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Antonio Campos analisa a formação do cartel pelos planos de saúde da Rede D’Or, Sulamérica e Bradesco Seguros para criar rede de hospitais

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A saúde suplementar está na UTI. O cartel de preços dos planos de saúde. Agora, Rede D’Or-Sulamérica se aliam em joint ventura ao Bradesco Seguros para criar a Atlântica Hospitais. É a Saúde Suplementar cada vez mais nas mãos de poucos. Usuários dos planos, hospitais e entidades de defesa, uni-vos.

1.Aumento abusivo

Publiquei um texto, nesse início do ano, sobre os aumentos abusivos dos planos de saúde, o que vinha alertando, inclusive em artigo publicado, desde março de 2023. Destaco artigo publicado essa semana no Jornal de Pernambuco sobre o tema. Em 2023, os planos tiveram reajustes em torno de 25%, bem superior a uma inflação que fechou em 4,62%. Sete em cada dez usuários de saúde suplementar comprometem até um terço com despesas médicas da sua renda mensal, segundo recente pesquisa.

2.Concentração econômica no setor da saúde já é uma realidade e não é saudável

A realidade atual é a oligopolização da cadeia econômica de saúde e não apenas a concentração no mercado securitário de planos de saúde, também englobando seguros e serviços de saúde privados. A estratégia é a verticalização de clínica, laboratório, hospital e farmácia, numa cadeia societária interligada, gerando uma oligopolização do setor de saúde privado no Brasil. Tal fenômeno, se não acompanhado pelas entidades reguladoras para coibir os excessos vai deixar o sistema complementar de saúde na UTI, mas com paciente fora dela, quando precisar. Tal oligopolização passa também por uma combinação tácita ou combinada pelos preços, numa tabela geral para os planos no Brasil. É um cartel.

3.A fusão da rede D’Or e Sulamérica pelo CADE, algo emblemático. Agora, faz joint venture com o Bradesco Seguros e cria a Atlântica Hospitais.

O CADE aprovou sem restrições a fusão entre a Rede D’Or e a Sulamérica, com 5 conselheiros e o presidente a favor, contra 1 voto com pedido de imposição de remédio. Um grande número de entidades questionou o negócio, uma vez que a legislação não permite que operadoras de planos de saúde e administradoras de benefício façam parte de um mesmo grupo econômico. O CADE considerou que seria apenas preocupante concentrações acima de 30%, e que a união dos dois teria um market share apenas de 20%. Ora, de 20% para 30% é um pulo.
Coube a ANS se debruçar sobre a questão societária da Rede D’Or na Qualicorp, que é algo relevante. Esse modelo de negócio tem levado a uma concentração econômica que gera oligopólio, fixação de preço, eliminação de concorrência, entre outras práticas que prejudicam a livre concorrência. O esperado em uma fusão desta natureza com severas repercussões diretas sobre a assistência à vida seria a imposição de restrição de práticas a tal grupo econômico, o que além de não acontecer serviu de um incentivo a mais para que agora a Rede D’Or – Sulamérica criasse a Atlântica Hospitais juntamente com o Bradesco Seguros, ampliando a já grande concentração operada no setor.
Segundo informações do mercado financeiro, a Sulamérica, agora parte da Rede D’Or seria um grande aplicador do mercado de títulos públicos, onde estaria ganhando rios de dinheiro, daí a sua menor preocupação com o número de usuários.

4.O caso Amil

A Amil tinha um passivo de mais de R$ 20 bilhões. Tentou vender o grupo para um plano inexpressivo de São Paulo, que foi vetado, na última hora, pela ANS, ante iniciativas do Tribunal de Contas da União. Agora, está sendo vendida ao empresário José Seripieri Filho, que fundou a Qualicorp e a Qsaúde. É um assunto que merece um acompanhamento especial, quanto a capacidade financeira do adquirente.

