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Fábio Mattoso, CEO da Tuinda Care: “Com modelos de assinatura, dispositivos médicos não ficariam obsoletos no SUS”

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Tuinda é distribuidora do TytoCare, dispositivo portátil que realiza 8 exames à distância e armazena os resultados em nuvem. Empresa atua em São Caetano do Sul e participa de outras 12 licitações para implementar dispositivo no SUS

Os dispositivos médicos têm potencial para revolucionar cada vez mais a saúde. Com o avanço da tecnologia, a inteligência artificial e a interoperabilidade de dados podem modificar a rapidez, a assertividade em diagnósticos e a forma como profissionais de saúde atuam. Parte dessas tecnologias pode, inclusive, ampliar o acesso da população à saúde. É de olho nesse cenário que a Tuinda Care vem atuando. A empresa é distribuidora exclusiva no Brasil do TytoCare, um dispositivo portátil que realiza 8 exames à distância e armazena os resultados em sua plataforma. Em entrevista ao Futuro da Saúde, o CEO Fabio Mattoso falou sobre os planos da empresa, entrada no SUS e como o modelo de negócio de assinatura poderia contribuir para que equipamentos de saúde não se tornassem obsoletos no SUS.

A healthtech vem buscando aumentar o número de clientes, com o apoio de investidores como o Sabará Hospital Infantil e o Hospital Pequeno Príncipe. Desde janeiro de 2023, a Tuinda realiza atendimentos em São Caetano do Sul, cidade próxima a capital paulista, em uma parceria com a prefeitura. Mais de 11 mil teleconsultas utilizaram a tecnologia e, de acordo com o CEO, foram essenciais para zerar a fila de cardiologia no município.

À frente da empresa, Mattoso quer ampliar o uso do dispositivo no SUS e aponta que a empresa está participando de 12 licitações públicas, mas que ainda não podem ser divulgadas por questões jurídicas. Com experiência no setor, ele foi líder executivo do Watson, tecnologia da IBM que era o “ChatGPT” do tratamento oncológico muito antes do boom da inteligência artificial, além de passagens por GE e Philips.  

Veja abaixo os principais trechos da entrevista:

Hoje, qual a inserção da Tuinda no SUS?

Fabio Mattoso – Neste momento de calamidade pública no Rio Grande do Sul, fornecemos equipamentos a vários municípios, mas isso é pontual. Além de São Caetano, temos outras iniciativas com o SUS, mas elas não são públicas ainda, estão em um momento de licitação, em aprovação pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Estamos participando de 12 licitações diretamente. Isso é muito expressivo. Existe um tempo regulamentar, alguém pode tentar impugnar a licitação, é um instrumento legal e temos que respeitar.

São Paulo está à frente dessa discussão?

Fabio Mattoso – O Estado de São Paulo é onde estamos mais ativos em licitações hoje. Ele está muito maduro em telemedicina. Comparando com outros estados, estamos falando de universos completamente diferentes. A região Centro-Oeste está em uma tendência muito forte, mas em outras regiões não vemos grandes movimentos. Apesar de a telemedicina ser recém-regulamentada, ainda depende muito de um bem querer das pessoas. Alguém que quer fazer isso nascer. A tecnologia está consolidada, mas quando chega um ator disruptivo, se os envolvidos não estiverem com os bons olhos para inserir a telemedicina, não vai para frente.

Como é a parceria com o Hospital Pequeno Príncipe?

