais de diversas áreas, incluindo dentistas, realizassem intervenções estéticas não evasivas como botox, preenchimento facial, lifting orofacial, uso de biomateriais indutores percutâneos de colágeno, entre outros. Embora essa decisão tenha tornado os tratamentos mais acessíveis, também levantou sérias preocupações quanto à segurança e à qualidade dos resultados.

Para Francisco Gomes Júnior, advogado especializado em Direito Digital e presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP), com o crescente número de profissionais não cirurgiões plásticos realizando procedimentos estéticos, é inevitável que haja uma variação na qualidade dos resultados obtidos.

O especialista enfatiza a importância de os pacientes realizarem uma pesquisa minuciosa do profissional antes de se submeterem a qualquer procedimento estético e recomenda que a pessoa verifique os resultados e complicações relatadas por outros pacientes.

“É fundamental que os pacientes façam uma pesquisa abrangente sobre o profissional escolhido e que esteja plenamente informado sobre os riscos envolvidos no procedimento  estético”, ressalta Gomes Júnior.

O caso recente da aposentada de 67 anos, cujo rosto sofreu deformações após procedimentos estéticos envolvendo a aplicação de PMMA  (preenchimento com polimetil metacrilato, também conhecido como metacril), realizado por um dentista, tem gerado intensa repercussão e alimentado discussões acerca do tema.

Rita Castro de Araújo procurou o dentista José Augusto Toledo Patay em busca de uma avaliação facial para melhorar a harmonização de seu rosto. Segundo relatos, o dentista teria sugerido a inserção de fio russo para amenizar o “bigode chinês” e melhorar a aparência do nariz. Entretanto, após três meses da harmonização, aproximadamente 40 nódulos surgiram no rosto da aposentada. Após tratamento com corticóides sem apresentar melhorias, ela buscou opinião de três outros médicos, que apontaram os nódulos como consequência do PMMA aplicado.

Para o especialista, neste caso específico, o suposto erro cometido pelo dentista, resultando em danos substanciais para a paciente, requerirá comprovação por meio de provas documentais, testemunhais e, especialmente, por meio de perícia médica, a qual é capaz de verificar se houve imprudência, imperícia ou negligência por parte do profissional.

“Independentemente disso, é cabível ação para reparação de danos morais e materiais, incluindo danos estéticos, com pedido de indenização. As evidências disponíveis serão apresentadas no tribunal pelas partes envolvidas, sendo competência do juiz do processo determinar a responsabilidade do profissional em questão”, conclui o advogado.

Uso do PMMA

O uso do PMMA no Brasil é autorizado pela Anvisa, que o classifica como classe IV (máximo risco). Segundo o órgão, o produto só está autorizado para as seguintes aplicações:

  • Correção de lipodistrofia (alteração no organismo que leva à concentração de gordura em algumas partes do corpo) provocada pelo uso de antirretrovirais em pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids);
  • Correção volumétrica facial e corporal, que é uma forma de tratar alterações, como irregularidades e depressões no corpo, fazendo o preenchimento em áreas afetadas por meio de bioplastia.

“A Anvisa também esclarece que o produto não é contraindicado para aplicação nos glúteos para fins corretivos. Porém, não há indicação para aumento de volume, seja corporal ou facial. Cabe ao profissional médico responsável avaliar a aplicação de acordo com a correção a ser realizada e as orientações técnicas de uso do produto”, explica o órgão em seu site.

Francisco Gomes Júnior – Advogado Especialista em Direito Digital. Presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP). Autor da obra “Justiça sem Limites”. Instagram: @franciscogomesadv – @ogf_advogados 

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ANVISA permite a prescrição eletrônica de medicamentos controlados no RS

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Em resposta à situação de calamidade pública enfrentada pelo estado do Rio Grande do Sul, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) adotou medidas para facilitar o acesso a medicamentos essenciais para milhares de cidadãos afetados que estão no Rio Grande do Sul. Através da Resolução de Diretoria Colegiada nº 864/2024, publicada em 08 de maio de 2024, a ANVISA autorizou temporariamente a prescrição eletrônica de medicamentos sujeitos a Notificação de Receita, como os das categorias “A”, “B”, “B2” e “C2”. Ao contrário de outros tipos de medicamento nos quais a prescrição eletrônica já era permitida pela Lei 14.063/20, esses ainda exigiam receitas físicas, com numeração única, produzidas por gráficas autorizadas.

