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Extração de catarata pode reduzir em 30% a chance de desenvolver demência, aponta estudo

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Pesquisa mostra que a saúde ocular influencia diretamente nos processos neurológicos do ser humano

A cirurgia de catarata não só restaura a visão, mas também pode reduzir significativamente o risco de desenvolvimento de demência em idosos. O estudo “Adult Changes in Thought” (ACT),  publicado no JAMA Internal Medicine revelou que a extração de catarata está associada a uma redução de 30% no risco de demência entre pessoas com 65 anos ou mais. A melhoria na qualidade visual proporcionada pela cirurgia potencializa fatores cruciais para a manutenção da saúde cognitiva.

Caracterizada pela opacificação do cristalino do olho, a catarata é uma das principais causas de deficiência visual e cegueira no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ela é responsável por 48% dos casos de cegueira no mundo. Essa condição pode surgir devido ao envelhecimento, lesões oculares, diabetes ou uso prolongado de esteróides.

O que muitos não sabem é que a catarata não afeta apenas a visão. A perda de visão relacionada à catarata pode levar ao isolamento social e à diminuição da estimulação cognitiva, aumentando o risco de demência. O “Adult Changes in Thought” está sendo conduzido há três décadas e já  acompanhou mais de 3.000 idosos com catarata, revelando que a cirurgia está associada a menores taxas de demência.

De acordo com a pesquisa, a média de idade no diagnóstico de catarata era de 74,4 anos, e durante o período do estudo ocorreram 853 casos de demência. Aqueles que passaram pela cirurgia de catarata apresentaram um risco significativamente menor de desenvolver declínio cognitivo em comparação com aqueles que não fizeram a cirurgia.

A pesquisa revela que a correção visual proporcionada pela cirurgia permite maior interação social e atividade física, fatores essenciais para a manutenção da saúde cognitiva. O aprimoramento dessas capacidades sociais e físicas contribui diretamente para um estilo de vida mais ativo, o qual é conhecido por retardar o declínio cognitivo e, potencialmente, prevenir a demência.

Além do aumento da atividade social e física, a recuperação visual pode mitigar a atrofia do córtex visual, comum em idades avançadas e um potencial acelerador da neurodegeneração. O estudo observou também o aumento no volume de substância cinzenta entre as pessoas que se submeteram à cirurgia, indicando uma possível recuperação funcional e estrutural do cérebro.

Outra relação que o estudo menciona é que a cirurgia de catarata permite maior entrada de luz, especialmente a luz azul, que é crucial para a função cognitiva e o ritmo circadiano. A remoção da catarata pode aumentar a estimulação das células ganglionares intrinsecamente fotossensíveis da retina (ipRGCs), que estão associadas à função cognitiva e ao Alzheimer.

A incidência de problemas neurológicos está aumentando cada vez mais. Segundo a Lancet Neurology, 43% da população mundial apresentou problemas de saúde neurológicos em 2021, destacando a urgência em abordar as doenças neurodegenerativas de maneira eficaz. A relação entre a extração da catarata e a diminuição de casos de Alzheimer surge como uma intervenção promissora para melhorar a qualidade de vida por meio de uma estratégia preventiva contra o declínio cognitivo.

Este crescente reconhecimento das conexões entre a saúde ocular e a cognitiva nos impulsiona a considerar tratamentos oftalmológicos como parte integrante de uma abordagem mais ampla de saúde preventiva. Especialistas em saúde recomendam que os idosos realizem avaliações oftalmológicas regulares para monitorar e tratar condições como uma medida proativa para proteger de doenças neurológicas, como o Alzheimer.

A colaboração entre oftalmologistas e neurologistas poderia desenvolver diretrizes para implementar esses procedimentos como parte de um regime de cuidados preventivos para idosos. Isso ajudaria a maximizar os benefícios de intervenções como a cirurgia de catarata, abrangendo a recuperação da visão e a preservação da saúde cognitiva.