Fabio Mattoso – O Hospital Pequeno Príncipe é um dos nossos investidores, através da Associação Eunice Weaver. Cerca de 40% do atendimento é prestado ao SUS, o que o torna um hospital deficitário em lucro, mas que recupera isso através de doações em geral ou de imposto de renda. É totalmente publicizado a maneira como ele trabalha, com seriedade e transparência. O Hospital atende municípios específicos no Paraná utilizando Tyto. Paranaguá e a comunidade indígena de Kakané Porã, por exemplo. O Pequeno Príncipe faz um trabalho belíssimo de atendimento ao SUS, seja para telessaúde, para doenças de alta complexidade, patologias congênitas, pacientes oncológicos ou cirurgias críticas em neonatos. Eles já tratam igual o paciente da saúde suplementar e do SUS. São atendidos na mesma sala, pelo mesmo médico e com hotelaria igual, o que é difícil de ver. Profissionais de saúde nunca viram isso antes. É normal as Santas Casas atenderem ambos sistemas, mas a saúde suplementar na entrada principal e o SUS pela porta da rua lateral. O Pequeno Príncipe atende todo mundo igual, e na alta complexidade. Além de contar com faculdade, centro de pesquisas, centro genômico, unidade oncológica e de transplante. Fico muito orgulhoso de saber que um dos nossos investidores faz um trabalho tão bonito quanto esse.

E além do SUS?

Fabio Mattoso – Fora isso, estamos atendendo o sistema carcerário, que era uma grande dor. A dificuldade do médico lá é ter a colaboração do paciente e também a ajuda de outros colegas dele para o tratamento ou acompanhamento. O médico ficar em uma entidade distante do preso não é o que realmente ajuda. Estar inserido dentro do contexto também é prejudicial, tanto para o médico – porque coloca em risco –, quanto para a população prisional. Muitas vezes instrumentos de telemedicina são importantes como ferramentas para aproximação de extremos, quando você não tem médico, especialista ou subespecialistas para população ou através de interconsultas.

No SUS, a entrada da Tuinda é feita através de parcerias com empresas de telemedicina ou sozinha, em contratos diretos com as próprias prefeituras?

Fabio Mattoso – Em alguns casos, entramos em parceria porque é uma solução mais completa, não queremos colocar só o device. O device sozinho vira um peso de papel, como um estetoscópio normal. Quando entramos prestando serviços médicos ou com uma empresa de telemedicina/telessaúde, às vezes precisa ter todo um aparato para atendimento remoto, mas ao mesmo tempo precisa ter funcionários físicos. Nesse ambiente híbrido a gente não opera, porque aumenta muito a complexidade e esforço, é mais fácil a gente entrar em associação. É muito transparente.

Na sua visão, quais os maiores desafios do SUS?

Fabio Mattoso – Há vários desafios. O primeiro deles, independente se na esfera federal, estadual ou municipal, é que não falta profissionais em um âmbito global, o que falta é uma distribuição demográfica para isso. Faltam especialistas. Quando você busca atendimento médico, você espera alguém que te dê um norte, uma luz. Não obrigatoriamente essa pessoa vai resolver seu problema, mas que pelo menos consiga te encaminhar para o especialista correto. Esse é o segundo ponto de dor do SUS. A gente não tem especialistas para cobrir tudo. Em São Caetano do Sul trabalhamos em grupos específicos, com linhas de cuidado, para cardiologia e dermatologia. A falta de dermatologistas no país é um ponto importante. Um dos cânceres que mais mata é o melanoma, por falta de diagnóstico. Então, um médico com formação generalista ao utilizar o TytoCare como um instrumento de triagem, consegue dizer que a lesão é suspeita e encaminha para um especialista. Em cardiologia atendemos grupos específicos de pessoas com doenças crônicas que precisam de atendimento e não será através de uma Unidade Básica de Saúde. Precisa de um atendimento com um médico acostumado a tratar doenças crônicas e orientar a buscar uma farmácia com tratamentos adequados.

Qual a contribuição do dispositivo para trazer mais resolutividade na telessaúde?