A Defesa Civil estima que até 600 mil pessoas foram deslocadas para abrigos, com a maioria sem acesso a seus tratamentos habituais. Desta forma, a resolução permite que os médicos emitam prescrições de forma rápida e segura, garantindo a continuidade dos tratamentos necessários.

Segundo a norma, para ser válida a prescrição eletrônica deve seguir os moldes da Receita de Controle Especial em duas vias e estar assinada eletronicamente com certificado ICP-Brasil. Ao receberem tais prescrições, as Farmácias do RS podem validar a autenticidade da receita e da assinatura digital por meio de códigos como tokens ou QR Codes. Esta normativa tem validade de 90 dias, somente no estado, sendo prorrogável conforme necessidade.

“Profissionais de saúde de todo o Brasil têm desempenhado um papel vital, inclusive via serviços de telessaúde, apoiando os pacientes na retomada de tratamentos, muitas vezes de pacientes crônicos. A norma foi uma decisão salutar e acertada da Agência, uma vez que sem ela não seria possível que esses profissionais prescrevessem remotamente medicamentos sujeitos a Notificação de Receita por demandar uma via física”, ressalta Julia Cestari Santos, coordenadora do Grupo de Trabalho de Documentos Eletrônicos de Saúde e Dispensação da Saúde Digital Brasil.

A associação, fundada em 2020, congrega os maiores players de saúde digital do país, entre eles prestadores de serviços de telessaúde e telemedicina ou provedores de tecnologias para soluções de saúde digital e o grupo de trabalho visa discutir boas práticas, normas e regulamentações de emissão e jornada digital de documentos eletrônicos de saúde.

De acordo com Marilia Ximenes de Araujo, vice-coordenadora do GT, outro ponto importante da digitalização das prescrições de medicamentos controlados, que já provou ser uma ferramenta essencial durante a pandemia de Covid-19, é com relação ao apoio à saúde mental. Casos de depressão, ansiedade e estresse pós-traumático são esperados de aumentar em tais circunstâncias, e a medida adotada pela ANVISA visa a democratizar e acelerar a assistência a esses pacientes.

“Devido à calamidade pública que o Rio Grande do Sul enfrenta, é crucial fornecer um método ágil e confiável de prescrição, que seja rastreável e garanta legitimidade. A norma da Anvisa não só permite a continuidade eficaz do tratamento, mas também contribui para a população enfrentar os desafios decorrentes dessa crise, incluindo os impactos na saúde mental de adultos e crianças”, ressalta.

Perspectiva Futura

Para as especialistas, esta situação extraordinária reitera a necessidade de atualizar normas e processos e revisar as restrições regulatórias que ainda existem sobre documentos eletrônicos para avançar na digitalização dos processos em saúde e consequentemente no acesso.

Além disso, Marília ressalta que devido à complexidade do tema é necessária uma abordagem meticulosa para assegurar que o processo atenda aos mais altos padrões de rigor e qualidade, equiparáveis ou até superiores aos talonários físicos. É exatamente por esse motivo que o Grupo de Trabalho da SDB tem avançado com discussões internas procurado discutir melhores práticas.

“A expansão de serviços de telessaúde tem nos trazido diversos casos práticos e acreditamos que, com colaboração setorial, podemos trazer essas experiências para os órgãos reguladores. Nosso objetivo é contribuir de forma conjunta com o setor para podermos ampliar o acesso à saúde com as prescrições eletrônicas de forma segura, rápida e rastreável para pacientes, profissionais de saúde e da vigilância sanitária” reforça Julia.

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