5. Golden Cross / Unimed – Rio

Outro caso emblemático, foram as quebras da Golden Cross, que foi incorporada pela Unimed – Rio, deixando os usuários sem assistência, o que tem sido objeto de ações judiciais para os usuários serem atendidos até em outras Unimeds.

6.ANS omissa

Cabe a ANS regular e fiscalizar como os players estão se comportando no mercado. Se ofertam rede credenciada adequada; se seguem os padrões contratuais fixados na ANS; se repassam reajustes à rede de prestadores; entre outras tarefas.
Para a atual realidade do sistema complexo de saúde suplementar a atuação da ANS está extremamente deficiente, prejudicando os usuários e os hospitais independentes, que não vêm outra alternativa a não ser fechar ou ser vendidos às grandes redes. Outro aspecto, é a fiscalização contra aumentos abusivos, que tem sido deficiente.

7.É preciso um CADE mais atuante e vigilante, inclusive pela cartelização da saúde e eliminação da concorrência, práticas vedadas

Um grupo de juristas e de entidades de usuários estão elaborando uma representação denunciando diversas práticas que ferem a livre concorrência ao Ministério Público com assento no CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica, para abertura de investigação e adoção de medidas cautelares, inclusive cartel de preços. São muitas as denúncias diárias de infrações, fruto de um sistema que está se oligopolizando. Outras iniciativas jurídicas e políticas também estão sendo estudadas, inclusive no TCU quanto a atuação da ANS.

1.Aumento abusivo

Publiquei um texto, nesse início do ano, sobre os aumentos abusivos dos planos de saúde, o que vinha alertando, inclusive em artigo publicado, desde março de 2023. Destaco artigo publicado essa semana no Jornal de Pernambuco sobre o tema. Em 2023, os planos tiveram reajustes em torno de 25%, bem superior a uma inflação que fechou em 4,62%. Sete em cada dez usuários de saúde suplementar comprometem até um terço com despesas médicas da sua renda mensal, segundo recente pesquisa.

2.Concentração econômica no setor da saúde já é uma realidade e não é saudável

A realidade atual é a oligopolização da cadeia econômica de saúde e não apenas a concentração no mercado securitário de planos de saúde, também englobando seguros e serviços de saúde privados. A estratégia é a verticalização de clínica, laboratório, hospital e farmácia, numa cadeia societária interligada, gerando uma oligopolização do setor de saúde privado no Brasil. Tal fenômeno, se não acompanhado pelas entidades reguladoras para coibir os excessos vai deixar o sistema complementar de saúde na UTI, mas com paciente fora dela, quando precisar. Tal oligopolização passa também por uma combinação tácita ou combinada pelos preços, numa tabela geral para os planos no Brasil. É um cartel.

3.A fusão da rede D’Or e Sulamérica pelo CADE, algo emblemático. Agora, faz joint venture com o Bradesco Seguros e cria a Atlântica Hospitais.

O CADE aprovou sem restrições a fusão entre a Rede D’Or e a Sulamérica, com 5 conselheiros e o presidente a favor, contra 1 voto com pedido de imposição de remédio. Um grande número de entidades questionou o negócio, uma vez que a legislação não permite que operadoras de planos de saúde e administradoras de benefício façam parte de um mesmo grupo econômico. O CADE considerou que seria apenas preocupante concentrações acima de 30%, e que a união dos dois teria um market share apenas de 20%. Ora, de 20% para 30% é um pulo.
Coube a ANS se debruçar sobre a questão societária da Rede D’Or na Qualicorp, que é algo relevante. Esse modelo de negócio tem levado a uma concentração econômica que gera oligopólio, fixação de preço, eliminação de concorrência, entre outras práticas que prejudicam a livre concorrência. O esperado em uma fusão desta natureza com severas repercussões diretas sobre a assistência à vida seria a imposição de restrição de práticas a tal grupo econômico, o que além de não acontecer serviu de um incentivo a mais para que agora a Rede D’Or – Sulamérica criasse a Atlântica Hospitais juntamente com o Bradesco Seguros, ampliando a já grande concentração operada no setor.
Segundo informações do mercado financeiro, a Sulamérica, agora parte da Rede D’Or seria um grande aplicador do mercado de títulos públicos, onde estaria ganhando rios de dinheiro, daí a sua menor preocupação com o número de usuários.