Fabio Mattoso – Em São Caetano zerou a fila de atendimentos para pacientes cardiológicos, por exemplo. Quando falamos que zerou uma fila é muito tocante. A cardiologia tem um peso muito grande, potencializado por patologias prévias como diabetes e hipertensão. Tinha uma lista de espera que foi zerada, é um sinal de orgulho para a gente, e simplesmente porque conectamos um médico especialistas com um médico generalista na ponta. O TytoCare é um estetoscópio também, tem uma ausculta pulmonar, cardíaca e carótida perfeita, comparado a um Littmann digital. A própria FDA diz isso: comparado ao melhor estetoscópio do mundo para pequenas alterações cardíacas, que poderiam passar despercebidos pela utilização de um estetoscópio convencional. Para um leigo é tudo a mesma coisa, pode achar que é preciosismo. Mas se você usa no dia a dia um fone de ouvido ruim, vai ouvir a essência da coisa, mas vai perder detalhes. Na saúde, vai comprometer o diagnóstico. A acurácia depende de qualidade. Além disso, mede função cardíaca. Todas essas informações médicas são armazenadas em cloud, tem o efeito comparativo que não existe hoje, já que depende da memória do médico, que depois de 10 pacientes já esqueceu. Além disso, está gravado. Há dúvidas? Escuta novamente ou faz uma teleinterconsulta com um especialista para ver os detalhes.

Qual a principal barreira para atuar no SUS?

Fabio Mattoso – Vejo resistência dos profissionais de saúde. É muito mais simples andar com um estetoscópio no pescoço, auscultar e mandar o paciente embora. Com o dispositivo vai gastar alguns segundos a mais, mas as informações vão estar salvas para sempre. Existe essa resistência, assim como existe para diabetes, por exemplo. O resultado da glicemia no dispositivo dá um resultado, se ninguém transcrever para um prontuário, a informação está perdida. Gestores não têm resistência. Quando ele olha, observa se é um instrumento de custo, que vai trazer uma economia ou qualidade na melhora de atendimento. Cada um pensa na sua realidade naquele momento, o que é legítimo. Avalia-se caso a caso. Na saúde suplementar, temos clientes operadoras que veem o Tyto como uma ferramenta de saving. Se mando um dispositivo para a casa de um paciente que tem uma patologia específica e remotamente consegue atender esse paciente, ele não precisa ir a unidade. A vaga do pronto-socorro fica livre para outro paciente, reduzindo inclusive, o pedido de exames desnecessários. Existe uma resistência sim, mas é muito mais pelo lado humano do que pelo lado de gestão. 

Vocês atuam através do modelo de assinatura. Os acordos com prefeituras ou estados seguem o mesmo modelo?

Fabio Mattoso – Estamos trabalhando com todos os clientes com esse modelo de assinatura porque achamos melhor. A desvantagem para nós é entrar menos dinheiro de capex, o retorno é mais a longo prazo. Mas é prazeroso saber que esse modelo propicia que mais pessoas tenham acesso a tecnologia. E aí, como gestor, vou ganhar de qualquer jeito, mas vou ganhar um pouco mais pra frente porque não vai ser um modelo transacional. Temos algumas licitações que querem fazer a compra transacional, onde ganharíamos mais dinheiro, mas entramos em um problema de manutenção da solução. Não é caro o suficiente para vender um suporte, é mais fácil trocar o equipamento se acontecer alguma coisa. O modelo de assinatura é mais vantajoso para todo mundo. Porém, existe um hábito dos modelos de licitação que tratam dispositivos médicos igual insumos. Um vidro de constaste radiológico não pode ser tratado como um equipamento de tomografia computadoriza. Mas é. Quantos lugares tem um mamógrafo, mas está parado há tanto tempo porque não tem peças, porque não tinha um contrato de manutenção? Se tivesse um modelo de assinatura ou um modelo de subscrição, o ativo não fica da União. A responsabilidade é do fabricante em fazer a manutenção. Não tem que lidar com a obsolescência de hardware, software ou uma solução. O modelo é respeitosamente viciado a tratar tudo da mesma maneira, e não posso tratar uma solução de tecnologia como se fosse uma caixa de filme de raio-x.

Como a política do Governo para ampliar a saúde digital pode ser uma oportunidade para a Tuinda?