À medida que a população global continua a envelhecer, a integração de cuidados especializados em áreas tradicionalmente não associadas pode proporcionar uma melhoria significativa na qualidade de vida dos idosos e uma abordagem eficaz para lidar com desafios comuns do envelhecimento. Essa abordagem holística e integrada é essencial para enfrentar as complexidades da terceira idade e preservar a saúde mental e física das gerações futuras.

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Câmara aprova projeto que autoriza residentes a parcelarem férias

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Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que autoriza os médicos de programas de residência a fracionarem suas férias. A proposta segue para o Senado. A medida consta do Projeto de Lei 1732/22, da ex-deputada Soraya Manato. O texto foi aprovado em Plenário com parecer favorável do deputado Luizinho (PP-RJ), que apresentou pequenas mudanças.

A exemplo dos trabalhadores e servidores públicos, os médicos, quando participarem de programas de residência médica, passarão a poder fracionar os 30 dias de férias em períodos mínimos de 10 dias. Para esses médicos residentes, as férias são chamadas de repouso anual.

A rotina exigente dos residentes pode levar ao burnout e à exaustão, na opinião de Luizinho. “Comprometendo não apenas a saúde mental e física dos médicos, mas também a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.”

Segundo ele, o fracionamento das férias permitirá que esses profissionais tenham períodos de descanso menos espaçados e façam uma gestão mais flexível do tempo.

Outros profissionais

O texto de Luizinho especifica que os demais profissionais da área de saúde terão o fracionamento do repouso anual disciplinado em regulamento. Ele acatou emenda da deputada Adriana Ventura (Novo-SP). “Os profissionais de saúde merecem essa flexibilidade”, disse a deputada.

Durante o debate do projeto em Plenário, o deputado Eli Borges (PL-TO) defendeu a aprovação. “É o tipo de profissional que não tem dia, não tem hora e faz o seu trabalho de doação de vida para as pessoas”, declarou. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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Vuelo Pharma apresenta inovações no tratamento de feridas durante a Sobenfee 2024

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A empresa curitibana estará com stand exclusivo no evento, que ocorre em Salvador entre os dias 26 e 29 de novembro

A Vuelo Pharma, empresa curitibana especializada em produtos de healthcare com foco em skin care, wound care e wellness — self care,  marcará presença no Sobenfee 2024 — um dos maiores eventos de saúde e enfermagem do Brasil. 

O congresso, que acontece entre os dias 26 e 29 de novembro, será realizado em Salvador, na Bahia, e irá reunir o IX Congresso Brasileiro de Prevenção e Tratamento de Feridas, o II Congresso Brasileiro de Enfermagem Estética e o XV Congresso Iberolatinoamericano sobre Úlceras e Feridas – SILAUHE.

Com um stand exclusivo, a Vuelo Pharma irá expor e demonstrar seu portfólio de produtos, permitindo que os visitantes conheçam de perto as soluções que a empresa desenvolve para o tratamento de feridas e cuidados com a pele. 

“A nossa participação no evento reforça o compromisso da Vuelo com a disseminação de boas práticas e tecnologias de ponta para os profissionais de enfermagem, promovendo a saúde e o bem-estar por meio de produtos de alta qualidade e eficácia”, comenta Thiago Moreschi, CEO da Vuelo.

O Sobenfee 2024 promete reunir especialistas e profissionais renomados do Brasil e da América Latina para discutir uma ampla gama de temas, com destaque para políticas públicas de saúde, segurança do paciente, novas tecnologias em curativos, o papel das práticas integrativas no serviço público, e o impacto do letramento em saúde para a desospitalização de pacientes.

Também serão abordados tópicos críticos como o manejo de lesões em pacientes diabéticos, feridas oncológicas, e a importância dos ambulatórios públicos no atendimento de pacientes com feridas crônicas. “Certamente voltaremos com uma bagagem de aprendizado muito relevante, será uma ótima oportunidade”, finaliza o CEO.

