Conecte-se conosco

Atualidades

É preciso cuidado com a exposição às telas

Publicado

em

Neste Dia do Cérebro, especialista explica como ele é afetado em todas as idades e importância de usá-las com moderação

Segundo pesquisa o relatório Digital 2024: Global Overview Report, do Datareportal, divulgado em abril e com dados dos três primeiros meses deste ano, o brasileiro passa, em média, 9h13 da suas horas acordado em frente a uma tela. Isso dá exatos 54,7% do tempo gasto usando telas enquanto as pessoas estão acordadas, o que coloca o Brasil em segundo lugar no ranking mundial, atrás apenas da África do Sul. Os dados servem de alerta neste Dia Mundial do Cérebro, em 22 de julho.

O neurologista Iron Dangoni Filho, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, pontua que cognitivamente o contato com as telas afeta de forma diretamente o cérebro. “A atenção acaba sendo muito prejudicada, porque são vários estímulos ao mesmo tempo e em curto prazo, acabam não prendendo a nossa atenção por muito tempo. Outra questão é que cada vez mais estimulamos o nosso centro de recompensa e, consequentemente, queremos cada vez recompensas mais rápidas e contínuas”.

De acordo com o especialista, outros pontos também são afetados. “Quando a gente está pensando em redes sociais, a gente associa muita alteração da memória porque cada vez mais a gente usa os meios digitais e demanda menos da nossa memória. A concentração também vai diminuindo cada vez mais, assim como a atenção, porque a gente tende a usar cada vez mais e com estímulos cada vez menores. Outra questão é a dificuldade em habilidades sociais. Uma questão importante também é que a nossa postura está piorando muito. Estamos com uma flexão cervical cada vez mais frequente, o que leva ao maior índice de dor no pescoço, de hérnia de disco e cervical”.

Afeta todas as idades
A Sociedade Brasileira de Pediatria desaconselha o uso de telas para bebês menores de dois anos e orienta um tempo regulado para crianças e adolescentes. O neurologista Iron Dangoni fala sobre essa recomendação. “Já tem comprovação que o desempenho escolar de crianças com maior exposição a telas é menor, assim como habilidades sociais e cognitivas no curto prazo. A gente vê que em crianças em desenvolvimento, estímulos muito intensos acabam levando a maiores índices de ansiedade e depressão. E em pacientes que têm Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) acaba aflorando mais e mostrando déficits ainda mais precoces”.

Na outra ponta, o médico fala também sobre os idosos. “No envelhecimento há uma perda de memória natural da idade. Então, nessas pessoas a gente tem que tomar cuidado para que elas não fiquem tão dependentes. E é importante que a gente exercite o cérebro. Se for pensar, os idosos antigamente decoravam números, endereços e hoje, cada vez, mais precisam disso, porque a tecnologia consegue fazer esse serviço e acaba demandando menos da memória, da concentração. Cada vez que a gente forma mais memórias está treinando nosso cérebro, estimulando ele”, destaca.

O neurologista salienta sobre maneiras de tentar minimizar o prejuízo das telas. “Uma das ações a serem tomadas é limitar o tempo de tela, independente da idade, porque cada vez mais usamos e cada vez mais nos tornamos dependentes. Isso é importante para a gente estimular nosso cérebro, para a gente tentar manter uma cognição, memória, atenção e concentração boas, além de evitar quadros de ansiedade e depressão. Minimizar o tempo de tela nos ajuda a focar em outras atividades, como relações sociais, leitura de livros, atividades físicas, até mesmo o culto ao ócio, que hoje é tão difícil. É importante a gente pensar em outras atividades não dependentes da tecnologia, que também sempre foram atrativas e funcionaram. A tela não é algo que deve ser demonizado, mas tem que ser usado com cautela. A tecnologia está aí para ajudar, não o contrário”.

Atualidades

Bradesco Saúde dobra rede de atendimento especializada em TEA e reforça acolhimento a beneficiários

Publicado

em

Em um cenário de crescente atenção às necessidades de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a Bradesco Saúde celebra os avanços do seu Programa de Acolhimento, desenvolvido com foco na personalização e qualidade do cuidado prestado. Em um ano de implementação, a operadora de saúde duplicou sua rede de atendimento especializada, alcançando mais de 570 prestadores credenciados em todo o país.

