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Entenda como se proteger e quais os principais danos à saúde causados pelas fumaças das queimadas no Brasil

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Com a presença de fumaças que percorreram longas distâncias até grandes cidades, os cuidados com a saúde devem aumentar

A quantidade de queimadas no Brasil no mês de agosto bateu recordes em diversos estados e a fumaça decorrente dessas queimadas se espalhou, para além de locais próximos, para grandes cidades no Brasil. O resultado foram dias que se tornaram “nublados” e em que muitas pessoas relataram incômodos e até mesmo dificuldades para respirar. Mas quais são os principais danos que as fumaças das queimadas podem causar à saúde e como se proteger desses prejuízos?

O cirurgião torácico do Hospital Edmundo Vasconcelos, Marcel Sandrini, explica que os maiores danos são causados às pessoas com problemas respiratórios anteriores, que apresentam piora dos sintomas, como tosse e falta de ar. Esses pacientes, como asmáticos, enfisematosos e alérgicos, podem apresentar um quadro de crise aguda de tosse, rinite, bronco espasmo (chiado no peito) e desconforto para respirar.

Crédito: Marcelo Camargo / Agência Brasil

“Isso podemos falar para casos de queimadas à distância, em que a fumaça chega até outras cidades. Para pessoas que moram próximas aos locais com incêndios, pode haver a inalação de fumaças extremamente tóxicas. Os casos podem ser muito graves, com quadros de lesões com queimaduras de vias aéreas, por exemplo. Se as queimadas da mata atingirem depósitos de lixo, por exemplo, onde existem muitos tipos de plástico e outros materiais tóxicos, esta fumaça traz prejuízos adicionais à saúde”, detalha o médico.

O especialista afirma que todo tipo de fumaça é prejudicial, inclusive pessoas que inalam muita fumaça ao longo dos anos, como, por exemplo, fumaça de fogão a lenha, podem apresentar quadro de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), síndrome que engloba doenças como bronquite e asma, e até mesmo o enfisema pulmonar. Essas pessoas que já apresentam DPOC podem evoluir com quadros respiratórios mais graves durante as queimadas. “Os problemas mais graves vão depender do tempo de exposição à fumaça, da disposição do corpo, quantidade de vezes essa pessoa foi exposta e da distância em que a pessoa está em relação à fonte da fumaça”, avalia.

Marcel Sandrini ainda indica que, em casos de exposição leve à fumaça, pode ser normal ter um quadro de tosse, contudo, caso o quadro piore, o melhor a fazer é se afastar da fumaça e pode ser necessário procurar atendimento médico de urgência. “Se começar a evoluir para um chiado ou falta de ar e tosse persistente, o conselho é se afastar da fonte da fumaça e procurar um hospital, pois o quadro clínico pode se agravar. Uma reversão do bronco espasmo (chiado no peito) e intoxicação causados pela fumaça podem levar muito tempo para melhorar e se o paciente continuar inalando isso por mais tempo, só agrava a situação. Por isso, é preciso observar o quadro junto a especialistas”, ressalta. 

Para se proteger, o médico explica que o mais indicado é, sempre que possível, se afastar da fumaça ou ficar o mais distante possível. Utilizar umidificadores de ar dentro de casa também podem colaborar para a respiração.

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Ministério da Saúde registra o maior número de cirurgias eletivas na história do SUS

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O Ministério da Saúde anunciou um marco histórico para o Sistema Único de Saúde (SUS): o maior número de cirurgias eletivas já registrado em um único ano. Em 2024, mais de 1,5 milhão de procedimentos eletivos foram realizados em todo o país, resultado de esforços contínuos para reduzir filas de espera e atender à crescente demanda reprimida, especialmente após os impactos da pandemia de Covid-19.

Os números que fazem história

  • Mais de 1,5 milhão de cirurgias realizadas ao longo de 2024, representando um aumento significativo em relação aos anos anteriores.
  • Maior abrangência regional: Todos os estados foram contemplados, com destaque para investimentos em regiões historicamente carentes de acesso a serviços especializados.