4.O caso Amil

A Amil tinha um passivo de mais de R$ 20 bilhões. Tentou vender o grupo para um plano inexpressivo de São Paulo, que foi vetado, na última hora, pela ANS, ante iniciativas do Tribunal de Contas da União. Agora, está sendo vendida ao empresário José Seripieri Filho, que fundou a Qualicorp e a Qsaúde. É um assunto que merece um acompanhamento especial, quanto a capacidade financeira do adquirente.

5. Golden Cross / Unimed – Rio

Outro caso emblemático, foram as quebras da Golden Cross, que foi incorporada pela Unimed – Rio, deixando os usuários sem assistência, o que tem sido objeto de ações judiciais para os usuários serem atendidos até em outras Unimeds.

6.ANS omissa

Cabe a ANS regular e fiscalizar como os players estão se comportando no mercado. Se ofertam rede credenciada adequada; se seguem os padrões contratuais fixados na ANS; se repassam reajustes à rede de prestadores; entre outras tarefas.
Para a atual realidade do sistema complexo de saúde suplementar a atuação da ANS está extremamente deficiente, prejudicando os usuários e os hospitais independentes, que não vêm outra alternativa a não ser fechar ou ser vendidos às grandes redes. Outro aspecto, é a fiscalização contra aumentos abusivos, que tem sido deficiente.

7.É preciso um CADE mais atuante e vigilante, inclusive pela cartelização da saúde e eliminação da concorrência, práticas vedadas

Um grupo de juristas e de entidades de usuários estão elaborando uma representação denunciando diversas práticas que ferem a livre concorrência ao Ministério Público com assento no CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica, para abertura de investigação e adoção de medidas cautelares, inclusive cartel de preços. São muitas as denúncias diárias de infrações, fruto de um sistema que está se oligopolizando. Outras iniciativas jurídicas e políticas também estão sendo estudadas, inclusive no TCU quanto a atuação da ANS.

8.A estratégia dos planos em 2024 é o reajuste dos planos

O foco das operadoras de planos de saúde em 2024 é reajustar os planos, mesmo que perca clientes. Privilegiar rentabilidade, mesmo que implique em perder segurados. Após um prejuízo de mais de 10 bilhões em 2022, por diversas razões, os planos tomaram essa decisão estratégica. Muitos usuários começaram um 2024 perplexos ante o tamanho do aumento dos seus planos de saúde.

9.A judicialização da saúde

A realidade da judicialização da saúde, em razão de várias práticas abusivas dos planos de saúde é uma realidade, infelizmente. Os planos tem tentado criar mecanismos de desjudicializar as contendas do mercado securitário e criar precedentes contra os usuários. O que é necessário é ter o justo equilíbrio e evitar os excessos, que devem ser coibidos, seja de usuários ou dos planos, mas nunca tentar defender o não acesso à Justiça.
Na realidade, o maior plano de saúde do Brasil, maior que qualquer plano privado, é saber utilizar corretamente o SUS, buscar os direitos assegurados pela Constituição, pela via judicial ou não.

10.Usuários dos planos e entidades de defesa, uni-vos.