Fabio Mattoso – Vejo uma oportunidade de negócios gigantesca. Está sendo conduzido pela Ana Estela Haddad de um modo primoroso, dentro de todas as dificuldades que tem de regulamentação ou como lida com dados médicos. Mas não é para amanhã. Tudo tem que ter um começo. Demora para sair, mas quando sair, a inércia vai levando. Uma vez que documenta todo o histórico médico do paciente, começa a ter ferramentas de gestão na sua mão que te ajudam não somente na gestão do indivíduo e suas patologias, mas na gestão municipal, estadual ou federal de como o recurso está sendo utilizado. Por isso vejo com excelentes olhos. Não é um programa tapa buraco, que se mudar o governo ele irá mudar. Não tem mais volta. Está sendo muito bem conduzido, mas não é uma coisa que vai acontecer do dia para a noite justamente pelo peso que ele carrega, de seriedade, regulamentação e legislação envolvidas.

E vocês têm capacidade para atender a demanda de todo o país ou há uma limitação na produção da TytoCare?

Fabio Mattoso – A Tuinda é acelerada por duas grandes instituições, o Hospital Pequeno Príncipe e o Hospital Infantil Sabará. Houve um investimento financeiro agressivo justamente para termos um estoque muito sólido. Diferente de outras empresas, que vendem primeiro, correm atrás do dinheiro para fazer, tiramos as licenças de Anvisa, Inmetro e Anatel, construímos a empresa e a partir daí fomos para mercado. Estamos 100% confortáveis com a nossa capacidade atual e com a capacidade de investimentos dos acionistas. Infelizmente, essas limitações atingem o grosso das startups, que tem um grande ideia e vendem para virar um unicórnio ou dependem do dinheiro alheio. A Tuinda tem que ser auditada por duas das big four [empresas de auditoria multinacionais] e faz impairment tests todos os anos. Temos um nível de governança e compliance muito alto, justamente pela capacidade de investimentos dos nossos investidores.

Como você vê a Tuinda nos próximos anos?

Fabio Mattoso – Tenho certeza que estaremos mais consolidados no setor privado, porque tem uma capacidade e velocidade mais rápida para gerar negócios, mas gostaríamos de estar envolvidos no SUS, porque é onde a gente mais precisa de atendimento médico – e não é por falta de médicos. Hoje, temos 575 mil médicos, em pouco tempo vão existir 1 milhão de médicos. Não vai faltar. Mas ao mesmo tempo, vemos notícias de que quase 800 mil pessoas no Rio de Janeiro vão se beneficiar com a chegada de profissionais do Mais Médicos. Estamos falando de 200 médicos. Pegamos um estado do tamanho do Rio de Janeiro e estamos falando que virou um super anúncio colocar 200 médicos a mais lá, sendo que médicos não faltam. Faltam especialistas. O que me incomoda muito é a distribuição demográfica e o acesso. Estamos falando de um país do tamanho do Brasil que só tem 2.500 oncologistas. Gostaria de ver a Tuinda distribuindo mais acesso, estar mais no SUS ajudando como ferramenta de diagnóstico, tratamento e evitando agravos de patologias.

Créditos: https://futurodasaude.com.br/fabio-mattoso-tuinda-care/?trk=organization_guest_main-feed-card_feed-article-content

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Sírio-Libanês realiza cirurgia com dados visualizados em 3D em óculos de realidade mista para remoção de tumor

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Sírio-Libanês foi pioneiro em beneficiar o processo cirúrgico com a realidade mista, e ninguém está comemorando mais essa notícia do que o servidor público aposentado, José Maria Cardoso de Sena, 65 anos. José, ex-fumante que hoje pratica atividades físicas, é um paciente oncológico que passou por uma cirurgia de remoção de uma parte do seu pulmão no dia 11 de maio. A lesão, inicialmente detectada em uma tomografia em outubro de 2023, foi diagnosticada por meio de uma biópsia em março de 2024.

A remoção do tumor foi realizada durante um procedimento médico chamado Segmentectomia Pulmonar Anatômica Robótica. O grande diferencial foi justamente o uso de óculos de realidade mista, combinando dados de diferentes fontes de informação e oferecendo-os em formato 3D para os médicos durante a cirurgia. A informação dos óculos não é apenas ilustrativa, mas fundamental para tornar o procedimento ainda mais minimamente invasivo e com altíssima precisão.