Estratégias para alcançar o recorde

  1. Programa Mais Acesso às Cirurgias
    O Ministério da Saúde lançou programas específicos para ampliar o acesso aos procedimentos eletivos, com foco em áreas como ortopedia, oftalmologia e cirurgia geral.
  2. Parcerias com estados e municípios
    Por meio de convênios e repasses financeiros, o governo federal garantiu que unidades de saúde locais tivessem recursos para ampliar sua capacidade de atendimento.
  3. Mutirões de saúde
    Mutirões realizados em diferentes regiões do Brasil ajudaram a diminuir filas, agilizando o atendimento de pacientes que aguardavam procedimentos há anos.

Impactos na vida dos brasileiros

O aumento no número de cirurgias eletivas teve efeitos diretos na qualidade de vida da população. Pacientes que conviviam com limitações físicas ou condições de saúde debilitantes puderam retomar suas rotinas e melhorar significativamente seu bem-estar.

  • Redução de filas de espera: Pacientes que aguardavam cirurgias há mais de dois anos finalmente tiveram acesso ao tratamento.
  • Fortalecimento da saúde pública: Os investimentos em infraestrutura hospitalar e a contratação de profissionais qualificaram ainda mais o atendimento.

Desafios e perspectivas futuras

Embora o recorde seja motivo de celebração, o Ministério da Saúde destaca a importância de continuar trabalhando para sustentar esse ritmo e melhorar ainda mais a gestão do sistema.

  • Manutenção dos investimentos: Será necessário garantir recursos contínuos para evitar novas filas e atender à demanda crescente.
  • Fortalecimento da atenção primária: Prevenir complicações que possam evoluir para a necessidade de cirurgias também é uma prioridade para desafogar o sistema.
  • Monitoramento e eficiência: A implementação de ferramentas digitais e de inteligência de dados pode otimizar o gerenciamento das filas e dos recursos disponíveis.

Conclusão

O recorde histórico de cirurgias eletivas realizado pelo SUS em 2024 representa um grande avanço na saúde pública brasileira, evidenciando o comprometimento do governo em garantir o direito à saúde para todos. Esse marco é também um passo importante para reverter os atrasos acumulados durante a pandemia e devolver dignidade a milhões de brasileiros que dependem do sistema público de saúde.


Fonte:
Ministério da Saúde – Ministério da Saúde registra o maior número de cirurgias eletivas da história do SUS

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Bianca Bezerra: exemplo de superação ao tratar hanseníase pelo SUS

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Bianca Bezerra, moradora do interior de Pernambuco, é um símbolo de resiliência e sucesso no enfrentamento da hanseníase. Após receber o diagnóstico da doença, ela encontrou no Sistema Único de Saúde (SUS) o suporte necessário para iniciar e concluir o tratamento, superando estigmas e recuperando sua qualidade de vida. Sua história reforça o papel fundamental do SUS na oferta de cuidados gratuitos e humanizados, além de conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce e do combate ao preconceito.

Um diagnóstico transformador

Bianca começou a notar manchas esbranquiçadas na pele e dormência em algumas áreas do corpo. Ao procurar atendimento em uma unidade básica de saúde, foi encaminhada para especialistas que confirmaram o diagnóstico de hanseníase. Apesar do impacto inicial, o acompanhamento médico e o acesso gratuito ao tratamento pelo SUS foram determinantes para sua recuperação.

  • Medicamentos gratuitos: O SUS disponibiliza o tratamento completo contra a hanseníase, garantindo que os pacientes não enfrentem barreiras financeiras para a cura.
  • Acompanhamento integral: Bianca contou com uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, que monitoraram sua evolução durante todo o processo.

Superando estigmas e preconceitos

Além dos desafios clínicos, Bianca enfrentou o preconceito associado à hanseníase, ainda estigmatizada por desinformação. Entretanto, ela usou sua experiência para inspirar outras pessoas e desmistificar a doença.

  • Campanhas de conscientização: Bianca destaca a importância de iniciativas que informem a população sobre os sinais da hanseníase e promovam a busca por tratamento precoce.
  • Apoio emocional: O suporte de sua família e da equipe de saúde foi essencial para enfrentar os impactos emocionais causados pela doença e pelo estigma.

Hanseníase no Brasil: dados e desafios

Apesar de ser tratável e curável, a hanseníase continua sendo um problema de saúde pública no Brasil, que é um dos países com maior número de casos no mundo. Em 2024, mais de 20 mil novos casos foram registrados no país, reforçando a necessidade de estratégias de vigilância e educação em saúde.