Mais do que nunca os usuários de planos de saúde e as entidades de defesa dos usuários devem se unir e fazer uma reflexão sobre o momento porque passa o sistema suplementar de saúde buscando saídas que preservem o direito dos usuários e que também permita que os planos sobrevivam, buscando o justo equilíbrio dos direitos, especialmente os valores dos planos que estão insuportáveis.
Contudo, é preciso compreender que estamos em uma nova realidade ainda mais complexa e que precisa a atuação enérgica e inteligente para a defesa dos usuários e cidadãos. Ou se age logo, extirpando casuísmos, ou o paciente vai morrer e com ele também o sistema suplementar de saúde, porque a dose do remédio do tamanho dos reajustes pode virar veneno e matar o seu cliente, reduzindo a carteira de clientes, a gerar grande desequilíbrio, numa crise sistêmica.
Estou nessa luta em favor dos usuários e da vida, mas sempre na busca do equilíbrio dos direitos dos planos e dos usuários. Contudo, nessa relação de consumo, a parte mais fraca é o usuário do plano de saúde, inclusive por disposição legal.

Autor

*Antônio Campos é advogado e atua também nesta área de direito da saúde

8.A estratégia dos planos em 2024 é o reajuste dos planos

O foco das operadoras de planos de saúde em 2024 é reajustar os planos, mesmo que perca clientes. Privilegiar rentabilidade, mesmo que implique em perder segurados. Após um prejuízo de mais de 10 bilhões em 2022, por diversas razões, os planos tomaram essa decisão estratégica. Muitos usuários começaram um 2024 perplexos ante o tamanho do aumento dos seus planos de saúde.

9.A judicialização da saúde

A realidade da judicialização da saúde, em razão de várias práticas abusivas dos planos de saúde é uma realidade, infelizmente. Os planos tem tentado criar mecanismos de desjudicializar as contendas do mercado securitário e criar precedentes contra os usuários. O que é necessário é ter o justo equilíbrio e evitar os excessos, que devem ser coibidos, seja de usuários ou dos planos, mas nunca tentar defender o não acesso à Justiça.
Na realidade, o maior plano de saúde do Brasil, maior que qualquer plano privado, é saber utilizar corretamente o SUS, buscar os direitos assegurados pela Constituição, pela via judicial ou não.

10.Usuários dos planos e entidades de defesa, uni-vos.

Mais do que nunca os usuários de planos de saúde e as entidades de defesa dos usuários devem se unir e fazer uma reflexão sobre o momento porque passa o sistema suplementar de saúde buscando saídas que preservem o direito dos usuários e que também permita que os planos sobrevivam, buscando o justo equilíbrio dos direitos, especialmente os valores dos planos que estão insuportáveis.
Contudo, é preciso compreender que estamos em uma nova realidade ainda mais complexa e que precisa a atuação enérgica e inteligente para a defesa dos usuários e cidadãos. Ou se age logo, extirpando casuísmos, ou o paciente vai morrer e com ele também o sistema suplementar de saúde, porque a dose do remédio do tamanho dos reajustes pode virar veneno e matar o seu cliente, reduzindo a carteira de clientes, a gerar grande desequilíbrio, numa crise sistêmica.
Estou nessa luta em favor dos usuários e da vida, mas sempre na busca do equilíbrio dos direitos dos planos e dos usuários. Contudo, nessa relação de consumo, a parte mais fraca é o usuário do plano de saúde, inclusive por disposição legal.

Autor

*Antônio Campos é advogado e atua também nesta área de direito da saúde

Créditos: https://www.opoder.com.br/noticias/17696/artigo-antonio-campos-analisa-a-formacao-do-cartel-pelos-planos-de-saude-da-rede-dor-sulamerica-e-bradesco-seguros-para-criar-rede-de-hospitais

Atualidades

Inca e sociedades médicas divergem quanto rastreamento do câncer de pulmão

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Em debate na Comissão Especial sobre Combate ao Câncer, na Câmara dos Deputados, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e a Aliança contra o Câncer do Pulmão, formada por seis sociedades médicas, divergiram quanto à ênfase no rastreamento entre as estratégias de enfrentamento à doença. Atualmente, o câncer de pulmão é o terceiro mais incidente entre os homens e o quarto entre as mulheres. São cerca de 32 mil novos casos por ano no Brasil e 1,7 milhão no mundo. Cerca de 90% dos casos estão associados ao fumo e os sintomas começam a aparecer em estágio avançado da doença, geralmente acima dos 50 anos de idade.