A cirurgia foi realizada no Hospital Sírio-Libanês de Brasília pela equipe do cirurgião torácico Humberto Alves de Oliveira, responsável pela cirurgia torácica do Hospital Sírio-Libanês e do Hospital de Base da Secretaria Estadual de Saúde do GDF, com a ajuda da Paula Ugalde, cirurgiã torácica do Brigham and Women’s Hospital em Boston, EUA, e da Isabela Silva Müller, radiologista especializada em tórax e reconstrução 3D radicada no Canadá.

O procedimento durou cerca de três horas e foi um sucesso. José já se recupera em casa. “Estou muito feliz com o resultado da cirurgia, sem limitações no pós-cirúrgico e só tive que tomar medicação simples para dor”, disse o paciente. “A equipe médica foi muito atenciosa e profissional, e a tecnologia de realidade aumentada me deu a certeza de que estava recebendo o melhor tratamento possível.”

O pioneirismo deste procedimento está na incorporação da realidade mista no processo de planejamento prévio e na execução do procedimento com imagens digitais projetadas sobre o campo de visão real do cirurgião. Não se trata apenas do uso dos óculos durante a cirurgia, mas de toda a jornada de informações personalizadas do paciente para gerar as informações 3D disponíveis no momento da cirurgia para a equipe médica. As imagens processadas em um software, desenvolvido pela Garagem de Inovação da Alma Sírio-Libanês, possibilitaram à equipe médica a visualização da tomografia do pulmão em 3D através dos óculos, permitindo a percepção real de profundidade, com as estruturas pulmonares do paciente e o tumor isoladas e demarcadas com detalhes difíceis de visualizar em uma tela bidimensional. Isso apoiou a discussão do caso, reduzindo o tempo de procedimento e permitindo uma melhor precisão.

A Segmentectomia Pulmonar Anatômica Robótica é um tipo de cirurgia minimamente invasiva que remove uma pequena parte do pulmão, preservando a maior parte do órgão. Essa cirurgia tornou-se padrão recentemente nos grandes centros mundiais no tratamento de câncer de pulmão precoce, mas também pode ser utilizada para tratar outras doenças pulmonares benignas, como enfisema, más formações pulmonares em crianças e bronquiectasias, por exemplo. Na prática, a maior precisão na visualização e o advento dessa tecnologia permitiram retirar um pedaço menor do pulmão afetado pelo tumor, que estava localizado em uma parte bastante delicada, para uma cirurgia curativa e sem comprometer a função pulmonar. “Essa tecnologia nos proporcionou uma visão muito mais precisa da anatomia do paciente, o que nos permitiu realizar a segmentectomia com maior segurança, menor sangramento e menor risco de complicações”, explicou Humberto. “Isso resultou em uma cirurgia mais rápida e menos traumática para o paciente, que já estava em casa após 48 horas do término da cirurgia.”

A experiência e o conhecimento da equipe, aliados à tecnologia inovadora da realidade mista, foram fundamentais para o sucesso da cirurgia. “Essa foi uma experiência muito gratificante para toda a equipe”, disse Paula A. Ugalde, Cirurgiã Torácica e Professora Associada da Harvard Medical School. “Poder utilizar essa tecnologia de ponta para ajudar um paciente e melhorar sua qualidade de vida é algo realmente especial.”

A equipe médica contou também com a participação da Dra. Isabela Silva Müller, Radiologista Torácica e Coordenadora do Centro Integrado do Tórax AMO/DASA, Médica Responsável pelo Planejamento Cirúrgico Torácico da BMK 3D, Doutora em Radiologia Clínica pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) com fellowship em Radiologia Torácica pela University of British Columbia. Ela ajudou os cirurgiões na sala cirúrgica a entenderem e encontrarem as variações anatômicas específicas nesses casos, destacadas previamente na reconstrução 3D feita nos exames de tomografia dos pacientes.