  • Diagnóstico precoce é fundamental: Identificar a doença nos estágios iniciais evita complicações e interrompe a transmissão.
  • Campanhas ativas de busca de casos: O SUS tem intensificado esforços para localizar e tratar pacientes, principalmente em regiões mais vulneráveis.

Conclusão

A história de Bianca Bezerra é um exemplo de como o SUS pode transformar vidas por meio de cuidados gratuitos, acessíveis e humanizados. Ela hoje inspira outras pessoas a buscarem ajuda e enfrentarem a hanseníase com coragem, promovendo a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e do combate ao preconceito. Sua jornada ressalta que a informação e o acolhimento são essenciais para superar não apenas a doença, mas também as barreiras sociais que ela carrega.


Fonte:
Ministério da Saúde – Conheça a história de Bianca Bezerra, que tratou a hanseníase pelo SUS

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Hospital Vera Cruz conquista acreditação internacional da JCI, referência global em qualidade assistencial

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Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), recebeu a acreditação Joint Commission International (JCI), destaque no cenário global como a mais importante credencial internacional da qualidade e segurança do cuidado prestado em hospitais. No Brasil, conforme dados do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), do total de 6.805 hospitais, apenas 57 têm a certificação, concedida pela estadunidense Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organizations (JCAHO), que, há décadas, desenvolve padrões de qualidade e assistência para o setor de saúde.

“É uma grande honra sermos reconhecidos por uma instituição de altíssimo nível de exigência, referência no cenário mundial de saúde. Isso, sem dúvida, contribui para elevar a credibilidade e confiança de nossos pacientes, que têm a certeza de estar sempre assistidos pelas melhores equipes clínicas, com padrões internacionais na qualidade de cuidados e segurança. É o mérito de um time comprometido”, salienta o diretor geral João Paulo Oliveira.

Claudia Matias, gerente de qualidade do HUB Campinas – Grupo Vera Cruz, destaca que, para a conquista da Acreditação JCI, cerca de mil elementos foram mensurados. “É um processo amplo, baseado em evidências documentais, de processos, e ciclos de melhoria contínua, inspeções das instalações, estrutura física e das diversas operações do hospital, incluindo o envolvimento e participação do paciente em vários momentos de seu atendimento. Reafirma nosso compromisso com a qualidade e a cultura do cuidado centrado no paciente”, diz.

Pacientes sob os melhores cuidados

O diretor técnico médico, Gabriel Redondano, salienta que para os pacientes atendidos em uma unidade hospitalar chancelada pela JCI como o Vera Cruz Hospital, uma das principais vantagens é a certeza de estar sob os melhores cuidados, baseados nas melhores práticas nacionais e internacionais em saúde disponíveis. Isso envolve capacidade técnica, protocolos rigorosamente seguidos por toda a equipe e reavaliados constantemente, alta tecnologia, protagonismo do paciente em seu tratamento, acolhimento, infraestrutura adequada e segurança do cuidado ao paciente. É um processo que, uma vez instituído, não tem fim, apenas melhora continuamente e fortalece uma cultura organizacional sólida. Todos ganham pois é muito importante para profissionais, sociedade e parceiros terem a chance de elevar seu nível de qualidade e conhecimento sob os diversos aspectos envolvidos em uma acreditação internacional de tamanha expressividade e relevância, no mundo todo.

Muito além de um título

O diretor presidente, Fábio Fraga, enfatiza que a instituição mantém um programa de qualidade há mais de 25 anos e que a cada conquista de certificação um novo compromisso é reafirmado. “Não significa apenas mais um título e sim o comprometimento de todos os níveis com o rigor de adoção e acompanhamento das metas e protocolos internacionais de segurança do paciente para minimizar ou zerar a ocorrência de eventos adversos ou não desejados na assistência dos serviços de saúde”, afirma. “O Selo Dourado da JCI reconhece as conformidades e interação entre os diferentes processos de tal modo que toda a liderança e as equipes multiprofissionais precisam estar em evolução constante”, conclui.

A visita de avaliação foi realizada em dezembro de 2024 durante uma semana, com equipe de avaliadores independentes, profissionais de saúde do Brasil e dos Estados Unidos, capacitados e autorizados pela JCI – EUA. O Selo JCI tem validade de três anos quando uma nova avaliação para recertificação acontece.


Fonte:
Medicina S/A – Vera Cruz conquista acreditação JCI

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