Por esses motivos, o diretor-geral do Inca, Roberto de Almeida Gil, fez defesa enfática das campanhas de controle do tabagismo e de diagnóstico precoce como “única forma de lidar com aumento dos casos em decorrência do envelhecimento da população”. Ele ressaltou que as políticas públicas de prevenção reduziram a incidência da doença de 35% para 12%, acompanhada de queda na mortalidade sobretudo entre os homens, desde 2005.

Segundo Gil, o rastreamento possui potenciais benefícios e riscos para o paciente. Também há preocupação com índice de resultados falso-positivos em pacientes com tuberculose e outras doenças.  “A gente tem que ter muito cuidado, porque a nossa rede de atenção hoje ainda não está preparada nem para lidar com a doença avançada. A gente tem muitos gargalos. Que um programa de rastreamento não venha estrangular todo um sistema que hoje já está muito estressado”.

Já o presidente de honra da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Carlos Gil Ferreira, admitiu a relevância das campanhas de conscientização, mas disse que as estratégias de rastreamento são “janela de oportunidade para o enfrentamento da doença”.

Tomografias

O diretor científico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT), Daniel Bonomi, lembrou que as práticas antigas de raio-x e exame de escarro foram substituídas por tomografia computadorizada de baixa dose (TCBD), com resultados positivos para diagnóstico e tratamento.

“O mundo tecnológico avançou demais, com investimento e tomografia de baixa dosagem. A pandemia mostrou que a gente tem tomografia suficiente. Basta mudar a dosagem. É simples. E o rastreamento é o começo de uma melhora na medicina respiratória”.

Representantes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) citaram evidências científicas de que o rastreamento “antecipa diagnóstico e reduz a mortalidade”.

As Sociedades Brasileiras de Patologia (SBP) e de Radioterapia (SBRT) também integram a Aliança contra o Câncer de Pulmão, com apoio da Associação Médica Brasileira (AMB).

Projetos

Organizadora do debate, a deputada Flávia Morais (PDT-GO) já é autora do Projeto de Lei 2158/24, que restringe a comercialização de cigarro eletrônico. Ela acaba de oficializar o Projeto Lei 2550/24, com normas para o rastreamento da doença.

“Esse projeto vai estabelecer as diretrizes de rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de pulmão. Hoje nós já temos as leis que tratam desse assunto sobre outros tipos de câncer, como mama e próstata”.

Durante a audiência, médicos apresentaram experiências bem-sucedidas de rastreamento de câncer de pulmão em hospitais de São Paulo e do Rio Grande do Sul, inclusive com pacientes do Sistema Único de Saúde. Em nome do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (CONASS), César Neves, do Paraná, defendeu a prevenção e também mostrou entusiasmo com as estratégias de rastreamento.

“Nós temos que ter uma atenção primária com olhos vigilantes para sintomas muitas vezes incipientes e fazermos a prevenção. E não temos dúvida de que o rastreamento precoce vai mudar a história natural dos pacientes e aliviar também os cofres do combalido sistema público, que gasta muito mais em tratamentos em fase adiantada e em medicina paliativa”.

Neves também defendeu a regulamentação da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (Lei 14.758/23), com reforço no papel da atenção primária. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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Atualidades

Jornada de Saúde Digital reunirá desenvolvedores de tecnologia e gestores

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No próximo dia 26 de julho, das 8h às 18h, a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) realizará, em parceria com a InovaHC e Moso, a Jornada de Saúde Digital. O evento abordará a transformação digital que acontece no setor da saúde e trará uma visão de como as tecnologias avançadas podem aprimorar a qualidade da assistência ao paciente, o suporte aos profissionais de saúde e a eficiência operacional nos cuidados em saúde da população.