Lançado em 2024, o programa oferece uma Central Exclusiva de Atendimento, que funciona como ponto de acolhimento e triagem inicial, orientando os pacientes e suas famílias sobre os caminhos adequados de cuidado e acompanhamento clínico. A jornada do beneficiário é monitorada pela operadora, garantindo suporte contínuo e especializado.

Resultados expressivos no primeiro ano

Entre março de 2024 e março de 2025, o programa especializado para TEA registrou aproximadamente 12 mil acionamentos, beneficiando mais de 5 mil pacientes. De acordo com levantamento da Bradesco Saúde, 70% das demandas foram para o sexo masculino e 30% para o feminino. Além disso, 42% dos pacientes atendidos estavam na faixa etária de 0 a 5 anos, público no qual o diagnóstico e as intervenções precoces são especialmente relevantes.

“O programa tem sido bem-sucedido na sua proposta de proporcionar o cuidado adequado aos pacientes diagnosticados com o TEA. Temos como pilares o acolhimento humanizado às famílias, protocolos integrados e parcerias com redes especializadas”, destaca Fernando Pedro, superintendente sênior de Gestão de Rede da Bradesco Saúde.

Compromisso com o cuidado humanizado

A expansão da rede e o modelo de acompanhamento reforçam o compromisso da Bradesco Saúde com uma abordagem centrada no paciente, especialmente em um tema tão sensível como o TEA. Ao investir em uma estrutura dedicada, a operadora contribui não apenas para a melhoria da qualidade de vida dos beneficiários, mas também para a conscientização da sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce, do apoio às famílias e da inclusão.

A iniciativa integra a estratégia da empresa de inovação no cuidado em saúde, alinhada aos princípios da medicina personalizada e baseada em valor. Ao promover ações integradas e especializadas, a Bradesco Saúde avança em sua missão de proporcionar mais acesso, qualidade e eficiência assistencial no setor de saúde suplementar.

Continue Lendo

Atualidades

Novas plataformas digitais ampliam suporte ao uso do e-SUS APS por gestores e profissionais de saúde

Publicado

em

Com o objetivo de fortalecer a atenção primária e qualificar a gestão da informação no Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde lançou novos sites dedicados à Estratégia e-SUS APS, ao Painel e-SUS APS e ao Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab). As plataformas reúnem funcionalidades essenciais para o uso adequado das ferramentas digitais, além de conteúdos voltados à capacitação técnica e apoio à implementação nos municípios.

A iniciativa integra o esforço do governo federal para reduzir o tempo de espera no SUS e aprimorar o cuidado prestado aos usuários, conforme destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Segundo ele, a modernização dos sistemas de informação em saúde é um dos pilares para acelerar o acesso aos serviços, monitorar indicadores e facilitar a tomada de decisões baseadas em evidências.

Ferramentas disponíveis nos novos hotsites

Os hotsites disponibilizam recursos estratégicos para apoiar os profissionais no uso dos sistemas, tais como:

  • Downloads para instalação do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC);
  • Orientações para instalação e uso do Painel e-SUS APS;
  • Manuais técnicos e materiais de apoio à implantação;
  • Linha do tempo com principais entregas e versões;
  • Biblioteca de vídeos explicativos e de apoio;
  • Ambiente de treinamento com dados simulados (XML);
  • Integração direta com a plataforma de educação permanente Educa e-SUS APS;
  • Canal de suporte técnico e seção de novidades;
  • Blog com atualizações e notícias da área.

O que é a Estratégia e-SUS APS

Liderada pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), a Estratégia e-SUS APS visa reestruturar a gestão da informação na atenção primária por meio da informatização qualificada dos serviços. A proposta é criar um novo modelo de gestão de dados em saúde, promovendo mais eficiência e rastreabilidade nos atendimentos.

A principal inovação recente é o Painel e-SUS APS, plataforma que permite o monitoramento em tempo real de indicadores populacionais e clínicos. A solução oferece suporte direto à tomada de decisão em saúde, possibilitando que equipes realizem intervenções mais rápidas e eficazes no cuidado dos pacientes.