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Mitos e Verdades sobre Hipertensão Arterial – a popular pressão alta: o que é verdade e o que é erroneamente divulgado sobre a doença

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Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista do Sírio Libanês de Brasília, fala sobre a pressão alta, uma das doenças cardiovasculares mais comum entre os brasileiros

A hipertensão arterial – que é conhecida popularmente como “pressão alta” – afeta cerca de 27,9% da população brasileira (dados da Vigitel de 2023). E ainda que seja uma doença que atinge boa parte da população, ela é cercada de mitos e verdades que precisam ser esclarecidos. 

Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista e internacionalmente certificada em Medicina do Estilo de Vida esclarece os principais mitos e as suas verdades a respeito da hipertensão arterial:

Mito 1: “Hipertensão é uma doença que aparece apenas na terceira idade”

A verdade: Dra Fernanda Weiler explica que a hipertensão arterial antes era prevalente em pessoas mais velhas, no entanto, mudanças no estilo de vida – especialmente alimentação e sedentarismo – fizeram com que a doença aumentasse drasticamente inclusive na população mais jovem. “O aumento de consumo de ultraprocessados e a falta de atividade física – bastante comum inclusive em jovens – faz com que a pressão aumente, gerando em muitos um diagnóstico de hipertensão arterial”, diz a médica.

Mito 2: “Hipertensão não tem sintomas, por isso não precisa de tratamento”

A verdade: “Ainda que alguns pacientes sejam realmente assintomáticos, não significa que o organismo não corre riscos, pelo contrário: quem não sente os sintomas clássicos da hipertensão (dores de cabeça, tontura e mal-estar) pode evoluir para um diagnóstico ainda mais sério por conta da falta de tratamento”, explica Fernanda. 

Mito 3: “Basta cortar o sal e a pressão normaliza”

A verdade: “Não basta apenas cortar o sal das refeições e seguir se alimentando de ultraprocessados ricos em sódio”, fala a especialista. Para o melhor controle dos níveis pressóricos, além do cuidado com o sal é preciso controlar o que é consumido. Ultraprocessados são ricos em sódio e seu alto consumo pode manter elevada a pressão arterial. A preferência é consumir alimentos naturais e ricos em nutrientes.

Mito 4: “Medicamentos para hipertensão são sempre necessários e devem ser tomados para o resto da vida”

A verdade: Cada caso é um caso a ser avaliado individualmente. “Quando se fala em hipertensão arterial é preciso entender o quão elevada ela está. Casos de hipertensão leve podem – muitas vezes – ser tratados apenas com mudanças no estilo de vida, focando na alimentação saudável, na prática de atividade física e no controle de tóxicos, como tabagismo e etilismo. Outros casos mais severos podem pedir a intervenção medicamentosa mas, vale dizer, que mesmo quando há necessidade do uso de medicação, o paciente precisa melhorar a alimentação e a prática de exercícios. Apenas o remédio não vai, de fato, solucionar o problema, uma vez que a causa não é tratada”, afirma a doutora.

Mito 5: “Quem tem pressão normal não precisa se preocupar com hipertensão”

A verdade: “A pressão arterial varia em seu índice naturalmente ao longo do dia. Durante a prática esportiva ela é naturalmente mais elevada quando comparada ao organismo em repouso. E se ela é variável em atividades corriqueiras, por que não poderia mudar por conta dos hábitos de cada indivíduo?”, questiona a profissional, que continua: “Uma pessoa que passou anos com a pressão arterial considerada normal e que, por exemplo, interrompe as atividades físicas e passa a se alimentar com mais ultraprocessados podem, sim, desenvolver a hipertensão arterial. O mesmo pode acontecer com uma gestante que, a depender dos fatores, pode ter um aumento de pressão que seguirá mesmo depois do parto”, explica Fernanda. “O aconselhado é fazer medidas esporádicas de pressão e buscar ajuda de um especialista ao menor sinal de aumento. Muitas vezes o diagnóstico precoce faz a diferença no tratamento”, finaliza a médica.

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