Um marco na medicina brasileira

Essa cirurgia marca um importante passo na utilização da realidade mista na medicina brasileira. Essa tecnologia tem o potencial de revolucionar diversos procedimentos médicos, proporcionando maior precisão, segurança e melhores resultados para os pacientes. “Esse trabalho é resultado de um investimento contínuo em cultura de early user para inovações que podem melhorar a vida dos pacientes e melhorar a eficiência e os desfechos clínicos”, diz Conrado Tramontini, gerente da Garagem de Inovação do Sírio-Libanês. “Essa tecnologia tem o potencial de transformar a forma como realizamos cirurgias, beneficiando milhares de pacientes em todo o país”, reforça.

A Garagem de Inovação faz parte da vertical de tecnologia da instituição, Alma Sírio-Libanês, e é um espaço dedicado ao desenvolvimento de novas tecnologias para a área da saúde. A Garagem reúne profissionais de diversas áreas, como medicina, engenharia e informática, para trabalhar em conjunto na criação de soluções inovadoras que melhorem a qualidade de vida dos pacientes.

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Projeto fixa prazo de 60 dias para início do tratamento de autismo

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O Projeto de Lei 1589/24 institui prazo de até 60 dias para o início do tratamento da pessoa com transtorno do espectro autista (TEA) no Sistema Único de Saúde (SUS) ou por planos privados. O prazo deverá ser contado a partir do dia em que for firmado o diagnóstico em laudo patológico.

Em análise na Câmara dos Deputados, o texto insere a medida na Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Hoje, a lei já prevê como direito dessas pessoas o acesso a ações e serviços de saúde, o diagnóstico precoce e o atendimento multiprofissional.

“No entanto, esses pacientes têm tido dificuldades de iniciarem o tratamento, tanto na rede pública como na rede de saúde privada. Em alguns casos, aciona-se o Poder Judiciário, a fim de se fazer jus a esse direito”, afirma a autora do projeto, deputada Clarissa Tércio (PP-PE).

“Entende-se pertinente um prazo fixo para início do tratamento, a fim de que haja esforço concentrado no atendimento dos pacientes”, acrescenta.

Tramitação

A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; de Saúde; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para virar lei, a proposta também precisa ser aprovada pelos senadores. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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Hospital Moinhos de Vento promove debate gratuito sobre Big Data e BI

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Milhares de dados são produzidos diariamente nas instituições de saúde, desde relatórios sobre tratamento de pacientes até fluxos de caixa e gestão operacional. Gerenciar todas essas informações, na maioria complexas e sensíveis, pode ser um desafio. Para debater esse assunto, o Hospital Moinhos de Vento promove o evento “Big Data e Bl: como visualizar dados e gerar insights na saúde”, na próxima quinta-feira (4), das 10h às 12h, no Auditório Moinhos.

O encontro é o terceiro do programa Moinhos em Série – que está discutindo a transformação digital no setor – e terá como palestrante convidado o CEO do iMaps e Founder da Obra.ai, DataSchool, DataLakers & iMaps, Celedo Lopes, com moderação do Gerente de TI do Hospital Moinhos de Vento, Tiago Abreu. O superintendente Administrativo, Evandro Moraes, fará a abertura e mediação do encontro.

“No Moinhos, gerimos diariamente uma carga massiva de informações. Com os recursos do BI, elas são convertidas em dados para melhor gestão, direcionamento e tomada de decisões. Neste evento, iremos abordar a importância desse gerenciamento por meio da governança desses indicadores e os reflexos positivos em diversas áreas”, explica Moraes.

O encontro é gratuito e poderá ser acompanhado de modo presencial ou via transmissão online. Aberta ao público, a iniciativa é coordenada pelo comitê científico de Transformação Digital do Hospital Moinhos de Vento.

Moinhos em Série

O Hospital Moinhos de Vento está fomentando discussões sobre inovação e tecnologia com encontros periódicos. Entre os assuntos já abordados estão Governança de dados na era da informação e Interoperabilidade e Integração de Sistemas, que podem ser assistidos pelo canal do Youtube da instituição.


Serviço
Moinhos em Série – Big Data e Bl: como visualizar dados e gerar insights na saúde
Data: quinta-feira (4)
Horário: das 10h às 12h
Local: Auditório Moinhos (Rua Tiradentes, 333 – Bloco B)
Inscrições: gratuitas aqui.

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