A Jornada reunirá profissionais de saúde, gestores, desenvolvedores de tecnologias interessados no tema para conhecerem as mais recentes tendências e os desafios da Saúde Digital. O evento terá palestras, debates, mesas redondas e proporcionará relacionamentos e troca de conhecimentos e experiências.

O evento terá início às 8h com uma sessão de boas-vindas. Às 8h30 começará a primeira apresentação, intitulada “Panorama da Saúde no Brasil: tendências em saúde digital”, que se estenderá até às 10h. As atividades serão retomadas às 10h30 com a palestra “Dados em Saúde: As dores e os desafios da interoperabilidade”, prevista para terminar às 12h.

Às 13h30, será abordado o tema “Soluções de IA na prática clínica: o estado da arte”, com encerramento previsto para às 15h. Às 15h30 haverá a apresentação sobre “Desafios das Soluções e Produtos Digitais em Saúde”, que ocorrerá até às 17:00.


Serviço
Jornada de Saúde Digital
Dia : 26 de julho de 2024
Horário: Das 9h às 18h
Local: InovaHC, Rua Doutor Ovídio Pires de Campos, Cerqueira César, São Paulo, SP
Inscrições aqui.

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Pesquisadores desenvolvem ferramenta para avaliar impacto da perda de olfato após Covid

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Uma pesquisa desenvolveu e validou uma versão em português brasileiro do Questionário de Distúrbios Olfativos (QOD), importante instrumento para avaliação da qualidade de vida de indivíduos com distúrbios olfativos. A perda do olfato pode ser causada pela Covid-19, por outros vírus respiratórios e por doenças neurológicas, como o Parkinson, podendo impactar significativamente no bem-estar dos indivíduos. No Brasil, cerca de 10% das pessoas que têm Covid-19 têm problemas com o olfato por mais de um mês.

A perda de olfato pode causar impactos na saúde mental como ansiedade, depressão, isolamento social, alterações no apetite e no peso, riscos à segurança, impacto na vida profissional e redução da produtividade. Por isso, ter uma ferramenta validada como o QOD ajuda a entender melhor o impacto da perda de olfato e a desenvolver estratégias para melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas.

O QOD foi desenvolvido para avaliar qualitativamente o grau de disfunção olfativa durante as atividades diárias. No estudo, também foi aplicado o questionário de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-bref) e o Teste de Identificação de Olfato, da Universidade da Pensilvânia (UPSIT®), utilizado para quantificar a perda olfativa.

Publicado no periódico Clinics, o trabalho foi coordenado pela pesquisadora Viviane Sampaio Boaventura, da Fiocruz Bahia, e Marco Aurélio Fornazieri, pesquisador da Universidade de Londrina (PR). Foram recrutados para participar da investigação 126 adultos, entre maio de 2018 e agosto de 2022, em Salvador e Londrina. Os dados sociodemográficos e clínicos foram obtidos por meio de questionários aplicados por entrevistadores treinados.

Os pacientes tinham entre 18 e 65 anos com queixa de disfunção olfatória pós-infecciosa por rinite alérgica, sinusite crônica, por causas pós-traumática ou desconhecidas. Os pacientes de Salvador eram mais velhos, menos escolarizados, apresentavam disfunção olfatória grave, tinham pior qualidade de vida em geral e escores mais baixos de qualidade de vida associados ao olfato (QOD), quando comparados aos pacientes de Londrina.

Os pesquisadores concluíram que o questionário desenvolvido para falantes do português brasileiro mostrou-se consistente e confiável, representando um avanço importante, pois estabelece o QOD como um instrumento clínico e científico confiável. O questionário pode ser empregado na população brasileira como um instrumento útil para pesquisa, avaliação médica do paciente e tratamento da perda de olfato. (Com informações da Agência Fiocruz)

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