Educação permanente para os profissionais

Para apoiar a implementação e a melhoria contínua dos sistemas, o Ministério da Saúde também disponibilizou o Educa e-SUS APS, uma plataforma gratuita de educação permanente. O ambiente oferece cursos, treinamentos e materiais atualizados para profissionais de saúde, gestores e equipes de tecnologia, com foco no uso eficiente das ferramentas e na aplicação prática dos dados para a gestão da atenção primária.

Acesso às plataformas

Com essas novas iniciativas, o Ministério da Saúde reforça o compromisso com um SUS mais digital, eficiente e integrado, contribuindo para uma gestão pública mais transparente e centrada na saúde das pessoas.

Continue Lendo

Atualidades

Vacina contra herpes zóster pode reduzir risco de demência em até 20%, revela estudo publicado na Nature

Publicado

em

Um estudo internacional liderado pela Stanford Medicine, nos Estados Unidos, trouxe evidências promissoras sobre o impacto positivo da vacinação contra herpes zóster na saúde cerebral de idosos. Segundo a pesquisa, publicada na prestigiada revista Nature, o imunizante foi associado a uma redução de 20% no risco de desenvolvimento de demência, incluindo Alzheimer.

A pesquisa teve como base os registros de saúde de idosos no País de Gales, onde uma política de vacinação restritiva — permitindo a aplicação da vacina apenas para pessoas com 79 anos completos em 1º de setembro de 2013 — criou um “experimento natural”. Os pesquisadores, então, compararam grupos vacinados e não vacinados com perfis semelhantes ao longo de sete anos.

“A situação permitiu um estudo observacional robusto com dados reais e controle adequado de variáveis como idade e estado de saúde”, destacou o professor Pascal Geldsetzer, autor sênior do estudo.

O elo entre vírus latentes e doenças neurodegenerativas

O herpes zóster, conhecido popularmente como cobreiro, é causado pela reativação do vírus varicela-zóster, o mesmo que provoca a catapora. Após a infecção inicial, o vírus permanece dormente no sistema nervoso e pode ser reativado décadas depois, especialmente em idosos com imunidade reduzida. Além de causar dores intensas e erupções cutâneas, ele também pode desencadear inflamações crônicas nos nervos.

Essas inflamações — em especial quando envolvem o sistema nervoso central — vêm sendo estudadas como possíveis fatores de risco para doenças como a demência e o Alzheimer.

Como a vacina pode proteger o cérebro

A principal hipótese para os efeitos neuroprotetores da vacina contra o herpes zóster é a redução da neuroinflamação. Ao evitar a reativação do vírus, o organismo sofre menos episódios inflamatórios, preservando melhor as funções cerebrais ao longo do tempo. Além disso, os pesquisadores sugerem que a vacina possa gerar uma resposta imunológica mais ampla, fortalecendo o sistema imune contra infecções silenciosas que impactam a cognição.

Mulheres e pessoas com doenças autoimunes ou alergias, que normalmente apresentam respostas imunológicas mais fortes, mostraram benefícios ainda mais expressivos na pesquisa.

“A inflamação é prejudicial para diversas doenças crônicas, incluindo a demência. Impedir reativações virais pode ser uma forma eficaz de proteger o cérebro no longo prazo”, reforça Geldsetzer.

Um novo caminho para prevenção da demência

Com mais de 55 milhões de pessoas afetadas pela demência no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e com o aumento da expectativa de vida global, a descoberta acende uma luz sobre novas estratégias de prevenção.

A demência, especialmente a do tipo Alzheimer, ainda não tem cura, e os tratamentos disponíveis são limitados. Assim, iniciativas de prevenção ganham relevância, e a vacinação pode ser uma aliada inesperada e poderosa — não apenas contra o herpes zóster, mas também na proteção da saúde neurológica.

A pesquisa também reforça a necessidade de ampliar o acesso à vacina, especialmente em países em desenvolvimento, onde o envelhecimento populacional se acelera e os recursos para tratar doenças neurodegenerativas são limitados.

Continue Lendo

Mais Vistos